Alvorada escrita por Katy Clearwater


Capítulo 2
Capitulo Dois: Reencontro




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Capitulo Dois: Reencontro

 

        Eram quase 2 da manhã quando cheguei a Forks fiquei uns 10 minutos parada na porta da casa de Charlie até que liguei novamente a picape, torcendo para que o barulho não acordasse meu pai, e segui para onde realmente queria estar, La Push. Tinha esperança de que Jake ouvisse o barulho e acordasse sem eu ter de chamá-lo, foi idéia do próprio Jake que o motor continuasse barulhento ele dizia: ”Esse som não é uma característica só do seu carro é sua também.”; no maior de profissionalismo; e se eu batesse na porta essa hora Billy ia ter um ataque pensando que Charlie tinha morrido.  

        Parei a picape na entrada da floresta e minhas preces foram atendidas, a luz da varanda estava acessa e Jake estava sentado na porta de casa me esperando com um sorriso largo, pode-se dizer de orelha a orelha.  

 

- E aí Bells?!Onde é o incêndio?! – ele usou um tom sarcástico de preocupação, mas estava muito feliz em vê-lo para me aborrecer por hora.  

 

- Não tem incêndio seu bobo só estava com saudade. - essa não era toda verdade.

 

- E além da saudade? – Jake era direto nas perguntas e isso me assustava porque parecia que ele sim podia ler meus pensamentos.

 

- Como assim? – será que eu não mentia bem nem quando não falava.

 

- Por que está escrito na sua cara que tem mais além de saudade e você não esta me dizendo.

 

         Eu às vezes odiava como Jake me conhecia e ainda não tinha como mentir porque ele saberia, comecei a ficar nervosa balançando corpo de um lado para o outro enquanto Jake ainda estava relaxadamente sentado me esperando responder.

 

- Bells!E então...?

 

- Você não vai querer saber! – fui bem direta para ver se ele entendia que eu não queria falar.

 

- Bells... – Jake levantou e segurou meu rosto entre as mãos encontrando meu olhar – se tratando de você eu sempre quero saber.

 

        Ele deu um sorriso caloroso e me colocou em seu colo novamente sentando-se na beira da porta, me aninhou em seu ombro e começou a afagar meu cabelo. Se eu abrisse minha enorme boca ia começar uma briga no meio da madrugada e eu tinha vindo era para ficar assim perto do Jake, mas eu sabia que ele não daria a conversa como encerrada.Ang tinha que emprestar umas qualidades a Jake.

 

- Bella eu ainda estou esperando. – quando ele me chama de Bella é o começo do fim, sempre.

 

- Jake não quero brigar! – idiota pare de fazer de perguntas que não quero responder.

 

- Vamos brigar se não começar a falar. Por favor, está me deixando nervoso.

 

- Bem eu... estive pensando nos Cullens.

 

         Subitamente o corpo de Jake enrijeceu sob o meu; dois segundos depois começou a tremer e nem meio segundo depois estava rígido novamente demonstrando mais preocupação do que irritação. Ele me apertou um pouco mais e começou a afagar meu braço agora.

 

- Em que esteve pensando exatamente? – ele tentou não demonstrar, mas agora já falava entre os dentes.

 

- Você não quer perguntar em quem?

 

- Devo?! – dessa vez a irritação foi clara demais.

 

- Não!Você não deve.

 

          Levantei-me em apenas com um pulo do colo de Jake e ele não se surpreendeu com minha reação,mas se magoou porque a cara que fez não foi nada boa.Ele ficou em silencio e abaixou a cabeça como se eu tivesse lhe dito as piores palavras do mundo,se bem que para Jake “Cullens” era uma palavra bem ruim.

 

- Jake não estava pensando em Edward!Estive pensando no tempo em que os Cullens partiram em Alice, em como a vida ficou depois deles e coisas assim. – eu estava aos berros e não me surpreenderia se Billy acordasse.

 

- Ah! – ele só emitiu esse único som, mas seu corpo relaxou automaticamente.

