Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 63
O Cavaleiro Dragão - Dynasmon!


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO DA SAGA

Leiam com Moderação. (Leiam as notas finais)



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CAPÍTULO 063

Os pais de Ruan e a irmã de Mia desceram o prédio. Logo viram os dois digiescolhidos ali tentando reanimar em vão os parceiros. Os pais do garoto foram na direção dele. Ruan ficou muito preocupado com o desmaio repentino de Hagurumon que nem percebeu que seus pais estavam ali na frente dele.

— Ruan, meu filho — disse a mãe.

— Mamãe, papai que bom vê-los. Fiquei muito preocupado quando soube do rapto de vocês — ele deu um abraço em seus pais, mas logo foi acudir o seu digimon.

— O que ele tem, meu filho?

— Papai, ele ficou assim depois de ser atacado por aquela bruxa da Lilithmon. Foi um golpe muito baixo que ela deu.

— E aí, garoto, o que houve com ele? — perguntou Emma à Paulo referindo-se a Impmon.

— Ele tá inconsciente. Você deve ser a irmã da Mia. Prazer, eu sou Paulo Victor, o namorado dela.

— Hã? Namorado? V-você?

— Enfim, esse não é o momento para me explicar. Depois que derrotarmos a perversa da Lilithmon nós explicaremos tudo — disse o rapaz — só espero que a minha mãe e os outros estejam bem.

Conceição e os duques ficaram debaixo de uma árvore. Já estava chovendo muito e precisavam de um abrigo. A empregada ficou cuidando de Lúcia como prometido, mas mesmo assim a empregada não ficava quieta.

— Eu só quero saber quando é que a dona Márcia vai pagar o meu salário. Estou sem dinheiro, perdida nesse digimundo com uma louca que tá lutando com os digimons e ainda to lascada e mal paga. Puta merda.

— Oh My God, Conceiçon, o que é ser lascada? Me explique, que eu sempre quis saber — disse a duquesa.

A própria empregada ficou surpresa com a pergunta da duquesa — É... digamos que... ser lascada pode ter vários significados diferentes. O que eu usei aqui foi tipo um desabafo. Sabe quando a gente tá com raiva né?

— Entendi mais ou menos. E qual são os outros significados?

— Ai ai ai é melhor deixar pra lá. Não é o momento pra falar disso. Eu quero saber de outra coisa — respondeu Conceição.

— Tá certo, você deve estar muito preocupada com seu salário. Mas enfim, mudando de assunto, qual é o seu nome verdadeiro?

— Seu duque sempre insistindo nisso. Sempre querendo saber o meu verdadeiro nome. Eu vou dizer qual é. Antes, porém, só avisando que Conceição é o nome da minha mãe, sou mais conhecida por esse nome porque tenho vergonha do meu verdadeiro. Agora estão preparados?

A expectativa era grande.

— O meu verdadeiro nome é...

— Oi tudo bem. Então essa é a Lúcia — chegou Emma atrapalhando a conversa dos três — Coitadinha dela, deve tá sofrendo muito.

— Sim está, nós descobrimos que aquela mulher fez uma maldição para que a menina ficasse assim. Agora a dona Márcia e os outros estão lutando para acabar com a megera.

 

As coisas no último andar do prédio não estavam nada fáceis. A digimau conseguiu passar por vários adversários incluindo um Pinocchimon. Aiko, por sua vez, quis enfrentá-la pessoalmente junto de Piccolomon.

— Então vai arriscar a lutar comigo? Muita coragem da sua parte, Aiko. Realmente é um cunhado péssimo de se conviver. Mas eu não o culpo. Coitadinho perdeu os pais naquele acidente trágico — disse ela.

— Pode se achar o quanto quiser. Mas seu fim está bem próximo, pode apostar — respondeu o garoto.

— Você tá brincando com a sua sorte, Aiko. Saiam da minha frente e prometo que não farei nada com vocês.

Piccolomon tentou usar outra bomba, mas a mulher desviou do ataque. A bomba atingiu a porta que dava para o apartamento dela, destruindo tudo que tinha na sala.

— Desgraçado, sabe quanto eu gastei para comprar essas mobílias, imbecil? — reclamou ela.

— Eu vou te derrotar, sua bruxa — disse o pequeno digimon.

