Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 56
Paulo Perdoa Ray


Notas iniciais do capítulo

Ai ai ai mais um capítulo preparado com todo o meu carinho à vocês leitores assíduos, tanto os que comentam quanto os que não. Enfim, teremos um lindo capítulo no qual todos se encontram, inclusive Paulo e Ray. No começo todo mundo sabe, ele não o perdoa, mas um acontecimento os deixam mais próximos. Entretanto algo muito ruim acontecerá no final, não me matem por favor kkkkk. Boa Leitura.



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CAPÍTULO 056

 

Gennai se encontrava nas ruínas de um antigo templo próximo aos domínios de Ornismon. Ele via uma espécie de placa na parede. Nesta placa havia algumas inscrições Tais inscrições eram sobre uma antiga lenda que dizia sobre um poderoso demônio dos céus. Um grandioso digimon voador que era invencível e que até mesmo os mais poderosos digimons o temiam. Este demônio era Ornismon. Ainda na lenda dizia que apenas um digimon poderia salvar o digimundo das garras do grande monstro. Era o digimon sagrado.

Gennai olhou a figura do digimon na placa e já deduzira quem era. O imponente, o sagrado. Um ser com um golpe que poderia destruir Ornismon de uma vez por todas.

Linx estava com Gennai, além de Leomon que ficou de guarda para que nenhum inimigo se aproximasse.

— Então é isso.

— O que descobriu, Gennai? — perguntou Leomon.

— Algo de grande importância e que os digiescolhidos precisam saber o quanto antes.

— É sobre aquela lenda do Goddramon? Será que ele existe mesmo? Por que ainda não teve um digimon que pudesse livrar o digimundo da maldição de Ornismon — disse Linx curiosa com o desenrolar da história.

— É claro que sim. A chave de tudo isso está com os digiescolhidos. Eles poderão destruir o monstro se tiverem esperança. Não podemos subestimar os poderes daqueles garotos.

— Com certeza não. Eles foram surpreendentes quando derrotaram SkullMeramon na ilha. E ainda sim continuam surpreendendo — falou Leomon.

 

No coliseu, os digimons assistiam a mais uma derrota dos lordes. Agora eram cinco, sobraram apenas três. Os três mais fortes. Apenas duas tochas estavam acesas, ou seja, as de Lilithmon e de Ornismon.

Porém o entretenimento havia acabado. Lotusmon apareceu perante todos os espectadores e disse que o show acabou.

— Podem ir embora. Não há mais nada para se ver aqui. Vão, vão. Saiam todos — aproveitou e destruiu o telão com seu bastão.

— Brincadeira isso! Agora a gente não pode mais assistir o que preste nessa bagaça — resmungou um Devimon.

— Tem razão. Eu fiquei inconformado. Só porque faltavam apenas dois lordes, na melhor parte, fazem essa sacanagem conosco — resmungou um Wizardmon.

— Vamos embora disso aqui. Essa Lotusmon já encheu o saco — disse um Meramon.

— Vão. Caiam foram daqui — disse a lorde enxotando todos.

Os digimons saíram todos xingando Lotusmon de tudo quanto é nome. Só não a chamavam de santa.

— Torcendo pra nossa derrota, assim não. Bando de sanguessugas — finalizou e depois voltou para a sua base.

Após capturar Lucemon, a megera da Lilithmon foi até os domínios de Ornismon. Na cordilheira oeste de montanhas, encontrava-se o templo do grande monstro. Era um grandioso templo localizado no topo de uma alta montanha.

— LILITHMON, O QUE VEIO FAZER AQUI?

— Falar algo que te agrade.

— DISPENSO AGRADOS. FALA LOGO DE UMA VEZ.

— Sabe que cinco dos oito lordes foram derrotados. Enfim, os digiescolhidos já se separaram e estão prestes a se juntarem.

— DISSO EU JÁ SEI.

— Agora eles estão nos vilarejos que ficam entre as montanhas do leste. Alguns quilômetros daqui. Lá não faz parte dos seus domínios. Faz parte dos meus domínios, ou seja, eles estão muito próximos ao prédio das trevas.

— ACHEI QUE ELES VIRIAM PRA CÁ. TALVEZ EU NEM LUTE CONTRA ELES, POIS ESTÃO PRÓXIMOS A VOCÊ.

