A Little Piece Of Heaven escrita por MissTemplenton


Capítulo 41
Castelo do Horror, até nunca!


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas, finalmente!
Espero que gostem
Agradecimentos a Dilu Cullen, Letcia Cullen, tanatielly, amando, Giovanna Simonario, Renesme Cullen, Puro_Sangue, Mary, Roberta Spadotto, Fran, Allison



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Pov da Melany

Eu já tinha me decidido, hoje eu teria uma conversa definitiva com Marcus contando a ele sobre minha ida. Eu não poderia ficar, nesses últimos dias eu tinha feito de tudo para deixar ele feliz. Aro desistiu dos treinos já não adiantava mais então eu passava meu tempo livre com Marcus e Alec, quando não estava com um estava com outro. Na biblioteca eu descobri coisas interessantes sobre meu poder, se quisesse eu poderia dominar a Pirocinese que é a cinese que abrange o controle do fogo. A minha sorte era que o meu poder era ligado a psicocinese assim eu tinha acesso a todas as outras. Da primeira vez que tentei consegui fazer as chamas de uma vela se apagar, mas é claro que isso não teria nenhuma utilidade então me concentrei e consegui colocar fogo no corredor a sorte foi que não tinha ninguém por perto depois abaixei as chamas até que elas sumissem. A cada dia eu ficava abismada com a quantidade de poder que tinha em mãos, não me surpreendia que Aro me quisesse tanto. Agora qualquer que me tivesse seria invencível e pensar que um tempo atrás eu era uma simples humana.

Estava pensando nisso enquanto me arrumava eu tinha que falar com Marcus e depois Alec. Já tinha tomado banho e escovado os dentes só faltava me vestir.

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Fiz um coque bagunçado no cabelo e sentei na cama esperando minha babá chegar com o café. Apesar de ver Alec antes e não sabia pra qual dos dois eu contaria primeiro. Não demorou muito e eu senti um cheiro muito familiar.

_ Bom dia. Falei assim que Alec passou pela porta.

_ Bom dia. Respondeu me entregando a bandeja hoje tinha algo de diferente nela, em vez de suco chocolate quente.

_ Chocolate! Como soube que eu gosto? Perguntei igual a criança.

_ Palpite os humanos parecem gostar bastante. Ele deu de ombros.

Peguei a xícara e bebi um pouco, estava muito bom. Enquanto tomava pensei no sangue do urso e da comparação que fiz, eu não sabia qual era melhor, minha parte humana sempre diria chocolate e a vampira sempre diria o sangue. Deixei esses pensamentos de lado e reparei em Alec ele estava sentado de frente pra mim ele parecia perdidos em pensamentos tirei a bandeja do meio e me sentei mais perto dele.

_ No que esta pensando? Perguntei.

_ Em como as coisas mudam em tão pouco tempo.

Eu que o diga! Mas nem todas as mudanças tinham sido pra melhor... Evitei terminar, foquei em algo positivo disso tudo.

_ Pois é quem diria que aquele vampiro sádico, idiota e cruel que eu encontrei no vestiário da escola se tornaria um amigo tão legal? Disse tombando com o ombro nele de brincadeira.

_ E quem diria que a humana irritante, petulante e linda dos Cullen seria a garota pela qual eu me apaixonaria. Ele disse olhando em meus olhos.

What?! Ok eu já desconfiava disso, mas a idéia sempre me pareceu ridícula demais. Alec apaixonado por mim! Meu Deus isso só pode ser brincadeira. E ainda tinha John, eu não podia negar os dois eram lindos e agora que eu conhecia Alec melhor ótimas pessoas, mas eu amava Seth e sempre amaria. Por que eles tinham que se interessar justo por mim?

_ Alec... Comecei, mas ele me interrompeu.

_ Eu sei você vai dizer que ama o cachorro.

Me encolhi com a palavra e ele pareceu perceber.

_ Desculpa, mas o que eu quero dizer é que eu sei disso e não me importo. Temos muito tempo Melany, e talvez você não o veja novamente tão cedo. Quem sabe com o tempo...

Dessa vez eu o interrompi.

_ Alec eu não vou ficar...

Respirei fundo e reformulei a resposta.

_ Não importa o tempo que eu vá ficar sem vê-lo, sempre vai ser ele. Eu sinto muito, mas eu não posso te dar o que quer.

Eu me sentia péssima com isso, mas não havia nada que eu pudesse fazer.

_ Não vou insistir agora. Só pense no que eu te disse. Falou saindo.