O Piccolomon tentou atingi-la com mais uma bomba, mas ela conseguiu repelir o objeto atingindo-o em cheio. O pequeno digimon caiu bem longe para o desespero do garoto.

— Eu disse que não conseguiriam me deter. Quantas vezes eu vou ter que dizer isso, quantas? — ela se aproximou do rapaz — Agora é sua vez moleque. Como eu sou boazinha eu apenas o prenderei até eu matar todos. Depois decido o que farei contigo.

Ela conseguiu capturar Aiko e trancá-lo numa sala escura ali no mesmo andar. Jogou a chave pra bem longe e foi ao encontro dos últimos três obstáculos.

— Tire-me daqui sua louca! Droga! — gritava ele, mas em vão.

Ray, Márcia e Lucemon finalmente chegaram no terraço do prédio. Era grandioso, com uma enorme antena bem no centro. O homem explicou que o chip maligno, ou o Brasão das Trevas — que na verdade era um brasão artificial — se localizava no topo da antena. Seria necessário escalar e ele próprio tirar dali. Nem Lucemon conseguiria, pois nenhum digimon do tipo vacina suportaria o tanto de trevas que ali tinha.

— Meu amor, você fica aqui com o Lucemon enquanto eu subo e destruo aquele chip — disse Ray.

— Cuidado — disse ela segurando nas mãos dele — estarei aqui quando tudo terminar.

De repente a porta que eles passaram explode revelando Lilithmon que acabava de chegar.

— Não pode ser. Como ela pode ter resistido tanto? — indagou Lucemon.

— Olá, meus queridos. Bom, pelo visto eu não precisarei mais usar meu amor das trevas pra confundi-los.

— O que você fez com o meu irmão, sua maldita?!

— Não se preocupe, meu amor, ele ficará bem. Trancafiei ele num cômodo qualquer aqui na cobertura mesmo. Agora finalmente estamos todos juntinhos. Apenas nós que fizemos história nesse mundo sem aqueles digiescolhidos intrometidos. Principalmente o Ray que por muito tempo fez muitas maldades e tiranizou por um bom tempo. Ainda tem a coragem de me dizer que a culpa foi minha? Nem, eu não. Foi você que me criou e que quis colocar uma nova ordem no digimundo por meio da opressão, foi você que criou o exército negro e me colocou lá pra depois me tirar e botar esse pivete do Lucemon, foi você que tentou matar a filha dela, foi tudo você.

— Eu sei que o que fiz foi muito cruel, mas já me arrependi e as pessoas que já fiz mal, me perdoaram. Eu não tenho mais nenhuma dívida com ninguém. Já você, vendeu a sua vida para ficar um pouco mais forte e ficar nessa forma — retrucou.

— E pensar que me trocou por essa concubina. Seu gosto diminuiu de nível, mas não o culpo completamente. É humano e os humanos são fracos.

— O gosto do Ray não diminuiu, pelo contrário, fez foi aumentar. Ele não queria mais se envolver com uma bruxa feito você — respondeu Márcia.

— Agora chega de falatório, está na hora do fim. Adeus para sempre Ray — disse a vilã.

— Eu não vou deixar — disse Lucemon.

— Não me atrapalhe — ela usou um poder e envolveu Lucemon numa bolha. Fez o mesmo com Márcia. — Pronto agora estamos a sós.

Lilithmon se aproximou do homem. Ficou cara a cara com Ray. O homem ficou muito nervoso, não havia mais nada para se fazer. Faltava apenas cinco minutos para a vida de Lúcia se acabar.

— Acabou — ela fechou o punho e deu um soco em Ray que caiu bem longe. Ele apenas não caiu porque se segurou no parapeito do terraço.

— RAY, NÃO! — bradou Márcia.

— Será que caiu ou ainda está esperando a morte?

A vilã se aproximou até o parapeito e viu o homem segurando com as duas mãos para não cair. Ela deu um sorriso de vitória, certamente seria uma vitória triunfal. A megera então começou a pisar sobre a mão esquerda do rapaz inúmeras vezes até ele soltar e ficar pendurado apenas com a direita.

— Hum, seu fim está próximo, meu querido. Vá pro inferno, Raymond — ela começou a pisar nos dedos dele, mas resistiu e não soltava.

Márcia não parava de gritar aterrorizada com aquela cena. No entanto, não podia fazer nada, pois estava aprisionada numa bolha de energia. Lucemon também achava-se impotente em não ajudar.

