Jealousy escrita por Carter James


Capítulo 11
Capítulo IX - A few days ‘till Christmas


Notas iniciais do capítulo

WASSUP?
Primeiramente, feliz natal, sweethearts! Muita felicidade, amor e presentes, ah, e comida.
E cá estou eu postando o capítulo do dia. Sim, porque mesmo sendo feriado de Natal vou postar o capítulo. Está um pouco gordinho e um pouco clichêzado. Não me julguem, eu sofro de bipolaridade quando se envolve coisas clichês. Dependendo do casal eu odeio, e dependendo do casal eu amo.
Anyway, como presentes de Natal eu quero reviews e recomendações, ok? :33333
Os reviews podem ser até xingando o capítulo, que tá um cocô.
Enjoy it.



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Capítulo IX - A few days 'till Christmas

Eu meio que não consegui olhar para a cara de James depois daquilo. E essa foi uma grande mentira.

Eu dei encima dele. O que deu em mim? Eu não sei. Talvez a idade começando a pesar e o fato de que era o último ano e eu não o viria mais na minha vida inteira. Só se ele me pedisse em casamento. O que provavelmente não iria acontecer, se eu não desse encima dele e começasse a mostrar que eu era a dona dele. Isso foi um pouco estranho, ele não é um objeto para pertencer a alguém.

Caramba. Acho que falei muita coisa... A questão é que eu comecei a dar encima dele na cara de pau.

Ok, nem tanto assim. Eu só mostrei quem é que mandava. Ainda bem que eu tinha guardado a droga do leque.

– Então... Vocês já mandaram as cartas? – questionou Lene.

– Putz! – James bateu a mão na testa. – Esqueci! Vou fazer isso agora.

Levantei-me junto. Era patético, mas necessário. Entendam o meu lado, está bem? Eu estava apaixonada e ele namorava uma garota puta que... Que era puta, oras!

– Eu também. Já era. Minha mãe não é muito de responder cartas de última hora – hey, olha que eu até disfarcei bem!

Na nossa Sala Comunal, peguei uma pena e um pergaminho. Eu tinha de pedir uma autorização... Ok.

Querida mãe que brilha mais que o sol,

A Lene nos convidou para passar o Natal na casa dela. Eu sinto muito de não poder comparecer a festa da família, mas você sabe. Qualquer lugar é melhor do que aquele em que Petúnia está.

Posso ir? Por favor, por favor, por favor! Imagine que eu estou fazendo a cara de cachorrinho abandonado. Eu preciso ir... Ele vai estar lá... Entendeu a necessidade?

Responda o mais rápido que puder, senão a nossa querida McKinnon vai me matar por ter deixado para última hora.

Beijos e queijos,

Lily

– Lírio? Corujal, vamos?

Assenti e coloquei meu casaco fofinho.

Eu amo neve! É tão branca e pura. Deixa tudo mais bonito. As roupas são bonitas. Os acessórios são bonitos. Os sentimentos são bonitos...

Vocês devem me achar bipolar, já que eu falei que preferia o Halloween ao Natal. E é verdade. Só estou falando que eu amo o inverno. Porque... Bem... Porque neva. Eu sinto pena dos lugares em que não neva [/autora: não precisa esfregar na cara, Lily]. Desculpa!

James e eu caminhamos até o Corujal. Já comentei como aquele lugar fede? Nossa, fede muito. Mais do que meias de ginásticas trancadas em um armário por mais de um mês. Imaginaram? É isso ai.

Peguei uma coruja-das-torres qualquer, não queria atarefar Genevive, que é muito sensível em tempos frios.

Tomei cuidado para não escorregar nos degraus da saída. Fui em direção ao Lago Negro, com James em meu encalço. Como eu adoro quando tudo congela... Parece que o tempo passa mais devagar e isso era a única coisa que eu queria. Que o tempo parasse.

– No que está pensando, Lil’s?

Virei para encará-lo. Seus óculos estavam ficando embaçados por causa do frio e seus cabelos tão amados, salpicados pelos flocos de neve. Suspirei.

– É o último inverno que passamos em Hogwarts, Jay. Pensou que ano que vem vamos estar... Não sei. No treinamento de aurores, curandeiros? Eu não quero pensar no futuro, mas acho que é inevitável.

Como um gesto afetivo, ele colocou o braço pelos meus ombros e sem intenção eu apoiei minha cabeça na curva de seu pescoço.

