Jealousy escrita por Carter James


Capítulo 22
Capítulo XX - Jealousy {cannot be the end}


Notas iniciais do capítulo

WASSUP, FOLKS?
Ai meu santíssimo Merlin, this is the last CHAPTER. I'm crying so hard right now, and...
I can't even.
It's very important to say that I will miss you guys. I won't disappear, but... This is my first fanfic, the first I finished, actually. Idk why I'm writing in english, maybe 'cause it's more beautiful ^-^
Eu dedico esse cap a todas vocês, que estiveram aí me apoiando, não importa se foi desde o começo, foi desde o final. Eu agradeço pelo apoio, por vocês serem as leitoras mais maravilhosas que eu poderia sonhar em ter. Mas principalmente, dedico esse último cap a Emily Stoll, com sua recomendação fabulosa... Que nem a Zeuza /abafa.
Eu quero me despedir apropriadamente, espero que curtam esse cap, porque... Eu gostei dele. Eu realmente gostei dele.
E espero que vocês gostem também.
Até as notas finais.



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Capítulo XX - Jealousy {cannot be the end}

Eu não saí do meu quarto durante os dias que restavam até o baile. Eu não podia – na verdade, eu não conseguia – sair de lá. Eu não podia ver James. Não queria vê-lo. Não foi medo – ok, talvez um pouco -, foi vergonha. Vergonha de ele saber que eu omiti uma coisa dessas pra ele.

E como eu disse: a confiança é a base de um relacionamento.

Marlene, Dorcas e Alice tentaram de tudo quanto é jeito me tirar de minha complexa foça. Não me contaram como James estava, nem como ninguém estava. Apenas queriam me tirar do quarto e ver “como o céu e a vida era linda fora do meu cubículo”.

Para a informação delas, meu quarto é bem grandinho, ok? Não parece um box do banheiro...

Fuck. Nostalgia é um porre.

Eu me perguntei inúmeras vezes naqueles dias, por que tudo aquilo acontecera. Se James tivesse esperado mais um pouquinho eu aceitar sair com ele, nós estaríamos felizes e... Eu não sei. Nada daquele ano teria rolado.

Seria totalmente diferente... Well, o que está feito, está feito. Não iria remoer o passado. Porque eu não posso muda-lo.

Unfortunately.

Eu estava enterrada embaixo das cobertas (mesmo estando um calorzinho agradável) e meu corpo se encontrava em estado meditativo. Ou seja, eu não iria me movimentar nem se eu quisesse. Minha mente vagava para, é, James.

Pensava em como ele era imperfeitamente perfeito, com seus cabelos bagunçadíssimos, sorriso maroto e olhos castanho-esverdeados...

– Srta. Evans? – mas o quê?

Endireitei-me – or tried -, fazendo postura correta e tentando fazer meus cabelos parecerem menos um ninho de hipogrifo.

– Profa. McGonagall? Aconteceu alguma coisa? – cabelos 1 x 0 Lily Evans.

– Você se lembra de que será a oradora da formatura amanhã? Já escreveu seu discurso?

Oops.

– Hã, sim. Claro. Está pronto – mentira, lalalala.

Ok, McGonagall sorriu pra mim. ELA SORRIU! Era o apocalipse zumbi e eu não tinha minhas provisões e muito menos espingardas carregadas com balas. E nem tinha uma mira muito boa. E se retirou.

Ai, Merlin, como eu estava ferrada... Bem, voltando para a minha foça. O discurso que se fodesse. E que a vida se fodesse junto, e levava a Alison Evans. E me levava também.

***

Faltavam apenas algumas horas até nossa “formatura” e nosso baile. E eu continuava amaldiçoando a minha vida, sem nem querer sair do lugar. Eu não tinha comido nada além do que minhas amigas traziam de vez em quando. E banho? Necas.

Peguei um livro de romance trouxa qualquer. Isso é um tipo de masoquismo, vocês sabem. Você fica pensando: “cara, chega dessa merda que é a vida, porque eu não tenho esse personagem fictício nela”. Piora seu condicionamento mental. E sua autoestima.

