Capítulo 17

1 mês depois...

– Edward, tire a mão daí!

– Você gosta que eu sei.

– Para de palhaçada!

– Por quê?

– Eu vou cortar sua mão fora e vou servir para os seus clientes. Me solta.

Edward bufou e parou de tentar me puxar para o seu colo. Ajeitei minha blusa, que ele havia levantada com aquelas malditas mãos insistentes, e voltei a organizar os documentos que ele usaria na reunião. Edward cruzou os braços e sentou em minha mesa, me observando.

Eu vou arrancar esses seus olhos fora, seu...

– CHEGUEI! – Rose gritou, aparecendo de repente.

Suspirei, tentando acalmar meu coração devido ao susto. Rose riu de mim e cumprimentou a mim e Edward com beijinhos na bochecha.

– Bom dia, casal mais lindo desse planeta! – ela disse, rindo igual a uma idiota.

– Vá direto ao assunto. – falei, sabendo muito bem que ela estava ali não era para nos admirar.

Rose suspirou e deu um soco em minha mesa, assustando a mim e Edward. Ela me olhou com uma expressão séria e determinada e jogou os cabelos para trás.

– Vim ver Emmett. – falou. – Tomei coragem e vim vê-lo.

Revirei os olhos e Edward riu.

– Sétimo andar, Rose. – ele disse, dando um de seus sorrisos tortos.

Rose sorriu abertamente e saiu quase saltitante em direção ao elevador. Assim que as portas do mesmo se fecharam, eu respirei longamente, fazendo Edward rir.

– Eu tenho que resolver algumas coisas. Não fique me tentando, Swan. – ele disse, finalmente tirando aquele traseiro da minha mesa e indo para sua sala.

Crispei os olhos, mas ri. Edward era um idiota.

Pois é.

MAS VAMOS AO QUE INTERESSA. Ou não.

Um mês de passou desde que:

1 – Eu e Edward começamos a namorar.

2 – Eu descobri que Alice está apaixonada por Jasper.

3 – Descobri que Rose estava dando uma de stalker e estava todos os dias indo ao shopping para ver se encontrava Emmett.

Nenhuma das três coisas são muito boas, na verdade. Talvez apenas a 1. Talvez.

Ok, eu vou ser sincera: era ótimo. Ok? Ok.

Não vou dizer que paramos de brigar... Na verdade acho que as brigas ficaram piores, porque agora temos um relacionamento, então eu posso gritar a vontade e jogar coisas na cara dele que antes eu não podia. Mas isso sempre acaba com ele me agarrando. E se tiver uma mesa perto da gente na hora da briga, lascou-se.

Eu ainda... Não tinha... Vocês sabem.

É claro que eles não sabem, Isabella. Ninguém aqui é vidente.

Cala a boca, consciência.

Enfim, voltando ao assunto... Eu não tinha... Liberado, se é que vocês me entendem. Eu só tinha tido três namorados na minha vida, não era mais nenhuma mocinha inocente (mentira, sou uma donzela sim), mas também não sou daquelas que começa a namorar, diz que “quer esperar” e uma semana depois diz:

“NOSSA, TÁ BOM DE ESPERAR, NÉ? VEM AMOR, ME JOGA NA PAREDE, ME FAZ DE LAGARTIXA”. Desculpa sociedade, mas não quero que Edward me jogue na parede.

Ok, talvez um dia, mas isso não vem ao caso.

Não vou dizer também que estava ruim. Edward era... Carinhoso. Era atencioso, e suas visitas à minha casa ficaram mais regulares. E ele sempre levava algo para Nessie. Aliás, quando Nessie descobriu sobre o nosso namoro, perguntou se agora poderia ter um pai novamente.

Eu perguntei por quê... Ela disse que como eu era uma mãe para ela, era justo também ter um pai.

Eu chorei. Edward a pegou no colo e disse que ela seria a garotinha dele.

Eu bati nele porque ela é apenas a minha garotinha, e aquele safado está roubando ela de mim usando artimanhas denominadas como: bonecas.

Ele disse que eu era a garota dele também.

Eu peguei Nessie e bati a porta na cara dele, porque fico envergonhada quando ele vem com esses papos com um sentido “apaixonado”.