 

- Jake... -  passei a mão por sua nuca até chegar à ponta do queixo – não precisa se preocupar já conversamos sobre isso inúmeras vezes, você sabe que eu te amo. – eu estava dizendo a verdade e assim perto dele era ainda mais certo que eu o amava.

 

- Não peça para eu não me preocupar!Eu tenho que me preocupar e se você achar que cometeu um erro e voltar correndo pro parasita ou se o parasita resolve se matar de novo e você sai correndo para o outro lado do mundo pra se enfiar numa tumba de centenas de parasitas assassinos... – cada vez que ele dizia parasita todo seu corpo tremia – Bells se você me deixar morrer não será nada pra mim, eu simplesmente vou deixar de existir. – ele disse isso me olhando com uma carinha de partir o coração apesar do tom agressivo da parte anterior.

 

- Jake, seu garoto estúpido!Não vou a lugar algum. Ed... Ele esta muito bem e não vou correr para salvá-lo, ele  está com a família dele e todos estão muito bem. Acho bom VOCÊ não se arrepender de ficar comigo, pois é você que vai ter me aturar, a mim e meus costumeiros acidentes.

 

- Bells... – Jake deu um sorriso largo, se levantou e colocou nossos lábios a 1 centímetro de distancia – eu nunca vou me cansar de você ou de nada em você,te amo mais do que ao ar que respiro.

 

- Ótimo!Eu te amo, você me ama, nós nos amamos então vamos parar de brigar, estou mesmo com saudade e vim para ficar com você e não brigar. – fiz o tom mais suplicante que pude e ainda acrescentei um biquinho no fim.

 

       Jake olhou intensamente nos meus olhos e antes que eu pudesse pensar em dizer algo ele já estava me beijando.o bom de beijar Jake era a intensidade;na maioria das vezes não nos beijamos em publico porque todos olhavam.Quil costumava dizer que nossos beijos deviam ser cenas censuradas.Mas era inevitável toda vez que Jake me beijava eu ficava totalmente sem ar e o pior é que ele gostava de me deixar sem respirar e ainda achava graça porque eu sempre ficava toda vermelha.Quando finalmente nossos corpos se separaram fiquei feliz em saber que não era só eu que estava com dificuldade de respirar.

 

- Bells, eu devia levar você pra casa! – ele estava muito mal tentando esconder a risada.

 

- Não quero ir pra casa! – fiz biquinho de novo.

 

- Quer ficar?! – ele perguntou olhando diretamente em meus olhos com o tom mais sugestivo que pode.

 

       Balancei a cabeça de maneira afirmativa, Jake soltou uma gargalhada, mas quando me olhou novamente parecia mais preocupado do que animado.

 

- Você sabe que Charlie não sabe sobre nós nesse sentido.

 

      É verdade. Charlie não sabia, mas eu não queria passar a noite sem o Jake e se isso significava ter de dar ao meu pai mais informações sobre minha vida pessoal do que eu queria dar estava tudo bem.

 

- Jake quero ficar com você hoje. Amanhã eu penso no Charlie.

 

- Ele vem de manhã para pescar e depois vai ficar para ver o jogo com Billy.

 

- Jake meu pai te adora; eu já tenho 20 anos meu pai sabe que não sou mais nenhuma criança.

 

- Amanhã não vai adorar mais!Mas se você está tão certa de quer ficar comigo não vou lhe negar minha companhia. – ele me segurou pela cintura e começou a beijar meu pescoço.

 

- Depois disso era eu que devia ir embora, você está muito convencido. – Jake parou de me beijar e me olhou fingindo um biquinho de choro por trás de uma risada.

 

- Desculpe, não vá!

 

- Agora sim!

 

             Jake não me deu mais tempo de pensar em nada, me silenciou com outro bem beijo, em meia respiração estávamos em seu quarto. Às vezes era eu quem me preocupava com Billy nos ouvindo, mas Jake sempre dizia que se podia explodir uma bomba no meio da sala que Billy não acordaria, mas hoje eu não queria me preocupar com nada. Restavam poucas horas para o fim da noite  e elas não seriam o bastante para aplacar minha saudade ou vontade de Jake.

 


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