Ai meu Pai! O que eu vou fazer agora?! Eu precisava falar com Marcus. Sai do quarto feito uma doida, por sorte como sempre ele estava na biblioteca.

_ Il mio tesoro! Ele disse assim que me viu passar pela porta.

_ Marcus eu preciso de sua ajuda. Falei.

_ O que aconteceu?

Entrei em sua mente e lhe mostrei a conversa.

_ Bem eu não sei o que dizer, já pensou em dar uma chance a ele?

_ Eu não posso, você deve me entender melhor do que ninguém. Depois da morte de Didyme deu uma chance a alguém? Perguntei.

_ Não. Sei o que quer dizer. Respondeu com o semblante triste.

_ Então. Mas tem um problema, Marcus eu vou embora. Falei de uma vez esperando sua reação.

Pra minha surpresa a única coisa que ele expressou foi consentimento.

_ Eu esperava que fizesse isso a semanas, não se preocupe não vou julgá-la. Seu amor ainda esta vivo não a culpo por querer ser feliz, se minha Didyme estivesse aqui eu também largaria tudo. Agora me responda por que demorou tanto? Perguntou parecendo realmente curioso.

Essa me pegou de surpresa, eu jamais imaginaria uma reação dessas.

_ Por você e Alec. Eu não queria ir embora de qualquer jeito e magoar vocês. Respondi a verdade.

_ Ah minha querida, você é tão nobre quanto seu pai. E eu também tenho que admitir que Carlisle fez um ótimo trabalho.

Meus olhos se encheram de lágrimas, eu nunca iria esperar essa atitude dele. Nesse momento eu percebi que eu podia sim ter os dois. Eu sempre seria filha de Carlisle e Esme Cullen, mas também sempre seria neta de Marcus Volturi. Fiz uma coisa que nunca imaginei.

_ Obrigada vovô. Falei o abraçando. Isso o pegou de surpresa.

_ Mia nipote* eu que te agradeço você me fez acordar. Não se preocupe Il mio tesoro, você não sofrerá nem mais um dia. Ele disse também me abraçando.

Depois dessa conversa com Marcus eu me senti mais leve como se um peso tivesse sido tirado de minhas costas. Ainda ficamos horas na biblioteca conversando sobre coisas banais, um tempo de avô e neta. Devia ser três da tarde quando voltei pro quarto. Tomei um banho e vesti uma roupa bem diferente dos últimos dias.

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Eu estava feliz porque finalmente conseguiria sair daqui, mas desisti da pequena vingança que tinha planejado até porque não valia pena. Isso me faria parecer com eles e essa era a última coisa que eu queria. Mas eu estava esquecendo o principal, como eu seria recebida depois de supostamente ter fugido pra cá para ficar com minha “família verdadeira”? Só de pensar nisso meu sangue gelava. Sentei no banco em frente a penteadeira e fiquei encarando meu reflexo. Eu não sabia o que era maior em mim, o alívio, a apreensão ou a felicidade. Estava tão distraída que cai do banco quando vi o reflexo de Alec atrás de mim.

_ Ai! Reclamei.

_ Desculpa, não foi a intenção. Falou contendo o riso e estendo a mão pra me ajudar.

Peguei sua mão, mas acho que ele colocou força demais porque acabei indo de encontro a seu corpo, em uma proximidade perigosa.

_ O que veio fazer aqui? Perguntei.

_ Marcus quer falar com você.

_ Tudo bem. Vamos. Disse me distanciando.

Mesmo com toda essa confusão Alec me deu uma carona. Eu queria saber logo o que Marcus tinha pra me falar. Ainda mais na frente de todos uma vez que estávamos indo em direção a sala do trono. Como sempre estavam todos reunidos. Alec me colocou no chão e foi para junto de Jane.

_ Pronto irmão estamos todos aqui, será que pode dizer do que se trata o assunto? Perguntou Aro desconfiado.

_ Eu os chamei aqui para anunciar a partida de Melany. Disse Marcus.

O choque percorreu a sala.

_ O que?! Disse Aro completamente incrédulo.

_ Isso mesmo que você ouviu. Eu já devia ter feito isso a muito tempo, sabia que ela não estava aqui por vontade própria e ainda sim permitir que isso continuasse. Me desculpe querida. Ele disse a ultima parte olhando para mim.

Uau! Eu estava chocada, mas feliz.

_ Irmão não pode fazer isso. Protestou Aro. Ele parecia ser o único que não queria que eu fosse embora.