– Acho que devemos aproveitar cada dia. Não importando se tudo vai acabar ou não.

Ri secamente.

– Eu não posso aproveitar cada dia – falei.

– E o que te impede?

– O cara que eu gosto estar com outra.

Ainda bem que ele não teve chance de responder. De repente, sinto algo frio me atingindo nas costas.

Sirius soltava aquela risada meio latido dele. Dorcas e Remus andavam de mãos dadas, como se ninguém visse. Frank e Alice davam um beijo de esquimó, o que é uma das coisas mais fofas do mundo. Marlene batia na nuca de Six.

Para me vingar, preparei minha própria bolinha de neve e taquei com toda a força no cachorro. Na cara dele. GINGER POWER.

– Ó, é assim gengibre? Se é guerra que você quer, é guerra que você terá!

Meninas contra meninos. Com um aceno da varinha, construí um forte para nos proteger. Marlene e Dorcas faziam as bolinhas. Alice olhava para os outros, ameaçadora.

– THIS IS WAR! – proclamei.

Esses momentos são os que eu mais sentiria falta. Ficar com os meus melhores amigos no mundo no melhor lugar do mundo sem se importar com o que acontece fora dos portões. E tudo isso iria acabar, porque tudo que é bom acaba.

Logo, os oito estavam deitados na neve. A guerra havia acabado. E tudo estava bem...

Ok, parei com minhas frases melodramáticas.

– Eu vou sentir falta disso – enunciou Lene.

– Idem – concordamos.

Dei um sorrisinho sarcástico.

– A gente vai se ver. No casamento do Six e da Lene, do Frank e da Alice e no do Remus e da Dorcs – disse. – E no meu casamento com o modelo internacional.

– E ele será moreno – brincou Marlene.

– Loiro! – gritou Dorcas.

– Calem a boca, será ruivo – retruquei. – O que importa é que vocês serão os padrinhos.

Sirius se levantou.

– E ainda tem o casamento do Prongs aqui.

Torci o nariz de desgosto e dei minhas mãos para ajudar Dorcas e Marlene a levantar. E fomos em direção ao castelo.

Ouvi passos. O cachorro caminhou sorridente até minha pessoa e sussurrou no meu ouvido: “ele vai se casar com você”. Bati em seu braço e sorri enquanto ele se afastava.

– O que ele disse? – perguntou Dorcas.

– Coisa de cachorro.

***

Acordo no meio da noite com umas batidinhas na janela. Como todos sabem, uma garota sempre levanta da cama maravilhosa e gata. Só que não. Eu estava grogue, minha cara era de drogada e isso deve ter assustado a coitada da coruja, que nem chegou a deixar a carta no parapeito direito que já saiu voando.

Abri o pergaminho.

Querida e diviníssima filha,

Problema nenhum você ir para a casa da Lene! Eu bem que gostaria de ir com você, Petúnia está cada vez mais insuportável. Ela e aquele Vernon vão se casar. Sim. Estamos falando de c-a-s-a-m-e-n-t-o mesmo. Não estou brincando.

Eu até queria que você viesse para casa, assim eu não precisaria aturar Petúnia falando de como serão as bodas... Mas prefiro que você se divirta. Porque eu não vou.

No dia do Natal mande sua coruja buscar seu presente.

Beijos e queijos,

Mamãe.

Coitada de minha prestigiosa mãe. Ela iria ficar com a cara de cavalo e o hipopótamo emporcalhado! Porém, como Helena Evans sempre me dizia, nenhum ser humano é digno de pena.

Dobrei a carta e coloquei no bolso do meu pijama (sim, ele tem bolsos). Eu não conseguiria dormir de novo, então me encaminhei para a sala comunitária (finalmente achei outro jeito de chama-la).

James olhava concentrado a lareira. Em suas mãos estavam seus habituais capa e mapa do maroto.

– Hey – disse ele.

– Hey.

Sentei-me ao seu “lado”. Na verdade, foi a uns bons noventa centímetros de distância. Sabe como é... Não sei se eu me seguraria.

– Insônia? – perguntou-me.

Neguei com a cabeça: - A resposta da minha mãe chegou e atrapalhou meus sonhos.

Silêncio constrangedor.

– E ela deixou?

Assenti. Outro silêncio constrangedor.

– Posso... Er... Ver o mapa?

