Capítulo 06 - O Presente de Natal

– Para de gritar, Lily, vai chamar a atenção dos outros! – Rose exclamou beliscando Lily que antes gritava histérica.

– Ai, Rose! – Ela exclamou baixinho acariciando o braço.

– Ainda não entendo! Como assim, Rose? Você está namorando um Malfoy? – Dominique perguntou, seu rosto expressava um sorriso maroto e os olhos estavam cobertos de curiosidade.

– O quê? Não, claro que não! – Rose exclamou rapidamente, se enganchando um pouco ao falar. – Eu odeio ele!

Dominique riu.

– Não é o que parece. – Domi falou se sentando na cama de Lily.

– Nem pense nisso, Dominique! – Rose falou apontando o dedo para a cara da prima, que apenas riu. - Eu juro que eu odeio ele! Eu juro!

– Você cruzou os dedos para dizer isto, Rose?

– Tudo isso é culpa sua, Lily! – Rose falou enfurecida, enquanto voltava a andar em círculos e passando a mão pelos cabelos.

– Oh, então eu me formei na escola de cúpidos? – Lily perguntou, se fazendo de boba.

Domi e Lily riram.

– Háha, muito engraçado, Lily! – Rose falou irônica, fingindo estar rindo. 

– Vei, porque eu sai de Londres? As coisas aqui são bem mais legais. – Domi falou enquanto ria.

– Quer pipoca? – Lily falou entrando na brincadeira de Domi.

As duas riram.

– Vocês podem parar de zoar com a minha cara e me ajudar? – Rose falou enquanto jogava um travesseiro nas duas.

Lily desviou o travesseiro, que bateu na parede. Domi pegou o travesseiro e jogou em Rose.

– Então, como podemos lhe ajudar? – Domi perguntou.

O travesseiro bateu no rosto de Rose e caiu no chão. Ela tinha a cara contorcida em raiva. Rose respirou fundo e contou até três antes de falar.

– Precisamos fazer compras. – Ela falou pensativa. – De preferência amanhã.

– Uhuuu, Tô dentro! – Lily exclamou animada.

– Eu também.... – Domi começou, mas logo acrescentou: - Não pera, não posso.

– Por quê? – Lily perguntou, mas antes que pudesse responder, Domi foi interrompida por Rose.

– Não, não, não, só eu e Albus vamos. Tem que ser rápido e sem significado. – Ela falou recomeçando a andar pelo quarto.

– Nem tente me tirar dessa! Eu vou e nada vai me impedir. – Lily falou se levantando e olhando em desafio para Rose.

Dominique se levantou e disse um: “Vou descer” e saiu.

– Estranho! – Lily comentou baixinho se referindo à Dominique.

– Completamente! – Rose concordou.

As duas olhavam por onde Domi tinha saído e se perguntavam o que houve com a loira.

– Enfim, não vai me impedir de ir. – Lily falou se virando para a prima novamente.

– Tá, tá bom,você vai! – Rose falou dando de ombros.

– YES! – Lily exclamou enquanto fazia uma dancinha esquisita.

– Vamos descer e procurar algo para comer. – Rose falou enquanto revirava os olhos

Ela tentou arrastar Lily para fora.

– Não, eu ainda vou trocar de roupa! – Lily exclamou se livrando da mão de Rose. – Aproveita e vai falar com Albus.

– Tá, te encontro lá embaixo! – Rose falou e a outra fechou a porta na cara dela.

Rose bufou e atravessou o corredor do segundo andar, para o lado dos meninos. Ela bateu na porta do primeiro quarto, mas não obteve resposta, então ela abriu a porta e se debateu com Albus de costas para a porta, sentado na escrivaninha do computador em frente a janela. Na tela do computador, um rosto branco com uma boca fina e olhos cinzas, possuindo um cabelo loiro esbranquiçado e bagunçado, falava alguma coisa quando a Ruiva entrou no quarto.

– Você acha que ela gost... – Scorpius ia perguntando, mas parou quando viu a ruiva entrar.

