A Little Piece Of Heaven escrita por MissTemplenton


Capítulo 37
Ameaça e Aproximações


Notas iniciais do capítulo

Boa noite minha flores, mais um capitulo espero que gostem

Agradecimentos a Letícia Cullen, tanatielly, Mary, Fran, Shopia Volturi, Renesme Culen, Giovanna Simonario e Puro_Sangue



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Pov da Melany

Quando “acordei” Alec não estava mais no quarto e felizmente minha cabeça tinha parado de doer, mas ainda sim me sentia cansada. Levantei, tomei um banho e me joguei na cama de novo, mas dessa vez para dormir de verdade.

O cansaço foi tanto que só acordei novamente no outro dia. Levantei fiz minha higiene matinal e vesti uma roupa daquelas só pra provocar meu querido tio, porque se Marcus era meu avô e Aro e Caius são irmãos dele isso quer dizer que aquelas pestes são meus tios avôs. Que horror! Será que se eu chamar o Caius assim ele vai pirar? Tomara, vou testar isso hoje.

Roupa da Melany: http://www.polyvore.com/roupa_da_melany/set?id=74877059

Estava sentada na cama esperando o metido do Alec, só que pra minha surpresa quem entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã foi Demitre.

_ Aqui esta seu café. Ele disse me entregando a bandeja.

_ Cadê o Alec? Perguntei. Apesar de me da nos nervos eu sem duvidas preferia ele a algum outro.

_ Esta ocupado hoje, mas volta mais tarde. Não se preocupe ele continua sendo seu guardião.

_ Tanto faz. Respondi. Mentira estava aliviada com isso.

Quando terminei de comer Demitre me levou por um caminho bem diferente do que eu tinha feito nesses últimos dias, não estávamos indo em direção ao grande salão. Tentei memorizar o caminho se o lugar fosse interessante poderia tentar vir sozinha depois.

_ Foi muito interessante o que fez ontem. Ele disse quebrando o silêncio.

_ Seu amiguinho mereceu. Ninguém mandou ele falar do meu irmão daquele jeito.

_ Se eu fosse você não provocava o Félix ele ainda não esqueceu o episódio de ontem e Alec não esta aqui para te defender. Ele disse com um sorriso zombeteiro.

_ E quem te disse que eu preciso de alguém pra me defender? Perguntei.

Demitre começou a rir.

_ Você garota ou é muito corajosa ou não tem noção do perigo. Ele falou.

Finalmente parecemos chegar ao nosso destino. Demitre parou diante de uma porta bem decorada e abriu pra mim fiquei surpresa ao perceber que se tratava de uma espécie de escritório e pra piorar a situação Aro, Jane, Caius e Félix estavam ali. Ai meu Deus me ajuda! Eu sozinha com esses psicopatas, cadê Alec e Marcus?! To ferrada!

_ Bom dia Melany. Cumprimentou Aro falso como sempre.

_ Se o dia for bom eu te aviso.

Bom se eu for morrer que seja com honra.

_ Você devia ter mais amor a vida. Disse Caius.

_ Pode ter certeza de que eu tenho tiozinho. Respondi.

_ Não é o que parece... Do que me chamou?

Ponto pra mim.

_ De tiozinho, você era tio de William não é? Então. Falei dando de ombros.

Pela expressão dele se fosse humano com certeza estaria vermelho de raiva, mas antes que ele pudesse dizer ou fazer alguma coisa Aro falou:

_ Sente-se.

Acomodei-me no sofá de couro que tinha ali. Eu estava com um mau pressentimento.

_ Melany, até que ponto você sabe? Ele perguntou.

Levei um segundo para perceber do que se tratava a pergunta.

_ Sei de absolutamente tudo! Você matou Didyme, William, Lavínia e tudo isso por causa de uma história estúpida! Falei expressando toda a minha raiva sobre o assunto.

_ Não era uma história estúpida minha querida, isto ficou bastante evidente ontem. Mas não estamos aqui para discutir isso, eu te chamei aqui porque você vai dar um pequeno telefonema. Ele disse.

Não estava gostando nada do rumo dessa conversa.

_ Você vai ligar pro meu velho amigo Carlisle, afinal ele deve estar muito preocupado com desaparecimento de sua filha caçula. O mínimo que pode fazer é dar noticias. Você vai dizer a ele que esta bem e que quer passar uma temporada conosco, que resolveu ficar um tempo com sua família verdadeira. Ele continuou.

Ele só pode estar louco!

_ E por que eu faria isso? Questionei.