Aí vocês me perguntam: o que você sente por ele, afinal?

E eu respondo: EU NÃO SEI!

Ok, eu não sou lerda... Só um pouco indecisa. E levemente assustada com toda essa situação. Quero dizer, Edward e eu brigávamos feito gato e rato. Num minuto quase saíamos no soco, e no outro ele estava enfiando a língua na minha boca como se o mundo fosse acabar.

Eu não entendo isso. E ele consegue ser mais bipolar do que eu, isso é perturbador, porque dois loucos juntos dá em uma coisa: catástrofe. Pois é.

Mas era bom... Era bom o modo como ele me tratava, com exceção dos momentos das brigas. Ele sempre procurava me provocar de alguma maneira, mas não maldosamente. E eu sempre acabava rindo da cara dele, porque ele é realmente um idiota. Ele me fazia rir. Ele me fazia ficar envergonhada feito uma adolescente. Nossa relação não era nada harmoniosa, mas era boa.

QUEM DIRIA, HEIN! ISABELLA SWAN DIZENDO QUE SUA RELAÇÃO COM EDWARD CULLEN É BOA.

O mundo dá voltas!

Oh, não diga, como você é inteligente! Cadê seu Oscar de Inteligência, Isabella?!

Consciência, cale- se.

–-

Rose entrou no meu apartamento gritando feito uma bicha louca.

Edward havia acabado de ir embora. Na maioria das vezes ele passava na minha casa de noite para nos ver, e depois ia embora. Pois é, namoradinho dedicado. Que fofo, awn.

Agora voltando à Rose que se abanava com sua bolsa enorme...

– Eu fui! – ela disse, sorrindo abertamente e quase tascando a própria bolsa na cara enquanto a sacudia para se abanar.

Alguém diz para ela que a bolsa no máximo vai acabar deformando seu rosto, e não fazendo vento, por favor.

– Diz logo como foi! – falei, enchendo minha boca de bolachas.

– Ai Bella, que horror! Você enche a boca de biscoitos assim na frente do Edward? – ela perguntou fazendo careta.

– Não são biscoitos, são bolachas. Vá direto ao assunto, anda.

Rose suspirou e riu igual a uma louca, balançando as pernas e deitando no sofá.

Cadê a água-benta para eu exorcizar essa coisa?

– Eu fui até o andar dele! A secretária dele me anunciou e ele me deixou entrar! Aí eu fui e BELLAAAAA, - ela gritou meu nome, e eu tive vontade de jogar uma das bolachas na cara dela. – ele estava tão lindo! Ele sorriu pra mim e disse que estava na hora do almoço dele, então me convidou pra ir com ele!

– Almoço às onze da manhã? – perguntei prendendo o riso.

Rose ignorou minha observação e ficou lá, balançando os pés para todo lado e rindo.

– Nós almoçamos e ficamos conversando no Central Park!

– Até agora?

– Sim!

Ok, Emmett inventou de levá-la para almoçar às 11 da manhã. E ficaram até agora, 9 da noite, conversando no Central Park. Ele gostava dela? Sim, claro ou óbvio?

Rose contara como foi o dia, aparentemente bem mais divertido que o meu, já que fiquei trancada na empresa e não pude sair nem para almoçar, e eu apenas ria. Rose parecia uma adolescente, fato.

– Eu posso dormir aqui hoje? – ela perguntou fazendo aquela carinha de cachorrinho.

Revirei os olhos e disse que sim. Logo ela me obrigou a contar como estava sendo meu namoro com Edward, e não sossegou até eu contar todos os detalhes até das brigas. Quando deu 22:00 da noite, estranhei Alice não ter chegado.

– Ela não ligou? – Rose perguntou.

– Não. Nessie me disse que ela falou que iria demorar um pouco hoje, mas até agora nada. – murmurei, procurando pelo meu celular em minha bolsa.

Logo ouvimos a porta do apartamento ser aberta e quando olhamos, vimos Alice.

Chorando.

– O que aconteceu?! – perguntei exasperada.

Alice se jogou no sofá com a cabeça em seu colo, abraçando minha cintura, e continuou chorando. Rose a olhava, preocupada, enquanto eu fazia carinho em sua cabeça.

– Alice o que houve? – Rose perguntou.

