Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 71
Onde Há Luz Há Trevas




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CAPÍTULO 071

— Lucemon Megadigivolve para...

— O que? O Lu-Lucemon ficou nessa forma. Como pode ser! — disse Daemon muito impressionado com a evolução.

— Lucemon. Você ficou diferente — disse Lúcia.

— Então é essa a forma extrema do Lucemon? — Paulo indagou sem parar de olhar para a nova forma do anjo.

Todos ficaram impressionados com a mega evolução de Lucemon. Provavelmente ele será capaz de lutar de igual para igual.

— Eu não posso acreditar que o Lucemon ficou nessa forma. Quer dizer que este é o poder concedido pela luz do brasão da LadyAngewomon? — Daemon ainda custava a acreditar.

Lucemon megadigivolveu para uma forma arcanjo muito parecida com um Seraphimon, no entanto existem muitas diferenças. Por exemplo, no Seraphimon normal algumas partes de sua armadura são de coloração azul e na do Lucemon é branca. Suas asas são brancas em vez de amarelas, a coloração da sua armadura é dourada, diferente do prateado. A faixa que possui em seu saiote é branca e no braço direito possuía um anel sagrado. Novidade para esse tipo de espécie.

DIGIMON: LUCEMON MODO ARCANJO (SERAPHIMON)

NÍVEL: EXTREMO

TIPO: SERAFIM

ATRIBUTO: VACINA

PARCEIRO: MARIA LÚCIA

PODER DE LUTA: SEM DESCRIÇÃO

GRUPO: TRÊS GRANDES ANJOS

DIGIVOLVE DE: LUCEMON (WARP EVOLUTION)

GOLPES: VARIADOS DIVINOS

PRIMEIRA APARIÇÃO: CAPÍTULO 71

DESCRIÇÃO: UMA FORMA ALTERNATIVA DE LUCEMON COMO ARCANJO. ESSA FORMA SÓ FOI POSSÍVEL COM A JUNÇÃO DE DOIS BRASÕES DA LUZ, O DA LÚCIA E O QUE LADY ANGEWOMON CARREGAVA. NESSA FORMA LUCEMON ESTÁ COM TOTAL PODER DA LUZ E PODE LUTAR DE IGUAL PARA IGUAL COM O IMPERADOR DAS TREVAS.

— Como isso é possível afinal das contas? Esta não poderia ser a evolução definitiva do Lucemon. Não pode ser. Eu não posso acreditar que isso esteja acontecendo. E que imponência é essa? Essa luz envolta dele dá um ar de superioridade inigualável.

— Daemon — Lucemon começou a se pronunciar — chegou o momento de pormos um fim nesta batalha. Tudo isso é por causa de uma vingança contra os humanos. E para isso você teve que fazer sofrer várias pessoas, matar várias vidas até chegar nesse momento. Isso é inconcebível da sua parte.

— Realmente, meu irmão, você mudou muito. Deveras se tornou bem forte agora que está nesta forma angelical. Entretanto não venha com moral para cima de mim. Eu sou o imperador de todos os digimons de trevas que existe. Não costumo obedecer às ordens vindas de outros, principalmente quando esse outro é um rival meu. Não medirei esforços para acabar com todos que se opuserem a mim. Isso inclui você.

— Eu já disse e repito. Não faço ideia do que você esteja falando.

— Hum... Isso é uma tolice sem precedentes. Deixa-me esclarecer algo. Só existe um tipo de Lucemon em todo o mundo digital. Se existe apenas um então você é o mesmo que governou o nosso mundo há épocas anteriores. Não se lembra? É claro que não. Um fracassado como você já morreu e reviveu pra se tornar um parceiro de uma pirralha irritante e imbecil. Não me conformo e nunca me conformarei do fato dos digimons se aliarem aos humanos. Não há acordo para que haja uma boa convivência das duas espécies.

— Você não sabe do que está falando, Daemon. Sim, há uma maneira de humanos conviverem em paz e amizade com os digimons. Você é um ser egoísta que visa espalhar o caos para os dois lados.

— Seu tolo! Isso é tolice da sua parte e eu vou te ensinar a não ter tolices e pensamentos triviais e bem esdrúxulos — ele formou uma bola de fogo das suas mãos e atirou para seu adversário. Lucemon conseguiu impedir o ataque com um pouco de energia da luz que concentrara em suas mãos. Depois jogou mais para cima do digimau que conseguiu se proteger do ataque do arcanjo.

— Chegou o momento das suas trevas serem dizimadas de uma vez por todas das faces dos dois mundos. Eu só espero que você se arrependa de tudo o que fez.

— Então quer me derrotar com esse poder da luz. Muito lindo e comovente da sua parte fazer algo assim. Lutar pela justiça, pelo amor, é isso. Esta é a sua luta. E por esses sentimentos vãos que você perderá esta luta.

Daemon concentrou o máximo de poder negativo em suas mãos. Logo formou uma bola entre elas. Em seguida a energia começou a criar propulsões e foram se espalhando em todo o redor. Todo o cenário em que os digiescolhidos estavam ficou peto com branco, numa paisagem morta e sem vida.

— Que horrível — dizia Rose com medo.

— Esse Daemon precisa ser derrotado o quanto antes — disse Paulo.

— E então, o que estão achando das minhas trevas, hein crianças? Eu vou encobrir tudo isso aqui de energia negativa e todos vocês serão mortos.

— Daemon, eu não permitirei que inunde tudo em trevas. Eu mostrarei que a luz vai sempre superar as trevas — ele começa a concentrar energia positiva em suas mão e forma uma enorme bola de luz — tome isso.

A bola de luz passou todas as camadas de trevas e foi na direção do inimigo.

— O que? Não pode ser. Ele jogou aquela luz pra cima de mim e conseguiu ultrapassar as minhas trevas. Ahhhhhhhh

A bola de energia encobre Daemon e o lança até o céu. Depois começa a se expandir e logo em seguida explodiu. A luz foi muito forte que pode ser vista em muitos lugares de Tóquio.

— Finalmente vencemos o último inimigo. Graças ao poder da luz que o brasão da Lúcia tem. Até que enfim tudo acabou — comemorou Ruan.

— Lúcia nós conseguimos vencer o inimigo — disse Lucemon.

— Por que estão cantando vitória antes do tempo? — disse a voz de Daemon.

— O que? Como ele sobreviveu àquele ataque? — Paulo ficou impressionado.

— Seres imundos. Vocês, seres humanos, são tão simplórios que chega até dar pena. Até você, meu caro irmão. Nunca pensei que fosse tão ingênuo a ponto de acreditar que eu seria destruído por um ataque tão simples como foi aquele. Acreditou mesmo que eu, o imperador das trevas, seria derrotado por essa luz que você tanto faz questão de dizer que é mais forte? Não me faça rir.

Daemon começou a ressurgir e teve seu corpo de volta. O demônio ficou no céu olhando para todos ali embaixo. Lucemon voou para mais alto e ficou cara a cara com seu rival.

— Bom, veremos o quanto essa luz que a Angewomon tanto tinha é poderosa. Eu vou te mostrar que nada poderá deter as minhas trevas. Chamas Infernais!