– Lily Evans! – gritaram minhas amigas, entrando sem eu deixar (!) no meu quarto, carregando quilos de maquiagem, acessórios e seus vestidos. – Você ainda não começou a fazer nada?!

– Não. – respondi na maior cara de pau, tendo o prazer de ver suas expressões horrorizadas.

Marlene olhou para Alice e Dorcas.

– Então temos muito trabalho.

Fui tirada da minha caminha quentinha, jogada no banheiro e colocada com pijama e tudo debaixo do chuveiro. De acordo com Marley, eu tava mais fedorenta que o armário de ingredientes de poções do Slughorn. Tratei de tomar banho rapidinho.

Depois elas me jogaram em uma cadeira e falaram para eu ficar quietinha. Dorcas, a rainha dos penteados, foi arrumando minha cabelereira ruiva, enquanto as outras se vestiam.

Não me deixaram ver como ficara meu cabelo nem uma única vez.

Lene fuçou minhas coisas até achar o meu vestido “wow” que tínhamos comprado. E me mandou coloca-lo rápido. Enquanto mandava e desmandava em mim, ela tranquilamente terminou sua maquiagem.

Por que garotas são tão complicadas com esse negócio de ficar bonita? Os meninos são bonitos e eles não fazem MERDA nenhuma para ficarem assim. Ok, acho que o Sirius devia fazer, ele é meio... Fissurado com aparência.

***

– Todas prontinhas! – comemorou Alice, nos olhando.

Eu ainda não tinha me visto no espelho e queria estrangulá-las por isso. Elas fizeram tanta coisa em mim que eu achava que havia virado um ET. Eu não podia ser um ET, porque eles são verdes e meu cabelo é vermelho. Eu pareceria uma árvore de Natal!

– Posso me ver agora? – grunhi.

– À vontade – me responderam, e me deixaram caminhar até o espelho do banheiro, que é grande.

Ok, aquela não era eu. Aquela garota não parecia Lily Evans nem em Beuxbatons e muito menos em Hogwarts. Ela – não eu – tinha os cabelos perfeitamente lisos na raiz, sem nenhum frisado, que caíam em pequenas e suaves ondas até a cintura. Seu vestido mostrava curvas que ela nunca imaginara que existiam. A roupa, de um azul arroxeado, era leve e maravilhoso. Um xale da mesma cor o completava.

Realmente, aquela não podia ser eu.

Um sorriso maior que a cara apareceu em meu rosto. Havia muito tempo que eu não sorria – ok, nem tanto tempo assim.

– Obrigada, meninas! – agradeci e abri os braços para um abraço coletivo, que elas corresponderam.

O vestido de Marlene era vermelho. A cara dela. Afinal, ela seria a acompanhante de Sirius Black e precisava se comportar como tal.

Dorcas parecia ter saído de um conto de fadas, com sua saia de tule e corpete princesa. Quando Remus a visse teria chance de ter um ataque do miocárdio.

Alice era uma atriz. Vestido preto e longo, com uma fenda na saia do lado esquerdo, mostrando sua perna.

Se a população masculina nos achava bonitas antes era porque ela nunca tinha nos visto daquele jeito.

Descemos para a Sala Comunal dos Monitores, eu torcendo para que James não estivesse ali e graça a Merlin, ele não estava. Acho que fora mais cedo para o Salão Principal, onde ocorreriam os eventos da noite.

– Cadê seus pares? – indaguei.

– A gente vai se encontrar com eles depois de pegar os diplomas – deram de ombros. Tenho quase absoluta certeza que fizeram isso para que eu não me sentisse sozinha. Como eu tenho amigas incríveis!

Respiramos fundo.

– Vamos arrasar – declarou Marlene.

***

Onde normalmente ficavam as mesas dos professores, foram colocados banquinhos para que o sétimo ano ficasse esperando a chamada de cada nome e depois pegar o diploma de Hogwarts.

Vi minha família em uma das mesas redondas colocadas no lugar das mesas das casas e acenei. Petúnia não estava ali, obviamente. Só por causa da inveja que ela tinha.

Eu nunca sonhei que estaria ali. Nunca sonhei que fosse uma bruxa, muito menos uma das melhores bruxas de minha idade. Nunca sonhei que iria conhecer um castelo mágico, muito menos que conheceria a mágica.