Ele sorriu de orelha a orelha, mostrando todos os seus dentes. Ele olhou para a ruiva e a observou bem, o que fizera ela corar. Os cabelos ruivos estavam presos em um coque bagunçado, seu rosto mostrava surpresa e os olhos azuis estavam arregalados, e sua boca pequena estava aberta em um quase bico surpreso. Ela vestia um short jeans e uma camiseta amarela e no pescoço havia o pequeno colar que ele dera a ela.

– Sim! Ela gostou! – Scorpius confirmou, chamando a atenção de Albus, que seguiu o olhar do amigo e percebeu a presença de Rose.

– Anh... Oi, Rose! – Albus cumprimentou.

Rose corou novamente, fazendo seu rosto ficar tão vermelho quanto os cabelos.

– Desculpa, Albus, eu não sabia que... – Ela falou envergonhada.

– Não tem problema! – Albus logo respondeu sincero.

– Er... vou indo... – Ela falou, recuando e fechando a porta.

– Espera, Rose! – Scorpius gritou e a ruiva o olhou. – Feliz Natal!

– Ahn... Feliz Natal! – Rose respondeu sem jeito.

Um barulho vindo de onde Scorpius estava chamou atenção do loiro, que revirou os olhos antes de virar a cabeça para o lado.

– Tá, tá bom... – Ele gritou, bufou e olhou de volta para os amigos. – Minha mãe está me chamando, as visitas chegaram. Tchau para vocês dois!

E a tela mudou, dando espaço agora para a área de trabalho de Albus, que continha uma foto de Lily, Alice, Scorpius e Albus num banco do colégio.

– Ainda não tenho uma foto em que acrescente você e o Hugo. – Albus comentou percebendo que a ruiva observava a foto.

– Entendo, anh... eu preciso falar com você. – Ela foi logo ao ponto.

– Imaginei que sim... – Ele falou, mas logo acrescentou se levantando: - Mas antes...

Ele fez um suspense e foi até um pequeno armário e abriu uma gaveta. Ele procurou entre as coisas algo enquanto comentava: “Onde está? Onde está?”

– Você devia arrumar seu quarto, de vez em quando, Albus! - Rose pronunciou enquanto Albus ainda procurava algo.

– Não, não! É porque o da Toca eu divido com James, então nem adianta arrumar. - Ele falou rindo e a ruiva assentiu.

– Ah! Achei! - Ele falou pegando algo e se virando para Rose, mantendo as mãos para trás, escondendo algo.

Ele foi até a ruiva e trouxe o objeto para a frente dela.

– Feliz Natal!

Era um bichinho de pelúcia de 15cm, que possuía a cabeça um pouco maior que o corpo e os olhos eram enormes, fazendo do bichinho, um fofo. Era um Stitch de pelúcia e Rose sorriu ao lembrar de quando ela e Albus eram pequenos e ela ia o visitar ou vice e versa e eles se sentavam em frente a TV para assistir o filme "Lilo & Stitch" pela centésima vez ou assistir o seriado do mesmo.

Rose pegou o Stitch e abraçou Albus com toda a intensidade que pode.

– É lindo, Al, Obrigada! – Ela falou e depois que se separaram ela ficou acariciando o Stitch. – Anh.. Feliz Natal!

– Achei que um livro de piadas não era o melhor para um presente de natal, então eu providenciei um outro. – Ele falou sorrindo de lado.

– Ah... o seu presente. Eu adorei! Onde comprou? To pensando em comprar logo uma coleção de bonés. – Ele falou enquanto se virava e parecia procurar alguma coisa pelo quarto.

“Onde tá?” Ele murmurou para si, até lembrar onde deixara mais cedo. Em cima da escrivaninha, atrás do computador havia um boné. O moreno pegou ele e o colocou na cabeça. Ele se virou para a ruiva e fez uma pose do tipo “tchará”.

– Que tal? – Ele perguntou.

Rose riu.

– Esse gato, com absoluta certeza, combina com você. – Ela comentou.