O digimau formou várias bolas de fogo. Logo jogou todas pra cima de Lucemon que ficou se esquivando o máximo que podia. O demônio voou na direção do outro pra dar um golpe com a sua garra. A única coisa que ele conseguiu foi acertar o elmo do arcanjo que logo caiu revelando a face angelical. Lucemon ainda tinha os cabelos loiros claros, curtos, olhos azuis claros, e a mesma marca na bochecha esquerda. Apenas ficou maior de tamanho e mais maduro por causa da evolução.

— Lucemon, por quê? Por que você se aliou a esses vermes? Eu não entendo essa sua decisão. Você era um líder impecável. Não consigo entender até agora disso ter acontecido contigo. Como um líder como você se submeteu a isso?

— Eu já disse que não faço ideia do que está falando — ele concentra energia na mão esquerda e lança contra o vilão que logo se defendeu rapidamente do ataque.

— Então chegou o momento. Não lhe pouparei se realmente está do lado desses escolhidos. O mundo que eu quero fazer será uma forma de compensação para os seres digitais que são oprimidos por essa luz. Nós seres das trevas precisamos dela para sobreviver, é nosso habitat natural. Se não tivermos esse habitat não poderemos sobreviver. Vocês e sua luz sempre governaram o mundo digital, contudo chegou o momento da escuridão tomar conta de tudo isso.

— E por causa disso você usou muitas vidas inocentes e até eliminou outras. Como pode ter usado muitos como marionetes para seus planos? Isso não tem perdão. Eu também já fui uma de suas vítimas. Na época em que eu era subordinado do ShadowLord eu tentei matar a minha própria parceira. Por sua culpa o homem que se dizia ShadowLord foi usado e fez muito mal ao nosso mundo. Por sua culpa os lordes das trevas oprimiram muitos digimons. Por sua culpa o mundo dos humanos foi invadido e está preste a entrar em colapso. Por sua culpa a LadyAngewomon nunca conheceu sua parceira.

— Hum, LadyAngewomon foi uma ótima escrava pra mim nos tempos antigos. Eu já imaginava que aquela verme me trairia. Mas eu nunca pensei que a vingança dela fosse à toa. Eu jurava que o poder do Brasão da Luz fosse muito maior, contudo não é. Olha só pra você fazendo essa pose só porque está na forma extrema e porque ganhou alguns poderes a mais. É lamentável isso. Dá até vontade de rir disso.

— O que eles estão falando? — perguntou Paulo.

— Eu não sei. Não consigo escutá-los. Estão muito longe. Droga eu queria ter que ficar na minha forma extrema, mas estou muito exausto. Não consigo nem ficar de pé direito.

— Não precisa ficar lamentando, Impmon. O Lucemon vai cuidar de tudo. Eu tenho certeza de que vai — falou Lúcia.

— É incrível o nível de poder daqueles dois digimons. Com certeza estão num nível bem superior. Além de estarem na forma final — disse Mia.

— A luz e a trevas. Quem ganhará essa disputa? — disse Jin.

Daemon usou as suas chamas infernais para atacar Lucemon enquanto este começou a disparar vários relâmpagos no outros. Os poderes colidiram-se criando uma grande explosão.

— Idiota, eu já estou ficando irado por causa das suas interrupções. Eu vou fazer com que tenha um fim definitivo e nunca mais volte à vida.

— Dessa vez eu não deixarei que ataque com sua escuridão — o parceiro de Lúcia começou a criar sete esferas de energia sagrada e começou a enviá-las direto para o vilão. Começou a explodir ao ficarem em contato com o digimau.

— O que é isso! Que energia poderosa é essa. Até parece que está me queimando ao entrar em contato comigo. Então é esse o verdadeiro poder da luz. Droga eu a subestimei. Eu... eu não aguento... é muito poder pra mim. Uoaaarrrr.

Daemon começou a brilhar e a sair feixes de luz dentro de si. Logo em seguida desapareceu no ar sem deixar vestígio.

...

Enquanto isso Kari encontrava o possível parceiro de Lady Angewomon. Na verdade era a parceira desconhecida dela, que era nada mais nada menos do que Lin. A secretária que trabalha no escritório em que o Tai trabalha. Kari lhe contou tudo sobre o que estava acontecendo em toda a Tóquio. Logo falou sobre os seres digitais chamados digimons e também sobre os escolhidos. A mulher ficou pasma ao saber que era uma escolhida.

— Essa história sobre os digimons é incrível. O mais incrível ainda é que você acabou de dizer que sou uma escolhida. Como eu posso ser se seu tenho trinta e dois anos?

— Talvez na sua infância. Tente se lembrar de algo — Kari pegou o digivice e entregou para ela — aqui está seu digital device. É um aparelho que todo o escolhido tem e este é o seu.

— O meu digivice? Nunca havia pensado que existia algo assim no mundo. Então esse é o grande segredo por trás daquela mensagem?

— Qual mensagem?

— Eu queria ver esses digimons de perto. Não sei se posso porque eu nunca vi um, mas eu soube que a cidade estava sendo invadida então só pode ser esses digimons.

— Sim venha comigo. Eu a levo até onde está acontecendo uma batalha de digimons. Talvez você recorde algo do seu passado que prove que você seja a escolhida.

As duas correram na direção da torre e local da última batalha. Seria a prova ideal para mostrar a Lin que os seres digitais existiam.

...

Enquanto isso na luta...

— Hahahahahahahahaha...

— Não pode ser. Impossível! — disse Lucemon impressionado.

— A minha encenação foi digna de aplausos. Sinceramente é maravilhoso enganá-los e depois surpreende-los. Ver a cara de vocês espantados ao me ver novamente. É muito engraçado hahahahahahah

Daemon reapareceu novamente as vistas de todos. Mesmo levando um golpe poderosíssimo ele não foi totalmente destruído. Todos os escolhidos que assistiam ao combate ficaram impressionados. Eles custavam a acreditar que o vilão havia sobrevivido de um ataque bastante potente como aquele.

— Droga. Será que esse Daemon é imortal? Ele nunca morre — disse Paulo bastante atônito.

— Realmente os novatos estão tendo dificuldades para vencer o último inimigo. O único que pode vencê-lo é aquele Digimon arcanjo que agora luta. Infelizmente nenhum de nós podemos fazer nada — disse Tai.

— Eu odeio ficar aqui só olhando sem fazer nada. Eu queria ajudar em algo — Daisuke resmungou.

Tailmon olhou pra trás e viu algo que lhe chamou atenção. A parceira de Kari foi ver do que se tratava. Ela andou alguns metros e viu nada mais nada menos do que...

— Você! Vem deixa que eu te ajude — disse a gata.

Na luta...

— É deprimente ver que você usou seus últimos esforços pra tentar acabar comigo de uma vez por todas. Realmente aquele seu ataque foi muito poderoso, se fosse qualquer um dos meus generais a terem levado aquele golpe com certeza seriam destruídos. No entanto eu sou bem mais poderoso que eles, portanto aguento muito mais.

— Eu usei o meu ataque mais poderoso. Não sei como não surtiu efeito contra você!