_ Porque do contrário todos os Cullens morrem. Quem respondeu foi Caius.

Senti meu sangue gelar nas veias.

_ O que? Perguntei apavorada.

_ Exatamente o que você ouviu. Mas basta fazer o que eu lhe disse e ficará tudo bem, eu odiaria ter que ferir meu velho amigo Carlisle. Disse Aro.

Eu estava em estado de choque. Eu não podia arriscar, mas eu sabia que eles não iriam acreditar em mim. Agora eu entendia a razão para Marcus não esta aqui, Aro era monstro! Desde que eu cheguei que ele devia estar planejando isso e meu surto de poder ontem deve ter feito ele levar ainda mais longe seus planos gananciosos. Agora eu podia ver toda a maldade que ele tentava esconder por debaixo de toda aquela falsidade.

_ Eles não vão acreditar! Falei. E o pior que era verdade.

_ É uma pena parece que vai ficar órfã uma segunda vez. Disse Caius com um sorriso cruel no rosto.

Como eles podiam ser tão monstruosos?! Os outros três apenas observavam a cena. Eu preferia morrer a me rebaixar implorando algo a eles, mas era minha família em jogo. O orgulho não valia nada agora.

_ Não! Por favor! Tentei.

_ Ora, ora perdeu a arrogância? Zombou Caius.

Revolvi apelar para Aro, porque eu sabia que era ele a mente por trás de tudo aquilo.

_ Aro, por favor não faça isso.

_ Veja bem minha querida, tudo quero é você fique conosco. Não é querer demais ver toda a família reunida é? E pense no bem que esta fazendo a Marcus. Eu só quero todos aqueles que eu prezo bem. Ele respondeu.

Minha vontade foi de vomitar. Como ele conseguia ser tão baixo a ponto de usar argumentos como esses quando a verdade era que a única coisa que o interessava era o poder?

_ Tome. Faça o que tem de fazer. Ele disse me entregando um celular.

Fiquei um tempo com o aparelho na mão.

_ Seja convincente porque se eles aparecerem aqui estão mortos. Disse Caius.

As lágrimas já queimavam em meus olhos, mas não daria esse gostinho a eles. Abri o telefone e comecei a discar, mas antes que terminasse Aro chamou minha atenção.

_ Isso inclui seu namoradinho também.

Como ele sabia sobre Seth? Senti o ar fugir de meus pulmões. Além do pânico meu rosto devia expressar confusão porque Aro logo esclareceu.

_ Os pensamentos de Alec me mostram coisas bem interessantes.

Demorei um pouco a entender, então me lembrei que o poder dele era parecido com o de Edward sendo que ele precisava tocar a pessoa e podia ver todos os pensamentos que ela já teve, enquanto meu irmão lia o que a pessoa pensa no momento. Mas uma razão para eu manter distância dele, nunca que eu permitiria ter minha mente invadida desse jeito.

Respirei fundo e terminei de discar o número. Eu não conseguiria fazer isso eles não iriam acreditar, mas eu tinha que fazer. O telefone chamou duas vezes.

_ Alô? Disse a voz do homem que sempre foi e que sempre seria meu pai.

_ Carlisle. Falei eu tinha que começar assim porque se o chamasse de pai tudo estaria perdido.

_ Melany? É você? Ele sabia que sim pela voz, mas a pergunta se devia ao fato de que eu nunca tinha chamado ele pelo nome antes.

_ Sim. Foi a única coisa que consegui responder.

_ Minha princesinha! A onde você esta? Você esta bem?

As lágrimas teimaram em descer em quanto eu ouviu a apelido que ele usava desde que eu era pequena. Engoli o bolo em minha garganta e tentei falar normalmente.

_ Sim, esta tudo bem. Eu estou na Itália. Respondi olhando para Aro.

_ Ah minha princesinha não se preocupe, nós vamos buscar você.

Senti meu coração acelerar de pavor.

_ Não! Quer dizer eu quero ficar aqui. Eu preferia me matar a fazer isso, mas era por eles.

_ O que? Ele perguntou visivelmente surpreso.

Respirei fundo me segurando para que minha voz não tremesse e entregasse tudo.

_ Eu quero ficar aqui. Eles não são maus como eu pensava, eu gosto daqui quero ficar. Pelo menos por um tempo.

Dizer isso era como beber ácido.

_ Melany, tem certeza? Filha sabe que pode contar comigo sempre, se por algum motivo tiver sendo obrigada a dizer isso não precisa ter medo basta dizer e eu vou ai te buscar.