— Trinta andares aí embaixo te aguardam numa queda livre. Desista definitivamente! — ela continuava a pisar sem parar, mas ele não soltava.

— Droga...

— Tá gostando do meu tratamento carinhoso, meu bem? Toma mais. Caia de uma vez por todas!

"Desgraçada. Será esse o meu fim? Será que eu fracassarei?"

— E aí, sua mão já tá sangrando. Não vai lhe restar mais forças hahahahahaha.

" Não, eu não posso morrer aqui sem ajudar a todos. Eu preciso acabar com tudo que eu comecei. Eu preciso, isso é pelo meu irmão, pela Márcia que tanto me ajudou. Eu não vou me dar por vencido, eu não vou!"

De repente o próprio Ray começou a brilhar diante de Lilithmon. Um brilho foi tão intenso que confundiu a vilã, fazendo parar de pisá-lo. O homem começou a mudar de forma e ficar maior, suas roupas se rasgaram e uma nova forma surgia.

— O que é isso? O que está acontecendo? — Lilithmon estava muito assustada — N-não pode... não pode ser! Ele conseguiu virar um...

Ray mudou de forma e adquiriu sua forma digimon, Dynasmon. Adquiriu também as asas e as características de um Royal Knight. Os outros dois olhavam admirados a transformação.

— Ele virou o... não... não pode... — disse Lilithmon.

— Dynasmon. Esta é a forma digimon que eu tinha na época de ShadowLord. Mas não a controlava plenamente por causa daquela maldita semente dentro de mim, mas agora eu tenho controle total sobre o meu poder.

— Não pode ser. A semente que você carregava era a fonte do seu poder, como conseguiu se transformar?

— O meu DNA também tem uma parte digimon. Não se esqueça que eu mesmo fiz a experiência no meu corpo. Eu consegui mudar muitas coisas nesse digimundo, inclusive eu.

— Impossível. Não pode ser...

DIGIMON: DYNASMON

NÍVEL: EXTREMO

TIPO: CAVALEIRO SAGRADO

ATRIBUTO: DADOS

PARCEIRO: NENHUM (O PRÓPRIO RAY)

PODER DE LUTA: MAIS DE 10 EXTREMOS

GRUPO: ROYAL KNIGHT

DIGIVOLVE DE: RAYMOND KELVIN KYOTO

GOLPES: HÁLITO DE DRAGÃO, RUGIDO DO DRAGÃO

PRIMEIRA APARIÇÃO: CAPÍTULO 37

DESCRIÇÃO: DYNASMON, UM DIGIMON ROYAL KNIGHT. É UM PODEROSO DIGIMON DRAGÃO HUMANOIDE NA FORMA EXTREMA. SEU ATAQUE MAIS PODEROSO É O HÁLITO DE DRAGÃO (BREATH OF WYVERN). RAY CONSEGUIU FAZER COM QUE SEU DNA FICASSE IGUAL DE UM DIGIMON DO ATRIBUTO DATA E ESCOLHEU ESTE, POIS ERA MAIS FÁCIL.

— Está na hora de eu acabar contigo. Eu te trouxe a vida, e agora serei eu que te destruirei — ele começou a ser coberto por uma aura branca — Desintegrador de DNA!

Ele começou a lançar várias rajadas poderosas de suas mãos acertando Lilithmon em cheio. Os múltiplos ataques fizeram com que ela caísse para bem longe. A vilã caiu na floresta com tudo.

Márcia e Lucemon se libertaram e ficaram olhando para Dynasmon ainda receosos. Ainda não tiveram as suas fichas caídas de que ali era o próprio Ray.

— Vocês estão bem? — Falou numa voz mais grossa do que o normal.

— Estamos. Muito obrigado — agradeceu o anjo.

— Ray? É você mesmo?

— É claro que ainda sou eu. Posso ter mudado de forma, mas nunca mudarei de mentalidade. Agora o que precisamos fazer é destruir aquele objeto — ele voou até a ponta da antena e pegou o brasão. Começou a esmaga-lo com sua própria mão até destruí-lo definitivamente — pronto, agora sim eu fiz justiça.

