Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
CAPÍTULO 034
A tubulação de ar era bem espaçosa e cabia uma pessoa com folga. Márcia engatinhava num ritmo rápido e compassado, mesmo assim não fazia muito barulho. O caminho ficou ainda mais complicado por causa de uma bifurcação, uma maldita bifurcação. A mulher seguiu o caminho da esquerda e, um pouco mais à frente, uma saída. Observou bem se havia alguém, porém, felizmente, não. A sala era escura e literalmente um vão sem nada. Ela chutou a grade, entrou no quarto escuro, tateou as paredes guiando-se, encontrou uma porta e saiu sorrateiramente. Ao sair, viu uma outra porta na sua frente e entrou cuidadosamente. Sorte dela que eram as escadas do prédio. Começou a descer as escadarias em espiral.
— Preciso sair deste prédio o quanto antes, me encontrar com meu filho e avisá-lo do perigo — ela portava uma sacola contendo os itens de primeiro socorros que comprara anteriormente e que se esquecera de deixar em casa.
Raymond voltou para a cobertura do prédio, mais louco do que o normal. Ele andava pra lá e pra cá muito impaciente. Depois foi para a varanda e observou a torre negra ainda sendo construída e começou a grunhir para si mesmo. Voltou para dentro, sentou-se no sofá, pegou o seu óculos de grau e, por fim, pegou um livro na mesa de centro, começou a ler.
Aiko brincava no seu quarto com seu Lopmon — lembrando que esse Lopmon não é parceiro dele, é um digimon qualquer que seu irmão presenteou — e lembrou-se de algo muito importante. Parou imediatamente o que fazia, foi tomar banho. Após isso arrumou-se pondo seu uniforme, bermuda verde, camisa branca e uma jaqueta verde, tênis brancos com detalhes verdes — menino pra gostar de verde — e luvas escuras. Depois pegou algo que parecia um digivice e o pôs no bolso. Quando ficou pronto foi até a varanda da cobertura.
— Aonde vai, maninho? — perguntou Ray.
— Sair, espairecer um pouco. Você sabe que de vez em quando eu saio. Não precisa ficar muito preocupado comigo — disse o garoto.
— Está bem. Toma cuidado, viu?
— Pode deixar. — O garoto assobiou num tom agudo e alto. De repente aparece um Airdramon na varanda e o rapaz monta neste digimon — Mais tarde volto. Vamos, garoto!
— Sei não, maninho. Essas tuas saídas me incomodam muito — disse o homem já deitado no sofá.
Aiko sentia uma alegria imensa vindo de dentro, ele guarda um segredo enorme, imenso, que ninguém, pelo menos seu irmão, não podia saber. O Airdramon voou até atravessar a cadeia de montanhas e mais alguns quilômetros chegaram em um campo aberto e um lago. O garoto dispensou o digimon voador e ficou só a beira do lago deitado de costas e com as mãos atrás da cabeça. Alguns minutos depois, um tremor começa e um grande, enorme mesmo, digimon dinossauro de cor cinza se aproxima do rapaz. Este olha pra trás e o encara, depois abre um sorriso estampado, levanta-se e vai correndo ao encontro do enorme animal. Deu-lhe um abraço — como o digimon era grande mesmo o menino abraçou apenas o pé do dinossauro — e começou a sentir a maior das alegrias. O digimon também ria e olhava a ação do garoto com graça.
— Que bom te ver MasterTyranomon. Fiquei com saudades — disse Aiko.
— Aiko, somos parceiros né? Não fique preocupado comigo, graças a você eu pude ficar na fase da perfeição — disse o digimon.
— Vamos sair daqui, por favor me segure — o menino subiu nas mãos do digimon e foi embora dali antes que chamasse atenção.
— Aiko, por que não diz logo a verdade para seu irmão? Por que não diz que é um digiescolhido desde muito tempo?
— Não, eu tenho muito medo de que ele faça algo contra você. Não o perdoaria nunca, então, pra isso não acontecer, eu escondo a minha condição. Sabia que ele está obcecado pelos digiescolhidos? Temo que se ele descobrir o meu segredo, não goste mais de mim. Escuta, MasterTyranomon, eu te criei desde quando era um Koromon, o alimentei, o treinei até virar um Agumon. Depois o treinei mais ainda até virar um Tyranomon, foi então que avançamos o treinamento até que o fiz virar um digimon perfeito e tudo isso escondido do meu irmão. Ele nem desconfia da sua existência e é melhor assim, pois quando eu fico perto de você... só você mesmo pra me distrair daquilo tudo.
— Puxa vida, três anos como digiescolhido e nunca tivemos uma luta realmente boa. Às vezes fico pensando que não gosta mais de mim.
— Pelo amor de Deus, não diga mais uma besteira dessa, eu te amo cara. Você é o meu digimon e parceiro. Eu me importo contigo tanto quanto meu próprio irmão, por isso zelo pelo sua existência.