O chapéu era preto e na parte principal havia dois olhos azuis de gato e embaixo um sorriso torto com alguns dentes a mostra. Era a imagem daquele gato do filme: Alice no Pais das Maravilhas: O Gato de Cheshire. Um chapéu do Gato de Cheshire.

Albus riu e tentou imitar o sorriso torto do gato, fazendo Rose rir.

– Tá, tá bom de enrolação. Agora, direto ao ponto, Rose. – Albus falou se sentando numa cadeira de rodinhas e prestando atenção em Rose.

– Precisamos ir a compras amanhã. – Ela falou olhando para Albus, esperando a resposta do moreno.

– Beleza, mas por quê que eu tenho que ir mesmo? – Ele perguntou começando a rodar com a cadeira.

– Porque você vai me ajudar a comprar algo para... ahn... – Ela começou, mas não conseguiu concluir.

– Pra quem? Desembucha, mulher. – Ele falou em tom brincalhão enquanto ainda rodava e de vez em quando exclamava um “iuuupi”.

– Para o... – Ela falou o nome, mas foi tão baixo, que Albus não conseguiu ouvir.

– Não entendi. – Ele falou não dando importância ao fato e continuando a rodar.

– Para o Malfoy. – Ela falou agora enfurecida pelo o primo estar a ignorando e a deixando tonta.

Albus parou de rodar de uma vez, o que provocou que a cadeira perdesse o equilíbrio e caísse para trás levanto o moreno junto.

– AHHHHHH.- Albus caiu e depois se levantou rapidamente. - Como assim... para o..o... Scorpius? – Ele perguntou arfando por conta do susto.

– Ele me deu um presente, o que me obriga a recusar ou a dar a ele um também. E como ele já viu que eu aceitei o presente e não tenho nada ainda para dar para ele, você vai me ajudar a escolher. – Ela falou, revirando os olhos pela cena que o primo fez por conta disso.

– Isso ficará na história! - O moreno exclamou animado. - “ROSE WEASLEY COMPRA PRESENTE PARA SCORPIUS MALFOY E AINDA PEDE AJUDA PARA ALBUS POTTER.” – Ele falou como se imaginasse a noticia em outdoors.

– Deixa de drama, Al. Vai me ajudar ou não? – Ela perguntou bufando.

– Pode ser... Pepsi. – Ele falou e riu da própria piada.

Rose riu, mas foi mais pela risada de Albus do que pela piada.

– Então a gente vai naquele bairro que tem um monte de lojinhas amanhã de manhã. – Rose falou enquanto saia do quarto.

– Belê. – Ele respondeu e ela saiu.

"Acordar cedo em um domingo de recesso escolar, no inverno é a pior coisa do universo." pensou Rose enquanto ela, Albus e Lily atravessavam a rua em caminho ao bairro de Hogsmeade, um típico bairro comercial de Londres, onde do que em vez de casas, havia um monte de lojinhas de todos os tipos, desde lanchonetes a funerárias.

– Porque a gente decidiu vir de manhã? Tá muito frio. - Rose falou percebendo que o ar congelava ao sair de sua boca e que seus dentes tremiam ao falar.

– Foi você que marcou, Rose, então não nos culpe. - Lily falou. - E como pode estar com frio embaixo de todo esses equipamentos?

Rose bufou, mas era verdade, ela parecia um pacotinho ambulante, pois ela vestia um casaco de frio espesso e de gola alta roxo, uma calça de borracha grossa azul, uma camiseta por baixo do casaco branca, botas pretas para poder andar na neve, cachecol colorido, um gorro da mesma cor que o casaco e luvas de cor clara.

– Você sabe que tenho problemas com frio! - Exclamou com dificuldade.

– Vamos naquela loja, parece ter algo interessante e parece ser quentinha. - Albus falou enquanto abraçava a si mesmo para espantar o frio.

– Aquilo é uma loja de skate, Albus. - Lily exclamou revirando os olhos.

– Er... É verdade. - Al comentou rindo.

– Foo..oo..coo, Aaal, pooorr favrr! - Rose falou dando um tapa na cabeça do moreno.

