Chiaroscuro escrita por CrystalNeko


Capítulo 20
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Ohayoo pokémons! ♥
E aí? Como foi o Carnaval de vocês, hein? Foi bom? Espero que tenha sido ótimo, fofinhos e fofinhas!
~le eu liberando le wild capítulo novo!
~le eu com mania de falar ~le
Bjoos e boa leitura! ♥_♥



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Pare! Por favor, pare! Está doendo! _gritava Miranda, ao tomar a injeção.

A agulha se fincava na sua pele, mas aquela sensação era fácil de agüentar perto dos ácidos que lhe eram injetados constantemente. Corroia suas veias. Sua pele... Estava acabada.

Ela não conseguia suportar a idéia de ser apenas uma experiência. Apenas mais uma cobaia.

Ela conseguia escutar, com sua audição apurada, tudo o que era dito no outro lote. Na Universidade...

‘’Demônios são seres perversos e traiçoeiros. Não devemos confiar em nenhum deles.

Eles vão te matar aos poucos, e a melhor maneira de enfraquecê-los é prender todos eles e dominá-los. ’’

Ela se revoltava. Pensava quando aquilo iria acabar. Parecia que para o resto da humanidade, demônios não tinham sentimentos. Um dos principais argumentos do Professor era que demônios eram como bonecas de porcelana. Vazios por dentro. Não tinham qualquer tipo de emoção ou remorso. Mas se por acaso você deixasse a boneca cair no chão, ela se quebraria. E nunca mais voltaria a ser a mesma.

 Resumindo, era como se os sentimentos daquela espécie pudessem ser quebrados e jogados fora.

Mas será que aquilo era verdade? Ou mais uma invenção da ignorância do ser humano? Afinal, temos medo de tudo o que desconhecemos.

Mas nas aulas, ela conseguia escutar os murmúrios dos alunos. E dos professores.

_Aquele demônio maldito me mordeu! Desgraçado...

_Tome mais cuidado da próxima vez. Bem que a professora nos avisou para ficar longe desses idiotas.

_Então, aprenderam? Demônios não amam. Nunca. Mantenham-se afastados de um deles.

Pra que todo esse preconceito. Nem todos eram assim.

Miranda lembrava... Do dia em que tinha sido transformada. Ela remoia o ódio do ex-noivo todos os dias. Até que ela conheceu alguém especial.

Edward era o nome dele. Era um moreno de olhos verdes. Era um demônio assim como ela. Sofria tanta dor quanto ela. E mesmo assim, todas as vezes que ela o via, ele estava sempre com o costumeiro sorriso no rosto.

Ele contava para ela o que havia acontecido no dia dele. E vice-versa. Eles planejavam depois que saíssem da experiência, se é que um dia sairiam, prosseguir suas vidas. Começar uma família. Ele ria, quando Miranda dizia que poderia morar na casa mais simples do mundo, ela estaria feliz. Desde que ele estivesse ao lado dela.

Em abril do terceiro ano em que eles estavam trancados lá, Edward contou a Miranda que eles tinham encontrado um elemento químico novo no sangue dele. Que eles fariam muitas experiências e que logo ele sairia do laboratório. Ele estava tão feliz. Mas ela não poderia ir junto com ele.

Miranda ficou feliz e triste ao mesmo tempo. Ele iria poder realizar um dos seus maiores sonhos, que era sair daquele inferno. A pena era que o outro maior desejo era sair de lá junto com ela.

Eles deram um abraço. Poderia ser o último.

Passou uma semana. Ela conseguia escutar os gritos do rapaz do outro pavilhão. A sua vontade era protegê-lo, mas era impossível com todas aquelas grades e armadilhas.

A partir de certo ponto, ela não escutou mais os gritos de Edward. Enquanto se preparava para ir para outra experiência, ela escutou os colegas falando:

_Parece que aquela experiência deu certo. Pra eles, porque a cobaia morreu. Eles tiraram o sangue dele até a morte.

_Qual era o número dele?

_Sei lá... Eu acho que era E-214.

Ela ficou abismada. E-214... Era o número de Edward!

Porque não haviam contado isso para ela? O único motivo que ela tinha para sair de lá foi morto. Assassinado era o termo correto. Eles sugaram aquele maldito elemento químico até Edward morrer!

Miranda ficou sem comer durante dias. Só ia para as experiências com muito custo. Um dia, um dos alunos teve o descuido de deixar um livro na sala de confinamento.

Como Miranda não dormia mais, ela procurava mil maneiras de se distrair durante a noite e esquecer a morte de Edward.

Ela viu aquele livro e escondeu-o. Toda noite lia alguns capítulos. Até que certo titulo lhe chamou a atenção.

‘’Como invocar um demônio’’.

Ela leu. E ela fez.

No meio da noite, um pentagrama desenhado no chão. Sal, amônia, e outras coisas. Quando ela terminou, ela escutou uma voz estranha.

Seu pedido será atendido. Vai doer um pouco.

Nos três dias seguintes, ela parou de ler o livro. Queria se lembrar de todo o ódio que ela sentiu quando mataram Edward.

Ela sentia mais dor que nas experiências. Seu corpo queimava por dentro. Sentia um peso no peito toda hora. Sua boca espumava e ela tinha uma febre infernal.

A médica da universidade, Samantha, registrava tudo. Se ela era medica, porque ela matou Edward. Ele era um demônio, mas tinha sentimentos. Todos eram ex-humanos. Todos os humanos têm sentimentos. Ou era o que ela pensava, já que Samantha tinha tido sangue frio o suficiente para matar alguém.

O dia chegou. Ela sentia mais dor do que nunca. Mas ela precisava continuar sendo forte. Miranda notou um pentagrama no seu tornozelo. Aquela dor parecia atiçar mais a sua raiva. Ela tentava se controlar, mas quando Samantha chegou perto dela e disse que ela ficaria o resto da vida lá...

Ela enlouqueceu. Apenas com o seu pensamento, quebrou todos os vidros. Suas unhas cresceram e ficaram tão afiadas a ponto dela conseguir rasgar o rosto de um aluno com um arranhão.

Ela achou uma seringa ainda cheia, enquanto Samantha corria para se salvar. Tentativa inútil, pois Miranda a pegou.

Ela enfiou a seringa nos olhos de Samantha e injetou aqueles malditos ácidos, assim como faziam com ela toda manhã.

_Está gostando? Hein? Está gostando, vadia?!

_AAAAAAAH!

_É bom, não é? Você já fez isso com Edward, comigo e com todos dessa maldita Universidade! Sua inútil!

Samantha morreu em poucos minutos. Miranda estava completamente possuída. Matou todos os estudantes da Universidade em menos de uma hora. Os poucos que fugiram com certeza não iriam mais incomodar. Para que nunca mais nenhum demônio sofresse daquele jeito, ela pôs fogo nos três prédios. Nunca mais nenhum demônio iria sofrer como ela sofreu. Como ela ainda estava sofrendo.


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Notas finais do capítulo

Bônus! :D
(Autora) _E aí, Samantha? Como foi fazer a cena da sua morte?
_Ah, foi até tranquilo, não doeu tanto e...
A wild Miranda appears com uma camiseta do Che Guevara
_LIBERDAAADE! *esfaqueia
(le wild Sebastian vestido de médico gostosão aparecido do limbo)
_Ela está morta.
_PORRA, MIRANDA! ISSO ERA PRA SER DE MENTIRA, SUA PUTA!
_Gomen, gomen. :3
(E sim, eu fumei crack hoje)
Bjoos e por favor, comentários, ok? Kisses *--*



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