— Não vou mais perder tempo. Acabarei contigo de uma vez por todas — Daemon foi pra cima de Lucemon e começou a golpeá-lo com as suas garras. O arcanjo não conseguia desviar, porque os ataques eram rápidos e impossíveis de se defender — E então o que acha do meu tratamento? Tá bom aí? Vai ficar ainda melhor.

Daemon jogou seu poder das trevas pra cima de Lucemon. O arcanjo foi jogado contra a parede um prédio um pouco ferido devido os ataques constantes do inimigo. Saiu de perto do prédio e tentou voar quando uma bola de energia do tamanho de uma bola de tênis de coloração marrom infernal, que simbolizava a ira, explodiu à queima-roupa destruindo a sua armadura de Seraphimon. Ele foi arremessado contra a torre de Tóquio, mas ao cair perto viu uma bola de energia de coloração verde, luxúria, que logo explodiu causando muita dor e sofrimento, inclusive destruindo os alicerces da torre fazendo-a cair sobre os prédios e matando umas 200 pessoas que estavam perto. Lucemon foi arremessado para dentro de um prédio. Duas bolas de energia, uma rosa e outra azul, que simbolizavam a preguiça e a soberba, explodiram ali mesmo atingindo o digimon em cheio e derrubando o prédio. Cerca de mais 700 pessoas morreram.

— Aahhhhhhhhhh! — Lucemon gritava de dor enquanto as chamas infernais lhe consumia. Caiu no chão entre os escombros. Seus ouvidos, nariz, boca e olhos sangravam e a sua força esvaindo. Nunca sofreu tanto numa batalha.

— Não pode ser. Isso é um verdadeiro inferno! — disse Paulo completamente sem esperança.

Uma bola de energia de coloração amarela, que simbolizava a gula, explodiu perto dos digiescolhidos causando raios elétricos que atingiram tantos os humanos quantos os digimons. A única que não foi atingida foi Lúcia, mas ela ficou assombrada ao ver os seus amigos desmaiados no chão. Paulo cuspia sangue enquanto juntava forças para acordar Impmon.

Mas o cenário desolador estava perto de Lucemon. Ao tentar se levantar, viu um braço desmembrado de um ser humano. Logo notou uma pilha de cadáveres ao seu redor. Ficou horrorizado.

— É isso que vai acontecer com todos os seres humanos deste planeta. Servirão de adubo e nada poderá me deter. Você sequer consegue ficar de pé com os meus ataques. Mas ainda faltam dois — disse um Daemon psicopata com um largo sorriso no rosto enquanto mostrava os seus dentes afiados.

 De fato uma bola de energia da cor azul claro, inveja, explodiu no céu escuro de Tóquio causando uma chuva venenosa que mataria até mesmo os digiescolhidos em poucos minutos. A última bola de energia roxa, caracterizada como ganância, explodiu perto de Lucemon acabando de enfraquecê-lo por completo. Ele caiu ao lado do cadáver de uma criança e aquilo lhe chocou muito.

— É triste ver que vai acabar assim. Será uma morte em vão já que não conseguiu me derrotar. Pois bem, meu caro irmão, se escolheu ficar ao lado dos digiescolhidos então morra com esses escolhidos.

Com a sua garra esquerda, Daemon segurou o rosto de Lucemon e afundou no concreto. Depois foi arrastando por centenas de metros até chegar perto de onde os digiescolhidos estavam e finalizou a luta segurando-o pelo pescoço e dando um soco em seu queixo. O loiro caiu no chão perdendo muitos dados e não parava de sangrar, com muita exaustão.

— Lú... Lúcia... Aonde vai? É perigoso demais... Impmon, você está bem?

Impmon acordou ainda atordoado pela descarga elétrica. E a chuva que caía tão forte quando um dilúvio envenenava a todos. Mas Paulo teve forças o suficiente para seguir a sua irmã mesmo com as pernas bambas.

— Então... esse é... esse é o poder das trevas... — disse Lucemon ao cuspir sangue. Seus olhos já não enxergavam direito. Daemon o segurou pelo pescoço.

— Você me obrigou a usar o poder que guardei durante eras. Mas valeu à pena, não é? O único que podia me deter está completamente derrotado na minha frente. Como eu disse foi uma decepção, irmão Lucemon. Escolheu o lado desses digiescolhidos e cuspiu na minha cara. Mas agora pode ter certeza de que matarei a sua parceira e desmembrarei pedaço por pedaço como aqueles humanos que morreram.

— Esqueceu que ainda tenho um brasão da luz? Enquanto ele existir, você nunca vencerá — Lucemon cuspiu bem no rosto do vilão.

— Então morra com o brasão e tudo.

Na hora em que Daemon levantou a sua garra para desferir o golpe final, um raio de luz o atinge por trás. Veio da direção dos digiescolhidos. Na verdade foi Lúcia que conseguiu atacar o digimau. A garota segurava o Brasão da Luz e dali partiu o raio de luz.

— Deixa o Lucemon em paz, seu feioso.

— Ah, sua pirralha! Como ousa me atacar com isso! Você será a minha primeira vítima. Acabarei contigo juntamente com esse brasão!

O Digimon foi na direção da menina. Daemon iria matar Lúcia a qualquer momento.

— Não... deixarei que mate a minha irmã. Por mais que tenha destruído os nossos brasões e nos ferido naquele ataque ainda temos a força de vontade para continuarmos lutando — Paulo pegou o seu digivice e o colocou na direção do brasão da garota. Logo os outros quatro digiescolhdis fizeram o mesmo. Cinco luzes saíram dos seus digivices e entraram no brasão da menina que logo brilhou tão intensamente que pegou Daemon de surpresa.

— O que está acontecendo com esse brasão? Ele não tinha muita força. Eu achava que restava nada depois de todos esses ataques inúteis contra mim. Então... o que esse brasão é capaz? Ah o que é isso?!

O brasão da Lúcia saiu de seu pescoço e foi na direção de Lucemon. Logo o objeto começou a virar uma espada de luz poderosíssima. O arcanjo segurou a arma de luz. Naquele instante Lucemon ganhou coragem para enfrentar o seu arqui-inimigo. Foi na direção de Daemon.

— Daemon, eis aqui o poder da luz. O poder dos escolhidos que você tanto subestimava. Mas que na verdade é muito mais poderoso do que essas trevas de que você tanto se orgulha.

O arcanjo foi na direção do demônio e com apenas um movimento rápido ele estocou a espada de luz no peito do mal. Naquele exato momento, Daemon foi finalmente derrotado pelo poder da luz. O próprio não acreditava nisso.

— Oh! — exclamou o demônio rachando e saindo luz de dentro de si. Logo uma forte luz surgiu como se fosse uma explosão.

— Agora sim! Agora sim Daemon foi derrotado! — bradava Paulo em êxtase.

Não só Paulo, mas todos os outros, mesmo fracos, ficaram felizes ao ver que o último inimigo sofreu um golpe com a espada de luz. Cansado e exausto, Lucemon se aproximou de Lúcia para saber se estava bem. Mas a menina olhou por trás do seu parceiro e fez cara de assombrada. Ao se virar, levou um soco poderoso que o fez afundar o rosto no chão.

— Eu não... acredito que esse monstro ainda esteja vivo — reclamou Paulo ao vê-lo de volta na sua forma de anjo.

