A Little Piece Of Heaven escrita por MissTemplenton


Capítulo 73
Tocando a vida


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, meus amores! Esse é o penúltimo capítulo, espero que gostem!
Agradecimentos a Fran, Máh Black, Danubia Henicka, raylla matias e Larissa Toledo.



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Cinco anos depois...

Pov da Melany

Muitas coisas acontecerem nesses últimos anos. Para começar nos mudamos de Forks, agora morávamos em Tacoma. O que mais acabou me agradando na cidade foi que apesar de ficar quase sempre coberta por nuvens, não chovia direto como em Forks e tinha o clima mais quente.

Como eu já previa, minha família teve que se mudar. Já tinham ficado tempo de mais. Depois de conversar muito com Seth, resolvemos vir também. Não iríamos envelhecer e as pessoas perceberiam. Foi muito difícil, mas era o melhor a ser feito. Sempre que podíamos passávamos finais de semana em La Push. A mudança só não foi mais dolorosa porque John, Leah, Jacob e Embry vieram conosco.

A oficina dos lobos cresceu e muito durante esse período e acabou abrindo filiais em várias cidades do Estado. Seth ficou encarregado pela daqui, Embry e Jacob, para não ficar longe de Kath e Nessie, se transferiram para cá. Leah também veio, para cuidar da parte financeira, e John obviamente veio junto.

Alugamos uma rua inteira em uma parte remota da cidade. Eramos todos vizinhos. A primeira casa era a dos meus pais e meus irmãos, em seguida vinha a de Edward e Bella. A minha era a primeira do lado oposto, a de Leah e John era a próxima, Jacob e Embry moravam com os dois.

Eu finalmente me formei em medicina. Minha especialidade era cardiologia. Apesar de estar congelada nos dezessete, eu usava roupas que me davam um ar de mais velha. Eu trabalhava no mesmo hospital que meu pai. Para os humanos éramos os irmãos Cullen, meu pai era o mais velho com 26 e eu a caçula com 22 anos.

Mesmo morando longe a proximidade com os lobos continuava grande. Claire agora estava com dez anos, estava uma menina linda. Os lobos e seus imprintings em fim estavam casados. Os únicos solteiros agora eram Brady, Collin e os lobos que surgiram durante o encontro com os Volturi. Logo após se casarem, os meninos trataram logo de ter filhos. Emily teve gêmeos, Jason e Susan, que tem quatro anos. Thomas, filho de Paul e Rachel está com três e Jennifer, filha de Jared e Kim está prestes a fazer dois.

Charlie e Sue também estavam felizes. A felicidade dos dois só não era maior por estarem afastados dos filhos e das netas. Nos comunicávamos sempre. Billy Black também estava incluído nessa lista. Apesar de sentir falta de Jacob ele estava muito contente com o primeiro neto, dado por Rachel.

Jacob e Embry mesmo sentindo falta reserva e da família pareciam felizes aqui. Segundo eles, a felicidade estava onde Renesmee e Katherine estivessem.

O crescimento de Renesmee tinha assumido um ritmo muito mais lento. Apesar do que Nahuel disse quando nos encontramos, Renesmee estava com a aparência de uma menina de oito anos. Quem gostou de disso foram Edward e Bella pois ela teria mais tempo de infância. Quanto a Katherine seu crescimento acelerou e depois diminuiu. Ela estava com a aparência de sete anos.

Descobrimos a algum tempo que Katherine também tinha um poder, manipular pensamentos. Ela podia entrar na cabeça das pessoas e mostrar o quisesse a elas, as fazendo acreditar ser verdade. Era um poder incrível, mas perigoso se utilizado de forma errada. Então a meu pedido e de Seth ela nunca o usava.

Os primeiros anos de estudos das meninas foram em casa, mas como o crescimento delas tinha parado e elas já tinham controle sobre a sede, as matriculamos em uma escola no ano passado. Era bom para elas se envolverem com outras crianças.

Sai dos meus pensamentos quando senti mãos quentes em minha cintura.

_ Não acha que está muito produzida para ir trabalhar? Perguntou Seth.

Sorri. Mesmo depois de anos ele continuava o mesmo bobo ciumento de sempre.

_ Não. Acho que está perfeito. Respondi virando de frente para ele e enlaçando meus braços em seu pescoço.