— Ai que você se engana. Preciso que me ajude a detê-los. Se derrotar todos os digiescolhidos, eu dou pra você os domínios de KingEtemon, os domínios de Lotusmon e de Vikemon. Que tal?

— PENSANDO MELHOR, ACEITAREI. JÁ QUE HERDAREI TRÊS DOMÍNIOS DE UMA VEZ SÓ. SERÁ MUITO FÁCIL DERROTÁ-LOS. NENHUM DIGIMON DELES PODERÁ COMIGO, MESMO QUE ESTEJAM NA FASE FINAL.

— Que bom. Acho muito bom. Vai chamar algum subordinado seu? Para te auxiliar?

— SABE QUE EU NÃO TENHO SUBORDINADOS. TRABALHO SOZINHO E SOZINHO É BEM MELHOR.

— Com certeza dessa vez os pirralhos não vencerão.

...

O dia mais decisivo para todos os digiescolhidos chegou. Era, finalmente, o dia em que a torre negra começaria a funcionar, contudo apenas à noite. Paulo e os outros acordaram depois de uma noite de sono difícil e retomaram o destino. Eles estavam muito próximos ao vilarejo entre as montanhas do leste a 100 quilômetros do prédio de Lilithmon.

Lúcia estava muito péssima. Sentia-se muito mal por ter perdido seu querido parceiro Lucemon. Ela chegou a piorar por causa da possível doença que pegara quando ainda estava no Ártico. A menina não aguentou mais e sentou-se ao chão.

— Lúcia, você está se sentindo mal? — perguntou Paulo.

— Sim, maninho. Eu acho que fiquei doente.

— Você está ardendo em febre! Precisamos encontrar algum lugar para ficarmos logo.— disse Paulo enquanto carregava a menina nos braços

— Ei, deve haver alguma vila por aqui. Não tenho certeza, mas pode ser que tenha — disse Mia.

Eles seguiram caminho. Estavam num tipo de planalto e logo à frente localizava-se a Cidade dos Digimons Refugiados. Uma cidade pacata, com casas feitas de madeira e as ruas todas de pedras em forma de paralelepípedo.

Por incrível que pareça, Ray e os outros estavam hospedados numa casa. Ele, Márcia, Aiko e os demais chegaram há três dias e possivelmente estavam esperando os demais.

Márcia saiu de uma casa e ficou olhando para o horizonte. Ela ficou olhando para ver se vinha alguém de fora para a cidade. Ray chegou por trás e deu um forte abraço, depois a beijou no rosto.

— Preocupada com teus filhos?

— Sim e muito. Faz muito tempo que não os vejo e às vezes eu penso que...

— Não pense no pior. Eles estão bem, porque são os digiescolhidos — disse ele a abraçando.

— Ah, Ray, sem você por perto, o que seria de mim? Eu te agradeço, meu amor.

— Não precisa agradecer a mim. Eu que tenho que te agradecer eternamente por você ter entrado em minha vida e ter me mudado.

Eles ficara assim durante alguns minutos. De repente eles veem algumas pessoas entrando na cidade, eram Paulo e os outros digiescolhidos. A mulher ficou alegre e correu para abraçá-los.

— Mamãe! — disseram em uníssono Paulo e Impmon.

— Meus bebes queridos. Que saudade de vocês, fiquei muito preocupada — disse ela abraçando os dois enquanto Mia carregava Lúcia.

— Ainda bem que a senhora esta bem. — disse o digimon.

— Como conseguiu sair da prisão de Lilithmon? — perguntou Paulo.

— É uma longa história que logo pretendo contar. Saibam, meus meninos, que minha vida mudou e muito. Lúcia, querida, o que houve com ela? Cadê o Lucas?

— A Lúcia está doente e o Lucas foi capturado pela Lilithmon — explicou Mia.

— Que chato. Mas vamos recuperá-lo. Minha filhinha linda, vem pra mamãe — disse ela colocando a menina nos braços — Puxa, você está com febre.

— Mamãe... eu perdi o Lucemon... ela o tirou de mim

— Não se esforce, querida, vai dar tudo certo conosco. Derrotaremos aquela demônia e recuperaremos todos os que foram capturados por ela. Inclusive o Lucemon.

— A senhora promete?

— Eu prometo. Tudo o que eu prometo, cumpro. Vamos salvá-lo daquela bruxa malvada.

