Naarda - Descobrindo O Verdadeiro Amor escrita por SabrynaCastle


Capítulo 2
Naarda I


Notas iniciais do capítulo

Mais um Cap



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Atualmente...

Acordei assustada por causa do meu pesadelo, na verdade eram as lembranças daquele dia.

Naquele mesmo dia depois de chegarmos ao aeroporto pegamos o primeiro avião que iria para os EUA. Na bolsa que meu pai havia me dado continham nossos passaportes, dinheiro vivo, cartões, senhas de banco no meu nome e no de Sophia, algumas roupas e objetos pessoais. Logo que chegamos fomos direto para um hotel, estávamos exaustas depois de 20 horas de voo.

Como meu pai havia mandado li à carta com as outras instruções. Nela ele dizia, que para despistar deles, deveríamos viver um ano viajando constantemente e só depois desse tempo deveríamos nos instalar fixamente em algum lugar. 

Finalmente esse dia havia chegado, dentro de dois dias nós iríamos morar em uma pequena cidade. Eu estava tão ansiosa para morar em algum lugar que há seis meses, ao passar por uma cidadezinha nos EUA, chamada Forks, comprei uma casa. Já não aguento mais ter que sujeitar a esse anjinho, que esta dormindo ao meu lado, a essa vida em hotel, não é nem um pouco saudável uma criança viver assim.

Sophia agora esta com quase três anos, já anda e fala. Mudou bastante e esta cada vez mais parecida com a mãe.

Que saudades deles.

Mas esse não é o momento. Não posso deixar a tristeza me dominar, tem outras coisas a serem feitas.

Comecei a preparar nossas malas que não continham muita coisa, já que eu deixava para comprar as coisas quando precisássemos. Por isso tínhamos poucas roupas e Soso poucos brinquedos. Mas será tudo diferente agora.

Assim que comprei a casa, ficamos um mês pelos arredores para deixar tudo pronto. Contratei uma equipe para fazer alguns reparos que a casa precisava e uma decoradora para deixar a casa, de três suítes, sala, biblioteca, lavabo, área e cozinha, o mais confortável e segura para Sophia. Ainda tínhamos um lindo e belo quintal que dava para a floresta, aliais a casa era na divisa da cidade e uma reserva indígena, assim que a vi logo quis comprá-la.

Aquele lugar, apesar de fazer frio constantemente é lindo e tem uma energia quase renovadora, a sensação de estar ali foi incrivelmente reconfortante. Estranhamente senti que ali, naquele lugar estaríamos seguras e em casa novamente, apesar da ausência de nossos pais. Mais uma vez a tristeza me atingiu e logo a espantei indo acordar Sophia.

– Soso docinho acorda - sussurrei em seu ouvido

– Só mais cinco minutinhos

– Que cinco minutinhos, se eu deixar esses cinco minutinhos viram dez depois vinte e quando vê já se foi uma hora.

– Tá bom, tá bom, já acordei. - falou se sentando na cama

– Você não está ansiosa para ver o seu quarto?

– Estou muito. - falou animada apesar do sono

– Então vamos nos arrumar e tomar café, para podermos ir - ela assentiu e desceu da cama, se encaminhando para o banheiro. Logo tomamos o café e fomos para a nossa nova casa.

Chegamos a casa já era tarde de domingo a casa estava linda e grande para duas pessoas, principalmente a cozinha que era ligada a sala, mas tudo muito aconchegante. Os quartos estavam perfeitos.

– Então gostou do seu quarto Soso?

– Adorei parece de princesa.

Passamos o resto do domingo tranquilamente.

Amanhã eu começo a estudar na escola da cidade, atrasada um ano, mas tudo bem. Sophia ficará com uma senhora que eu contratei quando vim aqui, muito simpática chamada Sue.

Tenho a impressão que esse lugar nos reserva grandes descobertas, essa cidade transmite uma aura diferente.


(...)


– Sophia você já sabe né?

– Sei as regras: falar com voz de bebê, ficar quietinha e prestar atenção em qualquer coisa diferente que acontecer.

– Isso mesmo. – estávamos apenas esperando Sue, eu e Sophia já estávamos arrumadas e com o café tomado.

Não demorou muito e logo a campainha tocou.

– Bom dia.

– Bom dia Sue. Entre, por favor. – Sue era uma senhora já um pouco mais velha, mas muito bonita, sua pele morena e olhos negros juntamente com o cabelo Channel a deixam muito jovem apesar da idade. Ela é moradora de uma reserva indígena que tem próxima a Forks, ela foi indicada pela mulher que decorou a minha casa, a senhora Call.

– Com licença. Onde está a pequena?

– Está na cozinha. Sue quero agradecer a senhora por estar fazendo isso.