_ Só não posso como fiz Aro. Disse Marcus num tom que encerrava ao assunto.

Resolvi ter uma conversinha mental com meu querido titio.

É melhor não dificultar, tem sorte por eu sair sem fazer nada.

Não se esqueça criança do que eu te disse, não quer ver os Cullen em perigo quer?

É claro que não e é por isso mesmo que vou voltar e qualquer um que tentar algo contra eles não vai voltar para contar história. E antes que me esqueça aprendi um truque novo. Falei lhe mostrando o dia do corredor.

Sua cara de espanto foi impagável.

Tem muita sorte por Marcus interferir porque se não você seria a minha primeira cobaia viva.

Os olhos de Aro se arregalaram pude ver imagens que ele mesmo projetou de si próprio queimando vivo. Eu tinha razão não precisava agredi-lo, o medo que ele estava sentindo agora não podia ser vingança melhor.

_ Bem já que insiste irmão, a neta é sua cabe a você a decisão. Ele falou.

Todos ficaram surpresos com a sua mudança súbita.

Muito bom. Falei saindo de sua mente.

_ Estão dispensados. Disse Marcus.

Eu nem conseguia acreditar que a minha temporada no castelo do horror estava acabando. Os vampiros foram saindo sem se importar eles gostavam de mim tanto quanto eu gostava deles.

_ Menos você Alec. Completou Aro com um sorriso cruel.

Droga! Fiquei tão feliz com a notícia que esqueci dele, Alec não parecia feliz muito pelo contrário, mas ainda manteve sua expressão neutra. Entrei na mente de Aro de novo pra saber o que esse psicopata estava tramando.

O que acha que esta fazendo?

Apenas cuidando do bem estar da minha sobrinha favorita.

Revistei sua cabeça sua intenção era que Alec me convencesse a ficar. Agora eu entendia o sorrisinho idiota dele sempre que se referia a nós dois, ele sabia dos sentimentos de Alec e achava que isso seria o suficiente para me manter aqui. É um desgraçado mesmo. Estava perdida nos pensamentos dele quando a voz de Alec me chama de volta ao grande salão.

Vai ter troco.

Falei antes de sair daquela mente perturbada.

_ Sim mestre?

_ Você vai levar Melany ao aeroporto. Ele disse me encarando com seu sorriso maldoso.

_ Como quiser. Respondeu Alec.

Não tive coragem de olhá-lo. Marcus se levantou e veio até mim.

_ Vamos querida. Ele disse me guiando pra fora da sala.

_ Só um momento.

Entrei na mente de Caius e Aro ao mesmo tempo.

Antes de ir gostaria de deixar claro, eu odeio vocês. E antes que pensem em ameaçar qualquer um dos meus lembre-se de que os farei queimar no fogo do inferno bem mais cedo. Então é isso, adeus queridos tios.

Aro era impressionante mesmo numa situação como essa não perdia a pose e me deu um sorriso cínico, já Caius me fulminava com olhar. A sensação de liberdade era tão boa que segurei o impulso de sair pulando e gritando.

_ Pronto. Disse olhando para Marcus.

Já tinha deixado meu recado. Alec nos acompanhou segurando a porta para passarmos, Marcus envolvia meus ombros com o braço.

_ Eu já acertei tudo com Gianna, passagem, documentos e é claro dinheiro. Ele disse quando paramos no corredor.

_ Ah vovô! Muito obrigada! Exclamei o abraçando. Era engraçado chamá-lo de avô, mas ainda sim era bom.

_ Il mio tesoro, eu te devo desculpas isso sim por deixar as coisas chegarem a esse ponto e se quer de verdade me agradecer por algo, seja feliz. Disse.

_ Pode ter certeza de que sim. Falei desfazendo o abraço.

_ Essere felice la mia nipotina.* Ele disse beijando minha testa.

O abracei novamente e ele se foi. Ficamos apenas eu e Alec no corredor que levava a recepção, eu não sabia o que dizer ou que fazer então apenas andamos em silencio.

_Buon pomeriggio.* Disse Gianna assim que entramos no seu campo de visão.

Fiquei feliz ao perceber que seu cheiro não me incomodou tanto devia ter uns cinco dias desde o urso. Era bom saber quanto eu podia ficar sem beber sangue. O que eu estava sentindo agora em vez daquela queimação horrível era aquela sensação de quando tem uma coisa gostosa a sua frente, mas que você sabe que não pode comer então ignora.

