Alvorada escrita por Katy Clearwater


Capítulo 7
Capitulo sete: Colegas de classe




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Capitulo sete: Colegas de classe

 

       Terça-feira às oito da manhã e eu saindo de Forks. Perdi as matérias de segunda-feira todinhas e estava perdendo as aulas da manhã de terça-feira, se eu não ficasse reprovada em Ética este semestre eu não ficaria nunca mais. O Sr Cope odeia quem falta às aulas dele como se ele já não me odiasse o bastante. Fui para Seattle seguida por Jake e Leah para garantirem minha segurança no caminho. Agora seria assim até a chegada dos Volturi. Eu não posso mais ir à parte alguma sozinha e isso me irritava profundamente tinha me desabituado a viver sendo vigiada o tempo todo.

       Jake parou com Leah no jardim atrás do estacionamento do campus e os dois voltaram à forma humana enquanto eu estacionava o carro. Tranquei o carro de Jake, ele me obrigou a vir com o dele porque minha picape só chegava a 90 km/h e o carro dele ia a 120 km/h sem nenhum esforço. Como seu dirigisse a 120 km/h, mas não quis arranjar briga por causa disso já tínhamos brigado bastante para um fim de semana. Fui em direção ao jardim para me despedir de Jake e ele me recebeu sorrindo, apesar de todos os acontecimentos, e Leah, como sempre me olhando de cara feia. Jake a ignorou completamente e me deu um beijo de tirar o fôlego.

- Argh! Eu não sou obrigada! – gritou Leah se afastando de nós dois. Eu sorri para Jake e voltei a beijá-lo.

- Acho que ela vai me bater no caminho de volta para casa. – disse Jake rindo sem separar nossos lábios.

- Brigue com ela. Você é o alfa. – disse sorrindo também sem separar nossos lábios.

- Você precisa ir. Já perdeu várias aulas. – Jake soltou minha cintura e riu quando bufei em insatisfação.

- Eu vou. – respondi de má vontade. Jake me beijou mais uma vez e eu segui correndo para dentro do prédio de Biologia.

       O professor Campbell era mais maleável do que o Sr Cope e me deixou entrar na aula mesmo super atrasada. Eu não prestava atenção em nada do que ele dizia, tinha que parar de dar freqüência aos meus devaneios em plena sala de aula. Enquanto ele explica a complexidade da química para turma eu ficava pensando em como resolver minha vida, totalmente conturbada agora. O sinal tocou e novamente eu estava presente na aula, mas não havia escutado nada e essa aula Ângela não fazia também. Vai ser bem difícil me formar assim. Estava saindo da sala quando senti alguém se aproximando de mim pelas minhas costas.

- Você está bem? Sua cara está péssima e a coloração da pele nem se fala. – me virei para ver quem era e Alice estava de pé bem próxima a mim com um sorriso que estava chamando a atenção de todos os rapazes da sala.

- O que esta fazendo aqui? – perguntei um pouco alterada e todos prestaram atenção em nós duas.

- Aparentemente – Alice me puxava para fora da sala enquanto falava e a turma toda nos acompanhou com o olhar – estou estudando e eu chego no horário certo. – disse Alice num tom descontraído.

- O que está fazendo numa aula de química? Foi o que quis perguntar. Você não estava estudando artes na EUROPA. – enfatizei Europa de propósito.

- Sim estava, mas agora vou fazer Engenharia Ambiental com você em Seattle. Não é ótimo? – Alice parecia muito animada, mas eu só consegui ficar catatônica por alguns segundos e depois uma raiva intensa foi tomando conta do meu corpo.

-Veio para faculdade para me vigiar? – perguntei entre os dentes e Alice notou minha irritação.

- Não pode ficar sozinha. Os Volturi podem vir a qualquer momento e cada segundo é crucial. – Alice percebeu minha cara de desgosto e se calou. Fiz um imenso esforço para não berrar com ela.

- Acha que eles vão vir aqui atrás de mim? – minha tentativa de fingir paciência estava falhando notoriamente.

- Não sei Bella. Não posso ter visões sobre você, esqueceu? – Alice estava envergonhada agora e eu também. Alice sempre foi super protetora e eu não devia esperar menos dela.

- Tudo bem, Alice. Desculpe-me o estresse. – consegui sorrir mesmo ainda irritada e Alice desfez o biquinho que ocupava seu rosto.