– O Jasper... – ela murmurou.

– O que tem Jasper? Ele fez algo com você?! – perguntei, tentando olhar para seu rosto.

– Ele tem noiva. – ela murmurou baixinho.

Eu e Rose nos olhamos. Ela também já sabia que Alice gostava de Jasper, e saber daquilo, de certa forma, me fez querer dar uns socos nele.

POV Alice

Já havia se passado um mês.

Os preparativos para o meu álbum já estavam quase finalizados, e eu estava em polvorosa! Acordei e Bella já havia saído para o trabalho. Logo tomei meu café-da-manhã, arrumei Nessie para levá-la à escola e fui para a faculdade.

Eu estava realizando duas metas importantes na minha vida: faculdade de Jornalismo e a criação do meu cd.

Eu sabia que não daria para conciliar os dois por muito tempo, mas eu iria aproveitar o máximo que desse! Assim que saí da faculdade, ouvi meu celular tocar.

Jasper.

Sorri comigo mesma, sentindo eu coração disparar. Céus, eu era louca por ele. Rapidamente atendi, sorrindo.

– Adivinha! – ele disse rapidamente, parecendo feliz.

– O que aconteceu?

– Adivinha qual é o novo single das rádios, senhorita Alice! – ele disse, rindo.

OMG! Senti meu coração disparar ainda mais rápido. Seria possível que...

– I'm only one voice in a million, but you ain't taking that from me… – Jasper cantarolou.

Não aguentei e comecei a gritar ao telefone, provocando risos nele. As pessoas do estacionamento me olharam curiosas e eu corri para o ponto de táxi em frente à universidade.

– Eu estou indo para a gravadora! – falei, me jogando dentro do primeiro táxi que aparecera.

Eu me despedi de Jasper e disse ao taxista aonde era para ir.

Minha vida iria mudar, definitivamente!

–-

Assim que cheguei à gravadora, Jessica praticamente pulou em cima de mim. Jessica era algo como... Uma secretária de Jasper, ou algo assim. Ela o ajudava com coisas relacionadas à gravadora e nos trazia cafés. E ela era muito legal, mesmo.

– Até que enfim você chegou! – ela disse me abraçando apertadamente.

Ri e correspondi ao abraço, e andamos de braços dados em direção à sala de Jasper. Jessica falava sem parar sobre o quanto surtou quando ouviu minha música na rádio hoje de manhã, e as pessoas do ônibus a olharam como se ela fosse louca. Eu apenas ria de suas loucuras, me sentindo nervosa por dentro.

Minha música estava tocando nas rádios! Eu já podia surtar?! OMG!

Logo chegamos à sala de Jasper e ele me recepcionou com um abraço. Respirei seu perfume, me sentindo mais calma de repente. Seu abraço era quente, e aquilo me reconfortou.

– Preparada? Irá tocar novamente daqui a pouco! – ele disse me puxando até o sofá branco que havia no outro lado da sala.

Jessica saiu para buscar café para nós dois. Jasper ajustava seu rádio (que mais parecia uma daquelas caixas de som gigantes) na rádio que tocaria minha música, enquanto eu batia meus pés nervosamente no chão.

Minha voz estaria boa? Será que as pessoas gostaram? Acharam a letra e o ritmo legal? Era minha primeira música a ser lançada, e isso me deixava apreensiva.

Assim que Jessica entrou na sala, sorrindo de orelha em orelha, Jasper sorriu ainda mais e pediu silêncio a nós duas. Jessica nos serviu o café quando, na rádio, o homem falava o nome da música... E o meu nome.

Prendi a respiração e comecei a tremer levemente. Jessica riu e pegou em uma das minhas mãos, me dando um sorriso reconfortante.

E logo Strip Me começou a tocar. Jasper não parava de sorrir, e isso me deixava realmente feliz... Ele sempre dizia que minha voz era incrível. Isso me deixava nas alturas!

Logo a música parou de tocar e Jessica deu um gritinho. Me empolguei também e gritei junto, e nos abraçamos pulando no meio da sala de Jasper, que ria de nós duas.

– OMG! EU SOU AMIGA DE UMA FUTURA CANTORA FAMOSA! – Jessica gritou, me sacudindo pelos ombros.