— Maldita digiescolhida da Luz — seus olhos azuis estavam mais psicóticos do que nunca e a só queria matar Lúcia a partir dali. — Eu vou te matar, pequena vadia! Por sua culpa... por sua culpa eu perdi a minha forma completa e perdi os meus poderes... hehehe... Oh, Lúcia, não é? Eu vou ter o prazer de matá-la com as minhas próprias mãos.

— Socorro! Lucemon!

O arcanjo se levantou de uma só vez e agarrou MagnaAngemon por trás e o jogou contra o chão.

— Me solta! Você era para estar morrendo... — Mas Lucemon parecia estar fora de si e a única coisa que queria era acabar com o vilão.

Os dois anjos rolavam no chão até caírem numa poça de lama causada pela chuva. Lucemon ficou por cima de MagnaAngemon e começou a socar muito a cara dele até fazer o vilão espirrar sangue. Mas o impiedoso conseguiu se desvencilhar do parceiro de Lúcia dando um chute nele.

— Lúcia... fuja — disse Lucemon sentindo muita dor.

MagnaAngemon perdeu as suas asas angelicais e viraram negras como de Devimon. Aos poucos ele se transformava num anjo caído. Caminhou lentamente, com o rosto sangrando e as vestes branca sujas de lama. Mesmo cansado permaneceu com o objetivo de matar Lúcia a qualquer custo. Contudo Baalmon apareceu em sua frente e começou a atirar, atingindo-o com as balas. O anjo caído foi pra cima do Baalmon e deu um soco na barriga dele, obrigando a voltar para Impmon.

— Eu... fracassei...

— Ah não... Impmon. Lúcia...

— Está na hora de te pegar, Lúcia — falou com rosto de psicopata.

A menina se tremia de medo quando Andromon utilizou seus mísseis que acertaram o inimigo. Seadramon, Lilimon e Woodmon também usaram os seus poderes. A única coisa que fizeram foi ferir um pouco o anjo. Greymon utilizou suas chamas para atacar o imperador das trevas, queimando as suas vestes brancas.

— Saiam das frente, seus vermes!!!

Utilizando o que lhe restou de energia, Magna atingiu todos os digimons que atacaram com uma descarga elétrica roxa. Agora mais ninguém poderá detê-lo em matar a digiescolhida da luz. Porém, Lúcia já havia corrido a pedido de Paulo e se esconder em algum lugar. O vilão a viu quando foi na direção de uma avenida cheia de carros.

Completamente transtornado, o imperador caminhava pela calçada e viu vários carros parados na pista. Sentiu a presença da menina em algum lugar por ali. Ele já nem mais lembrava o calmo Magna Angemon do mar das trevas, agora estava sujo, com seus belos cabelos loiros desgrenhados, com asas de Devimon, vestes queimadas e cheias de lama e sangue saindo do seu nariz. Passou por cima dos japoneses que estavam desmaiados na rua.

Enquanto isso, Lúcia se escondeu embaixo de um carro e assombrada com o que poderia ocorrer. Porém ela a chuva torrencial fez com que a pista ficasse com um nível de água acima do normal, obrigando-a subir a cabeça para não se afogar. Já Magna pegava alguns carros e jogava-os para longe sem se importar em matar mais seres humanos. Ele percebeu que a menina havia se escondido.

Lucemon caminhou mesmo ferido atrás dos dois. Ainda lhe restava energia para tentar impedir o inimigo de matar a sua parceira.

— Achei você! — ele jogou o carro para longe. Lúcia gritou com medo. Sem nenhum pudor, MagnaAngemon segurou a menina pelos cabelos e a levantou. 

— Daemon! Por favor, não faça isso. Por que quer tanto matá-la? Eu me rendo, pode me matar, mas deixe-a em paz — implorou Lucemon ao ver a menina urrar de dor.

— Não adianta nem me implorar de joelhos. Estou destinado a acabar com a vida dessa garota no momento em que eu perdi a minha forma de imperador das trevas. O que vai fazer agora, Lucemon? Hã? — ele balançava a menina torturando-a ainda mais. — Está impotente, não pode fazer nada, não pode mudar o meu destino. Você verá a sua parceira ser morta de qualquer jeito. Ou você pode me atacar e atacá-la junto comigo.

Lucemon chorava por estar numa situação desesperadora. MagnaAngemon se preparava para assassinar Lúcia quando um raio de luz atinge as suas costas. Ele se virou e viu Lin brilhar intensamente como se ela fosse um gerador de luz. Era a parceira de LadyAngewomon. Logo a mulher passou tudo o que tinha de luz como num raio para o corpo do algoz. Ele soltou Lúcia e sentiu o seu corpo queimar com tanta energia sagrada. Lucemon imediatamente ficou por trás de Magna e deu mata-leão. O vilão, enfraquecido com excesso de luz que recebeu não tinha forças para se soltar.

— Não... não pode ser... como eu posso ser derrotado dessa forma? Eu não acredito, eu não acredito nisso — mesmo quase sendo estrangulado, ele teve forças para caminhar na direção da Lúcia. A menina ainda encolhida no chão viu o vilão se aproximar mesmo com Lucemon colocando muita força. — Lucemon, mesmo que eu morra, vou levar... a sua parceira junto.

— Merda! Para com essa droga. Por que você não morre logo?!

— Porque... é o meu propósito... a minha existência. Foram anos de planejamento... anos manipulando tudo e todos... para terminar assim? Eu me recuso! Me recuso perder tudo para uma criança!

— Morre! Morre! MORRE LOGO! — Lucemon voltou a perder forças.

— E mesmo que... eu morra vocês nunca ficarão... livres das trevas. Sabe por quê? Porque essa luz não poderá ficar livre das trevas. Pois onde há luz há trevas.

MagnaAngemon, mesmo sendo estrangulado, se aproximou de Lúcia e estava preparado a pisar em sua cabeça. Lucemon tirou tanta força vital que conseguiu no último instante ter forças para quebrar o pescoço do vilão, acabando assim com a sua vida definitivamente. O anjo caído apenas caiu no chão, sem vida.

O arcanjo apenas sorriu para a parceira e caiu de bruços no chão. Retornou para a sua forma criança, mas ainda possuía muitos ferimentos pelo corpo. Sua energia vital desaparecia.

— Lucemon! Lucemon, o que houve? — disse a garota aparentemente recuperada da dor. Ela percebeu que ele ficou com o semblante abatido e se tremia muito. — O que houve?

— Lúcia... usei todo o meu poder nessa luta. Estou morrendo.

— Não, Lucas. Eu não quero que você morra. Não quero.

Lin se aproximou dela, mas lamentou não ter mais luz para recuperar o menino. Para evitar que Lucemon morresse, o digivice brilhou e fez com que uma luz forte entrasse nele. O aparelho desapareceu e assim a menina perdeu a condição de digiescolhida para salvá-lo. Toda a sua luz foi usada para recuperar o corpo de Lucemon.

— Você me salvou... Lúcia?

— Acho que sim. Não quero que você morra. Não quero.

— O seu digivice sumiu. Lúcia... muito obrigado — ele começou a chorar. Os dois se abraçaram.