- Está desculpada. Temos um tempo vago. Quer conhecer minha casa? – Alice estava super animada me puxando pelo braço e eu a segui sem fazer esforço.

            Alice me conduziu até o estacionamento e entramos no seu chamativo porshe amarelo. Alice tinha vários carros, até mesmo modelos desse ano que ela me mostrará por fotos, mas gostava desse carro em particular. Ela sorriu e ligou o som bem alto, não conseguia nem ouvir meus pensamentos o que era bom não queria ouvi-los mesmo. Todos no estacionamento olharam aquela boate com rodas deixando o campus enquanto Alice dançava e cantava atrás do volante.

- Aonde vamos? – perguntei quase aos berros para que Alice pudesse me ouvir.

- Na minha casa, já disse. – respondeu ela cantando ainda.

- Vamos à Forks? – perguntei debochando e ela riu desligando o rádio.

- Esta ficando muito engraçadinha senhorita Swan. Não vamos a minha casa, vamos ao meu AP aqui em Seattle. – ela respondeu com ar de ironia também.

- Comprou um apartamento em Seattle? – a irritação queria me tomar de novo.

- Claro que não. Já tínhamos esse prédio faz anos. – Alice me respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo eles terem um prédio em Seattle.

          Finalmente chegamos ao centro da cidade e o prédio ao qual Alice se referia era simplesmente um dos prédios mais luxuosos do centro. Alice me puxou para fora do carro e entramos no elevador, ela ainda cantarolava a música que tocava no carro animadamente. Paramos no décimo quinto andar, ou seja, o último sendo assim a cobertura. Alice abriu a porta e me arrastou para dentro. O quarto que eu dividia com Ângela cabia na sala, eu não sei para que esse espaço todo.

- Alice onde está Jasper? – perguntei intrigada.

- Em Forks. – ela me respondeu ainda animada e se jogando no sofá.

- Está aqui sozinha? – perguntei agora pasma. Alice apenas riu.

        Eu ia começar a reclamar novamente quando o piano que se encontrava na sala ao lado começou a tocar sozinho. Eu me assustei com o som, mas ele logo se tornou familiar era uma melodia que eu não ouvia a muito porque apenas uma pessoa sabia tocá-la. Fui andando até o piano como se uma corda me guiasse e lá estava o meu Romeu tocando a minha musica e dando o meu sorriso torto mais amado. Queria me forçar a voltar para realidade porque nada daquilo era meu, não mais, só que não pude. Sentei-me ao seu lado e ele me olhou diretamente nos olhos sem parar de tocar.

- Lembra dessa? – Edward tocava sem olhar as teclas e sorria para mim como se eu estivesse coberta de ouro.

- Sim, eu lembro. – respondi automaticamente. Eu queria ter forças para reclamar quando Alice fechou a porta da sala de piano me deixando a sós com Edward, mas não tive e agora estávamos eu e ele sozinhos.

- Desculpe ter feito você brigar com seu cãozinho. – Edward me disse debochado. Eu queria responder, mas não pensava com exatidão quando sentia o hálito doce de Edward próximo a minha pele. – Bella se sente bem? – ele me perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.

- Sim estou. Só que... – levantei-me e fui me sentar na poltrona do outro lado da sala. – O que estão fazendo aqui? Não há necessidade disso.

- Disso o que? Bella você anda meio incoerente. Sente-se bem? – Edward me perguntou e antes de eu conseguir dar meia respiração ele já estava ao meu lado.

- Sim estou bem. Disso é referente a vocês se mudarem para Seattle. – evitei olhar para Edward que agora estava sentado ao meu lado.

- Alice veio porque estava preocupada em deixá-la sozinha a semana toda e eu confesso que vim para ficar perto de você. – Edward passou os dedos frios sobre meu queixo e aproximou nossos rostos. – Senti sua falta durante muito tempo agora estou decidido a brigar por sua companhia. – ele sorriu e acariciou meu rosto.

           Edward desenhou a linha que ia da minha nuca até meu quadril com a ponta dos dedos e com a outra segurou minha nuca. Ele me suspendeu e juntou meu corpo ao dele beijando a ponta do meu ombro e depois meu pescoço. Meu corpo todo tremeu e ele sorriu com isso. Tive de fazer um esforço tremendo para lembrar ao menos de quem eu era e mais ainda para me lembrar que meu namorado agora era Jacob e que eu não devia estar me agarrando com o vampiro. Edward continuou a me segurar e beijava o contorno do decote da minha blusa eu já estava completamente mole e acabei soltando um suspiro mais alto quando ele voltou a beijar meu pescoço.