— Eu só estava brincando hahahaha, é claro que sei que gosta de mim. Ei, pra onde vamos agora?
— Sei lá, o mais longe possível. Quero sair daquela monotonia chata que vivo naquele prédio digital. Cara é um tédio, meu irmão é um porre, a Lilithmon é uma vagabunda de primeira... resumindo: me tire daqui — o menino ria junto de seu digimon.
No prédio digital, Ray ainda desconfiava de seu irmão. O homem sempre desconfiou das saídas periódicas de Aiko, mas nunca quis intervir. Porém o caçula aumentou a rotina das saídas.
— Aiko, o que faz quando sai assim? — Ele foi até a varanda. — Toda vida foi assim, sai sem dizer pra onde vai, não dá satisfação e só chega à noite. Tem algo aí, algo muito estranho... — nesse momento ele vê Airdramon voltar — Não é possível! O Airdramon sozinho? Co... como Pensei que... Aiko Aiko, é hoje que me dará todas as explicações.
...
Daisuke e Koushiro seguiam caminho rumo ao apartamento de Tai. Não muito longe dali, Lilithmon aguardava ansiosamente a mãe de Jin, que visitou uma amiga. Sorte a dela que foi para essa amiga.
— Droga, quanta demora. Pra piorar a casa tem muita gente, o que dificulta mais o meu trabalho — disse a digimon irritada.
Musyamon viu os dois digiescolhidos e parou bem na frente destes. Koushiro pediu para Daisuke ir até a casa de Tai enquanto ele lutava contra o digimau. O parceiro de Veemon concordou e foi embora, o ruivo nerd ficou para lutar.
— Hehehe, eu sei que você é um digiescolhido, por isso lutarei contra vocês — disse o digimau.
— Nem pense que será fácil lutar conosco. Tentomon, digivolva.
— É pra já parceiro... Tentomon digivolve para... Kabuterimon.
Enquanto isso...
— Porra, que demora! Pensei que a última parente fosse mais fá... — Lilithmon houve uma explosão vindo de muito perto. — Uma explosão? Será que são os digiescolhidos? Ah não.
Kabuterimon usou um eletro-choque contra Musyamon, mas este desviou e o golpe atingiu um carro estacionado, causando uma explosão. O nerd repreendeu seu parceiro para ter mais cuidado com os choques.
— Você é muito vagaroso. Com esses ataques de quinta, nunca poderá me deter — disse o samurai, fugindo.
Kabuterimon foi atrás dele na tentativa de impedi-lo. Koushiro foi atrás, óbvio. As pessoas corriam com medo, outras olhavam para o céu observando os digimons. Realmente virou um caos.
Daisuke e Veemon chegaram no apartamento de Tai. Os novatos alegraram-se ao verem o ruivo novamente. Este tratou logo de enviar uma mensagem para Kari, avisando para que viesse se encontrar com os outros. Tai, é claro, ficou puto da vida e advertiu o colega.
Kabuterimon perdeu Musyamon de vista, voltou a ser Tentomon e foi com seu parceiro se encontrar com os demais. Kari saiu imediatamente da casa dos pais e por cima chamou T.K — Daisuke odiava a mania da Kari de sempre chamar o Takeru. Como o T.K visitou o irmão, Yamato, ele também soube dos digimons e correu junto do irmão para o encontro com todos. Apesar de saber que sua ex-namorada se encontrava ali, não hesitou em ir. Joe nesse momento acabou de chegar junto dos outros.
— Joe, meu amor. — Mimi levantou-se do sofá e abraçou o médico — senti saudades de você, do Gomamon e da minha querida Palmon.
— Mimi, eu também senti sua falta — dessa vez era a Palmon que dizia.
— Que coisa bonita hein, dona Mimi. Sair por três meses e me deixar aqui servindo de babá de digimons — depois de repreender a mulher, o homem se tocou que havia muitas pessoas observando — Err... olá crianças.
— Bom como todos, ou quase todos, estão aqui e as horas voaram, prepararei algo para nós comermos. Onze horas e todo mundo ainda em jejum, não dá, né? — disse Sora.
— Sora, meu amor, deixe-me ir contigo ajudar, eu sei fazer uns pratos deliciosos — disse Mimi.
— Eu quero ir também — disse Mia logo sendo seguida por Lúcia.
— Já que não me resta outra alternativa — depois foi a vez de Rose.
Lilithmon sofria — algo muito incomum — esperando a mãe de Jin sair, mas a coisa estava muito difícil. A senhora Fukuda fica horas na casa da amiga e não tinha previsão de saída.
"Eu não aguento mais ficar horas e horas parada aqui sem fazer nada... já sei, vou dar uma volta por aí, é o tempo em que ela sai." — pensou, depois saiu por um instante.
...