Ray se aproximou deles e começou a falar.

— Olá, digiescolhidos.

— VOCÊ!! — bradou Paulo.

— Olhe, Paulo, é o ShadowLord. Ele veio pra nos atacar — disse Impmon.

— É claro que veio. Um cara que é mau, vai morrer mau. Impmon ataque ele.

— Não, espera...— Márcia tentou interromper, mas era tarde.

— Esperem, por favor — disse Ray.

— Seu malvado, eu não vou deixar você querer matar a Lúcia não. Tome isso, Noite de Fogo! — o ataque pega em cheio em Ray que cai no chão. Impmon fica sobre ele.

— Espera... eu não vou fazer nada com vocês — explicou ainda sentindo dor por causa do ataque.

— Isso é o que você diz, seu malvado, mas eu vou te dar uma lição daquelas pra nunca mais se esquecer.

— É isso aí, Impmon, dá uma surra nele — disse o garoto.

— PAREM!!! — gritou Márcia — Ele não veio aqui para fazer mal. O Ray se arrependeu de ter feito o que fez no passado. Ele está sendo sincero, portanto, Impmon, saia de cima dele agora.

— Tá bom, mãe — o digimon saiu de cima dele. Ray se levantou logo em seguida.

— Era isso que eu estava tentando dizer a vocês. Eu fui traído pela Lilithmon e perdi tudo pra ela. Conheci a sua mãe e me arrependi dos meus crimes do passado.

— Peraí, conheceu como? Como vocês se conheceram? — perguntou Paulo.

Os dois adultos se olharam brevemente e resolveram contar. Márcia contou tudo. Sobre a sua fuga do prédio, como conheceu Ray, como conviveu com ele e... seu namoro. Pronto, Paulo ficou completamente deprimido ao saber que a mãe estava namorando com um de seus rivais.

O garoto começou a chorar e ficou um tanto longe do grupo. Apenas Impmon lhe fazia companhia.

— Vamos, Paulo, pare de chorar. - disse o seu parceiro.

— Não! Eu odeio esse homem e a minha mãe resolveu namorar com ele. Que decepção.

— Filho, dá uma chance pro Ray. Ele está se esforçando muito pra consertar os erros. Dá um crédito à ele — disse Márcia.

— Nunca. Eu nunca o perdoarei. — disse irredutivelmente.

— Deixa ele, Márcia. Logo logo ele vai repensar e acabar me perdoando. Deixa ele quieto.

— Tudo bem, Ray. Fica pensando no que está fazendo, filho. Lembre-se que um dia seus amigos te perdoaram e não guardaram ressentimentos. Os mesmos também perdoaram o Ray. Sua atitude não tem justificativa.

— Mas mãe ele era...

— Nem mas, nem meio mas. Fica aí e pensa no que está fazendo — disse ela.

Impmon apenas ficou calado observando a repreensão que a mulher deu no Paulo. Entretanto, não era isso que lhe chamava a atenção, e sim o visual dela. Ela ficou muito bonita com cabelo loiro. Observou também que ela abraçou Ray e ficaram assim por um momento. O digimon sorriu e balançou a cabeça negativamente.

— Como sempre gosta dos canalhas, "mamãe". 

Ruan e os outros saíram para ver a chegada dos amigos. Foi uma festa. Todos se abraçaram e mataram a saudade. Logo já estavam conversando sobre as lutas e batalhas que tiveram.

A casa em que eles ficaram era propriedade de um casal de Floramons que cederam à eles. Era um tanto espaçosa, feita de madeira. Possuía uma sala grande com uns sofás. Existia alguns quartos em que eles dormiram. Logo todos entraram, exceto Paulo e Impmon, e colocaram Lúcia sobre a cama.

— Ela está com muita febre, senhorita Márcia. A pobrezinha deve ter sofrido no frio — disse Rose.

— É. E o pior que aqui não tem nenhum remédio contra a febre dela. Meu Deus, eu não tenho um remédio sequer para curar a minha filha. Se eu tivesse um antitérmico por aqui, mas não. — falou a mulher.

— Amor, a doença dela não pode ser curada com um simples antitérmico. Isso aí é uma doença de um vírus que existe nas regiões geladas do digimundo. Apenas um tipo de erva poderá curá-la disso. — disse Ray.