– Auu, não precisa disso. - Ele falou alisando a cabeça para depois, rapidamente, voltar a se auto abraçar.

– Acho que tem uma loja de presentes na outra rua, vamos lá? - Lily perguntou para os outros dois, apontando para a esquina da rua que se encontravam.

Al assentiu e Rose exclamou:

– Vamos antes que...que eu congele!

Lily os guiou até a outra rua, onde havia dois carros estacionados, que estavam enterrados embaixo da neve, três pessoas correndo do frio e apenas uma loja aberta. Essa loja possuía luzes de natal que brilhavam junto com a fachada da loja, que dizia: "Gift Of The Day". Na porta de vidro embaçada podia- se ver a famosa placa verde informando que estava aberta sob a neve espessa.

– É aquela! Vamos! - Lily falou e os levou até a loja.

A ruiva empurrou com força a porta de vidro até ela abrir e os três entrarem rapidamente. Ao entrar, puderam ouvir o barulho de um sino tocar, o que indicava o vendedor que alguém havia entrado.

– Se estiverem aqui para fugir do frio podem ir embora agora mesmo. - Disse um homem já idoso atrás da bancada.

– Não, viemos comprar um presente de natal. - Rose informou enquanto aproveitava o ar quentinho da loja.

– O natal foi ontem, estão atrasados. - O senhor falou carrancudo.

Ele tinha cabelos grisalhos escondidos por um chapéu marrom de estilo antigo, olhos pequenos e castanhos e uma barba também grisalha grande.

– Papai Noel? - Albus perguntou meio desnorteado.

– Cala a boca, Al. - Lily exclamou baixinho, o empurrando de leve com o ombro.

O senhor olhou sério para os dois. Al apenas acenava e sorria para o senhor.

– Nós sabemos disso, é por isso que enfrentamos a neve para comprar um presente. Estamos atrasados. - Rose falou enquanto Lily segurava Al impedindo ele de se aproximar do "Papai Noel".

– Ele bebeu, por acaso? - O senhor perguntou olhando para Al com uma sobrancelha erguida.

– Não! É que a neve não faz bem para ele. - Lily falou depois acrescentando baixinho para Al: - Qual é o seu problema?

– Se falam a verdade... O que querem? - O senhor perguntou saindo de trás da bancada mostrando uma camisa branca amarelada e uma calça segurada por um suspensório.

– Bem, eu preciso de um presente. - Rose falou enquanto dava uma olhada geral na loja.

– Isso já é meio obviou, não acha? Já que você veio na loja de presentes. - Ele perguntou no mesmo tom carrancudo, mas desta vez irônico.

Albus riu e Rose olhou feio para o senhor e voltou a encarar a loja.

Era uma loja pequena e redonda com várias estantes que eram preenchidas por milhares de objetos de todas os tipos, cores e tamanhos.

– Hum... Eu preciso de um presente para um amigo meu... - Rose começou a explicar, mas o velho interrompeu.

– Um namorado! Entendi! - Ele falou pensativo enquanto observava as estantes.

– ELE NÃO É MEU NAMORADO! - Rose gritou para o velho que ignorou ela totalmente.

O rosto de Rose espumou de raiva e já estava tão vermelho quanto seu cabelo.

– Psiu, Rose, Papai Noel sabe das coisas... - Lily falou só para a prima ouvir e soltou uma pequena risadinha.

Rose fulminou Lily com os olhos e já pensava no melhor modo de torturar a pequena quando o velho se pronunciou novamente:

– Quais são os gostos do rapaz?

– Al, é aqui que você entra! – Rose falou empurrando o primo para a frente.

– Noel, de natal eu quero um... – Ele começou a falar contando nos dedos, mas foi interrompido por Rose.

– Albus! Foco, por favor!

– Ahn... bem, ele joga futebol americano e videogame. – Albus falou sorrindo para o “Papai Noel”.

– Pronto? – O senhor perguntou levantando uma sobrancelha para o rapaz.

– Sim! – Al sorriu de orelha a orelha.