E também, nunca sonhei que iria conhecer as melhores pessoas do mundo ali, muito menos pessoas que ficariam na minha memória para sempre. Nunca sonhei que Hogwarts iria virar minha casa e nem cheguei a pensar que ela seria mais lar do que de onde eu vim.

Tudo iria acabar, para começar de novo.

Nos sentamos nos lugares que nos foram resignados pelos professores e aguardamos Dumbledore falar alguma coisa.

O diretor pigarreou.

– Estamos aqui hoje para celebrar os formandos da turma de 1978! Um ano que, em minha humilde opinião, foi um dos melhores. Vamos dizer adeus a vários alunos que eu sentirei extremamente falta durante os anos que vão passar – olhou para os Marotos. James não estava ali. Estranhei. – Além dos melhores jovens bruxos que eu tive o prazer de conhecer e ensinar – olhou para mim e para meus amigos. Sorri. – Passaram por muita coisa, esses meninos. Passaram por desafios. E eu me sinto orgulhoso em declarar que todos conseguiram se formar e estar aqui. Sem mais delongas, vamos começar Minerva.

Não prestei muita atenção. A culpa de não ter feito discurso nenhum começou a me corroer e logo eu estava tremendo. Eu passaria uma vergonha sem tamanho. Droga, droga, droga! Muitos alunos sendo chamados e eu nem percebi quando fora a minha vez.

– Evans, Lily!

Alguém me cutucou e eu agradeci. Levantei-me com as pernas bambas, e caminhei até McGonagall e Dumbledore que me acolhiam com seus sorrisos – McGonagall sorrindo de novo, eu teria de esperar pelo pior.

Voltei ainda cambaleando até meu lugar e esperei o resto receber. Na hora de James, Sirius se levantou e falou alguma coisa no ouvido de Dumbledore, que por sua vez, assentiu.

A última pessoa fora chamada e então começaria a minha desgraça pessoal.

– Agora nossa melhor aluna vai dizer algumas palavras. Lily Evans, venha até aqui.

Encarei Marlene e Dorcas, que ficavam próximas uma da outra por seus sobrenomes, e depois Alice. Elas concordaram com a cabeça e disseram: “Vá!”. Engoli em seco e andei.

– Hã, oi. Olá – ótimo jeito de começar, Lily. – Na verdade, eu admito que não escrevi discurso algum para hoje – arrisquei olhar para McGonagall que me olhou repreendedora. – Mas isso não quer dizer que eu não tenha nada para falar – respirei fundo. – Naturalmente, todos os bruxos mestiços e sangue-puros sonham com Hogwarts desde que aprenderam a andar. Sempre ansiosos e à espera de sua carta chegar. Eu, como nascida-trouxa, nunca pensei, sonhei, cogitei que estaria aqui. Ao receber minha carta do próprio Dumbledore, eu pensava que era um tipo de brincadeira de muito mau gosto. Já meus pais, falaram que era muito provável que eu fosse bruxa, não por habilidades especiais ou algo do gênero. Eles falaram que eu tinha um brilho extremamente mágico no olhar. Bem, eu experimentei olhar bem de perto meus olhos no espelho e só vi que eles são mais verdes que um arbusto de floresta depois da chuva. Quando passou a fase de “this is some kind of a joke” veio o dia do embarque na plataforma. Meu Merlin, como eu estava nervosa. Consegui me despedir de meus pais, após muitas lágrimas e subir no expresso. Por azar, ou por sorte, eu ainda não sei, conheci dois dos Marotos, que agora são meus amigos. E conheci minhas irmãs de outra mãe. E somos grudadas desde então. Passaram-se um ano, dois, três... Sete anos. Uau. Eu não acredito que já estou com dezoito anos. Agora sei o que é a amizade verdadeira. Família. E de certo modo, amor – um bolo se formava em minha garganta. – E é isso que se trata de crescer em um ambiente “mágico”. Você aprende, não apenas as matérias, mas também aprende a viver. Aprende o certo e o errado. Aprende a seguir seu coração, mesmo que ele o leve para o lado negro da força – olhei Severus. – Porque não são suas habilidades que definem quem você é, são suas escolhas. Nós vamos para guerra agora. Vamos para a vida real. E eu não sei se conseguirei fazer ao menos isso, já que não consigo lidar com um segredo e muito menos o confiei na pessoa certa e...

