Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 30
Sequestros e o Brasão da Luz Localizado




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CAPÍTULO 030

TÓQUIO, JAPÃO

Um helicóptero pousou sobre o heliponto de um alto prédio da cidade. Os seguranças ficaram em posição, um homem saiu de dentro da aeronave. Ainda era uma figura misteriosa. Caminhou para o andar do seu escritório, abriu um canal de comunicação com o Digimundo e com uma pessoa.

BASE SECRETA DE WEIZ

— Senhor, o seu cliente — disse Darc'mon.

— Coloque-o na conexão direta — falou o homem.

A imagem ainda estava borrada, era difícil decifrar a verdadeira identidade dessa pessoa.

— Quando vai começar a treinar os digimons? Quero resultados!

— Senhor, acredito que em breve. Ainda não escolhi nenhum digimon porque os digiescolhidos e o tal Shadowlord estão em conflito e o Gennai monitora tudo quando há conflito. Qualquer passo em falso, ele pode descobrir minhas intenções.

— Só espero que faça logo. Pretendo dominar tudo e todos, e quero os melhores para isso. Um último assunto, descubra quem é esse Shadowlord e o que ele faz. Talvez seja do meu interesse e da minha empresa.

— Sim, senhor — desligou.

Os dois digimons que trabalhavam para Weiz ficaram confusos com a conversa dele com o cliente do Japão. De todas as vezes que ele conversava, apenas com o cliente ficava tenso e demonstrava um grau de respeito alto. Quem será essa pessoa?

— O que foi, idiotas? Por que estão me brechando assim? Já sei. Querem saber com quem estou conversando. 

— É isso mesmo, chefin...

— Cala a boca, Dracmon. Deixa de ser idiota. O nosso chefe está muito atarefado, não é?

Weiz arrumava as coisas. Respondeu com grosseria os seus dois assistentes e foi para o seu helicóptero que ficava no topo da montanha. Deixou os dois subordinados no maior vácuo.

— Ele deve ter ido se encontrar com o Gennai ou algo assim — disse Darcmon.

Mas na verdade Weiz não foi se encontrar com Gennai ou algo semelhante. Ele tinha um problema numa ilha muito distante e decidiu fazer uma visita de última hora. Aproveitou que os digiescolhidos estavam na Terra para se locomover para tal ilha. 

...

— Olá duques. Como vão? — disse a mulher.

— Quem é você? Como entrou aqui de repente?! — perguntou o Duque impressionado.

— A questão não é essa. A questão é: O QUE ACONTECERÁ COM OS DOIS AGORA? — disse a mulher, ou seja, Lilithmon.

— Meu amor, quem é essa mulher? — perguntou a mãe de Rose.

— Não sei, não faço a mínima ideia de quem seja — o homem pegou um telefone que estava na mesinha ao lado da poltrona e discou um número. — Alô segurança? SEGURANÇA? Não responde.

— Mary. Mary. Alguém está acordado nessa casa? — a mulher chamou a governanta da casa, mas esta não respondeu.

— Podem chamar o quanto quiserem, apenas gastarão saliva. Vocês deveriam ter escutado sua filha. O digimundo existe e ela está combatendo o mal. Agora é tarde, eu sequestrarei os dois. Não reajam — disse a digimau.

— Rose! Rose! — o pai da menina foi na direção das escadas, mas foi logo interceptado por Lilithmon que deu-lhe um golpe na nuca fazendo-o desmaiar.

— Eu disse para não reagir. Agora é sua vez dona duquesa, seja boazinha e coopere comigo.

...

No Japão, Kari dava muitas explicações para Tai. Explicações até demais.

— Eu não tenho que te dar satisfação do que eu faço ou deixe de fazer — disse a garota irritada com irmão mais velho.

— Kari, você precisa entender que me preocupo contigo. Lembra-se da nossa luta contra o Mugendramon? Quem se arriscou para pegar o remédio pra você?

— Sempre passa isso na minha cara — Kari estava em casa, na casa dos pais. Tai havia visitado para a bronca — Tai, você não é meu pai. Larga do meu pé.

— Eu juro que não a conheço mais. Cadê a Hikari doce e meiga que conhecia anos atrás? Cadê aquela que se importava mais com os outros do que consigo mesma? — perguntou o mais velho.

— Sempre me preocupei mais com os outros do que comigo, isso eu não devo negar nunca. E você? Se preocupa mais com os outros? Não, sempre quer prender os demais ao seu mundinho de regras. Olha Tai, eu sou adulta, vacinada, posso fazer da minha vida o que quiser...

— Então faça! — interrompeu. — Não ficarei mais implorando aqui pela sua compreensão — o homem saiu rapidamente e bateu a porta com força.

— Caramba, que chato ele está — disse Kari — Já vou indo. A Tailmon tá com o T.K, preciso pegá-la — e saiu.