– Que isso menina será um prazer fazer isso. Ocupará meu tempo – apenas assenti.

– Então... tudo que ela precisa está no quarto dela, a comida também tem tudo que ela gosta e pode comer se assim desejar. Acho que é isso... – falei meio nervosa não gostava muito de me separar de Sophia.

– Calma menina tudo vai ficar bem. Ela ficará bem, não se preocupe.

– Ok! Já vou, se não chego atrasada. – dei um beijo em Soso, peguei meu carro e fui para a escola um pouco com o coração na mão.

Chegando ao colégio como o esperado fui o centro das atenções, também aluna nova, começando um mês depois do começo das aulas e ainda tinha o fato de ser extremamente diferente de todos, pele negra, olhos verdes, cabelos castanho médio e alta.

Não fiquei muito no estacionamento, os olhares me incomodavam, não que eu fosse tímida, longe disso, mas é um saco ficarem te encarando e você não poder fazer nada. Sendo assim logo fui até a secretaria pegar meus horários para as horas de tortura. A senhora que me atendeu foi muito simpática me dando um mapa da escola juntamente com meus horários.

Infelizmente ao sair da sala teria que passar novamente pelo estacionamento e há essa hora ele estaria cheio. Respirei fundo e fui. Ao abrir a porta dois cheiros extremamente fortes me atingiram. O primeiro o mais conhecido de todos, um cheiro muito doce e logo identifiquei vampiro. Mas o que vampiros estariam fazendo nessa cidade e ainda mais tão perto de humanos? Vários planos começaram a surgir em minha mente, teria que ser rápida e discreta. Porém o outro cheiro ainda me intrigava um cheiro de terra e chuva.

Saí da sala cautelosamente. O cenário que encontrei foi intrigante no mínimo. Em um lado estavam cinco vampiros, todos com sua grande beleza, e uma humana agarrada a um deles, já do outro lado estavam seis homens morenos enormes, verdadeiros armários. Todos estavam se encarando furiosamente, dava até medo olhar, a tensão criada pela cena era palpável no ar. O estacionamento em peso estava parado esperando que algo acontecesse, o que era muito estranho. Pareciam esperar ansiosamente pelo confronto.

O que será que são esses homens morenos? Pois eu podia sentir toda a aura de proteção que eles emanavam, humanos normais com certeza eles não são. E aquela humana, o que ela está fazendo com um bando de vampiros, apesar de serem vegetarianos pelo que percebi? Posso sentir que ela não está com medo deles, pois cada vez mais se agarra ao vampirinho. Detesto vampiros, todo o cinismo deles me irrita.

Eu mereço, já no meu primeiro dia de aula tenho que desvendar mistérios. Quer saber que se danem, eles não são problema meu mesmo, quero me manter longe de problemas, eles que são conhecidos que se entendam.

Já havia se passado dois minutos e nada de ninguém se mexer, o sinal já ia bater e esse povo ainda estava se encarando. Que palhaçada, até os professores estão aqui para ver o showzinho. Meu Deus eu quero ir para a sala, ninguém vai se mexer não? Quer saber paro com a palhaçada. Se ninguém faz nada eu faço. Ainda estava segurando a porta da secretaria e a bati ruidosamente o que os fez despertar. Infelizmente tinha que passar entre os “amigos” que se encaravam.

Novamente a atenção foi direcionada a mim, que ótimo. O sarcasmo é de graça.

Caminhei pelo estacionamento com todos os olhares agora em mim, bufei mentalmente. Do nada sinto uma pontada na cabeça, então um dos vampiros é telepata? Segurei-me ao máximo para não dar um sorrisinho irônico e falar ‘Idiota tenho um escudo’.

Esse ano vai ser no mínimo interessante.


(...)


Já estava na última aula antes do almoço, havia conhecido algumas pessoas e me surpreendi de ter tido aula com algumas das pessoas que estavam se encarando. Minha curiosidade estava me matando e eu queria muito descobrir o que estava acontecendo para criar essa rixa e o que eram aqueles caras morenos, pois eles não demonstravam medo algum perante os vampiros. Será que eles sabem o segredo dos vampiros? Se sim como isso é possível? Mas teria que ser cautelosa nas perguntas, não sabia ao certo se todos sabem sobre os vampiros.

A bendita hora do almoço chegou e fui convidada a me sentar com alguns meninos que conheci, só lembrava o nome de dois Trey e Rick, irmãos gêmeos. Os mais simpáticos e sinceros, sempre me dei melhor com homens do que com mulheres.

– Então você é de onde? – perguntou Rick, é o mais expansivo dos dois

– Sou do Brasil.