– Ta brincando, né, Al? VOCÊ É AMIGO DELE OU NÃO É, CRIATURA? – Rose gritou com Albus indo até ele e dando tapas no ombro do moreno que tentava inutilmente se defender.

– Ai, Rô, para! Para! – Ele falou segurando as mãos da ruiva e a impedindo de bater nele.

Ela se soltou e bufou.

– Posso dar uma olhada? – Rose perguntou agora para o “Noel”.

– Claro, qualquer coisa é só me chamar. – Ele falou dando de ombros e voltando para de trás da bancada.

Rose andou pelas prateleiras com Lily ao seu encalço, as duas observando os diversos objetos estranhos e bonitinhos.

– Rô, volto já, vou falar com Al. - Lily falou enquanto Rose analisava um relógio em forma de sapo.

– Tá ok!

A ruiva se afastou e deu um peteleco na orelha de Albus.

– Al, pare de pedir presentes para o Papa... Para o senhor. - Ela falou o arrastando para longe do balcão e sorrindo amarelo para o velho.

– Ah, Lily, eu mal comecei minha lista...

Lily bufou e gritou para Rose:

– Vou levar ele para tomar um café lá naquela outra rua. Quando conseguir o presente do Scorp, vá para lá!

A ruiva bufou e assentiu.

Os dois saíram e a Ruiva pensou consigo mesmo: "Ótimos amigos...". Depois de algum tempo procurando algo para o loiro, a ruiva suspirou e se aproximou do senhor.

– Desculpe, senhor, mas eu não consigo achar nada, e ainda mais sozinha... Acho que vou ter que deixar passar batido esse natal. - Rose falou desanimada e com medo da reação do senhor.

Ele não disse nada e nem olhou para ela, então a ruiva apenas saiu da loja.

Já não nevava mais e fazia um pouco de sol, para a felicidade de Rose. Ela tirou as luvas, guardou na mochila marrom e caminhou até a outra rua, que no final havia um café com mesinhas em uma varanda cheias de neve. O café como todas as lojas estava decorada com luzes de natal e parecia haver bastante movimento que podia ser vista pelas janelas.

Rose suspirou. Ela ainda sentia frio e um cappuccino quente seria perfeito naquele momento. “Quer saber, to mais nem ai para esse presente, não consigo achar nada, eu vou tomar um cappuccino e ir para casa.” Pensou a ruiva.

Mas no caminho até o café ela passou por uma loja de lembrancinhas de Londres, aquelas feita para turistas, cheia de coisas típicas de Londres. E pela vitrine, ela viu uma coisa que chamou a atenção.

(...)

– Eu não acredito que você não vai me contar o que você comprou para o Scorpius! – Lily exclamou pela quarta vez quando ela, Rose e Albus entraram no quarto das duas ruivas.

– Lily, pode não gritar? Odiaria explicar isso para algumas pessoas da família. – Rose comentou aflita.

Albus riu. O moreno se jogou na cama da irmã e comentou num tom brincalhão:

– Seria engraçado se o seu pai soubesse que comprou um presente par um Malfoy.

– Não, não seria mesmo. – Rose falou fulminando Albus que ria novamente agora sendo acompanhado por Lily.

– Mas porque você não vai nos... – Lily começou a perguntar novamente, mas alguém interrompeu.

– Meninas! – Domi abriu a porta e entrou falando. – E Albus...

Ela olhou curiosa para Al, que apenas sorriu e acenou. Ela ignorou e continuou.

– Enfim, Lorcan ligou quando vocês estavam fora e ele queria falar com você Lily. – Ela olhou maliciosamente para Lily e continuou. – Mas ai eu disse que você não estava e blablá ai ele perguntou quem era e falei que era a Domi, ai ele me reconheceu e aproveitou para me convidar para a festa de réveillon que ele e o irmão estavam planejando e mandou eu passar o recado para o James, Fred, Albus, Rose, Hugo e Lily que eles também estão convidados. E ele mandou eu também falar que você, Lily, é a convidada especial dele.

Ela falou tudo de uma vez e quando parou respirou fundo e sorriu alegremente. Os três ainda coletavam e raciocinavam a informação até Rose ser a primeira a se pronunciar.