Ri alto, assim como Jasper. Quando ele ia vir em minha direção para me parabenizar novamente, ouvimos batidas na porta.

– Quem será? – Jessica se perguntou baixinho, indo até a porta e a abrindo.

Uma mulher alta e bonita estava parada à porta, e quando seu olhar caiu sobre Jasper, um sorriso se abriu em seu rosto. Ela ignorou totalmente a mim e Jessica e andou até Jasper, envolvendo seu pescoço... E o beijando.

Engoli em seco, desviando o olhar para Jessica, que olhava para a mulher com os olhos crispados. Quando seu olhar parou em mim, ela suspirou e fechou a porta. Jessica sabia que eu gostava de Jasper... Na verdade, ela fora a primeira a perceber.

Jessica veio até mim e ficou ao meu lado. Olhei para Jasper e a desconhecida novamente, me perguntando o que ela era dele.

Ele nunca me contara que tinha uma namorada... E eu sabia que não era casado, já que não havia aliança alguma em suas mãos.

– Ok, Maria. Já está de bom tamanho. – ele disse, sem graça, tentando afastar a tal Maria dele.

Ela fez um biquinho contrariado e o soltou. Jasper deu um sorriso sem graça para mim e Jessica, e retribuímos com o mesmo sorriso.

– Alice, acho que você ainda não conhece Maria, minha noiva. – ele disse, e eu senti meu mundo de repente parar.

Noiva?

NOIVA?

Forcei um sorriso, coisa que eu sabia fazer muito bem.

– Maria, está é Alice. – Jasper apresentou.

A mulher arqueou as sobrancelhas e deu um sorriso irônico.

– Ah, então essa é a futura queridinha dos EUA? – ela perguntou sarcástica. – É um prazer conhece-la, querida.

Jasper percebeu a situação constrangedora que ficou e começou a guiar Maria em direção à porta. Jessica pegou em minha mão, dando um aperto suave como apoio. Sorri em agradecimento, mas meu sorriso morreu ao ouvir Maria falar:

– Querido, meu pai o convidou para almoçar em nossa casa nesse fim de semana. Você vai, certo? Não faça outra desfeita.

Ouvi Jasper respirar fundo.

– Eu tenho compromissos, Maria. Depois conversamos.

– Você sempre deixa para depois! Quero saber agora! – ela disse, sua voz subindo várias oitavas.

– Maria... – Jasper resmungou.

Jessica de repente sorriu um sorriso falso, e disse:

– Eu amei a sua bolsa, Maria! É linda! – ela disse, estendendo a mão para tocar na bolsa que estava pendurada no braço da noiva furiosa.

Para a surpresa de todos nós, Maria esquivou-se da mão de Jessica rapidamente, fazendo uma expressão irritada.

– Não toque, custou trezentos dólares para um ser insignificante como você tocar!

Arregalamos os olhos, e Jasper pareceu que iria desmaiar a qualquer momento. Jessica logo deixou a surpresa de lado e deu um sorriso irônico para Maria, que praticamente a fuzilou com os olhos.

– Maria, depois nós conversamos. Tchau. – Jasper disse, colocando a mulher para fora.

– Me desculpem por ela. – ele disse, claramente sem graça.

– Tudo bem. – murmurei, sorrindo levemente. – Vocês... Vocês estão noivos há muito tempo? – perguntei com a voz levemente trêmula, mas ele pareceu não perceber.

– Sim, há dois anos. – respondeu.

– E para quando é o casamento? – perguntei, forçando um sorriso.

– Será daqui a seis meses.

Suspirei e assenti, ainda com o sorriso forçado no rosto.

A felicidade, de repente, esvaiu-se.

POV Bella

Alice terminou de nos contar o que havia acontecido, e no fim, Rose parecia querer matar alguém.

– Quem essa Maria pensa que é?! Deve ser alguma filhinha-de-papai, ridícula! Eu estou falando, se um dia eu ver essa mulher é melhor vocês me segurarem porque eu vou virar a cara dela do avesso!

Suspirei, acariciando os cabelos de Alice, que olhava para Rose com um pequeno sorriso nos lábios.

– Por que você não arrancou os cabelos dessa mulher, Alice?! – Rose perguntou.

– Eu não sou corajosa como você e Bella. – Alice disse, suspirando.