– Não deve estar gostando nem um pouco desse frio todo não é? – falou Trey solicito

– Não é tão ruim, sinto falta do sol de andar com menos roupas, mas a gente se acostuma.

– E você mora com sua irmã? – decidi contar a minha história ficando o mais próxima da verdade possível.

– É nossos pais morreram e meu pai era daqui dos EUA então resolvi passar um tempo aqui.

– Mas só estão vocês duas?

– Temos parentes vivos, mas a maior idade no Brasil é 18 anos, então consegui a guarda da minha irmã.

Antes que eles fizessem outras perguntas os dois grupos entraram quase que ao mesmo tempo no refeitório. E novamente ficaram se encarando, dessa vez não aguentei e falei.

– Ninguém merece. – acho que falei só um pouquinho alto, visto que o refeitório em peso me encarou. Está bem admito que foi consideravelmente alto. Mas acho que graças a Deus isso despertou os grupinhos do terror e cada um foi se sentar em uma mesa e é claro em lados opostos sempre se encarando. Sinistro!

– O que foi isso? – Trey falou impressionado, apenas dei de ombros e continuei a observar ambos os grupos. Minha curiosidade venceu e eu tive que perguntar.

– Qual é a dos dois grupos se encarando? – Rick respirou fundo e aquela falinha que eu não me lembro de onde veio, surgiu na minha cabeça ‘ Senta que lá vem história’

– Vou começar pelas apresentações do lado direito os Cullen, filhos adotivos do Dr. Cullen. São Rosalie, Alice, Emmett, Jasper e Edward. Eles vieram para Forks a uns dois anos, depois que Carlisle recebeu uma proposta para trabalhar no hospital da cidade.

“Do lado esquerdo nós temos os Quileutes eles são de La Push, uma reserva indígena que tem próximo de Forks. Temos Jacob, Jared, Quil, Embry, Paul, Seth irmão da Leah e Kim namorada do Jared. Há um ano a escola da reserva deu um problema e eles foram transferidos para aqui. Apesar do problema ter sido resolvido eles foram os únicos que resolveram ficar.”

– E a morena agarrada ao Cullen?

– Calma vou chegar lá. Aquela é Isabella Swan e dizem, as garotas, ser a garota mais sortuda do colégio. – falou com uma fina, tive que rir da sua apresentação e olhar sonhador.

– Por quê? – perguntei assim que consegui parar de rir.

– Porque ela tem simplesmente os dois caras mais gatos, isso dito pelas garotas, do colégio aos seus pés, Jacob Black e Edward Cullen. – quem continuou a contar a história foi Trey - Eu sou muito mais eu.

– Mas ela é namorada do Cullen? – essa questão não saia da minha mente. Será que sabe o risco que corre ao ficar com ele?

– Você vai entender. Logo assim que ela chegou, antes dos Quileutes estudarem aqui, ela começou a namorar o Cullen o que foi incrível para muitas, pois ninguém nunca falara com eles mais do que duas frases. – sei bem o porquê disso – Ela o namorou durante algum tempo e do nada os Cullen resolveram ir embora. A Bella entrou em depressão e não fazia nada, parecia uma morta viva.

“Até que os Quileutes vieram estudar aqui e ela se aproximou de Jacob. Todos viram a mudança que ele causou nela, de uma quase morta viva para uma pessoa de verdade. Todos viam que Jacob gostava dela.”

“Mas ai então o Cullen precisou dela, Bella ficou sumida por três dias, o pai dela o Chefe de policia Swan quase ficou doido. Então do nada ela volta e os Cullen voltam junto. Edward e ela se acertam e ela deixa Jacob para lá.”

– Então essa é a razão para quase se digladiarem no estacionamento e aqui no refeitório? – ele assentiu. Dai-me paciência Jesus, por que se for força o senhor já sabe. Não acredito que estavam brigando por causa dela? Olhando para ela, não via grandes dotes físicos, ela dever ser uma grande pessoa. Ou faz aquilo, se é que me entendem, muito bem.

Depois dessa grande história (sarcasmo é de graça) que respondia apenas uma parte de minhas curiosidades, fui para minha aula de Biologia. Mas eu devo estar com algum problema, algum encosto no corpo porque só isso para explicar eu ficar na mesma sala que o vampirinho e sua amada, e ainda com o Black na mesma sala.

– Senhorita Frey pode se sentar ao lado do Senhor Black – que ótimo, agora fico gostoso (sente a ironia, se bem que ele é gostoso). Assenti para o professor e fui caminhando.

– Oi – falei apenas por educação

– Oi – a resposta veio depois de um minuto. É realmente vai ser incrível esse tempo aqui em Forks.


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Notas finais do capítulo

E ai?

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