Ele desceu novamente e pediu para que Lucemon voltasse e salvasse os demais que ficaram no caminho. Como o brasão foi destruído definitivamente, quem fora afetado pelo amor de Lilithmon seria liberto da maldição. Incluindo aí a própria Lúcia. Logo depois ele segurou Márcia nos braços e desceu até o chão onde estavam os outros.

Os digiescolhidos que ficaram dentro do prédio voltaram ao normal. Lucemon os ajudou a saírem de lá. Aiko saiu como todos os outros e viu Dynasmon. Deduziu que era o seu irmão.

— Irmão, você conseguiu ficar na forma digimon — disse ele abraçando o outro.

— Eu só consegui porque acreditei que eu poderia fazer justiça. Todos vocês me ajudaram e agradeço muitíssimo. Até que enfim todo o mal acabou, até que enfim.

— Paulo olha a Lúcia. Ela tá acordando — disse Impmon.

A menina começou a recobrar os sentidos aos poucos. Ela abriu os olhos e ainda estava atordoada. Ela estava quase para morrer há pouco tempo, mas ainda bem que fora salva. Lúcia se levantou e ficou sentada, escorada no tronco de uma árvore.

— Ai minha cabeça... o que houve aqui?

— Oh, minha filha querida, que alegria eu sinto agora. A minha filhinha voltou pra mim — disse Márcia abraçando a menina.

— Humph, mãezinha. Eu ainda to meio confusa do que aconteceu...Irmãos!

— Lúcia que felicidade eu to sentindo — disse Paulo.

— Eu também — disse Impmon.

Todos os quatro se abraçaram como uma família bem unida. A cena foi tão emocionante que até a Rose se emocionou e chorou. Conceição também chorou, aliás, todas as mulheres se emocionaram. Lucemon se aproximou da garota.

— Eu não entro nessa família não — disse o loiro.

— Lucemon! — a menina "acordou" e abraçou seu parceiro assim que o viu. Foi um abraço bem demorado.

— Eu disse que iria proteger esse brasão e cumpri. Agora eu vou te devolver — ele tirou o objeto do pescoço e o devolveu à garota. — O nosso brasão da luz.

— Olha, gente, parece até dois namoradinhos, né? — soltou a mãe de Ruan.

— Namoradinhos? Impossível. Lucemon é o parceiro digimon dela. Não dá pra um digimon e uma humana namorarem ou dá? — falou a mãe da menina.

— Do que vocês estão falando aí? — perguntou Lúcia inocentemente.

— Eles estão dizendo que nós parecemos um casal de namoradinhos. O que significa isso? O que são namoradinhos? — perguntou o loiro mais inocente ainda.

— Olha, gente, ele é tão lindo e fofo. Queria ter um desses lá em casa pra eu viver apertando as bochechas — disse a duquesa.

— Ray, você consegue se aguentar com este tamanho, estas asas e esta armadura que eu acho ser de ouro?

— Aiko, eu consigo sim. Esse meu corpo tem um metal chamado chrome-digizoid que me dá resistência, muita resistência — disse Dynasmon um pouco longe dos outros. Ele não parava de olhar para região da floresta em que a vilã caíra. Não estava muito convencido da morte dela.

Aiko percebeu que seu irmão, após virar um digimon, ficou mais sério e ficou com a voz mais grossa do que o normal. Isso o preocupava, pois não tinha uma certeza de que seu irmão manteve a mesma mentalidade amigável de sempre.

— Mano, você tá legal?

— Hum? É claro que sim. Não se preocupe muito comigo — disse ele.

Jin ficou mexendo no seu tablet. Ele havia acabado de receber uma mensagem do Gennai sobre a instalação de um programa. Ainda tentava decifrar que tipo de programa estava instalado no seu aparelho.

— Engraçado, esse programa é como se fosse um digi-portal para o mundo humano, mas ele se abre pra vários lugares no mundo humano. Pra que o Gennai instalou isso no meu aparelho?

— Jin eu acho que isso é algo muito importante. Senão ele não teria feito isso — disse Mushroomon.

— Ei, Mushroomon, vem cá conhecer os pais da Rose — disse Palmon o arrastando.

— Não, eu sou tímido pra essas coisas...

— Ah, vai Mushroomon. Se entrosar é muito bom — disse o rapaz.

Todos estavam felizes e contentes, contudo essa felicidade durou pouco. Algo de muito ruim aconteceu. Lilithmon apareceu diante de todos. Mesmo bastante ferida e com muitos hematomas pelo corpo ela ainda se mantinha resistente e dura na queda.