— Nossa, então é bem mais sério do que nós pensávamos — disse Mia.

— Então precisamos dessa erva o quanto antes — falou a mulher enquanto acariciava a filha.

— Por muita sorte existem esse tipo de erva no topo dessas montanhas. Agora precisamos pegá-las e traze-las — explicou o homem.

Paulo entrou junto de Impmon. O garoto sentou-se no sofá e ficou quieto. Ruan o viu e pediu perdão por ter brigado com ele na floresta.

— É claro, amigo. Foi só uma armadilha da Lotusmon.

— E por que não perdoa o Ray? O cara é muito legal. Se você o conhecesse melhor não estaria assim com ele. Vai lá, dá um crédito pro cara. Ele nos ajudou tanto — disse Ruan.

— Não, cara. Ele tentou matar a Lúcia no passado.

— Eu convivi com ele por três dias. Digo uma coisa, o cara ajuda muito. Ele é tipo um pai. Ele é muito bondoso. Vai, cara, perdoa ele.

Nesse momento, Ray chega e pede pra se sentar ao lado de Paulo. Ruan chama Impmon pra os deixarem a sós. Eles tinham que se entender definitivamente.

— Paulo, eu... queria te pedir perdão por tudo o que fiz. Todo o mal que fiz. Eu sinto muito ter te usado no passado para servir ao exército negro...

Paulo continuou calado e virou o rosto.

— Não precisa me perdoar imediatamente. Com o tempo, quem sabe. Agora eu te digo que, se precisar da minha ajuda, conte comigo. Eu tenho um irmão com quase a tua idade e ele é um digiescolhido também. Ele me perdoou, a sua mãe e os demais. Somente você continua fechado, mas eu não o culpo de nada. O que você sente por mim agora é compreensível, mas eu espero que futuramente você me veja com outros olhos. Estou aqui, garoto, se precisar de ajuda, estou aqui.

Ray saiu e deixou o garoto sentado no sofá. Algumas lágrimas escorriam pelo rosto do menino. Não saberia se perdoaria ou não.

Logo após isso, Ray disse que iria sair em busca das ervas para Lúcia. Márcia não concordou, pois poderia ser muito perigoso já que deve haver muitos digimaus afora.

— Então eu vou com você, irmão.

— Seu digimon é muito grande e ocupa muito espaço. Não sei em que local entrarei. — disse o mais velho.

— Eu não vou deixar que o meu irmão se arrisque sozinho por aí. Eu vou junto, me espere. Só avisarei ao Master que sairei e logo depois eu to indo. Não saia sem mim. — e correu para avisar ao digimon.

— Espere, Aiko...

— Ei, Ray, eu também irei com vocês. O Mushroomon e eu podemos servir de cobertura, caso algum digimon venha nos atacar — disse Jin.

— Já que é assim, também vou com vocês. Melhor do que apenas um digimon, são dois — disse Ruan.

— Então os homens vão à procura enquanto nós, mulheres, ficamos aqui e cuidamos da minha filha. — disse Márcia.

— Se for assim, então eu também irei — falou Paulo ao chegar de surpresa no quarto. Todos olharam para ele — Mas não pense que ainda te perdoei. Isso é pela Lúcia.

Ray olhou contente. Ele percebeu que o garoto ficou mexido com a conversa que tiveram. Talvez isso fosse o início de um perdão.

Enfim, eles partiram de uma vez para a região montanhosa atrás da bendita erva que poderia salvar a Lúcia. Os garotos foram guiados por Ray, que conhecia a região na palma da mão. Eles teriam que subir uma montanha para procurar a planta. E assim foram.

O adulto ia na frente e seguido pelos menores. Paulo ficava logo atrás com o Impmon. O digimon estava muito preocupado com seu parceiro, na verdade desde que lutaram contra Vikemon, o rapaz ficara diferente. Isso deixava Impmon muito, mas muito preocupado.

— Paulo, anime-se. Vamos conseguir curar a Lúcia e trazer o Lucemon de volta.

— Não é isso. É outra coisa. Deixa pra lá, não fique preocupado comigo. Estou perfeitamente bem.

