Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 17
Voltando para Casa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/17

CAPÍTULO 017

MIA WHITE - HONOLULU HAVAÍ

Quando eu voltei para casa pelo portal do digimundo, achei muito legal a sensação. Parecia como surfar numa onda grande, minha paixão. Enfim cheguei em casa, já era tardezinha, voltei para meu quarto. O meu notebook ainda estava ligado. Nossa, por tanto tempo! Koromon estava aos meus pés com aqueles olhos vermelhos cutes olhando para mim e me fazendo carinho roçando a cabeça em meus pés ou será o corpo dele? Enfim é muito esquisito distinguir isso, digimon ainda era um mistério pra mim. Eu o segurei nos braços e disse

— Koromon me espera aqui, eu preciso resolver uns problemas.

— Não esquenta Mia. Vai lá se explicar.

Eu juro por Deus que não sabia o que explicar a Emma sobre o meu sumiço repentino. Coloquei meu digimon sobre a cama, criei coragem e sai. Fui para a sala da minha casa, mas não a encontrei. Depois fui para a cozinha beber um copo d'água para aliviar o nervosismo. Ouvi uma voz atrás de mim dizendo: "Mia é você?" soltei o copo de plástico no chão do tamanho susto que levei derramando tudo no piso da minha cozinha. Era Minha irmã. Esta me deu um abraço tão forte que quase morro sufocada, eu hein!

— Mia! Mia! Pelo amor de Deus, onde você tava esse tempo todo? E que cabelo curto é esse?

"Eu tava no digimundo lutando contra digimaus" — pensei.

— Hã? O que? Eu tava... — pensei numa ideia bem estratégica — saí, viajei por aí. Eu tenho uma amiga nova no colégio e passei a semana lá.

— Quem é essa amiga? Eu a conheço? — uma coisa eu odeio nela era que só faltava perguntar o RG, CPF, comprovante de residência...

— Você não conhece não. Ela é nova na escola hehe — suei frio

— Mia, eu chamei a polícia sabia? — agora f@@%$, ela colocou a polícia no meio — Mas eu vou tirar a queixa de sequestro, tudo bem?

Assenti e fui para a sala assistir à tv, sentei no meu sofá azul-marinho, aliás me deitei. Daí ouço um grito vindo do meu quarto, era Emma? Puxa, ela viu o KOROMON!!! Nessa hora pensei em tantos palavrões possíveis que sei lá. Voei literalmente ao meu quarto que já era apertadinho imagine nessa situação: Emma com um cabo de vassoura tentando acertar no meu digimon. Meti-me no meio dos dois. Eu tinha que me explicar de uma vez.

— Emma pare com isso! Deixa meu digimon em paz!

— Seu... digimon? — pronto agora lascou. Eu tive que me abrir pra ela. Agora não tem retorno.

Enfim, eu expliquei a ela sobre tudo o que ocorrera comigo. Sobre o dia em que fui escolhida, mostrei meu digivice a ela, sobre o Betamon, evoluções, sobre o corte de cabelo... TUDO! É... até que ficou fácil, ela conseguiu "captar a mensagem", foi fácil demais e até fiquei desconfiada. Depois pediu desculpa ao meu digimon. Graças a Deus tirei um peso da minha consciência. Enfim fomos jantar os três à mesa que ficava na cozinha. A comida era macarronada com queijo ralado e molho de tomate, detesto macarronada, isso dá uma diarreia que vou te dizer. Koromon comia feito cavalo, eu hein não sei como aquela cabeça ambulante comia tanto. Pra onde vai a comida? Enfim, depois tomei uma ducha daquelas deliciosas! Nunca mais tomava um banho assim! Koromon tomou banho depois, não sou louca dele me ver sem roupa né. Daí eu fui para meu quarto, coloquei meu pijama azul, tirei o notebook de cima da cama e me esparramei na mesma. Koromon dormia comigo e fomos dormir.

O dia seguinte foi melhor, acordei com uma disposição daquela. Acordei-me às seis da manhã, fiquei ansiosa para voltar ao digimundo. Então acordei Koromon e fomos tomar o café da manhã. Uma salada de frutas saiu bem hein.

— Mia eu vou na delegacia tirar a queixa de sequestro.