— Impossível! Como ela sobreviveu de um ataque daquele e ainda cair de uma altura de trinta andares?! — bradou Ruan.

— Será que esse pesadelo nunca vai acabar? — perguntou Márcia.

— Vocês arruinaram todos os meus planos, portanto eu não tenho mais a perder. Estou com muito ódio de vocês e usarei o máximo de meus poderes. Principalmente em você Ray. Eu te odeio.

Dynasmon a olhava atentamente. Estava seguro de si. Seguro de que a derrotaria definitivamente. Manteve sua tranquilidade.

...

AEROPORTO INTERNACIONAL DE TÓQUIO, 8:20 PM

Enquanto isso no mundo real, Kari esperava os seus amigos Ken e Miyako que estavam chegando de viagem. A senhorita Yagami ficou aguardando até que eles desembarcaram.

— Kari, minha amiga, que bom vê-la depois de um mês fora — disse a senhora Ichijouji.

Miyako não era mais apenas uma nerd que usava óculos como antigamente. Agora usava lentes de contato em vez de óculos de grau, seus cabelos era grandes, lisos e castanhos. Ela estava grávida de seis meses do Ken e a criança era uma menina. Kari a abraçou e também ao Ken. Este por sua vez deixou de lado os cabelos grandes para dar lugar ao visual mais moderno com cabelos curtos e penteado de lado. A irmã do Taichi quase não reconhecia os amigos.

— Vocês ficaram lindos com o visual novo. E a filhinha como está? — Eles entraram dentro do carro. Kari estava com o carro dos pais que pedira emprestado.

— Ela já dá uns chutes, minha amiga. Não é mole não. Acho que ela vai ser jogadora de futebol igual ao pai na infância.

— Kari, cadê o Motomiya? Eu queria ver tanto o meu melhor amigo depois de muito tempo.

— O Daisuke está muito ocupado estudando para uma prova da faculdade. Eu acho que ele não terá muito tempo para recebe-lo. E ele também trabalha, então não tem muito tempo. Ainda ajuda os pais com os gastos.

— Nossa, esse é o velho Daisuke que conheci? Parece até mentira — disse a mulher de Ken.

— Oi Kari — disse Poromon saindo da bolsa da mulher.

— Olá, meus queridos. Nossa vocês estão com a cara péssima. Coitadinhos, já estavam morrendo sufocados. Vocês são muito maus — disse Kari.

— Quase eu morro sufocado aqui dentro, Ken — reclamou Wormmon.

— Desculpa, Wormmon. É que nem me lembrava que vocês estavam aí hehe. Perdoa nós?

— Eu perdoo se dar pra nós mais daqueles doce deliciosos da loja de seus pais, Miyako — disse o pequeno rosa.

— Tudo bem eu dou quanto doce que vocês desejarem, mas depois. Estou exausta depois dessa viagem.

— E aí como foram lá no Havaí?

— Foi ótima. Havaí é muito lindo. Sabia que o presidente Obama é de lá? Eu soube quando estava lá — disse o rapaz.

— Ei, eu soube que tem novos digiescolhidos e que houve uma verdadeira guerra aqui? Foi Mimi que me contou — disse Miyako.

— Ela aumenta mas não inventa. Só a Tachikawa mesmo. Sim, existem novos digiescolhidos. Depois eu te conto tudo sobre eles. Agora o que importa são as novidades.

— Cadê Tailmon? Cadê Takeru que não veio te acompanhar? Cade o Iori que não vejo mais? — perguntou a grávida.

— O Iori foi morar no interior com seu avô e pretende ficar lá por um bom tempo. Tailmon ficou em casa porque eu pedi pra ela ficar. O T.K não veio porque não quis mesmo.

— Menina, por falar em T.K, será que ele já te disse que guarda uma foto sua e dele na adolescência e que sempre sentia algo a mais por você além de amizade? — Ken cutucou a esposa pra que ela se calasse, mas já era tarde demais.

— O que disse?

— Não é nada, amiga. Esquece hehe.

— Kari, ela disse que o TK gosta de ti de outro jeito. Sem ser amizade — soltou Poromon.

— Cala a boca, Poromon — ela ficou tapando o bico do seu parceiro — não dê ouvidos à ele.