A chuva parou, as trevas cessaram e os humanos acordaram. Os digiescolhidos fugiram antes que a polícia chegasse. Foram todos cuidados pelos veteranos.

— Hehehe eu estou muito feliz, porque todos nós vencemos as trevas. E fiquei muito feliz porque você salvou minha vida — disse o anjo mais feliz ainda abraçando a parceira.

— Por causa disso eu nunca mais quero me separar de você, Lucemon. Mesmo que eu não seja mais digiescolhida.

— Se Lúcia não é mais digiescolhida, então Lucemon não é mais parceiro dela. O que quer dizer que ele pode retornar ao Digimundo e viver livremente como todos os outros — concluiu Paulo.

— Fala sério. Eu moro com vocês, lembra? O Digimundo não serve mais para mim. Eu adoro ficar com vocês.

— Irmã, você está bem? Ainda está doendo? — perguntou Paulo vindo à sua direção.

— Não, maninho, eu to legal.

— Olhem só o céu, pessoal. Está clareando — disse Jin observando que as trevas que encobriam o céu de Tóquio sumia.

— Com certeza vencemos, pessoal, vencemos — comemorava Mia bastante feliz.

Pelo mundo afora as trevas se dissipavam e desapareciam pouco a pouco. Em muitos lugares do mundo voltaram ao normal. As pessoas começaram a acordar de seus estados adormecidos.

No Brasil...

— Ai, gente, o que foi isso, dona Márcia? — dizia Conceição se levantando da sala do apartamento da patroa.

— Eles conseguiram. Eu tenho certeza que sim.

— Do que a senhora está falando, dona Márcia?

— Os meus filhos, Conceição. Eles vão voltar e conhecer o mais novo irmãozinho deles — dizia ela enquanto olhava o céu da madrugada.

Em Odaíba...

— Ray, você está bem?

— Aiko eu... eu estou sim — ele se levanta do chão — eu estou acordado. Isso quer dizer que os digiescolhidos conseguiram derrotar o último inimigo de uma vez por todas.

— Sim, sim meu irmão. Isso é maravilhoso.

— Sim, Aiko. Agora os dois mundos finalmente se livraram da influencia maligna de Daemon. E definitivamente eles fizeram justiça à todos que foram vítimas dele.

— Alguém me ajude. O que eu estou fazendo deitada no chão? — Mayako acabava de acordar.

— Tia! — disseram ambos. Logo foram ajudar a tia.

...

Passado o momento de comemoração, eles se reuniram todos num parque próximo dali. Kari — que numa altura dessas fora informada — chegou ao parque com Lin. Tai ficou surpreso e pediu para que os digimons se escondessem, mas Kari avisou que não eram pra fazer isso. Então ela trouxe a mulher pra ver como eram os digimons.

— Nossa. Então vocês... vocês são os digimons que ela tanto me falou? Seu Taichi! Puxa, o senhor é um digiescolhido!

— Pois é, dona Lin. Pra senhorita ver como são as coisas — disse o homem um pouco envergonhado.

— Gente a Lin é uma digiescolhida como todos nós — todos se assustaram — ela era de uma geração bem anterior da minha e do meu irmão.

Lúcia matou a charada e percebeu que ali se tratava da parceira de Lady Angewomon.

— Você tem uma parceira — disse a menina. — Eu vi né, senhorita Kari? Ela falou conosco.

— Minha parceira Digimon? Eu não sei se acharam a pessoa certa. Eu não me lembro de nada disso — disse a mulher.

— Tente se lembrar na época da sua infância — disse Kari.

— Ai faz tanto tempo. Eu to com trinta e dois anos. Mas quando eu tinha uns dez anos eu me lembro de ter mexido no computador do meu pai...

— Sim continue — Kari insistia.

—... Eu me lembro do seguinte. Foi no apartamento do meu pai em 1990 quando eu tinha dez anos. Eu me lembro de que havia ganhado dele um joguinho portátil daqueles em que a gente cria um bichinho virtual. E nesse jogo tinha um cabo que era ligado ao computador. Nesse dia eu quis testá-lo. Naquela época não havia a tecnologia de hoje e também não era todo mundo que desfrutava de um computador em casa. O meu pai trabalhava com a informática da época. Enfim, eu conectei o cabo ao gabinete do computador e comecei a jogar. Daí eu comecei a jogar e comecei a criar um bichinho virtual.

— Como era a aparência dele?

— Eita, Kari, nem me lembro direito. Espera! Era um cachorrinho, sim eu me lembro de que era um cachorrinho que eu criava. Na verdade ele havia saído de um ovo. Aí eu me apeguei demais. Eu era criança na época e o joguinho era novidade, aí eu ficava dia e noite cuidando do meu cachorrinho. Foi quando aconteceu algo estranho. Teve uma vez que o meu bichinho havia desaparecido sem deixar vestígio, nesse dia eu chorei muito pensando que o havia matado. Chorava dia e noite, foi então que eu cheguei numa conclusão de que o meu pet virtual quebrara. Mas antes disso eu havia recebido uma mensagem no computador perguntando se eu estaria preparada, mas depois eu deixei pra lá e nem me importei. Depois me conformei. Agora o que isso tem a ver com os Digimons?

— Bichinho virtual. Foi na mesma época em que LadyAngewomon foi raptada na época que ainda estava no digitama. Isso quer dizer que ela era o seu bichinho virtual na época da sua infância e por algum motivo ao se conectar ao computador ela criou vida e dias depois o digitama dela foi raptada pelo Daemon. Por isso você perdeu seu pet virtual. Agora faz todo o sentido — raciocinou Kari.

— Puxa vida isso já faz um tempão. Eu nem tenho mais o jogo.

— Não se trata de jogo. Trata-se de algo mais real, entende? O mundo digital existe e os seres digitais também. Não é à toa que você está os vendo agora.

— Ai Kari. Se eu tenho um parceiro Digimon, então cadê ele?

Kari ficou tomando coragem para falar. Quando ia o fazer, foi interrompida por Tailmon que trazia consigo um Salamon. Na verdade era LadyAngewomon na sua forma criança e, coincidentemente, estava como o bichinho em que a senhorita Lin criava quando criança. A mulher olhou para Salamon e logo reconheceu seu pet.

— Eu não entendo...

— Essa aqui é a mesma LadyAngewomon que conhecemos. Agora nós conseguimos juntar as duas parceiras que nunca haviam se conhecido — disse Tailmon.

Mesmo estando na sua forma criança, Salamon se mostrava bastante debilitada. Achou um jeito de conseguir viver por mais alguns instantes. Pelo menos o suficiente para conhecer a sua parceira. A mulher se abaixou e segurou o Digimon no colo. Abraçou bem forte tentando “matar a saudade” que ela sentiu na época da infância.

— A minha parceira. Então esse é a minha parceira que eu tanto cuidei. Estava com saudades — disse ela enquanto enxugava as suas lágrimas.

— Eu... Sempre sonhei com esse momento. Sempre sonhei no dia em que encontraria o meu parceiro e receberia um abraço dele. E esse dia chegou. Infelizmente eu... Não consigo ter mais forças. O meu digi-núcleo está acabando e eu estou morrendo. Eu queria continuar, mas não dá mais. Eu tenho que ir...