Eles andaram, andaram, andaram muito. Parecia que a floresta no sopé da montanha não tinha fim. Até eles passarem por um lugar descampado já na metade de uma das montanhas. Chegaram numa região alta com um precipício logo a frente. Do outro lado havia a continuação do caminho, mas eles teriam que passar por uma ponte de madeira com algumas tábuas bastante suspeitas. Todo o cuidado era pouco.

Ray foi o primeiro a passar e em seguida Aiko. Logo após, Ruan e Hagurumon, Jin e Mushroomon e Paulo com Impmon. A vista de baixo era assustadora, pois era uma vasta floresta e um rio logo abaixo da ponte. Um pouco mais ao horizonte dava pra ver a pontinha do prédio da Lilithmon. Conseguiram passar com segurança.

Do outro lado havia uma floresta. Agora estavam mais próximos de uma caverna em que a erva se localizava. Durante o trajeto, Jin recebe uma mensagem no seu tablet, era de Gennai.

"Digiescolhidos, eu quero lhes dizer que ainda falta mais um brasão a ser recuperado. Talvez ele seja a chave para derrotar o temível Ornismon..."

— O que acham que isso significa? — perguntou Jin aos demais.

— Que ainda falta o brasão do Aiko. Ele é o único que ainda não tem brasão — respondeu Ruan.

— Sério? Caraca mano, ouviu isso? Falta encontrarmos o meu brasão. Será que com ele eu poderei digivolver o Master?

— Poderá sim. Mas primeiro temos que encontrar o remédio para a irmã do Paulo — respondeu Ray.

Minutos depois eles encontraram a entrada da caverna. Adentraram-na e perceberam algo bastante diferente nela. Havia vários desenhos na parede. Desenhos de digimons ancestrais e de outras coisas. Além disso havia uma sequencia de desenhos mostrando dois digimons lutando e um vencendo. Logo após havia um desenho do símbolo da esperança. Aiko olhava tudo aquilo com muita curiosidade até que o seu digivice começa a brilhar.

— Ahhh olhem o meu digivice. Ray, vem cá, olha isso.

— Incrível, é o brasão da esperança. O novo brasão da esperança. Olhe, a imagem na parede está brilhando.

O desenho brilhou e começou a sair da parede, diminuiu até ficar do tamanho de um brasão. O objeto foi parar nas mãos de Aiko. O garoto ficou muito feliz por achar o brasão no mesmo lugar em que Ray havia achado a erva.

Por falar em erva, enquanto Aiko olhava as imagens, Ray havia encontrado a erva. Ela estava localizada próxima de umas pedras. Uma pequena planta de coloração roxa.

Após encontrarem as duas coisas, eles voltaram pelo mesmo caminho. Paulo, como sempre, ficou um pouco pra trás. Os demais andavam mais rápido até chegarem na ponte. Jin, Mushroomon, Ruan e Hagurumon foram os primeiros a passar. Depois foi a vez de Aiko. Logo estavam Ray, Impmon e Paulo um pouco atrás. Quando Paulo e Impmon pisaram numa tábua frouxa, eles caíram. Na tentativa de segurá-los, Ray também caiu.

— RAY!! — gritou Aiko. Ele foi segurado por Ruan para não voltar à ponte.

— Não, volte. A ponte está se quebrando. É muito arriscado — disse Ruan — tem um rio logo abaixo. Talvez os leve para próximo do vilarejo. Vamos Aiko.

— Droga Ray. E agora?

— Precisamos voltar e avisar as meninas e a mãe do Paulo. Vamos gente, temos que voltar.— disse Jin.

Eles voltaram pelo mesmo caminho de onde vieram. Mesmo vendo que os três haviam caído, Jin precisava dar alguma notícia, pois já se passaram mais de duas horas fora.

Ao chegarem na cidade, eles disseram para Márcia que Paulo, Impmon e Ray haviam caído no rio logo abaixo da ponte. É claro que a mulher num primeiro momento ficou preocupada, mas se acalmou. Pensou duas vezes antes de se desesperar. Paulo estava com Impmon e Ray, eles caíram num rio e possivelmente foram levados pela correnteza.

Passado algum tempo, Paulo recobrou os sentidos. Ele estava deitado perto da margem do rio sobre algumas folhas. Havia um tipo de curativo feito com uma folha na testa dele. Logo ele ficou sentado e viu Impmon ao lado dele.

— Acordou, que bom.

— Ai. Impmon, o que houve? — perguntou o garoto.

