Naarda - Descobrindo O Verdadeiro Amor escrita por SabrynaCastle


Capítulo 27
Naarda XIII


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!!

Mais um cap para vcs, espero que gostem e aqueles que não comentaram comentem nesse. Deêm sua opinião é muito importante para mim. ;)
Hoje alguns mistérios serão resolvidos e outros surgiram



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Leona...

Minha mente estava uma verdadeira confusão. Ainda não entendia como era possível que a filha que eu pensei que estava perdida para sempre, estava viva. E mais incrível ainda era saber que estava esse tempo todo ao meu lado.

Agora eu entendia porque era tão importante para meu pai que eu desse minha opinião na educação, na forma que Sophia era tratada e em tudo o que era mais importante em sua vida. Ainda não entendia porque ele nunca me disse nada. Meu pai sabia o quanto eu sofria pela minha filha perdida. Outros fatos e situações vinham a minha mente que comprovavam cada vez mais que Sophia poderia ser a minha filha. Mas a pergunta que não quer calar é: por que eu nunca soube disso?

Com meu pai a muito tempo perdido a única pessoa que poderia me contar de fato o que aconteceu era minha avó. Talvez a única que fosse me contar a verdade, porque eu tinha o péssimo pressentimento de que toda família sabia disso.

Mesmo sabendo que todos com um ouvido mais sensível escutariam, não me importei, nada nesse momento me importava mais do que saber a verdade. Como não estava em condições de fazer isso sozinha me agarrei mais aos braços de Jacob. Nesse momento eu precisava de qualquer fonte de força para me manter de pé. A cada toque eu desmoronava mais um pouco e nem ao menos sabia de toda a verdade

Residência dos Frey— Gusther atendeu polidamente como sempre.

— Gusther sou eu, Leona. Eu quero falar com a minha vó.

Olá senhorita Frey, sinto informar que todos no momento estão jantando e...— eu odiava como Gusther seguia tão rigidamente as regras de meu avô, mesmo que ele tivesse razão em algumas, mas no momento, eu não tinha a menor paciência para ser educada.

— Gusther eu sofri um acidente e fiquei desacordada por dois dias e mais incrível que o acidente foi descobri que minha família tem mentido para mim e Sophia é minha filha. – explodi sem paciência alguma - Agora encarecidamente, eu posso falar com a minha avó? – nem um minuto se passou e uma confusão de vozes falava ao mesmo tempo. Escutei um “calem-se” e minha avó com a voz trêmula falou.

Lena... O que aconteceu? Você sofreu um acidente? E Sophia? O que aconteceu?

— Avó... Sim eu sofri um acidente, mas estou bem agora, no entanto Sophia não está bem, ainda está desacordada e precisou fazer uma transfusão de sangue, no entanto eu não estava acordada no momento. Mas qual não foi a minha surpresa saber que a transfusão foi feita e com o meu sangue e tem mais... O médico me disse que eu sou mãe biológica de Sophia... É mentira não é? A Sophia não é minha filha, ela morreu a anos atrás e vocês nunca me esconderiam uma coisa desse tipo e... – disse tudo em um fôlego e chorando ao mesmo tempo.

Lena... eu... Mas ela está bem agora? E como você está? Nós vamos para ai e...— fiquei furiosa, ela não iria falar nada? Minha vontade foi de gritar, mas o que eu fiz foi apertar o braço de Jacob que em resposta me abraçou mais forte.

A senhora ouviu algo do que eu disse? — praticamente grite – Sophia é minha filha... Minha filhinha... A que eu acreditava estar morta... A que...— chorar mais forte e a ouvi chorando também – Por que vocês fizeram isso comigo?— sussurrei

— Lena...— a voz de Conrad meu segundo melhor amigo nesse mundo e primo soou no telefone. Senti Jacob meio tenso, mas ignorei. – Nós não queríamos que descobrisse assim, eu queria ter contado a mais tempo, mas é verdade. Sophia é sua filha.— minha mente quase entrou em choque com a confirmação, eu quase pude sentir a minha mente se negando a acreditar nesse fato e bloquear qualquer coisa sobre o assunto. Mas algo me impediu de cair e acredito que esse algo foi Jacob, pois foi ele quem me deu um leve puxão para a realidade ao apertar-me mais forte em seus braços extremamente quentes, mais quente que o normal dele. Pude escutar os gritos histéricos de todos da família através do telefone.