— Não estou surda, por favor, Miyako. Eu escutei claramente o que disse segundos atrás. Agora quando nós chegarmos em Odaíba eu quero que me conte tudo o que sabe.

— Eu e a minha língua. Não devia ter falado nada — resmungou.

Assim eles foram pra Odaiba.

'Veremos o mapa da previsão. Em boa parte do Japão as temperaturas caem devido a chegada da quadra invernosa. A região que circunda a capital Tóquio e toda a área metropolitana poderá cair neve nas próximas horas inclusive Odaiba e Hikarigaoka. Portanto vamos abusar dos agasalhos e edredons na hora de dormir. O aquecedor também é válido. Em Tóquio a mínima hoje à noite pode chegar aos oito graus, mas amanhã poderá chegar a zero grau e até nevar. Cuidado motoristas na hora de viajar para aproveitar o Natal e o Ano novo que virão com tudo. Bom, pelo menos se o mundo não acabar amanhã...'

Na casa dos Yagami, Tai pegou no sono enquanto assistia ao jornal da noite. Ele às vezes dormia no sofá.

— Tai você tá dormindo no sofá de novo.

— Hã? Agumon, eu já disse pra não me acordar assim...

— Mas o jantar está pronto e a Sora está chamando.

— Puxa hoje o dia foi puxado e estou dormindo ainda cedo. Preciso fazer mais exercícios pra ficar alerta — disse Tai.

— É, e não quero ter um marido barrigudo do meu lado da cama. Agora vai lavar as mãos antes de pegar nos talheres — disse Sora.

— Sora, eu te ajudo a colocar os pratos na mesa.

— Obrigada, Piyomon. Ah querido você recebeu a mensagem do Gennai uns dias desses?

— Não, amor. O que ele disse?

— Claro que não. Sempre tá ocupado demais enfiado naquele escritório que nem ao menos presta atenção nas suas obrigações como digiescolhido. Ele disse que os nossos digimons só não entraram pro digimundo nesses últimos dias porque ele impediu.

— Sabe, eu sempre quis saber como anda os novatos lá. Será que estão bem? Será que acabaram com os inimigos?

— Taichi, amor, você anda tão desinformado. Enfim ele me enviou uma mensagem, não só pra mim como pra todos os outros, avisando que os novatos derrotaram vários inimigos e que falta apenas um.

— Sora, quer dizer que eles estão perto de voltar ao mundo real?

— Sim Pyomon. Eles estão conseguindo. Igual a nós quando derrotamos os antigos mestre das trevas.

— Só espero que saiam de lá bem e que assim o digimundo se livre definitivamente de qualquer treva que existe — disse Tai.

...

A pedido de Dynasmon todos se afastaram, pois era muito perigoso. Lilithmon estava com muito ódio e poderia, sem hesitar, tentar matar qualquer um. Ele estava preparado para lutar.

— Graças a ti eu perdi tudo. Mas eu nunca vou te perdoar, Ray. Eu vou destruir todos vocês com as minhas mãos. O ódio que estou aqui é imensurável, por isso muito cuidado a partir de agora.

— Pode vir. Estou esperando o seu primeiro ataque. Ou você não é mulher suficiente para enfrentar um homem de verdade?

— Cretino. Tome isto. Garra de Nazar — ela partiu pra cima dele, mas o outro foi mais rápido e desviava de seus ataques com muita facilidade. — AHHHH TÁ ZOMBANDO DE MIM, SEU CRETINO!

Ela foi tentar atingi-lo, mas ele segurou sua mão. Mesmo usando muita força, ela não conseguia se soltar dele.

— Largue-me!

— Já que pediu — ele a soltou e a vilã saltou pra longe muito ofegante. Ela já estava quase esgotada — Esse é todo o seu poder? Está me envergonhando, Lilithmon. Quando eu te criei, pus um bom nível de dados para fazê-la invencível. Agora vi que peguei leve.

— Ora, não diga idiotices, seu pseudo-digimon. Acha que só porque ficou assim consegue me deter? Uma digimon poderosa feito eu? Nunca — ela usou seu amor das trevas e formou um coração que foi na direção dele e o acertou.

— Não! Agora ele vai ser amaldiçoado por ela com esse amor — disse Paulo.