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_ Claro... E depois não quer que os colegas de trabalho fiquem babando pelos corredores. Resmungou.

Ri e lhe dei um selinho.

_ Kath já voltou? Perguntei mudando de assunto.

Katherine tinha ido passar a noite na casa da prima. Elas sempre faziam isso.

_ Não, Bella disse que a levaria para escola junto com Renesmee. Respondeu.

_ Tudo bem, eu a pego mais tarde. Falei.

Ele assentiu.

_ Vamos? Perguntou.

_ Vamos. Respondi.

Me despedi de Seth com um beijo e segui para garagem pegando o meu mais novo carro, uma Range Rover Evoque preta, e dirigi para o hospital.

Alguns minutos depois estacionei e segui para meu consultório. Como sempre acontecia quando eu passava pelos corredores, todos me encararam. Cumprimentei as pessoas e ignorei os comentários maldosos.

_ Bom dia, Sabine. Falei cumprimentando minha secretária.

_ Bom dia Dra. Cullen. Respondeu sorrindo simpática.

Sabine era uma moça bonita, devia ter no máximo 25 anos. Acho que ela era a única que eu poderia chamar verdadeiramente de colega, porque as outras eram um bando de falsas e ainda por cima vivam se jogando em cima do meu pai.

_ O que temos para hoje? Perguntei.

_ O de sempre, algumas consultas e... Ah, o Dr. Richard quer falar com a senhora. Pediu que eu o avisasse assim que a senhora chegasse. Respondeu.

Reprimi um suspiro. Dos meus “colegas” Richard era um dos mais insistentes. Era conhecimento de todos no hospital que eu era casada e até mesmo que tinha uma filha. Como Katherine aparentava 7 anos e eu fingia ter 22, não vi problema em dizer a verdade com relação a isso, o que não faltava no mundo eram meninas que engravidam aos 15. Mesmo sabendo de tudo isso ele não desistia de me cantar e se insinuar.

_ Ok. Diga a ele que cheguei. Falei entrando na sala.

Vesti meu jaleco e sentei em minha mesa. Liguei o computador e começei a ver a lista de consultas do dia. Ouvi a voz de Richard do lado de fora, levantei os olhos no exato momento em que ele abriu a porta.

Richard: http://images4.fanpop.com/image/photos/17000000/Matt-Bomer-matt-bomer-17040117-433-650.jpg

_ Bom dia, Dra. Cullen. Disse dando o seu típico sorriso sedutor. Ele fechou a porta e andou em direção a mesa.

_ Bom dia, Richard. O que deseja? Perguntei.

_ Muitas coisas, mas no momento ficaria satisfeito com sua ajuda. Respondeu.

Ignorei a malícia contida na frase e apontei as cadeiras a minha frente. Ele sentou.

_ Do que se trata? Questionei.

_ Um paciente meu está apresentando um quadro de Arritmia Cardíaca, gostaria que o examina-se. Explicou.

_ Tudo bem, fale com Sabine e peça a ela que marque um horário. Falei.

_ É muito bom ter colegas como você, Dra. Disse levantando e estendendo a mão.

Fiz o mesmo. Pensei que trocaríamos um aperto de mão, mas ao invés disso ele beijou a minha.

_ É realmente um prazer. Sussurrou enquanto me olhava do pés a cabeça.

Acho que ele pensou que eu não ouviria, mas como minha audição era muito melhor do que a de um humano eu ouvi perfeitamente.

_ Até mais, Richard. Falei puxando minha mão.

_ Até, Melany. Disse num tom provocante.

O observei sair da sala. Balancei a cabeça negativamente, era cada uma que aparecia na minha vida.

Depois de atender os pacientes da manhã, remarquei o resto para o dia seguinte. Queria sair cedo hoje para ir buscar minha filha. Antes de deixar o hospital fui ao consultório do meu pai.

_ Gostaria de falar com meu irmão. Disse me dirigindo a vaca que atendia por sua secretária.

Mesmo depois de algum tempo era estranho não chamá-lo de pai. No começo eu sempre me esquecia e acabava cometendo pequenos deslizes.

_ Vou ver se ele pode atendê-la. Respondeu com sua voz enjoativa.

Eu não gostava nem um pouco dela. Era muito atirada e ainda por cima se sentia a tal por ser mais “próxima” do Dr. Delícia, apelido dado a meu pai entre as funcionárias.