Lena! Responde! Lena!— vários gritavam ao mesmo tempo.

— Eu... eu estou aqui... – todos se calaram com minhas palavras. O calor abrandou um pouco, mas ainda sim eu sentia algo me confortando.

Graças aos deuses! Por um momento eu achei que tinha acontecido novamente.— a voz de Conrad soou aliviada.

— Acontecido de novo? Como assim Conrad?

Você deve estar achando que nós fizemos isso de propósito, mas não. Nós apenas não queríamos que você tivesse um colapso de novo. – sim eu achava, mas antes de fazer qualquer suposição sabia que deveria falar com eles antes.

— Explique isso direito. – falei nervosamente e removendo algumas lágrimas que insistiam em cair.

Seu pai nos disse que quando você teve o acidente, ele conseguiu chegar ao local rapidamente. Nós chegamos e você estava desacordada e havia um grande corte na sua cabeça.

— Eu lembro de ter batido a cabeça na hora do acidente, a Tory tentou me tirar, mas alguma coisa aconteceu e tudo ficou escuro, só lembro de acordar com vocês a minha volta e nem estar mais grávida.

Você acordou na hora do parto Lena. – nesse momento lembrei do sonho que tive, ou ao que parece nem tão sonho assim. Aquilo de fato aconteceu - Seu pai e Estela estavam cuidando de você quando entrou em trabalho de parto. Eles fizeram o parto e você deu o nome a Sophia.— enquanto ouvia Conrad falar me sentei em uma das cadeiras da recepção. Eu não queria me afastar de Jacob, no entanto eu sabia que precisava lidar com isso sozinha, o momento de apoiar-se havia acabado.

— Eu... eu pensei que era algum tipo de tortura meu próprio pai colocar o nome de sua outra filha, o mesmo nome que eu havia escolhido para a minha – chorei ao pensar na dor que senti quando conheci Sophia e soube seu nome, eu nunca havia falado a ninguém que nome eu daria a criança que estava esperando. Só RJ sabia, afinal foi ele quem ajudou a escolher e eu nem ao menos sei por que mantive o nome.

Sim você em um dos surtos nos contou isso.— escutei seu suspiro cansado – Lena... você precisa entender que tudo o que fizemos foi pensando no seu bem e não o contrário. Quando você acordou logo após o parto, você não se lembrava de nada. Nós contamos tudo o que aconteceu e você rejeitou a Sophia. Você gritava que a sua filha havia morrido, que eles haviam matado ela e você não conseguiu salvá-la. Ficou em estado letárgico por dias e seu pai teve que sedá-la. Quando acordou novamente, contou a mesma história e nós com medo que você viesse a ter um novo surto resolvemos dar um tempo a você. Mas nesse meio tempo a sua mente inventou uma história que seu pai e Estela estavam juntos...

— Eles nunca estiveram juntos? – eu sempre supus que eles estavam juntos, por vezes meu avô até brigou com meu pai por esse motivo. Nunca aprovou essa união, assim como não aprovava a de meu pai com minha mãe.

— Nunca Lena... Seu pai amou a sua mãe imensamente e nenhuma mulher foi capaz de substituí-la, nem mesmo Estela.

— Mas e todo o tempo que eles passavam juntos? Eu achei... eu pensei... – era quase impossível acreditar que eles não estavam juntos.

Eles passavam muito tempo juntos, mas apenas como amigos. Tinham muitas coisas em comum, mas nunca surgiu um amor de homem e mulher entre eles, era só amizade. Estela também teve um amor a quem perdeu, mas isso é outra história. O que você deve saber é que para você ter uma companhia feminina ele se aproximou dela, mas tudo por você. Ele apenas deixou algumas pistas, o que eu acredito que tenha feito você supor o resto. De fato eles pareciam um casal, nosso avô por vezes brigou com ele por causa disso.— foi um alivio saber que alguma coisa nessa história não foi fruto da minha imaginação, as brigas com o avô nunca era algo bonito de se ouvir, mas isso me aliviou um pouco, saber que eu não estou tão maluca assim.

— Então ela nunca ficou grávida?