— Mas você já vai? Morrer! Não. Como você pode ir assim? Nós temos muito que nos conhecer. Eu estava procurando por ti. Não me deixe.

— Eu te amo minha parceira...

— Não. Você não pode morrer! Agora que nós nos encontramos pela primeira vez depois de tantos anos, por favor, não se vá! Por favor, bichinho, não se vá! — bradava a mulher chorando rios de lágrimas. Ela ficou sem luz para recuperar a digimon quando resolveu ajudar Lúcia.

No entanto não houve jeito. Salamon virou dados nos braços dela. Tanto a mulher como os escolhidos e seus parceiros choraram. Foi uma cena muito triste. A LadyAngewomon, como Salamon, viver poucos instantes só para ver sua parceira que não conhecia.

Logo após prantear a mulher se levantou e tentou tomar fôlego. Mais calma ela falou com a Kari. Disse que voltaria para casa e depois pegar a sua filha na escola. A Yagami assentiu e disse para ela ser forte e superar aquilo de cabeça erguida.

— Eu entendo tudo agora. Infelizmente nunca tive a mesma sorte que vocês, mas eu supero como superei muitas coisas na minha vida. Com licença a todos. Até segunda-feira senhor Tai — ela saiu.

Kari estava inconsolável e pediu consolo para T.K. Ele a abraçou. Daisuke ficou irritado com aquilo, mas engoliu silenciosamente a irritação pra respeitar o momento triste que havia acabado de ocorrer.

...

Minutos depois Koushiro chega, sem o Joe, com Tentomon. O ruivo avisou que estava na hora dos escolhidos voltarem para casa, pois Gennai avisara. Então ele pegou o seu laptop e abriu um portal. Teria que ser rápido senão o portal fecharia. O único que não iria era Jin, pois ele vivia no Japão mesmo. Então eles se despediram dos veteranos e entraram no portal. Tai e Yamato viam se chegava alguém de surpresa, mas tudo saiu como esperado.

Os cinco digiescolhidos e seus parceiros ultrapassaram o portal e chegaram num lugar de floresta. Logo viram Gennai, Nashi e Dinohumon.

— Olha, você é aquele escolhido que entregou o brasão para a Lúcia — disse Mia. — Bendita hora que isso ocorreu, porque sem ela estaríamos mortos.

— Sim. Desculpem-me se eu não os ajudei na luta contra Daemon, todavia eu fui chamado pelo Gennai para ajuda-lo aqui no digimundo — disse Nashi.

— Isso mesmo. Precisava da ajuda deles. Mas isso não interessa no momento, certo. O que importa é que vocês conseguiram tirar todas as ameaças dos dois mundos. Parabéns, meus parabéns escolhidos. Agora isso não quer dizer que acabou para vocês. Há muito que fazer aqui, contudo, no momento, vocês precisam voltar para casa e descansarem. Muito obrigado crianças escolhidas, meus mais sinceros obrigados. Agora vocês precisam ir. A notícia boa é que os seus parceiros também podem morar com vocês no mundo real daqui em diante. E Lucemon, pode viver na Terra como Lucas normalmente. Você é um verdadeiro herói para todos. Meu mais sincero obrigado — O anjo ficou vermelho de vergonha.

Gennai abriu um portal múltiplo que dava para os quatro lugares do mundo. Brasil, Havaí, Espanha e Grã Bretanha. Enfim eles não demoraram muito e entraram no portal de volta ao mundo real.

Paulo, Lúcia, Impmon e Lucemon chegaram em casa e ainda era madrugada do mesmo dia que já era tarde no Japão. Márcia e Conceição já estavam acordadas há muito tempo e foram ver no quarto do Paulo. Tiveram uma grande surpresa ao verem os quatro de volta.

— Meus filhos — os quatro vieram abraça-la. Todos caíram ao chão e começaram a rir da situação.

— Ainda bem que vocês voltaram Paulo, Lúcia, capetinha e anjinho que era Lucas, mas que na verdade não é mais.

— Conceição e eu estávamos aflitas aqui querendo notícias. Aconteceram coisas estranhas sim, mas depois eu os conto. Agora vocês vão me contar exatamente o que aconteceu com vocês.

— Mamãe, eu to com sono — queixou-se Lúcia.

— Tudo bem, minha querida. Lucemon também está liberado para descansar.

— Obrigado.

— Paulinho e Imp ficam aqui e nos contem tudo. Vamos, vocês são mais fortes e podem aguentar mais um pouco — disse Márcia.

— Tudo bem, mamãe — disse o garoto sentando no sofá junto do seu parceiro. — Aí, Lucemon.

— O que foi, Paulo?

— Você é o meu herói a partir de hoje — disse Paulo com os olhos brilhando.

— O meu também — Impmon do mesmo jeito.

— Ah... parem de fazer essas caras! Aquilo foi só a minha obrigação... Parem! Vocês me assustam mais do que o Daemon!

Eles começaram a falar da batalha, de todas as batalhas que tiveram no Japão. Márcia custou um pouco para acreditar, porém no final das contas acreditou. Logo após as explicações os dois foram dormir, porque estavam extremamente exaustos. Enfim, eles mereciam. Acabaram de salvar a Terra. Descanso merecido.

Horas depois...

— Lucas. Está acordado?

— Sim. Mas a Lúcia está dormindo. É que depois de tudo o que houve não consigo grudar os olhos.

— Eu soube que você salvou o mundo. Arrume-se. Vamos só você e eu num programa como se fôssemos mãe e filho.

— Mas e os outros?

— Qual parte "só você e eu" você não entendeu?

E assim Lucas se arrumou. Enquanto os outros três dormiam profundamente, Márcia e Lucas saíram para uma lanchonete do McDonalds; se divertiram no shopping, assistiram à um filme, brincaram no parque e aproveitaram um tempo na praia. Foi quando a mulher pegou-o de surpresa.

— Quer ser o meu filho de verdade? Você é o único digimon que conheço além do Ray que consegue ficar humano. Bom, Ray é o contrário, mas você me entendeu.

— Isso é possível?

— Posso falar com o meu advogado. Direi que te adotei num lar de adoção e darei todos os passos legais até ter o meu sobrenome. Assim você se tornará o terceiro de quatro, o que acha?

— Mamãe! — Lucemon abraçou Márcia. — Quatro?

A mulher pegou a mão dele e colocou em sua barriga. Explicou que não dava para sentir, mas que em alguns meses a sua barriga irá crescer.

— É do Ray.

— Quero só ver a cara dele quando descobrir — e assim Lucemon gargalhou com Márcia. Nem parecia aquele que quase morrera horas antes. 

...

Vários e vários dias se passaram e o ano de 2013 entrou com tudo na vida de todos os personagens desta história. Cada digiescolhido, tanto veterano quanto novato, tiveram muitas coisas boas neste ano. Começaremos pelos veteranos.

Takeru e Hikari começaram um namoro neste ano. O loiro tomou a coragem de finalmente se declarar para a sua amada e falar sobre a foto que tiraram juntos no colegial. A morena, como já sabia de tudo, aceitou o pedido de namoro. Quem não gostou foi Daisuke, porém aceitou ser rejeitado pelo seu grande amor.