Ele deu de ombros e murmurou: “Juro solenemente não fazer nada de bom”. Depois de anos os conhecendo, eu sabia do mapa, de que eles eram animagos e tudo aquilo que eles lutaram tanto para esconder.

Não sei como garotos tão irresponsáveis conseguiram criar algo tão formidável quando aquele mapa. Sei que não tem nada a ver, mas eles eram apenas adolescentes e eram inteligentíssimos. Poderiam ser gênios, se não ocupassem grande parte de seu tempo fazendo marotices.

Passei meus olhos pelo pergaminho. Às vezes eu soltava uma risadinha e apontava para um dormitório, com pessoas fazendo aquilo. Eu não tinha percebido que James foi deslizando a bunda até ficar bem perto de mim.

De repente, estaquei. Uma coisa tinha chamado minha atenção. John McKinnon e Alison Evans no mesmo aposento.

– Você viu...?

– Tem acontecido muito ultimamente.

Franzi as sobrancelhas.

– E você não vai fazer nada a respeito?

– Eu confio na minha namorada, Lily. Você mesma disse que eu deveria fazer isso.

Pode ter sido apenas uma frase sem nenhum propósito, mas para mim significava que se ele saísse machucado daquele relacionamento a culpa seria minha. Somente minha.

***

Lindo. A única palavra para descrever o Salão Principal. “A beleza está nos olhos de quem vê”. Foda-se. Qualquer um acharia aquilo bonito, fato. Até a pessoa mais melancólica no mundo acharia.

– Minha mãe deixou – contei para as meninas.

– YAY! – Marlene andava muito feliz, devia ser por causa do beijo com Sirius. É. – Que ótimo!

– Vamos comprar presentes aqui? Ou lá mesmo? – perguntou Alice.

Lene ponderou a questão.

– Tanto faz.

Oh, isso responde a pergunta mesmo. Obrigada pela colaboração, Marlene, isso realmente ajudou. Sarcasmo nas alturas. E só para os que acham, ironia não pertence aos sonserinos. Qualquer pessoa pode ser sarcástica. É só querer.

E não ter nada a esconder.

Faltavam poucos dias até o Natal, e isso estava me entristecendo drasticamente. Eu não queria deixar Hogwarts, nem mesmo por pouco tempo. O que era ridículo, o sétimo ano estava carregado de deveres e precisava de férias.

– Lily, você tá depressiva? – questionou Frank.

– Não, clima de Natal.

– E isso não é bom? – incluiu-se Remus.

Dei de ombros. Não queria muita conversa no café da manhã. Eu preferia ficar com meu cereal.

Um garotinho do segundo ano veio até nós e entregou um envelope roxo para cada um. E eu sabia o que aquilo significava e não estava muito animada.

– Então, o que vocês acham de uma última festa antes de irmos para a casa da Lenezita? – indagou Sirius.

***

Eu não considero o Clube do Slug uma coisa de se orgulhar. Slughorn escolhia os alunos que achava que tinha mais potencial para ser parte de sua “prestigiosa” coleção de talentos.

Frank, ótimo em DCAT. Alice ótima em Feitiços e DCAT. Sirius, gênio em transfiguração e batedor renomado do time da Grifinória. Dorcas, Feitiços. Marlene, batedora e DCAT. Remus, inteligente em tudo. James, um dos melhores alunos junto com Sirius e capitão no Quadribol. E eu, exímia preparadora de Poções, e modéstia a parte, inteligente em outras matérias também.

Isso é doentio. Tomara que na época de meus filhos não tenha essas coisas seletivas.

E a festa só teria sonserinos. Seria uma chatice total, porém éramos meio que obrigados a comparecer. Senão, o velho Slug iria nos perseguir até o quinto dos infernos para saber o motivo de não termos aparecido em sua comemoração.

Lá fomos nós. Garotas com vestidos de gala e saltos torturantes. Garotos muito sexys de terno. Merlin me abane!

Festas não são muito meu forte. Lembram-se da última? A de Halloween? Foi trágico. Esperava que não fosse necessário que eu me embebedasse de novo... Ah, claro que não! Alison não tinha sido convidada porque ela era uma bosta em tudo! Menos em dar.

Lene foi flertar com alguns corvinais que por ali estavam e eu fiquei sozinha. Eu e o ponche.

– Lily.

– Ah, oi Amus.

– E aí, se divertindo?

Fingi pensar.

– Não, é uma completa merda. – [/autora: imaginei em inglês, obviously. No, it’s a complete shit].