— Nós caímos da ponte e fomos arrastados pela correnteza do rio. Não se preocupe, porque o Ray cuidou de nós.

— Quem?

— Paulo, que bom que votou a si. Você teve um arranhão na cabeça, mas eu cuidei dos seus ferimentos. Tome, são frutas que eu peguei. A gente ficou um pouco longe do caminho, mas eu sei exatamente onde estamos não se preocupe. Primeiro você tem que se recuperar. Se não quiser me perdoar, pra mim tanto faz. Só estou fazendo o que acho ser o certo — disse Ray amigavelmente. Logo depois ele se sentou um tanto distante de Paulo e ficou olhando para o rio.

Paulo ficou muito confuso com o que ouviu. Como um homem que, há dias atrás se mostrava ser tão mau, agora ficou bom? Realmente o garoto boiou de vez em seus pensamentos.

— Não vai comer, Paulo? — perguntou Impmon já comendo as frutas.

— Impmon, o que ele fez contigo quando eu estava inconsciente? — perguntou o garoto.

— Esse pouco tempo que eu fiquei com ele, pude ver que o Ray é uma ótima pessoa. Ele é extremamente bondoso. Conseguiu salvar nós dois e depois me ajudar a cuidar de você com muito carinho. Ele te segurou no braço e pôs sobre essas folhas e te cuidou com toda a atenção. Ele cuidou de mim também. Foi aí que eu pedi desculpa à ele por tê-lo atacado. Ficamos amigos.

— Será que ele mudou mesmo? Será que ele ficou do bem?

— Paulo, você tá surdo? Não ouviu o que eu disse? O Ray é um cara bom. Ele nos ajudou.

— Não pode ser.

— Vai conversar com ele, cara. Veja com seus próprios olhos do que eu falo. — disse o digimon.

Enquanto isso, Lilithmon observava tanto os digiescolhidos na cidade, quanto Ray, Paulo e Impmon na floresta. A vilã teve mais uma ideia maligna em mente para atrapalhar a vida dos escolhidos.

— Hahahahahaha Ray meu queridinho, você ficou longe da sua amada, que pena. Mas como eu já te disse, a sua mulher sou eu, não aquela idiota. Meteormon!

— Sim mestra.

— Eu tive uma ideia genial. Fale com a Lotusmon para reunir alguns Mekanorimons e ir até aquele rio que corre perto daqui. Diga pra ela que traga o Ray. Fale também para esquecer o pirralho e o digimon lá. Eles não importam no momento, apenas traga o Ray.

— É claro, mestra. Avisarei agora mesmo.

Na cidade, os digiescolhidos esperavam por Paulo e os outros quando ouvem algumas explosões do lado de fora. Alguém estava atacando a cidade. Eles saíram para ver quem era e tiveram uma surpresa.

— ACABOU DIGIESCOLHIDOS!!! — disse o grande Pássaro.

— Ornismon! — disseram em uníssono.

Finalmente Ornismon resolve atacá-los ali mesmo. Mais uma grande batalha está pra começar. O penúltimo lorde das trevas e o mais forte.

Paulo se sentou ao lado de Ray. O homem começou a falar com o garoto.

— Sabe, aquele momento na vida em que você consegue ter uma segunda chance e que você aproveita ao máximo essa segunda chance? Pois é. Eu estou tendo esse momento. As pessoas que eu mais amo na vida me perdoaram e me deram uma chance de mostrar quem eu sou na verdade. Eu já te pedi perdão pelo que eu fiz, mas vai depender unicamente de você, se vai me perdoar ou não. Independentemente disso eu me arrependi. Só espero que um dia me perdoe, garoto.

— Você está gostando da minha mãe de verdade?

— Sim. Ela que me ajudou a mudar. Eu sou grato à ela por isso e, com a ajuda dela, eu virei outro homem. Com a ajuda dela encontrei o meu irmão. Eu fiquei desesperado quando o meu irmão fugiu de mim. Pensei até em me matar, mas a Márcia foi uma dádiva que me ajudou. Sabe, Paulo, o meu sonho antigamente era encontrar o meu irmão. Agora o meu sonho é colocar a paz de volta ao digimundo por destruir Lilithmon e seu império, por isso que estou ajudando vocês digiescolhidos. Ainda conseguirei terminar o que, infelizmente, comecei. Eu acredito nisso, dia e noite — Ray falou isso do fundo do coração. As palavras dele tocou e muito Paulo, que não se conteve..