A entrada de alguém pela porta interrompeu a minha fala. Era a primeira vez em dias que eu via James Potter. E ele estava mais bonito do que eu jamais o tinha visto. Esperei-o vir até o palco. Lágrimas teimavam em sair dos meus olhos.

– Desculpe interromper, Lily. Mas eu continuo agora, pode ser? – eu estava tão perplexa que não respondi absolutamente nada. Ele tomou como um “sim”. – O que Lily Evans, monitora-chefe, melhor aluna da escola e a mulher da minha vida quer dizer – meu coração parou nessa hora. – É que agora é hora de começar de novo. E todos nós conseguiremos fazer isso – deu uma parada. – Esse ano foi absurdamente diferente para mim. Pela primeira vez em tempos, eu não persegui essa ruiva escandalosa. E descobri que finalmente ela se interessou por mim. Infelizmente, eu já tinha começado a sair com outra pessoa, porque eu pensei que não valia mais a pena correr atrás dela. Me enganei. Lily Evans sempre vai fazer alguma coisa valer a pena pra mim. Ao contrário do que ela pensa, eu não fiquei bravo, ressentido e muito menos magoado de saber de certo segredo, porque, bem, no fundo, no fundo eu já sabia – meu coração parou de novo. Ele devia parar de fazer isso. – Eu queria acreditar que certo sonho era verdade e quando descobri que era... Não coube em mim tamanha felicidade. Lily Evans, não importa o que você faça, eu sempre vou amar você – ai meu Merlin, ele disse AMAR. – Nada, ninguém no mundo pode mudar isso. Pare de ser boba, ok? O que eu mais quis esse ano era voltar a correr atrás de você. Mas todos me diziam para deixar pra lá, que você mesma faria isso. Amei ver seus ataques de ciúme, a propósito. Esse ano fez tudo valer a pena. Eu nunca esquecerei nada do que passei nesse castelo e muito menos vou querer esquecer. Não sei se é a magia de Hogwarts, ou a magia de Dumbledore, mas é impossível não aprender alguma coisa aqui. Mesmo quando eu não assistia aula, eu aprendi alguma coisa. Nós crescemos, amadurecemos, eu e o Sirius principalmente. Hogwarts é mágica. E especialmente, me fez conhecer a pessoa que eu mais amarei no mundo e me deu irmãos que eu nunca tive. Espero um dia voltar e reviver lembranças. Porque Hogwarts é um lar e uma família, e isso você nunca esquece. Obrigado por tudo.

Todos aplaudiram, mas eu não estava nem aí. James estava vindo em minha direção, a passos firmes, e me abraçou. E, claro, me beijou. Dava para ouvir Marlene, Sirius, Remus, Dorcas, Frank, Alice, Dumbledore, McGonagall e Hagrid assobiando e comemorando. Acho que até mais pessoas se juntaram a eles.

Quando nos separamos, vi Alison com uma expressão cansada e tristonha. Ela me encarou e deu um sorriso de “desculpe”. Ela podia ter me feito sofrer que nem um touro em rodeio, mas eu não guardaria rancor. Então, sorri de volta.

Encostei minha boca próxima à orelha de James.

– By the way, eu não tive nenhum ataque de ciúme, James Potter. Pode retirando isso – e me afastei um pouco, fuzilando-o.

Ele riu.

– Bem, logo vai ter. Porque vai aparecer uma nova pessoa. Ou até mais.

Cerrei os punhos e minha voz saiu tremida.

– Como é que é, Potter?

– Ah, você sabe. Nossos filhos.

Minha boca se abriu em um perfeito: O.

– Você está me dizendo o que eu acho que está dizendo? – as lágrimas teimosas voltaram.

Ele se ajoelhou (!), tirou algo do bolso do terno e pegou minha mão.

– Lily Marie Evans, você aceita casar comigo?