Alec falou com ela, até porque seu italiano era sem dúvidas melhor o meu. Ela lhe entregou uma mochila e um envelope.

_ Aqui esta. Ele disse me entregando as coisas.

Abri o envelope e nele estava minha passagem, passaporte entre outros documentos necessários. Depois curiosa peguei a mochila, será que eram roupas? Eu não me dei ao trabalho de pegar nada, não queria as roupas que comprei aqui o vôo era longo deviria levar uns dois dias, da ultima vez eu não percebi graças ao dom de Alec. Será que Marcus tinha pensado nisso também? Quando abri a mochila fiquei chocada. Era dinheiro bolos e bolos de dinheiro, por alto eu chutaria mais de dez milhões e olha que eu deduzi isso só olhando por cima, a mochila era relativamente funda. Olhei para Alec com cara Oh my good, ele apenas deu de ombros.

Por sorte já eram cinco horas e o Sol estava se pondo escondido por trás das nuvens o que permitiria Alec circular normalmente. Ele pediu um táxi, abriu a porta pra mim e depois entrou. O aeroporto mais próximo era a quatro cidades dali, a viagem uns oitenta minutos. Durante todo o trajeto permanecemos em silencio. Eu não sabia o que dizer e ele também não parecia disposto a conversar.

Quando finalmente chegamos fizemos o check in, mas ainda faltavam alguns minutos. Alec sentou em uma das cadeiras e eu fiquei de pé, inquieta demais para sentar. O silencio estava me matando, eu não gostava dele do jeito que ele queria, mas ainda sim eu gostava dele de um jeito especial como um grande amigo daqueles que fazemos quando menos se espera.

_ Alec eu sinto muito de verdade. Falei parando a sua frente. O lugar estava cheio de mais para sermos o centro das atenções.

Ele não respondeu os olhos rubi escondidos sob o óculos escuro.

_ Por favor não faz isso, sabe que eu quero que seja feliz. Tentei.

Se ele estava tentando me fazer sentir culpada estava conseguindo.

_ Quer que eu seja feliz? Então fique. Rebateu.

Isso não era justo, ele bem que podia facilitar as coisas.

_ Sabe que não posso.

_ Então não sei por que ainda se incomoda. Respondeu de modo frio.

Ele estava fazendo eu me sentir a pior pessoa do mundo. Mas eu não tenho culpa!

_ Olha só por que eu hein?! Com tanta mulher no mundo tinha que ser justo por mim?! Falei a culpa se transformando em raiva.

_ E você acha que já não me fiz essa pergunta? Com tantas, por que justo você? Este é o problema de sentimentos como esse você nunca tem uma resposta.

Fiquei sem fala diante disso. Ele tinha razão, eu também não tinha uma explicação lógica pelo que sentia por Seth eu só sabia que o amava e faria qualquer coisa por ele. Na mesma hora a raiva desapareceu. Abaixei para ficar da altura de Alec já que ele estava sentado.

_ Eu sinto muito, mesmo. Mas por favor, vamos ficar muito tempo sem nos ver e eu não queria que a nossa última lembrança fosse essa discussão em pleno aeroporto, então se não se importa eu quero que levante. Disse.

Ele me encarou, mas não se mexeu.

_ É serio, levanta.

Dessa vez ele obedeceu mesmo a contragosto. Quando ele estava de pé eu o abracei. Ele parecia surpreso, mas depois apertou os braços em torno de mim com força.

_ Obrigada por tudo. Se não fosse por você e Marcus eu não teria aguentado.

Nos altos falantes o meu vôo foi anunciado. Alec apertou ainda mais o abraço.

_ Por favor, não vai.

_ Eu preciso. Respondi.

Eles aos poucos me soltou.

_ De verdade obrigada.

Ele não respondeu apenas ficou me encarando. Como sempre fazia quando não sabia o que dizer. Me inclinei e dei um beijo em sua bochecha.

_ Adeus Alec.

Coloquei a mochila em apenas um lado e segui para o portão de embarque. Não foi surpresa que a passagem fosse na primeira classe sentei na janela e fiquei esperando a decolagem. Um pensamento me ocorreu assim que o avião pousasse para primeira escala eu compraria um mp4 uma boa música cairia bem agora. Mas eu sabia que estava tentando me distrair, pois no fundo o nervosismo era demais. Parecia surreal tudo que tinha acontecido nos últimos tempos. Como eu faria para que me perdoassem? Bom a pior parte tinha passado, finalmente eu estava indo pra casa.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Comentem, kisses