Aguardei alguns minutos enquanto a vaca falava ao telefone.

_ Pode entrar. Disse meio contrariada.

Ela gostava de mim tanto quanto eu gostava dela. Passei por ela sem olhá-la apenas segui para sala. Antes que entrasse a ouvi me xingar baixinho, ignorei e adentrei a sala fechando a porta logo em seguida.

_ Minha princesinha! Exclamou feliz ao me ver.

_ Papai! Respondi indo até ele e o abraçando.

_ O te traz aqui? Perguntou quando nos separamos.

_ Nada em especial, apenas vim vê-lo e a propósito, sua secretária me tira do sério. Falei.

Ele riu.

_ Querida, você acha mesmo que eu ligo? Sempre foi assim. Mas não me importo nem um pouco, só tenho olhos para sua mãe. Respondeu.

Sorri. Eu tinha plena certeza de que meu pai amava minha mãe e nunca daria trela a essas oferecidas, mas mesmo assim não era nem um pouco legal ver seu pai sendo cantado e assediado o tempo inteiro.

_ Eu sei, mas ainda sim não gosto. Finalizei.

_ Na verdade mocinha, acho que estamos no mesmo barco. Os comentários dos meus “colegas” sobre você são bem insolentes, principalmente os de Richard. Rebateu.

Revirei os olhos.

_ Digo o mesmo que o senhor, só tenho olhos para Seth. Respondi o fazendo sorrir.

_ Já está de saída? Perguntou.

_ Sim, vou buscar as meninas na escola. Kath passou a noite na casa de Nessie, então... Expliquei dando de ombros no final.

_ Tudo bem, hoje eu só saio mais tarde. Tenho duas cirurgias marcadas. Disse

Meu pai era cirurgião geral. Os séculos de experiência fizeram dele o melhor profissional nessa área, aliás o melhor do mundo.

_ Lhe desejaria sorte, mas sei que não precisa disso. Brinquei o fazendo rir.

Depois de mais alguns minutos com meu pai, eu finalmente segui para o estacionamento. E por ironia do destino acabei, literalmente, esbarrando em Richard no caminho.

Quando cheguei em frente a escola de Kath e Nessie as crianças estavam começando a ser liberadas. Fiquei encostada em frente ao carro esperando as duas.

_ Mamãe! Exclamou Kath correndo em minha direção.

_ Oi, meu amorzinho. Senti sua falta. Disse a pegando no colo e a abraçando.

_ Eu também! Foi muito divertido ontem, tia Bella fez pipoca e ficamos assistindo desenhos até tarde. Contou.

_ É mesmo? E por falar nisso onde está Nessie? Perguntei.

_ Está vindo. Respondeu Katherine enquanto eu a colocava no chão.

_ Tia Mel! Disse Renesmee.

A recebi da mesma forma que tinha feito com Kath. Enquanto voltamos para casa, as meninas me contavam como tinha sido o seu dia.

Após deixar Renesmee na casa dos pais. Segui para minha casa com Katherine. Assim que chegamos em casa mandei Katherine para o banho e fui para o meu quarto fazer o mesmo.

Depois de um belo banho, vesti uma roupa mais casual e desci indo para a cozinha preparar o almoço. Não demorou muito e ouvi os passos de Katherine na escada, como sempre ela descia correndo.

_ Katherine, quantas vezes vou ter que te pedir pra não descer a escada correndo? Perguntei enquanto ela entrava na cozinha.

_ Desculpe. Respondeu com um sorriso inocente.

Foi impossível não sorrir também. Kath tinha muito de mim, não tanto na aparência, mas sim na personalidade.

_ O que vai querer pro almoço? Indaguei me encostando a pia.

_ Hum... Que tal lasanha? Sugeriu.

_ Ótima ideia! Concordei.

_ Posso ajudar? Perguntou se apoiando a mesa.

_ Claro. Respondi a fazendo abrir um lindo sorriso.

Depois do almoço Kath subiu para fazer os deveres e eu fiquei na sala escrevendo uma carta para Marcus. Nossa relação permanecia a mesma. Enquanto escrevia a carta, uma ideia me ocorreu. Convidei Marcus para uma visita. Eu sabia que era loucura e ele certamente recusaria, mas mesmo assim resolvi tentar. Coloquei a carta em um envelope e subi parando em frente a porta do quarto de minha filha.