Tai, Sora e seu filho se mudaram para outro bairro de Tóquio, ou seja, não estavam morando mais em Odaiba. É claro que Agumon e Piyomon foram juntos.

No mesmo dia em que derrotaram o último inimigo, Yamato e Gabumon fizeram um show de rock com a banda. Eles fizeram com que a entrada dos amigos fosse gratuita. Enfim, o loiro ganhou um disco de ouro ao fazer uma apresentação num programa de TV local. Era só festa.

Koushiro ficou fera em fazer jogos de RPG. O nerd sabia de um tudo e se saiu bem. Logo em 2013 o jogo que ele fez sairá para teste e se aprovado logo será vendido.

Daisuke arrumou uma paquera na faculdade em que fazia. O ruivo esqueceu definitivamente a Kari e se apaixonou por uma garota. Eles se conheceram na escada da faculdade. Esbarraram-se. Vê se pode! Só o Daisuke mesmo.

Iori continua morando fora da capital por causa dos estudos. Segundo ele, vai abrir uma academia de Kendo e seguir os passos do avô. Sorte para ele lá.

Miyako e Ken tiveram apenas alegria este ano. O filho deles nasceu. Mesmo tendo sido de oito meses e alguns dias a criança nasceu forte e sadia. Ela ficou encantada e também as outras mulheres que foram visita-la no hospital.

Mimi e Joe apimentaram a relação. Agora os dois foram morar juntos num só apartamento que eles compraram em Odaiba mesmo. Ela, no caso, conseguiu abrir seu restaurante em fevereiro e, no mesmo mês, conseguiu entrar num programa culinário. Todavia ela ainda tinha seus chiliques para a tristeza da coitada da Palmon.

Lin não conseguiu conhecer melhor a sua parceira. No entanto ela tinha uma filha de seis anos que conseguiu um digivice. Era uma digiescolhida. A menina apareceu diante da mãe com um Yukimi Botamon. Ela adorou ver a filha alegre com seu bichinho.

Ray passou três meses sem ver Márcia pessoalmente, contudo eles sempre se falavam pela webcam. Foi numa dessas conversas em que ela disse que estava grávida dele. O homem caiu da cadeira por causa do susto e perguntou como, quando e onde isso havia acontecido. Márcia se irritou um pouco e explicou sobre aquele dia em que eles brincaram de papai e mamãe sem proteção alguma. A ficha dele caiu então ficou apenas ansioso para tê-la em seus braços novamente e agora seu filhinho. A mulher disse que em algumas semanas estava de mala pronta para o Japão juntamente com seus filhos. Ele prometeu esperar, mas estava morrendo de ansiedade.

Emma e Mia se tornaram campeãs de surf por mais um ano de competições. Dessa vez a menor surfava sempre ao lado do seu parceiro Betamon. No início ele estranhou, entretanto pegou o jeito da coisa. Vai entender um Digimon anfíbio sentir medo de ondas. Contudo ele superou.

Bom, o que dizer dos pais de Ruan. A mãe do rapaz ainda xinga muito o marido. Pense ai nos nomes que ela pode dar a ele. Só não o chama de santo.

AEROPORTO INTERNACIONAL DE TÓQUIO

Ray esperava apreensivo a chegada da sua amada, de seu filho e dos enteados. Ele ficou esperando quando os viu no portão de desembarque. Ao vê-lo, Márcia praticamente correu e se jogou aos braços dele. Em seguida se beijaram com vontade e protagonizaram uma cena caliente e romântica no aeroporto chamando a atenção das pessoas. Perceberam que estavam chamando atenção demais e se separaram.

— Eu estava com saudades de ti, meu amor. Você não faz ideia do que é ficar longe da pessoa que se ama — Márcia desabafou.

— Márcia, eu estou muito feliz de te ver e de saber que o nosso filho está crescendo. Eu adorei ter um filho contigo.

— Que pegação. Eles ficam se pegando e quem paga o mico somos nós — Paulo resmungou.

— Eu estou com muita raiva. Por que o Lucemon consegue fazer muitas das coisas que os humanos faz e eu não? Exemplo, por que eu tenho que ser segurado feito um bichinho de pelúcia enquanto ele senta naquelas poltronas macias do avião?

— Silencio, Impmon. Até parece que não entendeu que o Lucemon consegue ficar na forma humana e você não — Paulo respondeu o Digimon em seus braços.

— Que romântico. Eu adoro romance. O Lucas também, né Lucas?

— Sim, Lúcia. Eu gosto muito de Romance — respondeu Lucemon que estava na sua forma humana.

— Vamos, Márcia. Deixa eu te mostrar onde vamos morar — falou Ray.

Eles foram morar juntos na cidade de Hikarigaoka. Odaiba ficou no passado. Agora eles terão novos rumos pela frente. Márcia trabalha numa emissora local e Ray agora se tornou professor de informática de uma escola da cidade. A vida deles tende a melhorar com o tempo e Ray sabe muito bem disso.

As coisas estão bem mais intrigantes do outro lado do mundo. Conceição recebeu um convite de ir trabalhar com os duques lá na Grã-Bretanha. É claro que ela aceitou. Ela agora é governanta na mansão de Rose.

— Mamãe, Palmon e eu vamos brincar lá no jardim. Ué cadê minha mãe? Conceição você a viu por aí?

— Não, menina. Ela disse que ia resolver uns assuntos.

— Vamos brincar logo, Rose.

— Tá, diga pra ela que estou no jardim brincando.

— Tudo bem. Mas aonde se enfiaram os duques. Eu vou atrás deles é agora.

Os duques estavam no quarto de empregado da Conceição vasculhando as coisas dela. Eles queriam algum documento dela com o verdadeiro nome da mesma. A duquesa achou o passaporte da empregada e, ansiosamente, abriu na página do nome dela. Quando viram tiveram uma surpresa muito grande.

— Então essa é o nome da Conceiçon? — perguntou o duque.

— Eu não acredito que ela tem vergonha desse nome — disse a duquesa.

— Aham! O que estão fazendo mexendo em minhas coisas?!

— Descobrimos tudo. Olha o seu nome aqui. Agora nos explique sobre o seu nome. Por que tinha vergonha dele?

— Duquesa eu explico. Na verdade eu sempre quis fazer homenagem para minha falecida vozinha, a dona Conceição. Por isso eu sempre me chamava de Conceição. Satisfeitos?

— Não sei como sua ex-patroa nunca descobriu.

— Ah duquesa vocês são muito ingênuos. Ela já sabia disso. Ela já sabia do meu verdadeiro nome. Pois é, olha como é a vida. Somos xarás desde sempre hehe — disse a Márcia empregada dando uma piscadela de olho.

Paulo, 1ª pessoa:

Eu nunca pensei que nós, os escolhidos, fôssemos ter um dia de comemoração. Sério. Eu achava que eram só lutas e mais lutas. No entanto, não. Agora é só alegria no digimundo. Estou feliz por nós mudarmos para o Japão, feliz de estar perto do meu parceiro Impmon, feliz de estar aqui com todos os meus amigos que conheci na época da Ilha Arquivo. Pois bem nós nos reunimos num restaurante qualquer aqui no digimundo e fizemos a festa.

