Entre Quatro Paredes escrita por Charlie


Capítulo 6
Today is the day


Notas iniciais do capítulo

Ooooi!
Eu amo Romione, deixemos claro isso, ok? :p
E eu queria escrever Romione, então... Tem, pra quem gosta, só um talvez Dramione nesse cap, tipo, ela fala dele e nada mais.
Se vocês pedirem, eu faço Dramione. :)
Os spoilers do cap: http://charlie-fics.tumblr.com/post/41354271758/nova-one-shot-de-entre-quatro-paredes-ate
Eu amei eles, sorry, hehe.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295949/chapter/6

Hermione

Odeio quartas-feiras. Sempre me parecem muito entediantes, não é nem o começo e nem o fim da semana. Mas levando em conta que a minha semana começou com uma briga com um idiota ruivo, a quarta-feira hoje parece excepcionalmente boa.

Cheguei à redação mais cedo do que o normal, ainda remoendo a briga de ontem e lembrando-me da imagem de raiva do rosto de Ronald. Ele nunca muda, era a mesma que ele tinha feito há dois anos, quando me deixou com Harry no meio do nada, nó sempre precisamos dele... Mesmo que ele nunca tenha percebido.

Eu estava ficando desde sábado no apartamento dele, porque é mais perto da redação do jornal, e estávamos muito bem. Mas, por um motivo estúpido e que eu mal me lembro, começamos uma briga imbecil. Talvez seja a TPM, talvez sejam as várias missões de auror que ele vai com Harry, que o estressam, mesmo que ele ame o que faz.

E eu acabei pegando minha bolsa e batendo a porta atrás, rumando pra minha casa e passando a noite jogada na cama, só de lingerie, chorando e comendo um pote inteiro de sorvete, enquanto assistia a comédias românticas. Pra que ficar feliz se você pode ficar mais triste?

Só eu estava no prédio, além das faxineiras. Fui logo pra minha sala e me afundei na cadeira giratória. Em menos de cinco minutos, porém, alguém bateu três vezes na minha porta. Endireitei minha postura, reuni meus papéis pra parecer que eu estava trabalhando e mandei que entrasse.

-Bom dia – um rosto moreno com uma cicatriz de raio apareceu sorridente e eu lhe dei um sorriso. Harry sempre me anima, ele tem esse poder.

-Bom dia, escolhido! – ele deu uma risada e veio me abraçar depois que me levantei. A esse ponto, Rony já havia lhe contado tudo, então nem me importei em demorar mais o abraçando, apertando seu corpo contra o meu, e ele tem um abraço muito bom.

-Está bem? – ele perguntou, ficando em pé na minha frente, enquanto eu me sentei.

-Sim – disse, limpando duas lágrimas. Ele levantou a sobrancelha – Harry, por favor! Eu sou Hermione Granger! Eu lutei numa guerra, destruí uma horcrux, publiquei dois livros e tenho meu próprio jornal! – ele deu uma risadinha – Eu posso fazer tudo, eu não vou ficar mal por conta de uma briga tonta.

-Mione, você sempre pôde fazer tudo. Mas isso nunca te impediu de chorar por ele... – eu suspirei – Admite, vai! Ele é seu ponto fraco – ele seu um sorriso esperançoso.

-Harry, eu não sei mais o que fazer. Está ficando difícil, ruim demais de aguentar sozinha, sabe? Ele está surtando porque você e a Gina vão casar, está um pé no saco, inseguro, nervoso... Eu entendo, mas e nós? – eu suspirei – Nós estamos juntos há dois anos, eu tive que tomar a atitude ou, o que? Eu estaria esperando até agora?!

-Mione, o Rony...

-Não o defenda – eu pedi – Você é um ótimo amigo, eu sei que quer defendê-lo. Mas, por favor, veja o meu lado. Eu moro num apartamento trouxa, perto dos meus pais, porque a memória deles ainda não está totalmente restituída e eu tenho que levá-los pro tratamento, namoro com um homem que eu amo, mas que não toma atitude, trabalho feito uma condenada e...

-E o que? – ele franziu o cenho

-Eu estou confusa. – falei, por fim.

-Sobre o que, Mione? – ele se alarmou e eu resolvi contar.

-Eu tenho conversado muito com Draco e...

-Malfoy. Desde quando é primeiro nome?

-Harry, para. – pedi – Ele trata os meus pais no St.Mungus, poxa... Enfim, eu venho conversando com ele, nós estamos próximos e eu acabei comentando do Ron uma vez ou outra e...

-Ele deu em cima de você. – ele falou bufando – É a cara dele! Aquela doninha maldita! – ele deu um soco na minha mesa – Mione, não! Ainda é o Malfoy, qual é! O mesmo cara que só te chamou por sangue ruim!

Suspirei e deixei duas lágrimas. Harry veio até mim, que já estava em pé, e pegou minhas mãos, abraçando-me logo em seguida enquanto pedia pra eu pensar direito, que Rony era um besta, mas me amava. E ele sabia que me amava.

-Eu não vou fazer nenhuma loucura – disse sorrindo, depois olhei no relógio – Já é tarde, vá logo pro Ministério!