_ Já acabou os deveres? Perguntei indo em direção a ela.

_ Sim. Estava apenas desenhando. Respondeu me estendendo uma folha de oficio com uma linda borboleta.

Sorri e alisei seu cabelo.

_ Ótimo, vamos dar uma volta. Falei.

_ Eba! Exclamou levantando em um pulo.

Arrumei Katherine e depois me arrumei.

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Roupa da Katherine: http://www.polyvore.com/look_da_katherine/set?id=90471444

Peguei o carro e segui para o centro da cidade.

_ Aonde vamos, mamãe? Perguntou Kath enquanto olhava pela janela.

_ Ao Correio. Vou mandar uma carta para o seu biso. Respondi.

_ Ah...

Eu tinha falado de Marcus para Katherine. Não contei a história toda, é claro, mas expliquei o suficiente para ela saber que tinha um bisavô e que ele morava na Itália.

_ Quando vou conhecê-lo? Indagou depois de um tempo.

A olhei pelo retrovisor.

_ Se tudo der certo, em breve. Falei.

Tínhamos chegado. Estacionei o carro e desci, abrindo a porta para Kath fazer o mesmo.

Depois de enviar a carta. Levei Kath para dar uma volta em uma praça.

_ O que acha de um sorvete? Sugeri.

_ Acho ótimo! Respondeu alegre.

_ Tome, vou ficar aqui te olhando. Falei lhe entregando dez dólares.

Ela sorriu e se afastou caminhando em direção ao sorveteiro. A observei sentada em um dos bancos. No meio do trajeto Kath esbarrou em um homem. O impacto desequilibrou o desconhecido. Katherine era metade vampira e ainda possuía os genes de um lobo, era preciso mais do que um simples tombo para derrubá-la. Mesmo assim levantei e fui em sua direção.

_ Me desculpe. A ouvi dizer.

_ Não se preocupe, pequena, está tudo bem. Respondeu o homem sendo simpático.

_ Katherine. Chamei á alguns metros de distância.

Ela e homem viraram em minha direção. Eu não poderia estar mais surpresa, o homem era Richard. Ele também me olhava surpreso. Cheguei até eles me posicionando atrás de Kath e colocando minhas mãos em seus ombros.

_ Melany? Perguntou Richard ainda surpreso.

_ Oi, Richard. Cumprimentei.

_ A senhora o conhece, mamãe? Questionou Kath olhando para cima para ver meu rosto.

_ Ele trabalha comigo no hospital. Por que não vai comprar seu sorvete?

_ Tudo bem. Disse antes de ir até o carrinho de sorvete.

_ Então ela que é sua filha... Uma menina encantadora. Comentou Richard.

Voltei minha atenção para ele. Ele estava vestido com um short e uma regata, roupas típicas de corrida.

_ Obrigada. Agradeci.

_ Tão encantadora quanto a mãe. Completou.

O olhei atravessado. Ele não perdia uma chance. Antes que eu pudesse rebater ele emendou.

_ E a propósito, tem belas pernas.

O encarei incrédula. Richard riu diante da minha expressão.

_ Até amanhã, Dra. Cullen. Disse enquanto se afastava correndo.

Minha vontade era xingá-lo, mas me contive. Não demorou muito e Kath voltou para o meu lado.

_ Aqui está, mamãe. Falou me entregando o troco.

Sorri. Ela segurava um sorvete de casquinha. Segurei sua mão livre.

_ Vem, vamos caminhar por aí. Convidei.

Depois do sorvete e uma volta pela praça, fomos para casa. O carro de Seth já estava na garagem. Assim que passamos pela porta Kath correu para os braços do pai.

_ Papai! Exclamou enquanto se jogava no colo do mesmo que estava sentado no sofá.

_ Oi, minha bonequinha! Como foi seu dia? Cumprimentou Seth.

_ Bem. Hoje na escola foi legal e agora pouco fui passear com a mamãe. Ela foi mandar uma carta pro biso e depois me levou para tomar sorvete. Contou animada.

_ É mesmo? E o que mais? Indagou Seth.

_ Quando fui comprar o sorvete acabei esbarrando em um moço, mas ficou tudo bem. Ele conhecia a mamãe do hospital. Continuou inocentemente.

A última parte do que ela disse fez Seth me encarar. Apesar de não ter intenção, Kath tinha acabado de me arrumar um problema.