– Eu sou corajosa por quê? – perguntei risonha.

Alice revirou os olhos.

– Rose parte para cima, você enche o peito pra falar tudo o que acha da pessoa na cara dela. Não sou corajosa assim. – ela respondeu.

– Na verdade, eu também não tenho coragem para isso. É a loucura que sobe à minha cabeça. – falei.

Alice riu e secou as lágrimas.

– Mas eu estou bem. – ela disse.

Mentirosa.

– Alice, eu sinto muito. – Rose disse. – Mas também, o que deu em você para se apaixonar logo pelo Jasper? Ele é estranho.

Alice riu, se sentando com as pernas encolhidas em cima do sofá.

– Ele não é estranho. Ele é diferente. – ela disse, com um leve sorriso nos lábios.

– Isso ai é desculpa de gente apaixonada que não quer admitir que o cara que gosta é estranho. – Rose falou.

Concordo com a Rose.

Alice revirou os olhos, dando de ombros.

– Ele é quatro anos mais velho que eu, bem mais maduro, vai se casar... No fundo eu sei que nunca teria chance. – ela murmurou. – Mas não importa.

Suspiramos em conjunto. Para descontrair, Rose foi até o rádio que havia em cima do balcão da cozinha e o ligou. Logo pegou uma garrafa de vinho pela metade na geladeira e serviu a bebida em taças para nós três. Ficamos sentadas no sofá, cada uma com seus pensamentos, quando uma voz familiar começou a tocar não rádio.

– Ainda está tocando? – ouvi Alice se perguntar baixinho.

– O que foi? – perguntei.

Alice sorriu.

– Lembra que eu disse que havia gravado uma música que ela já havia sido liberada? – ela perguntou. Eu e Rose assentimos. – Ouçam.

Arregalamos levemente os olhos e Rose correu até o rádio, aumentando o volume.

Strip Me (Natasha Bedingfield)

Todo dia eu luto por todas as coisas do meu futuro

Mil pequenas guerras que tenho que escolher entre

Eu poderia passar a vida ganhando coisas que não preciso

Mas isso é como caçar um arco-íris e voltando para casa sem nada.

.

E se você tirar de mim, tirar tudo fora

Se você tirar de mim, o que você acharia

Se você tirar de mim, tirar tudo fora

Eu ficaria bem.

.

Pegue o que você quer, roube meu orgulho

Me eleve ou me corte no tamanho desejado

Me cale, mas eu gritarei

Sou a unica voz em um milhão

Mas você não tirará isso de mim

.

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso

.

Eu não preciso de um microfone para dizer o que eu estava pensando

Meu coração é como um alto falante que está sempre no máximo.

.

E se você tirar de mim, tirar tudo fora

Se você tirar de mim, o que você acharia

Se você tirar de mim, tirar tudo fora

Eu ainda sou a mesma.

.

Pegue o que você quer roube meu orgulho

Me eleve ou me corte no tamanho desejado

Me cale, mas eu só gritarei

Eu sou apenas uma voz em um milhão

Mas você não vai tirar isso de mim

.

Não, você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso

.

Porque quando tudo se resume no fim do dia

É o que você faz e o que diz que fazem quem você é

Faz você pensar e pensar sobre isso, não faz?

As vezes tudo que se precisa é uma voz só

.

Pegue o que você quer, roube meu orgulho

Me eleve ou me corte no tamanho desejado

Me cale, mas eu só gritarei

Sou só uma voz em um milhão

mas você não tirará isso de mim

.

Não, você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso

.

Pegue o que você quer, roube meu orgulho

Me eleve ou me corte no tamanho desejado

Me cale, mas eu só gritarei

Sou só uma voz em um milhão

mas você não tirará isso de mim

.

Não, você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso de mim

Você não tirará isso

Eu e Rose pulamos em cima de Alice e a enchemos de beijos. Logo brindamos com Alice, que ria do nosso entusiasmo.

– Ok, chega de vinho para vocês! – ela disse, pegando as taças de nossas mãos e as levando para a cozinha, logo em seguida voltando. – Eu vou dormir, gente. Tenho que ir à gravadora amanhã cedinho.

Alice nos abraçou e foi para seu quarto. Eu e Rose nos olhamos, em silêncio, e suspiramos.