A mãe de Paulo conseguiu sair do prédio pela garagem no subsolo. O lugar era uma caverna enorme cheia de estalactites e pilares. Poucas coisas eram normais na tal caverna. Primeiro o elevador de acesso aos andares superiores, segundo uma porta com acesso às escadas em que a mulher veio e por último um carro parado, uma limusine. Márcia seguiu caminho até a saída e viu uma saída holográfica.
— Finalmente a saída, obrigada Deus — a mulher olhou para o céu e levou um susto — Não é possível! O que foi que aconteceu? Por que ainda é dia? No Brasil era noite, agora é dia. Acho que fiquei tempo demais nesse prédio, ai liberdade. Agora preciso reencontrar meu filho — ela seguiu a estrada logo à frente, sem rumo, sem destino. Ela não sabe nada sobre o digimundo, o que acontecerá com ela?
...
ODAÍBA, 1:00 PM
Todos ficaram satisfeitos com a comida que Mimi e Sora prepararam. Koushiro havia chegado há muito tempo, Kari chegou por volta do meio dia, Takeru e Yamato chegaram meia hora antes, mas, como almoçaram, não quiseram comer da comida de Mimi Tachikawa. Resumindo: eles ficaram descontraídos demais com o momento e se esqueceram dos perigos em que a cidade corria, até que algo chamar a atenção de Sora que se achava na varanda.
— O que foi, Sora? — perguntou Tai.
— Acho que é uma mulher sendo assaltado por outra mulher em frente do prédio. Quanto escândalo. Ah não, droga!!!! — Sora assustou-se com algo.
Deixa eu explicar o que aconteceu. Lilithmon voltou depois de duas horas longe de sua vítima. Quando chegou, teve sorte de pegá-la saindo da casa da amiga. Aleluia! A digimau a seguiu por vários quarteirões até chegar na quadra do prédio em que Tai mora. A senhora Fukuda olhou para trás, apressou os passos, porém foi alcançada por Lilithmon. Esta segurou a outra pelo braço e ameaçou.
— Venha comigo agora
— SOCORRO!! SOCORRO, EU ESTOU SENDO ASSALTADA!!
— Ora, cale-se — nesse momento a digimon deu-lhe um golpe e a outra desmaiou. Foi nesse momento que Sora se assustou.
— A mulher bateu na outra fazendo-a desmaiar — disse a ruiva.
— Deixa eu ver — disse Mimi — caramba ninguém vai lá ajudá-la. Cadê a polícia nesse momento.
— Gente, a coisa tá muito feia. — Agora era Rose — Meu Deus!!! Aquela... aquela é a mãe do Jin!!
— O QUÊ?! — bradou Jin quase voando pela varanda — MAMÃE!!
Os outros olharam e confirmaram que a mulher sendo arrastada era a mãe de Jin. Foram todos, menos Sora e Lúcia. Lilithmon aproveitou o fato da rua não ter quase ninguém pra fazer o trabalho sujo. Ela não quis nem saber, apagou a mãe do japonês ali no meio da rua mesmo, mas nunca que desconfiou que naquela quadra se encontravam os digiescolhidos.
— Solte-a. Quem é você pra machucar a minha mãe assim?
— Droga, eu fui descoberta. Justamente agora que falta apenas uma para dar continuidade aos meus planos. Tudo bem, manterei a calma — nesse momento seus olhos ficam vermelhos servindo de chamado para os Mekanorimons. Cerca de três máquinas chegaram e ficaram na frente da digimau servindo de barreira.
— O que é isso? Como esses digimons seguem as ordens de uma humana? — perguntou Yamato.
— Acho que ela não é humana, irmão. Deve ser um digimon — disse Takeru.
— Eu a conheço. Ela é Lilithmon, trabalha para o ShadowLord. Cuidado. É uma digimon extremamente poderosa e com a capacidade de ficar na forma humana — explicou Nashi. Ele conhecia muito bem ShadowLord durante muitos anos, por isso ele facilmente conheceu a digimon.
— Então se é um digimon... Mushroomon?
— Mushroomon digivolve para... Woodmon.
— Hagurumon é sua vez — disse o espanhol.
— Hagurumon digivolve para... Guardromon
— Salve sua mãe Jin. Daremos cobertura — falou Ruan.
— Valeu, amigo. Agora chegou a sua vez amigão, ataque-a.
— Com certeza. Ataque de Madeira!! — o golpe foi na direção de Lilithmon, mas ela se desviou fácil.
— Isso não é nada. Moleque idiota! — disse a digimau.
— Eu estou cheio de vocês querendo dominar o digimundo e o mundo real. Nunca os perdoarei por isso — nesse momento o brasão de Jin brilha, seu digivice também e uma nova superdigitransformação está prestes acontecer — WOODMON, SALVE MINHA MÃE!!
— Woodmon superdigivolve para... CHERRYMON!
— Ele... superdigivolveu — disse o japonês, impressionado.
Lilithmon não teria outra saída senão lutar contra a enorme árvore.
— Não pode ser, o digimon evoluiu. Droga, como vou capturar agora que fui descoberta?!!!
Continua...
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