_ Ele era bonito, mas não mais bonito que o senhor, papai. Terminou abraçando o pescoço de Seth.

Seth lhe deu um beijo na bochecha.

_ Papai, o Embry já chegou? Perguntou depois de um tempo.

_ Já. Seth respondeu a contragosto. Sua opinião com relação a esse assunto não tinha mudado com o tempo.

_ Posso ir na casa do tio John e da tia Leah visitá-lo? Pediu com os olhinhos brilhando.

Respondi antes de Seth.

_ Claro, querida. Peça para Embry te trazer e não chegue muito tarde. Falei.

Ela deu um último abraço em Seth e desceu do colo dele vindo em minha direção.

_ Obrigada, mamãe! Agradeceu abraçando minha cintura.

Não demorou muito e ela saiu correndo. Eu não me importava de deixá-la sair sozinha, afinal morávamos em uma rua fechada. Nossos vizinhos eram todos da família.

Depois da saída de Katherine, Seth voltou a me encarar. Eu não precisava usar meu dom para saber o que se passava em sua cabeça.

_ Seth... Começei, mas ele me interrompeu.

_ Quem é? Perguntou sério.

Suspirei, mas respondi sincera.

_ Richard. Ele é médico e meu colega de trabalho.

Seth me encarou por alguns instantes e depois fez menção de levantar. Ele claramente estava chateado. O impedi sentando em seu colo.

_ Seth, não seja bobo. Falei enquanto passava uma perna para o outro lado, ficando de frente para ele.

Sorri ao perceber que consegui o que queria. Ele estava completamente distraído.

_ Eu amo você, e só você. Sussurrei em seu ouvido.

_ Melany... Começou mais eu o interrompi com um beijo.

Seth levou suas mãos a minha cintura me prendendo ainda mais a ele. Puxei a barra de sua camisa e ele ergueu os braços para me ajudar a tirá-la.

_ Nós temos algum tempo até Kath voltar. Falei enquanto beijava seu pescoço.

_ Vamos continuar isso no quarto. Respondeu me pegando no colo e subindo a escada.

***

Cinco dias depois do envio da carta, recebia a resposta. Marcus viria a Tacoma me ver e conhecer Katherine, ele chegaria em duas semanas. Quase tive um ataque ao ler as palavras. Dei a notícia a Kath e ela ficou tão feliz quanto eu. Já Seth ficou meio desconfiado no começo, mas depois acabou aceitando.

Os dias que antecederam a chegada de meu avô se passaram depressa. Nesse momento Seth, Kath e eu estávamos no carro a caminho do aeroporto, iríamos buscar Marcus. Kath estava praticamente quicando de empolgação no banco de trás.

_ Será que ele vai gostar de mim, mamãe? Perguntou.

_ É claro que sim! Respondi.

_ Tomara! Sussurrou voltando a atenção para janela.

Ela estava linda e usava um presente de Alice, um lindo vestido vermelho. Eu também usava vestido.

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A viagem foi curta. Seth permaneceu calado a maior parte do tempo. Quando entramos no aeroporto fui direto ver a lista dos voos, o de Marcus chegaria em cinco minutos. Enquanto esperávamos, Seth pegou Katherine no colo. Eu já contava os segundo quando avistei meu avô entre as dezenas de pessoas. Ele não tinha mudado nada, usava um terno escuro de grife que lhe fazia parecer um executivo, seus olhos estavam castanho escuro, cor obtida através de lentes de contato.

Assim que me viu, Marcus abriu um imenso sorriso. Sem me conter corri até em ele, em minha velocidade humana, e me joguei em seus braços. A maioria das pessoas parou para assistir a cena.

_ Vovô! Exclamei baixo o suficiente apenas para nós ouvirmos.

_ Il mio tesoro! Não sabe o quanto estou feliz em vê-la. Respondeu.

Desfizemos o abraço. Estranhei o fato de que ele não trazia nenhuma mala.

_ Onde está sua bagagem? Perguntei.

_ Il mio tesoro, essa viagem é apenas de um dia. Vim apenas para matar minhas saudades de você e conhecer il mio piccolo raggio di sole.* Respondeu.

Fiquei um pouco decepcionada, mas a única coisa que importava era que ele estava aqui.