– Mas sério, o que ela viu no Jasper? – Rose perguntou confusa.

Revirei os olhos, rindo. Rose era impossível.

–-

Finalmente o Sábado chegou.

Rose havia dormido no meu apartamento e logo cedo pegou Nessie e a levou para tomar café-da-manhã fora e passear no parque. Alice havia saído cedo para ir à gravadora novamente, e diferente dos outros dias, não parecia nada feliz, o que realmente me preocupou.

Se tinha uma coisa que acabava comigo, era ver Alice triste e não poder fazer nada.

Se eu pudesse chegar na gravadora e dar uns socos em Jasper, ficaria realmente feliz. Mas não posso, até porque o coitado não tem culpa de nada...

Suspirei, bebendo mais um gole do meu café. Ouvi a campainha ser tocada e rapidamente fui atender. Quem seria àquela hora?

Assim que abri a porta, sorri abertamente.

Jacob.

– Me esqueceu? - ele perguntou com uma falsa carinha triste.

Ri e o abracei apertado, puxando-o para dentro do apartamento.

– Me desculpe por vir sem avisar, mas é que eu vim atender um paciente em casa que mora aqui perto, então pensei em dar uma passada aqui. - ele explicou.

– Sem problemas, Jake! E me desculpe por não ter mais te ligado. Esse último mês foi uma loucura! – falei.

Jake se sentou à mesa comigo, e como não havia tomado café-da-manhã por ter acordado muito cedo, o convidei para isso. Conversávamos calmamente, e eu lhe atualizava sobre os últimos acontecimentos. Contei sobre Alice, sobre a melhora de Nessie... Mas não falei nada sobre Edward.

Sinceramente? Eu não sabia o que dizer. Jacob parecia ter um interesse além da amizade em mim, apesar de que não forçava a barra nem nada. E eu admirava isso. E se as coisas ficassem estranhas entre nós por eu namorar Edward... Bom, eu não suportaria. Jake é importante para mim.

A campainha tocou novamente. Rapidamente fiquei de pé e fui atender. Provavelmente era Rose, já que ela havia esquecido as chaves da porta em cima do balcão e...

Oh, merda.

– Que cara assustada é essa, amor? – Edward perguntou já entrando em meu apartamento e dando um beijo em minha testa.

Forcei um sorriso.

– Não é nada. – falei com a voz fraca.

Edward me olhou com um olhar divertido, - ele parecia de bom humor hoje.

Isso logo vai acabar. Pois é.

Mil vezes droga.

E logo seu olhar divertido desapareceu quando ele viu quem estava me fazendo companhia.

– Edward, como vai? – Jake o cumprimentou simpático.

Edward sorriu duramente, seu corpo de repente tenso.

– Jacob. – ele disse. – Está bem?

– Estou ótimo, e você? – Jake perguntou. Ele estava sendo simpático, como sempre fora, mas estava óbvio em seu olhar que ele estava curioso com a presença de Edward ali.

SOCORRO, O QUE EU FAÇO?! OMG!

– Estou bem também. – Edward respondeu. – Isabella, posso falar com você?

Merda. Edward estava me chamando de Bella, como todo mundo, mas quando ele vinha com Isabella é porque lascou tudo.

Em silêncio eu fui até a cozinha, sendo seguida por ele. Engoli em seco quando me vi sozinha com ele na cozinha, e sua expressão de repente ficou completamente sombria.

– Onde estão as meninas? – ele perguntou sério.

– Rose levou Nessie ao parque e Alice foi à gravadora. – respondi num fio de voz.

Edward fechou os olhos por alguns segundos, com certeza imaginando formas de me matar naquela cozinha e esconder o corpo depois.

– E por que diabos você esta sozinha nessa porra de apartamento com esse cara?

Pronto.

Adeus, vida. Adeus, Mundo.

Edward era possessivo. E eu não tinha culpa de nada, claro que não. Eu e Jake estávamos tomando café-da-manhã, como bons amigos. Mas Edward era ciumento...

E eu não havia contado à Jake sobre nós dois. E Edward com certeza percebeu isso. E Edward, com certeza, vai querer mostrar isso.

Mundo, me engula.

Rápido, seu filho da mãe.