— Você está bem arrumada para quem apenas vai tirar uma queixa de sequestro. Tá usando sapato com salto alto?

— Sou mulher, não sou? Também estou na vaidade. Fique aqui e não se envolva com estranhos.

— Ok. — queria ficar sozinha com meu Digimon. Foi um alívio.

Levei Koromon à praia, era perto de casa. Ele ficou abismado com o que viu, parecia com as praias do digimundo, mas com outras casas praianas. Tomamos um banho de mar juntos, claro que no raso. Depois voltamos e passamos o resto do dia em casa. Mostrei tudo à ele. Pronto já estava perto do mesmo horário em que eu voltara ontem. Quase de tardezinha. Expliquei a minha irmã que voltaria ao digimundo pois a minha missão não havia acabado. Ela relutou de início, mas assentiu. Antes de ir, eu vesti outra roupa: calça jeans azul, tênis branco e uma camiseta azul, com uma pulseirinha azul, fui sem luvas. Enfim voltei ao digimundo pelo notebook. Uhuu até que enfim!

RUAN CASTILLO, MADRI ESPANHA

Cheguei do digimundo, já era noite. O apartamento onde eu moro com meus pais ainda estava escuro. Para mim não foi tão difícil assim, eles viajaram por um mês e decidi ficar do que ir pra Roma. Sinceramente, detesto Roma, caramba! MetalKoromon estava no chão, o peguei na mão e fui pra cozinha. Abri a geladeira, e ahhhhh! Que coisa boa! Estava entupida de coisas, me esqueci que meus pais compram muitas coisas. Fiz um lanche bem caprichado pra mim. Preparei um sanduíche com queijo e presunto e preparei uma vitamina de mamão que só eu sabia fazer. Acendi as luzes, coloquei meu minúsculo digimon no sofá bege da minha sala, sentei e fui ver um filme. Lanchei e assisti ali mesmo até eu pegar no sono.

No dia seguinte eu tive uma surpresa, meu MetalKoromon digivolveu para Hagurumon sem minha ajuda. Puxa! Enfim, eu nem tomei banho na noite passada, já passava das onze horas da manhã e meu celular tocava incessantemente. Fui para o meu quarto, diga-se de passagem é muito confortável. Abri a primeira gaveta da minha cômoda e peguei meu aparelho. CARACA, VINTE CHAMADAS PERDIDAS! E DOS MEUS PAIS! Eu liguei de volta para eles, hehe quase me engoliram.

— Meu filho, o que está acontecendo aí? Liguei várias vezes desde ontem e você não atende o celular — ufa ainda bem que ela se lembrou de mim só desde ontem. Porque se fosse uma semana ligando, seria umas trezentas chamadas perdidas.

— Eu me esqueci de atender, estava dentro da minha gaveta... — eu ia concluir minha resposta até que meu pai se meteu na conversa.

— Olha, meu filho, não está aprontando nada por aí, não é?

— Não pai — esse coroa às vezes era chato demais — eu passei a semana assistindo a TV, jogando videogame, jogando de futebol com meus colegas, esqueci até de vocês.

— Acho bom mesmo. Voltaremos antes do ano novo. Antes do Natal, até mais filho.

— Até mais pai.

— Um beijo meu filho lindo.

— Pra senhora também, mamãe.

Pronto, ainda bem que eu estava só com Hagurumon senão eu me matava com tanto interrogatório. Deixei meu digimon no quarto e pedi pra ele comer nada, o meu parceiro era esquisito, comia metal e tinha medo dele comer meu X-Box360, seria uma tragédia! Fui no banheiro, abri o chuveiro e me meti debaixo dele. Ah que sensação boa tomar um banho morno. Me lavei por completo, depois olhei para o espelho e comecei a me pentear. Sou loiro, mas com cabelos encaracolados e olhos verdes. Não sou de se jogar fora hehe. Me enxuguei e vesti um calção básico, fiquei sem camisa mesmo. To no meu apartamento né.

— Ruan, quando vamos voltar para o digimundo?

— À noite — pensei bem, poxa a noite por quê? Eu podia ir agora mesmo — eu vou me arrumar.

Pus minha bermuda branca, tênis marrom, camisa marrom também e as luvas brancas. Eu peguei meu digivice e apontei para o computador. O portal se abriu! Eu fui para o digimundo novamente com Hagurumon. Parece que eu vou morar no digimundo, é legal lá.