_ Tudo bem, então vamos. Tem alguém louca para te conhecer. Falei sorrindo.

Marcus retribuiu sorrindo também. Enlacei meu braço no dele e começamos a andar em direção a onde tinha deixado Seth e Katherine.

_ É incrível, il mio tesoro, mas toda vez que a vejo está ainda mais linda. Elogiou.

Acabei rindo. Marcus, continuava o mesmo de sempre.

Quando finalmente chegamos a onde meu marido e minha filha aguardavam, Marcus olhou de Katherine para mim.

_ Ela é linda! E tem seus olhos. Disse admirado.

Seth já tinha colocado Kath no chão. Ela olhava para Marcus com um misto de vergonha e curiosidade.

_ Você que é meu biso? Perguntou tímida.

_ Sou. Marcus respondeu se abaixando para ficar da mesma altura que ela.

Sem dizer nada, Kath correu para ele e o abraçou. Sorri com a cena. Seth que apenas observava colocou o braço ao redor de minha cintura, me abraçando de lado.

O dia como eu já tinha previsto foi maravilhoso. Fomos a sorveteria e depois a um parque de diversões. Cumprindo a promessa que havia me feito antes de Katherine nascer, Marcus se revelou um bisavô extremamente coruja. Mimou Katherine de todas as forma possíveis. Depois de algumas horas juntos ele e Seth pareciam velhos amigos, fiquei imensamente feliz com isso.

_ Estou tão feliz por você, il mio tesoro. Formou uma linda família. Comentou Marcus.

Eu e ele estávamos sentados em um banco enquanto Seth e Katherine brincavam de pega pega correndo na grama. Ainda estávamos no parque de diversões.

_ Eu sei. Respondi admirando meu marido e minha filha.

_ Gostei muito desse rapaz. Ele é tem um bom coração e é digno de você. Acrescentou olhando na mesma direção que eu.

_ Seth é uma das melhores pessoas que eu conheço e é o amor da minha vida.

Marcus sorriu diante da minha resposta.

_ Eu sei. Disse repetindo minha frase anterior.

Ficamos em silêncio por um tempo. Uma pergunta surgiu em minha mente, mas fiquei com medo de fazê-la. Por fim, resolvi perguntar.

_ Marcus? Chamei exitante.

_ Sim? Indagou virando-se para mim.

_ Como está Alec? Falei.

Sua expressão tornou-se cuidadosa, ele pareceu pensar bem antes de responder.

_ Está bem, pelos menos no conceito dos Volturi.

A última parte me fez sentir um arrepio. Não perguntei mais nada, tinha medo de saber o qual era o “conceito dos Volturi”.

Não demorou muito e estávamos nos despedindo de Marcus. Eu acho que ele era a única pessoa no mundo vinha da Itália para os Estados Unidos apenas para passar um dia, mas mesmo assim tinha valido a pena. Matei um pouco das saudades que sentia dele e ainda tive o prazer de vê-lo se dar bem com Seth e Katherine.

Depois que ele partiu, voltamos para casa. Em pouco tempo seriamos nós que viajariamos e o destino era Forks.

***

Um mês após a visita de Marcus, eu, Seth, Kath estávamos com o pé na estrada. Iríamos passar algum dias em Forks. Todos foram, inclusive Nessie tinha resolvido vir comigo e Seth ao invés de ir com os pais, ela e Kath queriam ir no mesmo carro. Elas tinham sido vestidas pelas tias, Rosálie e Alice.

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_ Não vejo a hora de ver Claire! Disse Nessie.

_ Eu também! Respondeu Kath.

A amizade de Renesmee e Claire não tinha diminuído com a distância, elas continuavam muito próximas. Quanto a Katherine no curto tempo em que permanecemos em La Push e ela era mais ou menos crescida, também se tornou amiga de Claire. Juntas as três formavam o trio parada dura, apelido dado por Jacob, Embry e Quil que se viam loucos toda vez que o encontro acontecia.

_ Espero que não aprontem muito. Falou Seth somente para mim.

_ Meu amor, isso é a mesmo coisa de pedir neve no verão. Simplesmente não vai acontecer. Respondi o fazendo rir.

Ri também. Não tinha nada como férias em família. Principalmente quando a família é a mais estranha e a mais amorosa do mundo.


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Notas finais do capítulo

Meu pequeno raio de sol*
Cometem!
Beijos