— Parece até ontem que nos conhecemos aqui no digimundo — falei relembrando a primeira vez que nos encontramos.

— Até que enfim um bom descanso depois de muito tempo fora. Puxa, eu mereci mesmo, não sou que nem o Hagurumon aqui que não se cansa tão fácil — tudo bem Ruan todos nós precisamos.

— Eu me canso, Ruan.

— É brincadeira, seu bobo.

— Mia, eu to com fome.

— Espera, Betamon, o almoço está chegando.

— Me deixa tomar a palavra. Foi muito gratificante ter que conhecer a todos vocês principalmente quando a minha vida e a do meu irmão estavam em crise. Meus sinceros obrigados — é isso aí Aiko. Estamos aqui para o que der e vier — E também estou muito feliz porque eu estou junto do meu Agumon que sempre será o meu Master.

— Ah para, eu fico envergonhado Aiko.

Todos riram.

— Maninho, cadê o Jin e o Mushroomon?

— Lúcia, eles estão preparando uma surpresa.

Bom, a surpresa aconteceu. Nós todos ouvimos vários estrondos vindos do lado de fora do restaurante. Corremos todos para fora para ver. Eram apenas Jin, Mushroomon, Rose e Palmon soltando fogos de artifícios com alguns outros digimons. Eu cai na gargalhada, pois já sabia da surpresa. Logo todos nós reunimos e pedimos para que um Digimon tirasse a nossa foto. Ele o fez e olha... até que ficou boa. Ficará para o álbum de boas recordações.

Bom, tudo foi ótimo. Mas nada melhor do que ficar sozinho com meu parceiro Impmon no mesmo lugar em que nos conhecemos pela primeira vez. Ficamos deitados no campo observando as nuvens como fazíamos antigamente.

— Puxa são quase dois anos em que nos conhecemos — falei olhando para o rosto dele.

— Sim e nunca me arrependi de conhecê-lo. Já enfrentamos muitas aventuras juntos, se lembra?

— É claro que eu me lembro, Impmon. Mas eu queria te pedir uma última coisa.

— Pode pedir.

— Que fique como Beelzebumon e haja como um pai pra mim? Eu sei que é embaraçoso pedir isso, no entanto você pode ficar na forma extrema graças ao digi-núcleo. Agora se não quiser não tem importância.

— Eu quero. Vai ser legal mandar em ti hehe — ele começou a se transformar até virar Beelzebumon.— Venha filhão, vamos arrasar nesse digimundo afora.

Nossa ele me chamou de filhão. Fiquei comovido agora. Então ele fez surgir a Behemoth dele e eu, claro, subi atrás dele. Depois a gente saiu para mais uma nova aventura por aí digimundo afora. Eu, particularmente, estou ciente de que poderemos sim ter novos inimigos. Eu acredito nas últimas palavras de Daemon quando ele disse com todas as letras: Onde há Luz há Trevas.

...

Beelzebumon dirigia a moto, mas por dentro chorava por não contar a verdade para o seu filho. Sim, ele era o pai biológico daquele menino. Mas essa história só virá à tona mais para frente.

Genetech

A neta do presidente do maior laboratório japonês estudava algo no computador. Era algo meio que intrigante. Ela desligou o notebook e saiu do prédio em que trabalhava. Era uma empresa de genética. Enfim ela chegou até a garagem do subsolo e entrou em seu carro. Abriu o notebook e viu a imagem de um dragão roxo segurando uma esfera negra nas mãos.

— Então é isso o que o vovô tanto quer? — logo ela saiu dali e foi para casa.

A secretária pediu permissão para entrar no gabinete presidencial e explicou para o seu chefe sobre a ida da neta dele. O idoso tomou o seu remédio e logo em seguida encarou o rosto do Lucemon no visor da TV que ficava na sala.

— Olá, meu querido. Um dia eu ei de te conhecer pessoalmente. E o futuro nos aguarda — uma outra imagem surgiu. O mesmo dragão roxo e segurando uma bola escura.

O velho saiu da sala. Sobre a sua mesa presidencial, a sua identificação: Ryuu Matsunaga. 

Ele entrou na sala de experimentos. Sobre uma maca improvisada, o cadáver de um digimon. O cadáver de MagnaAngemon. Por incrível que parecesse, o digimon não virou dados como os outros.

— Dissequem o corpo. Quero tudo dele, principalmente o DNA.

Fim do arco Daemon

Continua em As Crônicas do Digimundo I


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Notas finais do capítulo

Acaboooouuu Acabou. Kbou-se kkk E é neste clima que eu finalizo a minha fanfiction de digimon. Eu sinceramente não queria acabar, mas não podia estender mais. Enfim, eu estou muito agradecido por todos vocês leitores e que comentaram. Realmente fiquei satisfeito, 100% satisfeito com o resultado desta estória. Quero agradecer algumas pessoas que me deram forças para continuar. Em primeiro lugar eu queria agradecer ao Filipe Dragneel. Este cara é o cara, o irmão, o amigo. Tudo com o artigo definido na frente. Este cara foi uma ajuda pra mim e eu também o ajudo. Sinceramente ele se tornou o meu melhor amigo aqui no Nyah, eu o agradeço por tudo.
Maguh Tachikawa que sempre esteve aqui para comentar a minha fic. Ela me ajudou muito com seus comentários. Suas fics são geniais então se quiserem ler algo de qualidade leiam os romances que ela faz com o fandom. Agradeço ao Espectro por comentar em TODOS os capítulos kkk acho que o perturbava demais nas Mps pra lembrá-lo AHAUHAUHAUHA sou pidão. Agradeço ao Camargoos por recomendar e ao Math também. Todos vocês que recomendaram moram aqui no meu coração. Beijos minha gente, fiquei feliz. Agora é só alegria, estou muito alegre. Tenho alguns projetos pela frente pra fazer, todavia não agora. Eu tenho outras fics pra atualizar, ou seja, descanso zero. Bom, independentemente se hoje é feriado de sexta-feira santa ou não (não me apego as doutrinas religiosas, desculpem-me) o que não é tão santa, eu desejo que sejam felizes no fundo dos coraçõezinhos de todos vocês meus lindos. Vocês são lindos demais meus leitores. Vamos juntos para um novo projeto que eu tenho em mente para o fandom aqui. Por enquanto contentem-se apenas com Great Loves. Bom agora eu já estou pegando viagem para ir para a categoria Pokemon. Beijos e abraços e... ahhhhhhhh eu detesto despedidas. Até mais. (me mudando para a categoria pokemon).
TOP 10 DOS MELHORES VILÕES:
10: LOTUSMON;
9: CHAOSDUKEMON;
8:CHAOSPIEDMON;
7:BLACKWARGREYMON;
6: PICODEVIMON;
5: KINGETEMON;
4: SKULLMERAMON;
3: SHADOWLORD;
2: DAEMON;
1: LILITHMON.
OS PERSONAGENS MAIS MARCANTES:
5: LILITHMON;
4:PAULO E IMPMON;
3: LÚCIA E LUCEMON;
2: MÁRCIA;
1:RAY
LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLLOOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
FIM.