Nas ruas de Odaíba, caminhava um garoto um tanto estranho segurando nos braços um Kapurimon e no seu pescoço o brasão da luz, mas que na verdade não era dele e sim da digiescolhida lendária, Lúcia. Kari passava na mesma calçada que ele e a garota viu o menino segurando algo que parecia um digimon. Ela o viu indo por algum tempo e ficou parada por alguns minutos observando. Depois foi embora pegando seu rumo.

...

No digimundo...

— ShadowLord, precisamos fazer algo para recuperar aquele brasão da luz antes que os digiescolhidos achem — disse KingEtemon na transmissão.

— Chegou o momento. Farei com que alguns digimons entrem no mundo real e cacem aquele que pegou o brasão. Não se preocupe. Agora com licença — o homem desligou o monitor do laboratório e saiu, assim que pôs os pés para fora do seu laboratório, sentiu uma dor atrás da nuca. — Droga! Essa dor de novo. Não sei por que de vez em quando sinto isso.

Passado algumas horas e no País de Gales amanhecia. É claro que Rose acordou tarde como de costume. Levantou-se da sua cama, pôs suas pantufas e saiu do quarto. Palmon ainda dormia. A garota estranhou um pouco o silêncio. Costumeiramente seus pais conversavam muito e sua mãe sempre a mandava acordar. Agora nada, nenhum piu. Nenhum barulhinho sequer.

— Nossa, cadê eles? — a garota saiu de casa e foi ao jardim da mesma. Perguntou ao jardineiro sobre o paradeiro dos pais — Seu Hopper, cadê meus pais ein? Não os vi em casa.

— Não sei, pequena Rose. Ainda hoje não os vi também. Cheguei pela manhã bem cedo...

— Talvez eles tenham saído. Obrigada — a garota voltou para casa e foi ao quarto. Tudo estava estranho.

...

No Brasil, Paulo acordou um pouquinho mais tarde. As férias o deixou relaxado demais. O rapaz acordou com um som nas alturas. Levantou-se e foi para cozinha encontrar-se com a empregada.

— Conceição, que barulho é esse? — perguntou ainda sonolento.

— A dona Márcia escutando novamente aquele CD. Não sei como não o arranhou de tanto ouvir — apesar disso ela também dançava.

O garoto foi até a sala e encontrou sua mãe dançando e cantando uma música romântica internacional, Lúcia também dançava, Lucemon lia um livro pra variar e Impmon sentado no sofá com nenhum gosto pra dança.

— Mãe, que barulho é esse? Uma hora dessas? — o menino tampava as orelhas.

— Vem, meu príncipe. Só você sabe dançar esta música comigo — a mulher dançava e chamava o filho.

— Hoje eu não to com vontade de dançar — relutou. — Não gosto de pop, meu negócio é rock.

— Ah não, vem cá vem — ela o puxou pelo braço e começou a dançar. No começo ele ficou envergonhado com a presença de Lucemon e da empregada, mas logo se soltou e dançou com a mãe. — É isso aí Paulinho.

— Que vergonha, mas vamos lá.

A mulher colocou a música novamente, retomou a dança agora cantando. Era nítido que Márcia estava precisando de um namorado depois de tantos anos solteira e cuidando dos filhos. Obviamente deixou a vida pessoal de lado, mas recentemente começou a mudar o seu jeito de ser... parecia ter voltado à adolescência.

A música que rolava era algum flashback romântico dos anos 80. Celine Dion, Roxete, Cindy Lauper, Europe, Bee Gees entre outros nomes que faziam sucesso naquela época.

 — Que vergonha, meu Deus — disse o garoto.

— Vamos filho, continua — disse a mãe segurando-se nos ombros do menino.

 — Já chega, né, mãe? Acordei não muito afim disso. Depois de tantos dias ajudando a reconstruir parte do Digimundo, ainda estou meio quebrado.

— Que isso filho. Você é o meu par na dança. Vai, segura minha cintura.

Minutos depois, Márcia liberou o filho para o seu alívio.

— Depois desse vexame, eu vou tomar meu café da manhã — disse o menino.

— Olha só o Paulinho, quem diria que ele leva jeito pra coisa. Tem gingado e tudo — disse a empregada.

— Ah Conceição. É porque você não o viu dançando hip-hop. Ele tem um molejo um requebrado, menina se você ver...

— Mamãe, eu quero dançar. Chegou a minha vez.

— Vem Lúcia, meu amor. Vamos dançar ao som do flashback!

Paulo revirou os olhos quando a mãe iniciou as músicas. Quando ela começava não para tão cedo.

...

AEROPORTO INTERNACIONAL DE MADRI

Os pais de Ruan desembarcaram no aeroporto. Eles tinham avisado por meio da secretária eletrônica que voltariam de Roma. Porém, Ruan nem notou ou percebeu que havia uma mensagem para ele. Os pais do digiescolhido estavam no saguão do aeroporto quando viram uma mulher vestida de preto segurando uma plaquinha com seus nomes.

— Amor, você conhece aquela mulher?

— Não, querida, nunca a vi antes.

"Venham, podem vir. Darei meu segundo bote" — pensou Lilithmon.

Continua...


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