– AHHHHHHHHHH! – não fui eu que gritei. Foi Marlene, que também fora pedida em casamento ao mesmo tempo em que eu. E depois Dorcas, mais adiante. E depois Alice.

Acho que demorei um pouco com a resposta, porque James começou a me olhar preocupado.

– Of course yes, you fool – ele me pegou no colo e me beijou. – Sim, sim, sim – falei durante os beijos. – Milhões de vezes, sim.

Nós dois rimos e ele colocou o anel em meu dedo.

– Agora que as propostas de casamento foram feitas – disse Dumbledore, sorrindo até com os olhos. – Vamos começar a festa!

James empertigou-se e ofereceu-me a mão.

– Me concede essa dança?

Rolei os olhos.

– Precisava mesmo perguntar? – e apoiei minha mão na dele.

|| Bota pra quebrar. Quero dizer, bota pra tocar. ||

You look so beautiful today
When you're sitting there
It's hard for me to look away

– Então, me conta... – pedi em seu ouvido. – Isso tudo de chegar atrasado, me interromper no meu discurso, foi tudo um plano?

– Dos Marotos e das meninas – traíras! – Eu tinha que fazer você me escutar. Você é bem teimosa às vezes.

Bati em seu ombro.

So I try to find the words that I could say
I know distance doesn't matter
But you feel so far away

– Valeu a pena – admiti. Ele me fez aproximar-me mais, apertando suavemente minha cintura.

– Eu sei. Senão não estaríamos aqui, não é mesmo?

Sorri e James me beijou de leve.

And I can't lie
But every time I leave
My heart turns grey

– É verdade que Sirius e Remus vão viajar? – perguntei de repente.

Ele fez uma cara culpada.

– Sim, e eu também – abri a boca para argumentar. – É por pouco tempo. Temos que conhecer o mundo um pouco. E estaremos em treinamento de aurores.

And I wanna come back home
To see your face tonight
'Cause I just can't take it

– Não gostei de saber disso – fiz bico. E James o desfez, me beijando com mais vontade.

– A distância não importa, você sabe. E, quando você menos esperar, eu já vou estar de volta.

Another day without you with me
Is like a blade that cuts right through me
But I can wait, I can wait forever

– Eu esperaria o tempo que for preciso, até para sempre. Afinal, você me esperou... Quantos anos mesmo, por mim? – sorri.

– Sete anos. É, eu gostava de você desde o primeiro ano, só que inocentemente e eu não sabia direito o que era gostar ainda – ele sorriu também.

When you call, my heart stops beating
When you're gone, it won't stop bleeding
But I can wait, I can wait forever

– Trate de não me trair, Sr. Potter. Eu sei que tem muita mulher bonita por aí – tentei fazer cara de brava. Mas, bem, eu não consegui. Eu havia sido pedida em casamento!

– Isso é ciúme, Srta. Até-então-Evans-daqui-a-pouco-Potter? – perguntou marotamente e aposto que estava se achando o tal.

– Apenas cuidando do que é meu.

You look so beautiful today
It's like every time I turn around, I see your face
The thing I miss the most is waking up next you
When I look into your eyes, man, I wish that I could stay

– Quando eu voltar, nós vamos entrar os quatro casais na igreja. Eu prometo – falou decidido. Não pude deixar de sorrir e observar Marlene e Sirius, Dorcas e Remus e Alice e Frank.

– Vou sentir falta de acordar ao seu lado – soltei.

– Como se eu não fosse sentir também.

I know it feels like forever
(Feels like forever)
I guess that's just the price I gotta pay

– Só para ter certeza, isso não é uma vingança por eu ter feito você esperar, né? – conferi.

Ele rolou os olhos.

– Claro que não. Se fosse por mim, estaríamos caminhando daqui para o altar – levantei as sobrancelhas. – Tá, antes nós iriamos para um quarto.

Dei um tapa em seu braço.

But when I come back home
To feel your touch
It makes it better
(Makes it better)

– Só para deixar claro. Você também não vá se meter com outros homens – pigarreou.

– Isso é ciúme, Sr. Potter? – repeti, divertida.

– Apenas cuidando do que é meu – imitou.