ROSEMARY ARCHIBALD, PAÍS DE GALES, REINO UNIDO

Ah até que enfim eu cheguei na minha mansão. Estou muito contente por ter voltado. A primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho na minha banheira. Tanemon não ficou atrás e foi também. Sinceramente é bom ser rica, meu banheiro é tão grande que dá pra fazer pirueta lá dentro. O meu espelho é enorme e na pia, tinha ainda meus produtos como hidratante, shampoo, creme esfoliante, eu sou vaidosa e daí! Tenho dinheiro, tem mais é que aproveitar mesmo. Minha banheira cabe bem uns cinco dentro. Entrei nela junto da Tanemon e fiquei ali quase a noite toda. Depois eu fui para o chuveiro e tomei um banho com água morna. Fui dormir já era de madrugada.

No dia seguinte me levantei, deixei Tanemon dormindo e desci para o café da manhã. Quando desci, todos olharam pra mim com cara de espanto. Meus pais sentados na grande mesa retangular se levantaram e perguntaram uma pergunta difícil de responder.

— Aonde você estava? — perguntou meu pai, aquele duque chato com aquele bigodinho peculiar.

— No meu quarto. Estava lá o tempo todo.

— Mentira, você desapareceu por quase uma semana — o meu pai era dose.

Respondi nada, fui lanchar na mesa, depois peguei alguns pedaços de tortas e levei pra Tanemon. Sem me gabar, a mesa de casa era farta. Sabe por que eu gosto de saber sobre a vida dos outros? Porque eu detesto a minha. Cheia de diretrizes, regras, condições, enfim... to cansada disso. Dei as tortas para Tanemon que comeu em poucos segundos. Peguei minha bolsa que sempre vai comigo e pus meus produtos de beleza, agora sim. Eu vesti um vestido amarelo com sapatilhas pretas e luvas brancas que iam até o cotovelo. Peguei meu digivice e me mandei com a Tanemon pelo computador do meu quarto. Só voltei pra pegar minhas coisas mesmo. Fui para o digimundo, até o próximo capítulo.

JIN FUKUDA, ODAÍBA, JAPÃO

Quando voltei do digimundo ainda era dia. Praticamente o mesmo horário que saí do digimundo. Enfim eu tive que enrolar minha mãe para dar uma explicação convincente. É claro que ela não acreditou muito na minha conversa, mas sempre dou meu jeitinho. Tomei meu banho, fui almoçar, depois saí com Tanemon na mochila. Kari me deu o endereço do seu irmão e da sua cunhada que são também digiescolhidos. Tive que pegar um ônibus para ir até lá. Chegando lá vi que eles moravam num prédio com três andares. Me identifiquei e entrei até o primeiro andar. Toquei a campainha do apartamento e fui atendido por uma mulher ruiva de vestido estampado, com um bebê no colo. Era a Sora!

— Olá garotinho, o que você quer?

— Eu sou um digiescolhido — mal completei a frase e ela praticamente me puxa pra dentro e fecha a porta.

— Espera aí no sofá só um minuto. Quer uma água, um suco, um pedaço de bolo? — Só falta me oferecer uma cesta básica.

— Não, obrigado... pensando bem um suco — cara eu não sou de ferro.

O nervosismo batia mais ainda. A minha vontade era de sair correndo feito louco. Meus óculos até embaçaram, tive que limpá-los com minha camisa. Tanemon se mexia muito na mochila, é claro que deixei um tanto aberta. Eu não quero matar meu digimon. Daí um homem com cabelos castanhos apareceu diante de mim. Ele vestia um simples calção e uma camisa simples, era tarde de sábado e ele ainda tava acomodado.

— E aí garoto, como vai? — perguntou enquanto puxava um banquinho que estava perto da parede. — Quer dizer que você é um digiescolhido?

— Sim senhor — eita dei mancada

— Deixe o senhor de lado, meu nome é Taichi, mas pode me chamar de Tai.

— Tai eu sou digiescolhido — mostrei meu digivice e o Tanemon a ele. Ele ficou contente ao saber que eu era um escolhido. Sora também aparece, mas sem o bebê.