– Hum... Você está devendo a ele um encontro, Lily. – Ela falou sorrindo maliciosa para a prima sendo acompanhada por Dominique.

– Eu não gostei dessa ideia, eu quero você longe dele, ouviu, Lily? – Albus comentou.

– Ownnnnn... Você é tão ciumento quanto o Jay! – Domi exclamou apertando as bochechas de Al. – Que fofo!

– Jay?! – Lily e Rose exclamaram surpresas pelo apelido.

– Oh, quer dizer, James. Éer... me enganei. – Domi falou sem jeito enquanto se endireitava.

– Desde quando você chama meu irmão de Jay? – Albus perguntou também curioso.

– Ah... o recado está dado, vou indo... – Ela falou tentando sair do quarto, mas Rose a impediu.

– Não, você fica aqui. Segurem ela, eu vou buscar o James e já volto.

– O quê? Do que você estão falando? – Ela tentou protestar, mas Al ficou entre ela e a porta enquanto Lily a pegava pelos ombros e a levava até a cama de Rose.

Depois de alguns minutos, Rose voltou com James.

– Oi, galera, por quê me chamam? – Ele falou entrando no quarto e observando os presentes. – Domi? O quê? O quê está acontecendo aqui?

– Sente-se James, aqui! – Lily falou e o arrastou até a cama de Rose colocando ele sentado ao lado de Dominique.

Albus ficou na porta, assegurando que nenhum deles fugisse e Rose e Lily se sentaram na cama de Lily, que ficava de frente aos outros dois.

– Agora, vocês dois vão nos explicar o que está havendo. – Rose disse arqueando a sobrancelha para os dois.

– Eu não sei do que vocês estão falando. – James se pronunciou.

Ele parecia surpreso e gesticulava com as mãos. Domi estava de cabeça baixa, mas dava para ver que ela corava. Ela já sabia do que se tratava a conversa.

– Não se faça de bobo, James! – Lily exclamou e depois continuou. – Ou melhor, Jay.

Ele se virou rapidamente para Dominique. Que se encolheu mais ainda.

– Você contou para eles? – Ele perguntou para Domi, que nada respondeu.

– Não, mas há meses nós estamos desconfiando de você, James! Você tem ficado com poucas meninas, o que não é do seu feitio, vivia no celular mandando mensagens misteriosas e que ninguém podia ver e quando Domi chegou da frança, ela estava ainda mais esquisita que você. E naquele dia do verdade ou desafio, você ficou todo esquisito. – Albus explicou.

Domi suspirou e olhou para James, que correspondeu o olhar.

– É melhor a gente contar para eles. – Domi falou baixinho para o primo.

Os outros três apenas observavam com atenção, esperando uma resposta.

– Tá ok! Vocês venceram! – James exclamou se levantando. – Eu e a Domi estamos namorando. - Ele exclamou e depois acrescentou: - Felizes?

Ele ergueu as mãos e depois as relaxou. Os outros três estavam surpresos e sem palavras. James agarrou a mão de Dominique e a puxou para fora daquele quarto. Albus apenas desviou, permitindo passagem.

Quando os dois saíram, Lily exclamou o mais alto que pode:

– ANWWWWWWWWWWWW! – E ela fazia uma cara fofinha e balançava de um lado para o outro.

Rose riu e Albus revirou os olhos.

– Meu maninho está namorando, sabe o que é isso, Rose? Sabe o que é? – Lily falou feliz. – Que ele, finalmente, está tomando jeito.

Rose e Albus riram.

– Aleluia! – Albus disse enquanto se jogava na cama de Lily, atrás das meninas.

– Está bom, está bom, mas agora, Lily, ligue para o Lorcan agradeça o convite e pergunte os detalhes da festa. – Rose falou voltando ao assunto anterior fazendo a outra ruiva se animar ainda mais e procurar desesperadamente o celular.

– Aff... Eu não vou ficar aqui para isso. – Albus falou e se levantou saindo do quarto.