Till that day
There's nothing else that I can do
And I just can't take it
(I just can't take it)

– Se eu não posso fazer nada para você ficar, ok. Não tenho escolha, se quiser casar com você – concordei.

– Lily, pelo amor de Merlin. Ou melhor, pelo meu amor por você. Sem drama. Já basta a Lene – e apontou para Marley que tagarelava muito rápido para um Sirius meio nervoso e com medo.

Another day without you with me
Is like a blade that cuts right through me
But I can wait
(I can wait)
I can wait forever
(I can wait forever)

When you call, my heart stops beating
When you're gone, it won't stop bleeding
But I can wait
(I can wait)
I can wait
(I can wait)
I can wait forever

Bem, eu podia esperar para sempre por James Potter. Sem ninguém implorar, pagar ou mandar. Porque eu... Ah, ok. Eu o amo.

|| Alguns meses depois ||

E é essa a história do meu sétimo ano em Hogwarts. Nem sei como arranjei tempo para escrever tudo isso, mas é que eu estou em extremo desespero! EU VOU ME CASAR DAQUI QUINZE MINUTOS!

Eu não vejo James faz SÉCULOS – ok, faz alguns meses – e quando os meninos voltaram, já chegaram mandando uma carta assim:

Lírio,

Os preparativos para nosso casamento estão prontos. Se arrume, o vestido está sendo enviado.

Amo você,

James.

Ensinei minhas amigas a usar telefone e liguei diretamente para Marlene, que também, que coincidência!, recebera a mesma carta, com outras palavras do Sirius. Dorcas me ligou na metade da minha conversa com Lene e falou o mesmo. E Alice também.

Isso aconteceu faz algumas horas. E agora, nós todas estamos no mesmo cubículo apertado – tá, nem tão apertado assim, só parece apertado porque eu estou nervosa – que é o meu. Nós vamos aparatar (!) na igreja. O pai de algum deles vai com a gente, eu acho. Porque eu não faço a mínima ideia de onde é a igreja.

Ai meu santo Merlin! Ah... É o pai do James! Ele que vai nos levar! Santo Merlin de cueca de bolinhas... EU VOU ME CASAR! Dorcas, Marlene e Alice estão quase como eu, senão piores.

Ok, Lily, respire fundo e pegue a mão do Sr. Potter. Seu sogrão. Vai ficar tudo bem. Você vai se casar com o garoto – ops, homem – da sua vida. E depois vocês vão ter uma Lua de Mel – eu espero. E quem sabe não possa conceber seu primeiro filho?

Sr. Potter está me apressando! Eu tenho que ir! Me desejem sorte, porque eu nunca soube preparar uma Felix Felicis! Ah, fucking hell, que sapatinho apertado...

Até outra vez,

Lily Marie Evans (Potter).

The End


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Notas finais do capítulo

Chorando de novo...
Um cap gigante. Tá, nem tanto. Mas foi o maior que eu já escrevi.
Esse desenho é da roupa da Lily mesmo e tal. A cena foi baseada nele.
Últimos avisos antes da postagem do epílogo:
O tiro saiu pela culatra, ou seja, eu não vou postar minhas fics novas hoje. Só se alguém conseguir fazer duas capas pra mim até eu sair de casa e pegar o avião...
Então é a última vez que eu posto em minha humilde residência.
Espero que vocês tenham gostado do cap e tudo o mais. Mas eu quero agradecer novamente a todo mundo. Vocês são as melhores leitoras do mundo e eu não poderia pedir pessoas melhores e mais divertidas. Eu amo vocês, de verdade. Isso nem é um quinto do que eu planejei falar mas...
Eu nunca sonhei que ia chegar a mais de 500 reviews. Eu nunca sonhei que teriam tantas pessoas lendo. Nunca sonhei em ter mais de 15 recomendações.
A vida é uma caixinha de surpresas. E isso é ótimo.
Mais uma vez, eu amo muito vocês. Cada uma de vocês que comentou, que recomendou, que favoritou. E eu agradeço de coração e alma essa experiência.
Até o epílogo.
P.S: Alguém se habilita a fazer capa pras minhas novas fics? Me contatem, estou meio - demasiadamente - desesperada.