— Olha aí amor, eu to tão feliz de saber que este garoto é um digiescolhido como nós — disse o Tai

— É verdade, querido. Qual o seu nome garoto?

— Jin Fukuda. — contei a eles sobre tudo o que passamos e eles ouviram atentamente. Sora teve que sair pra ver o bebê e Tai ficou comigo conversando.

Daí ele perguntou sobre a Kari, eu respondi que ela ficou com o T.K e com o Daisuke no digimundo. O homem ficou preocupado, mas depois acalmou-se. Eita que superproteção é essa, a mulher tinha vinte e um anos, já era adulta e vacinada e seu irmão ainda se preocupava. Depois de uma conversa longa, eu já tinha que ir pra casa voltar para o digimundo.

— Até logo, garoto — disse a mulher com o filho nos braços.

— Eu vou deixá-lo lá embaixo, querida — Tai e Sora fizeram uma coisa na minha frente que fiquei vermelho, deram um beijo daqueles.

Descemos as escadas e na saída do prédio ele disse:

— Fale pra Kari que papai e mamãe estão preocupados com ela. Que deve voltar o quanto antes — que superproteção.

Respondi que sim e fui pra casa. Lá vai eu pegar ônibus de novo e voltar pra casa. Cheguei lá, tomei um banho, me arrumei. Pus uma bermuda cinza e camisa social branca por cima e tênis branco. Coloquei alimentos na minha mochila. Disse a minha mãe que ia ficar na casa de um amigo, aproveitando que ela não estava em casa fui embora para o digimundo com meu parceiro, quis nem saber hehe

PAULO VICTOR E IMPMON, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

— Agora me expliquem, por que demoraram tanto? — tanto eu como Impmon ficamos pálidos ao vê-la lá no nosso quarto

— Mãe — iniciei a conversa — não é segredo pra senhora que vou e volto para o digimundo. Faz mais de um ano assim

— Eu sei, vocês pelo menos almocem amanhã.

Impmon e eu nos olhamos e assentimos. Depois eu fui tomar um banho e trocar de roupas. Sai do banho ainda só de toalha, fui me ver no espelho, puxa eu sou lindo mesmo, eu tenho um cabelo curto, preto, com olhos bem azuis, puxei os olhos da minha mãe que também são azuis. Sou muito vaidoso e não permito que nasça uma espinha, acne ou cravos na minha cara. Resumindo, sou um modelo mirim hehe. Depois de mim foi a vez de Impmon. Após a seção de limpeza, fomos jantar, e como sempre ele comia feito um cavalo. Lúcia já estava dormindo, pois era noite já. Depois fomos dormir.

Um acontecimento que houve no dia seguinte foi no mínimo engraçado. A empregada nova da minha mãe acabara de chegar e foi arrumar os quartos, Impmon dormia até tarde e quando essa empregada o viu deitado, hehe... quase cai pra trás

— Ai meu Deus do céu, ai Jesus Cristo, Dona Márcia! DONA MÁRCIA!

— O que foi mulher? — minha mãe pensava que era o fim do mundo chegando. Nessa altura do campeonato, eu rachava de tanto gargalhar na sala.

— Um bicho lá... lá no quarto das crianças...

— Quem é bicho aqui, hein? Quem é essa humana, dona Márcia? — Impmon ficou indignado por um momento até ficar cheirando ela de maneira estranha. — E tem cheiro de peixe!

— O bicho fala?!

Rachei de vez, quase faço xixi nas calças.

— Ele não é bicho nenhum, ele mora aqui e é como se fosse meu filho e da família. Agora eu não vou te explicar nada, faça o seu trabalho e preocupe-se com sua vida. Vá pra área de serviço. Vamos mulher! — minha mãe era bem autoritária, achei bem feito. Empregadinha esnobe.

Enfim, passamos o dia em casa, mas logo após o almoço voltamos ao digimundo. Eu fui com uma calça jeans preta, camiseta roxa, sapatos pretos, e com luvas roxas. Coloquei um lenço vermelho no meu pescoço pra ficar igual o Impmon. Daí expliquei a ela que ficaríamos por um bom tempo, nos despedimos e voltei para o digimundo, mas antes levei a fotografia do meu pai escondida. Voltamos para o digimundo enfrentar novos desafios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!