Não consegui mais controlar algumas lágrimas escaparam de meus olhos e as enxuguei rapidamente. Era tudo que eu mais queria, mas me lembrei de William e Lavínia. Não isso não vai acontecer de novo.

_ Não pa... Carlisle ninguém esta me obrigando a nada, sou eu que quero ficar. Não se preocupe eles me deixaram livre pra ir quando quiser sou eu que quero ficar, vai ser bom conviver com minha... Família. Falei sabendo que esse seria o golpe final.

_ Família? Sua voz carregada de decepção me fez querer morrer.

_ Sim, por mais que eu negue é isso que eles são e eu quero ficar com eles por um tempo.

Aro e Caius me encaravam com aprovação.

_ Se é o que quer eu não irei impedi-la, mas nós vamos sentir sua falta e não se esqueça você sempre será minha filha. O tom de sua voz fazia em me senti a pior pessoa do mundo.

_ Eu sei. Diga a Seth que se no tempo que eu estiver fora ele quiser seguir em frente por mim tudo bem e diga a ma... Esme que mandei lembranças. Agora tenho que desligar e Carlisle... Hesitei procurando forças para continuar.

_ Sim? Seu tom agora era esperançoso.

_ Cuide de todos. Disse desligando o telefone.

Eu não conseguia respirar tamanha era a dor que sentia.

_ Maravilhoso Melany! Disse Aro.

Mas eu não estava ouvindo, a dor se transformando em raiva.

_ Espero que estejam satisfeitos. Falei jogando o celular na parede fazendo o se despedaçar.

_ Quase me convenceu. Completou Caius com um sorriso maldoso.

Eu não acreditava que vampiros não tinham alma, porque eu olhava para cada membro da família e me perguntava como é que pessoas tão boas e que se sacrificam renegando a própria natureza não podem ter alma? Mas agora diante de Caius eu podia jurar que ele não tinha uma e não por ser vampiro, mas sim pela sua crueldade e frieza. Mais uma vez o vermelho tingiu minha visão eu queria que ele se despedaçasse eu queria vê-lo virar pó. A surpresa atingiu meu rosto quando eu vi a mesa se desfazer, parecia ser uma mesa de carvalho devia ter no mínimo uns 300 anos. Ela desmoronou como se alguém tivesse a atingido, mas sabia que tinha sido eu. Infelizmente foi no alvo errado.

_ Você fez isso? Perguntou Caius incrédulo.

_ Teve muita sorte, isso não foi dirigido a mesa. Falei deixando clara a minha intenção.

Sai dali sem dizer mais nada. Eu não acreditava no que tinha feito, mas que opção eu tinha? Enquanto não aprendesse a controlar esses poderes direito eu não ia poder fazer nada. De repente eu não estava mais andando e sim correndo, eu não sabia pra onde só queria sair de perto deles. Quando dei por mim estava novamente de frente pra porta que Alec tinha me impedido de abrir sem conter a curiosidade empurrei a porta e fiquei surpresa com o que tinha lá. Era uma biblioteca, com certeza devia ser a maior do mundo nunca vi tanto livro em toda a minha vida. E para completar Marcus estava sentado em uma mesa assim entrei ele ergueu os olhos pra mim, mas antes que pudéssemos dizer alguma coisa Demitre chegou.

_ Desculpe-me mestre sei que não gosta de ser incomodado eu vou levá-la. Ele disse já se aproximando de mim.

_ Não, deixe a aqui. Pode ir Demitre. Disse Marcus.

_ Como quiser. Disse Demitre saindo e fechando a porta atrás de si.

Eu não sabia o que dizer, mas contar os motivos que me levaram ali estava fora de questão. Se Aro quisesse que Marcus soubesse de algo teria levado ele pro escritório também. Fiquei ali em pé meio deslocada.

_ Sente-se. Ele falou depois de um tempo indicando a cadeira a seu lado.

Bom eu acho que passar alguns minutos com ele vai ser melhor do que ficar no quarto me torturando por horas. Segui seu conselho e sentei.

_ Sabe você me lembra muito seu pai, William também era impetuoso e muitas vezes rebelde como você. Disse com um sorriso.

_ É já me falaram isso.

_ Eu senti muito a perda dele apesar de estarmos brigados. Ele e sua avó eram tudo pra mim e perder os dois foi um golpe muito duro, mas agora parece que a vida me deu uma segunda chance trazendo você.

Senti uma pontada no coração. Talvez ele realmente não merecesse sofrer. Não faria mal se pelo menos dele eu me aproximasse.

_ Gosta muito daqui? Perguntei.