— Hehe agora você não tem mais escolha. Perdeu pra... O QUE? IMPOSSÍVEL!

— Esqueceu que fui eu que te criei? Esqueceu que sou imune ao seu beijo e amor letais? Que pena, mas não dá certo em mim. Qualquer técnica de ilusão ou venenosa estarei imune.

— Não pode ser possível. Como eu esqueci desse detalhe?

— Agora morre de uma vez. Desintegrador de DNA! — os ataques foram na direção dela e acertaram, não em cheio, mas acertaram.

Lilithmon já não tinha mais nada pra fazer. Não havia mais nada além de se entregar ou ser destruída. Porém, mesmo com muita pouca força ela ainda conseguia ficar de pé. Ficou com tanta raiva ainda que começou a se formar uma aura negra ao redor dela. Seus olhos ficaram vermelhos. Ela se descontrolou e cedeu à loucura. Já não estava mais consciente de si. Nem mesmo Ray sabia que ela ficava assim e se impressionou um pouco.

— AHHHHHH NÃO!!!! — gritou ela.

Ela explodiu de raiva e começou a voar para bem alto. Todos os digiescolhidos, incluindo os adultos ficaram olhando ela ascender ao céu. Dynasmon não entendia qual era o plano dela. Até mesmo os três generais que estavam numa distância segura ficaram impressionados com a atitude dela.

— Olhem. Lilithmon explodiu de tanta raiva que não consegue mais se controlar — disse ChaosDukemon.

— Será que... ela vai usar todo o seu poder? — Perguntou BlackWargreymon.

— Hum... Dynasmon, interessante — disse ChaosPiedmon.

Ela subiu bem mais alto que o prédio e estendeu a sua garra na direção do solo. Logo ela começou a concentrar muita energia até formar um único raio de energia.

— Essa é a minha última técnica. É a junção de todos os poderes dos oito lordes reunidos concentrados em só um raio de energia. Vai ter que segurar, senão todo o digimundo explodirá. E todos vão morrer, inclusive eu, mas eu não to nem aí. Como eu disse, não tenho nada a perder.

— O quê? Ela vai destruir o digimundo inteiro com aquele ataque? — perguntou Mia apreensiva.

— Isso só pode ser brincadeira — disse Leomon.

— Ahhhh eu não quero morrer! — bradava Rose.

— Ahhhh nós também não — bradavam os duques e os pais de Ruan.

— Eu vou morrer antes de receber meu salário. Que destino cruel — dizia Conceição já chorando.

— Blefe.

— O que disse, ChaosDukemon? — perguntou BlackWargreymon.

— Ela está blefando. Não tem poder suficiente pra destruir o digimundo. Pode ter pra destruir uma vasta região, mas não todo o mundo — respondeu.

— TOMEM ISTO E VÃO PARA O INFERNO!

Com todo o seu poder ela lança um poderoso raio de energia na direção de Dyansmon. O ataque foi tão poderoso e rápido que ultrapassou a velocidade do som e destruiu todas as janelas de vidro do prédio. Os humanos e seus digimons ficaram apavorados com a visão.

— Ahhhh vai ser o nosso fim. Não pode ser — disse Paulo fechando os olhos.

— AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA E ENTÃO O QUE VAI FAZER, MEU BEM? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

— Absorverei toda essa energia — ele estendeu as mãos para o alto a fim de segurar o raio e absorvê-lo.

O raio foi em cheio na direção de Dynasmon, mas foi parado por ele. Assim ele começou a absorver todo o ataque de Lilithmon. Os digiescolhidos ficaram boquiabertos vendo ele ter força suficiente para parar um ataque daquele. Enfim ele absorveu a energia completamente.

— Não... pode ser... — disse a vilã já esgotada.

— Agora chegou a sua hora de ser exterminada da face deste planeta. Adeus, Lilithmon — ele voou até onde ela tava. A vilã estava muito cansada e não se mexia. Então ele a segurou e perguntou — Quais são as suas últimas palavras?

— Vá pro inferno.

— As palavras erradas. Quem vai é você — ele a lançou em direção do prédio. Ela entrou com tudo para a cobertura e lançou-se contra uma parede sendo coberta pelos escombros.

Dynasmon preparou-se para lhe aplicar sua maior técnica, o Hálito de Dragão. Ele se concentrou. Uma aura começou a surgir ao redor dele em forma de um imenso, coloca imenso nisso, dragão de cor branca. Logo em seguida ele lança esse ataque na direção do prédio.