-Sim senhora! – ele falou brincando e me deu um beijo na bochecha. Mal posso acreditar que esse crianção vai casar em uma semana... – Almoçamos juntos? Eu você e os Weasley?

-Hoje não... – falei sorrindo triste – Combinei de almoçar com Angie e George – falei e ele assentiu. Eu havia ficado amiga de Angie e ela não estava sempre na cidade, afinal, como Gina, jogava pelo Harpias. E como estava vendo Gina bastante ultimamente, decidi almoçar com outra amiga jogadora dessa vez...

-Bom trabalho, então – ele piscou e saiu pela porta, aparatando logo depois, porque sabia que eu odiava que aparatassem na minha sala.

Suspirei e olhei para os funcionários, vendo que já tinha quase toda essa repartição completa às 7h30 da manhã, e isso é ótimo. Atrasar faz parte, daqui a quinze minutos iria verificar as outras repartições.

-Bom dia, Srta.Granger – Louise, minha secretária, chegou com uma xícara de café pra mim e eu agradeci – A repartição de esportes precisa da senhora, parece que eles têm alguns problemas técnicos lá e o Sr.Duncan quer conversar sobre uma entrevista com o time completo das Harpias, algo sobre isso, e precisa mesmo da sua aprovação e de alguns contatos.

-Okay, Louise. Estou indo agora mesmo, avise-o no ponto que só vou arrumar uns papéis a aparato lá – falei e ela assentiu.

Entrei na sala, organizei algumas pilhas com a varinha mesmo e assinei alguns papéis de propaganda, que eu tinha uma pilha. Aparatei na seção de Esportes, arrumei o problema de impressão deles, que não era tão grande, mas segundo Teddy “nada é complicado pra você, chefa linda!”. É, tenho que admitir que ele me anima também. Combinei com ele de marcarmos a entrevista das Harpias de Holyhead antes de uma semana, por conta do casamento de Gina e, por isso, passamos a manhã inteira ligando para pessoas responsáveis pra fcazer seção de fotos, filmagem, cobertura, pras jogadoras, pra treinadora... E, quando eu vi, era hora do almoço e eu ainda estava na seção de esportes.

Aparatei na porta da sala, dispensei Louise pro almoço e entrei. Não esperava ver Ronald ali. Ele estava vestido como faz pra ir a missões, eu sabia que teria uma à tarde: camisa um pouco larga, o casaco de couro, calça jeans e coturno. Ele e Harry iam a lugares nojentos e pavorosos, os dois iam mais ou menos desse jeito, era de praxe. Seu sorriso mostrava receio e ele segurava um pequeno buquê de tulipas com a mão tremendo.

-Bom dia – falei e fechei a porta atrás de mim.

-Bom dia, Mione... – a voz dele estava insegura e eu tentei não sorrir de quão fofo era aquilo. Eu o olhei, ainda séria e ele suspirou – Eu sinto muito.

-Pelo quê? – falei, incentivando que continuasse.

-Pela briga de ontem e por descontar em você. – ele falava olhando nos meus olhos e eu me aproximei – Você é a melhor coisa da minha vida, Mione, desculpe não estar sendo do jeito que você quer. As coisas, bom, vão mudar.

-Como assim, Ronald? – eu falei, levantando a sobrancelha, segurando a mão fria dele que estava no buquê.

Eu já havia perdoado, ele sabia só por me olhar, o que o fez abrir um sorriso antes de me dizer. Rony passou a outra mão pela minha bochecha em direção ao meu cabelo recém-cortado, agora acima do ombro, que eu havia amado e me surpreendido por ele amar mais do que eu. Eu olhei pra baixo, sorri e voltei a olhar nos seus olhos, agora beirando as lágrimas.

-Por que está chorando, Mione?

-A caixinha – eu falei e ele olhou pra baixo – Está saindo do bolso...

Ele riu, pegou a caixinha vermelha e se ajoelhou, entregando-me de vez o buquê e pegando a minha mão direita. E eu já chorava com um sorriso estampado no rosto, enquanto ele sorria mais do que eu jamais o vi sorrindo.

-Hermione Jean Granger, você, a bruxa mais brilhante dessa geração e a grifinória mais linda que eu já vi, aceita se casar comigo? – eu assenti.

-Hoje e todo dia. – falei sorrindo e ele pôs o anel de ouro no meu dedo anelar, logo depois levantando e me puxando para um beijo.

Eu deixei o buquê cair e ele me virou, deixando-me contra a mesa. Nós estávamos numa mesma sincronia, suas mãos estavam na minha cintura e as minhas no seu pescoço. Ele foi aumentando o ritmo e eu acabei deitando na mesa, mas parei o beijo logo em seguida.

-Que foi? – ele falou, levantando a sobrancelha e eu acabei rindo um pouco.

-Estamos no meu escritório!

-É horário de almoço, Mione!

-Pois é... Eu tenho que almoçar com Angie, você tem que almoçar antes de sair pra trabalhar e... – ele me interrompeu com outro beijo.

-Vamos, minha nerd, vamos fazer uma loucurinha hoje, ok?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Geente, me digam shippers da terceira geração que vocês querem!
xx