         Novamente me esforcei para lembrar meu nome e juntei todas as forças para chegar meu corpo para trás. Eu quase caio sentada na poltrona porque Edward não se esforçou para me conter quando cheguei para trás. Notando meu desequilíbrio ele amparou minha cintura sem juntar nossos corpos e me sentou na poltrona. Ele me olhou intensamente com desejo no olhar e eu sabia que estava completamente vermelha.

- Porque fez isso? – perguntei ainda sem fôlego e meio desnorteada.

- Queria fazer isso desde que fui ao seu quarto no primeiro dia que voltamos. Quero você Bella! Não posso mais me controlar. Tenho lembranças suas e quase enlouqueço. Eu juro que tentei viver sem você, mas não posso! – Edward me abraçou novamente e dessa vez, sem mais delongas, beijou meus lábios.

        Eu saí de mim. Não me lembrava como beijar Edward era bom. Todo meu corpo respondeu ao chamado dele, ele me beijava intensamente sem todo aquele receio que ele tinha quando namorávamos. Passeou com as mãos pelo meu corpo sem nenhuma inibição. Eu não devia estar gostando, mas estava.

- Jake... – uma voz sussurou no meu ouvido e esforcei-me para escutá-la. – você deveria estar pensando no Jake. – era eu mesma falando, só podia ser minha consciência me matando de culpa desde já.

    Com um solavanco me separei de Edward e tropeçando nos meus próprios pés fui até a porta. Edward me deu um olhar suplicante.

- Não vá! – ele me estendeu a mão e eu quase a segurei, mas agora o nome de Jake ficava sendo repetido por inúmeras vezes em minha cabeça.

- É preciso. – respondi enquanto saia correndo da sala. Alice saiu depressa da cozinha vindo em minha direção.

- Aonde vai? – perguntou ela com tom de preocupação.

- Embora! – bati a porta de entrada ao passar e nem Alice nem Edward tentaram me seguir.

         Peguei o primeiro táxi que passou e fui direto para o dormitório. Ângela devia estar na aula como eu também deveria estar. Joguei-me na cama e comecei a chorar, estava com nojo de mim mesma. Como pude trair Jake assim tão rápido e fácil. Eu o amava era o homem ao qual eu me entreguei à primeira vez e queria me entregar somente a ele por toda minha vida. Como pude fazer isso com o amor da minha. Estava com a cabeça enterrada no travesseiro quando senti a presença de alguém no quarto, inicialmente pensei que fosse Ângela, mas logo percebi que o cheiro que estava impregnando o quarto era muito amadeirado para ser perfume. Parece que minhas visitas surpresas de hoje ainda não haviam acabado.

- Deve ter se divertido muito com o sanguessuga. Fede a eles da cabeça aos pés. – Leah estava de pé ao lado da minha cama, me olhando com uma cara de nojo e reprovação.

- O que está... – ela não me deixou concluir a pergunta.

- O que faço aqui? Estou tomando conta de você, mas parece que você já tem dois seguranças, portanto posso voltar para La Push e dizer a Jake que a namoradinha dele vai ficar bem. – Leah me lançou mais um olhar de desprezo e se dirigiu até a janela.

- Leah eu... eu... – não tinha palavras para lhe pedir nada, mas precisava.

- Não se preocupe. Vou dizer a Jake apenas o que vi. Você passando à tarde com Alice na casa dela e mais nada. Só espero para seu próprio bem estar que seja só mesmo. – Leah fez uma careta ao pronunciar o nome de Alice e me lançou um olhar de desprezo ao sair pela janela.

      Joguei-me na cama novamente e chorei ainda mais. Se Jake soubesse jamais iria me perdoar e se ele me deixasse eu mesma iria até os Volturi implorando pela minha morte, eles não me recusariam esse favor como fizeram com Edward. Eu não sei quanto tempo levei chorando até dormir e só percebi que estava dormindo quando o pesadelo de um vampiro e um lobo gigante voltou a me atormentar, só que dessa vez o lobo caia.

 


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