— RAY, EU TE ODEIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O ataque atingiu em cheio todo o prédio causando uma grande explosão nele todo. Lilithmon foi completamente destruída e virada em dados no mesmo segundo. O prédio das trevas foi destruído do topo até a base. Desmoronou completamente.

— Nossa então aquele é o grande poder que o meu irmão adquiriu! — disse Aiko.

A onda de choque do ataque destruiu várias árvores ao redor. Logo depois os escombros do prédio viraram dados e toda a área florestal também. Apenas uma região desértica ficou no lugar. A única coisa que sobrou foi a Torre Negra que era constantemente protegida pelos três generais.

Dynasmon voltou ao solo e ficou sentado. Tava muito cansado. Gastou praticamente toda a energia que tinha para acabar com sua maior rival. Ficou satisfeito em dar fim naquilo que ele deu início. Aiko foi atrás dele pra ver se estava bem.

— Irmão. Irmão você está bem?

— Sim, estou. Acho que conclui a minha missão.

— Você foi um herói, cara. Conseguiu salvar o digimundo e a todos. Esse era o irmão que eu queria ter. O super herói — disse ele tentando abraçá-lo.

— Espera. Estou muito cansado — ele se levantou e começou a caminhar na direção dos digiescolhidos.

Márcia foi na direção dele e o abraçou, mas não conseguia alcançar seu rosto, pois ele, nessa forma, ficava grande. Mais de dois metros de altura. Ficaram apenas no abraço.

— Acabou, Ray. Agora você pode levar a sua vida normalmente ao lado do seu irmão e ao meu lado — disse ela.

Paulo se aproximou dele e estendeu a mão para cumprimentá-lo. Os dois se cumprimentaram concretizando uma amizade. O menino aceitou muito bem o namoro dele com a sua mãe, também o quis como seu futuro padrasto. Impmon, Lúcia e Lucemon também aceitaram o homem na família.

— Ufa, ainda bem que não morri. Depois dessa eu mereço receber o meu salário dobrado.

— Fique calma, Conceição. Eu vou te pagar o triplo do seu salário, o que acha?

— Ai, dona Márcia, como a senhorita é boa — respondeu a empregada.

O digimundo começou a distorcer aos poucos assustando todos. Não entendiam o motivo daquilo estar acontecendo. Apenas Ray, que era expert, sabia exatamente o que estava acontecendo.

— Derrotamos todos os inimigos. Era para o digimundo estar livre de qualquer ameaça — disse Ruan.

— O chip que eu criei e que comumente era chamado de brasão das trevas foi destruído. Os programas que sustentam os humanos adultos também foram destruídos no chip.

— Quer dizer que... — disse Paulo.

— Quer dizer que o digimundo pode entrar em colapso se vocês adultos, que não são digiescolhidos, continuarem aqui — explicou.

De repente uma luz aparece diante de todos. Logo era visível a silhueta de um homem. Era Gennai que havia chegado. Ele apenas chegou no final, como sempre, para ajudar os pais dos digiescolhidos a voltarem para casa.

— Parabéns crianças e Digimon amigo das crianças. Vocês conseguiram deter o mal que os lordes faziam completamente. Mas agora existe uma outra situação que precisam conhecer. É uma informação muito importante.

Momentos antes...

Depois que Weiz mostrou os resultados da pesquisa sobre o Patamon das Trevas, Gennai chegou a conclusão sobre a criatura. Um demônio caído, o mais forte deles. Há onze anos os digiescolhidos liderados por Daisuke Motomiya conseguiram prendê-o na zona das trevas. Gennai sabia exatamente quem era, mas como ele conseguiu se libertar era um grande segredo para todos.

Assim termina a saga dos lordes. Lilithmon foi destruída definitivamente. O digimundo foi livrado da influência maligna em que os digimaus promoviam. Depois os digiescolhidos descobriram que o digimundo se distorceria se os adultos continuassem lá, portanto precisam voltar. E por fim apareceu Gennai dizendo que tem algo importante para dizer-lhes. Somente na próxima saga veremos o guardião do digimundo revelar tudo a eles.

 

FIM DA SAGA LORDES DAS TREVAS


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Notas finais do capítulo

Fim de papo.