Ele riu secamente.

– Apoiado. E o negócio com o P... – coloquei a mão na sua boca e fiz sinal de “shh” com a outra.

– Não diga nomes!

Fez sinal de rendição. Contei como tudo estava uma droga, que os nossos anos em Hogwarts estavam acabando, que James e Alison ainda namoravam e que nada parecia mudar isso pela bosta de conselho que eu tinha dado. Fui impedida de continuar porque uma mão se apoiou em minha cintura.

James olhava meio bravo para Amus. Cheiro de álcool se misturava ao seu perfume.

– Eu sou o acompanhante de Lily hoje, Diggory. Pode saindo.

Nem sei quem pareceu mais surpreso. Eu ou Amus. Ele logo deu um sorriso maroto e piscou, já que nós compartilhávamos uma piada interna. James não gostou da piscada. E fez uma careta.

– Por que ele piscou pra você?

– Não te devo explicações, James – revirei os olhos. – Vai ficar com a Alison, vai.

Ok, a última parte não devia ter sido dita, porque ele sorriu colgatemente e aproximou o rosto do meu.

– Ciúme, Lily?

Sempre, pensei. Graças a Merlin eu não disse nada. Eu acho que me segurei pelo fato dele exalar álcool pelo hálito. Estava ficando meio desconfortável.

Empurrei-o: - Vem, vamos pegar uma poção com o Slug. Você bêbado é muito... Estranho.

– Eu estou sóbrio! – e ele começou a pular que nem um coelho. Oh, sim.

Puxei-o pela mão e o levei para nosso professor.

– Senhor, você tem alguma poção para embriaguez? O pequeno Potter bebeu demais por hoje.

Sorrindo ele tirou um caldeirão sei lá de onde e me ofereceu. Achei algum lugar para sentar com James e tentei enfiar a poção goela abaixo dele. Só que ele não estava cooperando.

– Somos um casal, Lily! Sabia que isso sempre foi meu sonho? Que eu pudesse formar uma família com você! – sua voz se arrastava.

– Não somos um casal, Jay.

– Então por que você continua a segurar minha mão?

Corei e percebi que sua mão ainda se entrelaçava a minha.

– É pra você não fugir.

– Eu nunca vou deixa-la, Lírio.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Talvez fosse a TPM. Eu não o aguentei falando todas aquelas bobagens que chamei Sirius.

– Cuide dele. Eu preciso... Ir. Faça-o tomar a poção.

Ignorei os protestos do cachorro. Ignorei as meninas me chamando. Eu precisava ficar sozinha.

Caminhei até meu quarto e chorei. Ridícula e sem noção. Podem me chamar assim. Eu me sentia sobrecarregada.

Dói, sabe? Quando você percebe que nunca terá a pessoa que você quer. Mesmo que você lute. E por causa do que eu havia falado, James nunca terminaria com Alison e me daria falsas esperanças em seus momentos de embriaguez.

Eu pensava que... Eu conseguiria conquista-lo. Que ele voltaria para mim. “Eu nunca vou deixa-la, Lírio”. Mas ele já tinha me deixado! Me trocado por uma cópia barata, daquelas de 1,99. Comprada no camelô.

Teve uma hora que eu caí no sono, pensando que teria de acordar cedo e pegar o expresso de Hogwarts e ir à casa da Marlene. Poucos dias até o Natal...


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Notas finais do capítulo

Frankito Longbottom!
Fato do dia: é Natal e eu quero que vocês aproveitem muito, ok? E notícias quentíssimas: as coisas irão ser bem legais nos próximos caps. E eu vou começar a colocar previews de capítulos nos próximos.
Reclamação do dia: eita calor, eu queria estar em New York. Odeio calor, cara. Odeio.
Pergunta do dia: e aí? Mereço reviews? HUHUHUHUHU. Mais uma coisa, não tenho certeza se a maratona vai consistir em caps todos os dias... Queria que a fic durasse mais, então acho que vou fazer um dia sim um dia não. Ok?
Enfim: "se você tem cinco minutos para ler uma fic, tem um minuto para deixar um review".
Promoção do dia: "uma noite quente com James, Sirius e Remus". Não vou oferecer a nova geração porque a fic não se trata deles... Sorry.
Bem, até dia 27! Até lá, já sabem: reviews e recomendações! HAHAHAHAHAH - to de brinks.