— Ray eu... eu te perdoo.

— Obrigado, Paulo. Você nem faz ideia de que as suas palavras me confortam. Obrigado

— Eu percebi que você mudou muito. Você agora tem uma visão de justiça para fazer no digimundo e isso me agrada muito. Eu te perdoo sim.

Os olhos de Ray se encheram de lágrimas. Finalmente conseguiu fazer as pazes com Paulo. Ambos deram um abraço e se tornaram amigos. Impmon observava tudo muito emocionado.

— Bom, acho melhor nós irmos antes que fique tarde demais. Vem, eu te ajudo a levantar — Ray ajudou Paulo a levantar.

— Obrigado, cara. Você é uma boa pessoa — o homem apenas sorriu com a afirmação do menino.

— Vem, Impmon — disse Ray. Ele colocou a mão no bolso e retirou a erva medicinal que era para Lúcia.

Enfim eles andaram seguindo a margem do rio. Ray ajudou Paulo a andar, pois o menino torcera o tornozelo e não estava com condições pra andar muito. Impmon também ficou ajudando.

— Sétima Fantasia! — o golpe veio de surpresa neles. Ray percebeu rapidamente e largou o menino para que este não recebesse o ataque. O próprio Ray foi acertado em cheio pelo poder.

— Ahhhhhhhh — ele caiu longe e machucado pela força do golpe. — Droga... o que foi... isso?

— Quem fez isso? — perguntou o menino.

De repente Lotusmon aparece diante deles com um grande número de Mekanorimons, encurralando-os. Paulo não tinha muito o que fazer a não ser esperar pela iminente derrota.

— Fique quieto, garoto. Se apenas pegar no digivice eu juro que te mato com apenas um golpe. Eu vim aqui para pegar outra pessoa que pode atrapalhar os planos da Lilithmon no futuro. O Ray.

Paulo ainda quis tentar defendê-lo, mas era impossível digivolver Impmon naquela situação. Era como se fosse alguém apontando uma arma em sua cabeça, ou seja, qualquer movimento era fatal.

Ray estava completamente machucado e paralisado pelo golpe violento de Lotusmon. O pobre apenas ficou com os olhos cerrados observando as ações da digimon. Na sua mão ele tinha a erva medicinal para recuperar Lúcia. Ainda conseguiu tirar forças para largar a planta no chão, pois sabia que seria levado como refém e Paulo poderia levar o remédio à irmã.

"Droga eu nunca levei um golpe tão forte e doloroso como esse. Desculpa Aiko, Márcia, mas eu acho que vocês terão que continuar sem mim" — e desmaiou logo em seguida.

— Desmaiou? Que pena, queridinho. — Lotusmon pegou Ray e o carregou. — Nem pense em me seguir, seu pirralho. — e se foi levando o homem desmaiado.

— Essa não...

— Essa não, Impmon! Eles levaram o Ray!

Ray foi levado pela Lotusmon para ser preso junto com os outros que estavam lá. Antes, porém, largou a planta, mostrando-se um verdadeiro herói. Paulo, que havia acabado de perdoá-lo e até se tornado um pouco amigo dele, não acreditou nisso. E agora, o que será do Ray?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Estamos entrando perto do fim da saga. Faltam apenas 7 capítulos para o fim da mesma e 14 para a fic acabar. Gostaram do capítulo de hoje? Comentem, deixem seus reviews. Xinguem bem muito a Lilithmon por favor.
ENQUETE: QUAL FOI O PIOR VILÃO DA MINHA FIC ATÉ AGORA?
SKULLMERAMON;
LADYDEVIMON;
SKULLSATAMON;
SHADOWLORD;
MALOMYOTISMON;
KINGETEMON;
KINGCHESSMON;
LOTUSMON;
CHAOSMETALSEADRAMON;
RAIJINMON;
VIKEMON;
ORNISMON;
LILITHMON;
CHAOSPIEDMON;
BLACKWARGREYMON;
CHAOSDUKEMON;
LORD MAGNAANGEMON.
POR FAVOR COMENTEM ISSO NOS REVIEWS^^
ATÉ A PRÓXIMA.