Nunca. Nós inventamos isso para justificar a presença dela em sua casa. De outra maneira você não aceitaria Sophia. — lembro bem da primeira vez que vi Sophia. Doeu tanto, mas ao mesmo tempo foi um conforto, pois só assim consegui superar muitas coisas. Lembro de resolver dedicar a minha vida a manter ela segura e feliz, mesmo que eu tivesse feito o mesmo por minha filha. Agora eu sabia a verdade.

Nesse tempo nós tentamos contar a você mais duas vezes, mas você teve o mesmo surto, não na mesma proporção, mas ainda sim você esquecia-se da maioria das coisas. Seu pai achava que na próxima vez talvez você conseguisse absorver a noticia de maneira melhor.

— Por isso meu pai sempre deixou eu participar de tudo o que era relacionado a Sophia.

Isso mesmo. Eles queriam que você não perdesse nada, para quando você lembrasse não se culpasse por perder fatos da vida dela.— Mas mesmo assim eu me culpava... A culpa por esquecer a própria filha, mesmo não podendo controlar... Que tipo de mãe que eu sou?

O tipo de mãe que protege a sua filha a todo custo.— acho que eu havia expressado meu último pensamento — Lena você deve lembrar que caso eles soubessem que você tinha uma filha o que aconteceria. Eles a teriam matado Lena, então você de fato nunca a teria nos seus braços. Você a protegeu... Você conseguiu protegê-la de um pai que nunca a quis e a sua única preocupação era o poder que ele ganharia através de você. Você a protegeu. Lembre-se disso.— fácil é falar...

— Nem tanto... Agora ela está em uma cama de hospital entre a vida e a morte. Acho que eu não fiz meu trabalho tão bem assim.

Sim, você fez. Você fez o seu papel de irmã, mas agora ela precisa de você como mãe. E só uma mãe como você pode salvá-la Lena. Só você tem esse poder... Você sabe o que fazer?

— Sei – sussurrei. E de fato eu sabia, apenas eu como mãe dela a poderia salvar, apenas eu como Naarda poderia fazer o necessário. Eu havia dado vida a ela uma vez e daria de novo agora.

Nós estaremos ai em poucas horas...

— Vocês não precisam vir. Eu não quero que vocês venham, ainda não. Manterei contato. – eu sabia o que implicaria a vinda deles até aqui. Não seria nada fácil, principalmente pra mim.

Mas...

— A vovó, cuide dela, por favor... - minha preocupação também estava nela. Como a matriarca da família, eu sabia como ela se culpava por cada coisa que acontecia com seus filhos, netos, cunhados e agora bisnetos.

Ela vai ficar bem. Não se preocupe com ela, sua atenção deve estar na sua filha.— ele dizer que Sophia é minha filha, tornava as coisas tão reais e sólidas que meu coração quase explodia. Minha filha estava aqui, no entanto se eu não agisse a tempo, ela não estaria por muito tempo. –  Você não quer mesmo que nós vamos ai? – fiquei em silêncio, e ouvi seu suspiro. Ele sabia que não gostava de ser contrariada e mesmo a contra gosto tinha consciência que ainda não era o momento de todos da família sair de seus esconderijos. Nossa família era muito visada e muitos eram os ataques a nós. – Ok. Mesmo assim mandaremos alguém para ajudá-la. – Eu sabia que se não concordasse eles moveriam céus e terras para vir até mim. Por isso não contestei - Cuide-se.

— Ok.— desliguei o telefone e olhei para cima. Era nítido que a maioria havia escutado a conversa, até mesmo Seth estava lá. Olhei para Jacob e perguntas borbulhavam em seu olhar, mas agora não é o momento. Agora eu tinha que salvar a minha filha. Levantei-me.

— Lena - antes que eu pudesse dar qualquer passo Jacob se colocou a minha frente.

— Jacob agora não. Eu preciso ir até a minha filha. – eu sentia sua energia esvaindo-se e ela me chamando cada vez mais em socorro. Como eu não havia visto a nossa conexão? Nunca foi uma ligação de irmãs. – E Seth eu preciso da sua ajuda.

— Leona o que você vai fazer?

— Por que precisa da minha ajuda? – Jacob e Seth perguntaram ao mesmo tempo.

— Preciso que me ajude a salvar Sophia e eu nem sei bem por que, mas o seu lobo de alguma maneira a está mantendo viva.

— O que? – várias vozes incrédulas perguntaram ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

E aiii?
Gostou?
Então comentem... ;)



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