_ Sim é aqui que passei a maior parte dos séculos. Ele respondeu.

Olhei ao redor eu não saberia nem por onde começar. A mesa estava cheia de livros espalhados teve um que chamou bastante a minha atenção. Grande e pesado tinha uma aparência bastante antiga, a capa era vermelha e é claro escrita em italiano. Peguei o livro e voltei pra onde estava sentada.

_ Escolha interessante esse livro tem lendas e histórias verdadeiras muitas delas contam sobre nossa origem. Ele disse.

Comecei a folheá-lo, como se eu fosse entender alguma coisa, mas eu prestava atenção nos títulos até que um me sobressaltou estava escrito a mesma frase da tatuagem. Será que era esse o tal livro?

_ Marcus será que podia ler esse texto pra mim? Como já sabe não falo italiano.

_ Claro. Nos tempos em que os seres da noite não passarem de mitos e lendas, um descendente direto de um dos três reis se apaixonará por uma humana e desta relação nascerá uma criança. Esta criança será um mistério para ambos os mundos, pois sua verdadeira natureza só se revelará após seu total desenvolvimento. Nascerá como uma humana comum, mas ao décimo sétimo aniversario a parte sombria em si adormecida despertará. Seu poder será incomparável, no entanto jamais perderá sua parte humana, como lembrete de que mesmo ela pode ser destruída. Os reis não poderão reconhecê-la antes da fase de transição, quando se inicia as mudanças e lhe é dada a marca que deixará em evidencia sua natureza mestiça. Ela terá grandes desafios e escolherá entre aqueles que fora ensinada a amar e aqueles a que por direito deve esse sentimento. O seu nascimento representará a união de dois mundos distintos e a formação de uma nova era na qual esses mundos tão diferentes poderão se encontrar.

A coragem alimenta as guerras,mas é o medo que as faz nascer.

Os ventos que Ás vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

O passado é história, o futuro é mistério, o agora é uma dádiva e por isso se chama presente

Com os grandes poderes vem as responsabilidades.

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências.

Ele traduziu. Me arrepiei com o texto. Resolvi mudar de assunto.

_ Então, mais histórias interessantes por aqui? Perguntei tentando descontrair.

Ele sorriu e começou a ler. Eu escolhia os livros e ele traduzia já que a maioria que eu escolhia estava em outro idioma. Passar essas horas com Marcus foi bom, me fez esquecer a dor. Mas é claro que uma hora ela teria que aparecer.

_ Bom eu acho que já vou. Disse me levantando.

_ Já? Ele perguntou parecendo triste.

_ Estou muito cansada. Menti. Mas foi bom ficar com você, nos vemos amanhã nas aulas de italiano.

_ Avere una buona notte tesoro .* Ele falou.

Bom pelo que eu me lembre aqui é longe do quarto, mas não tanto acho que consigo achar. Dito e certo assim que bati a porta do quarto, desabei no choro. Eu ainda não conseguia acreditar no que tinha feito. Será que algum dia eles iriam conseguir me perdoar? Eu esperava desesperadamente que sim. Mas foi pela segurança deles.

Perdi a conta de quanto tempo fiquei chorando. Quando ouvi o som da porta sendo aberta tentei enxugar as lágrimas. Fiquei surpresa ao ver que era Alec.

_ Vim ver como estava. Ele falou. Pelo jeito dele se não sabia de nada já devia ter sido informado.

_ E como achou que eu estaria? Perguntei. A voz tremida dissolvendo todo o meu sarcasmo.

Em seu olhar podia ver preocupação. A raiva apareceu de novo.

_ O que veio fazer aqui? O que te interessa se estou viva ou morta? Falei possessa e me levantando.

Quer saber dane-se se eu quebrar a mão batendo nele. Mas antes que o acertasse ele segurou meus pulsos me obrigando a encará-lo e depois inesperadamente me abraçou. Foi ai que eu comecei a chorar novamente. A culpa não era dele, aliás se eu fosse parar pra pensar estava devendo muito a ele ultimamente.

Enquanto eu ensopava sua camisa, ele apenas mantinha os braços entorno de mim eu não queria pensar no significado disso agora. O que me importava é que eu já tinha tomado a minha decisão. Aro e Caius estavam muito enganados se pensavam que iriam conseguir me manter aqui pra sempre. Assim que eu aprendesse a controlar meus poderes direito, eu faria eles se arrependerem de tudo que já tinham feito.


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Notas finais do capítulo

Tenha uma boa noite querida*

Então, o que acharam?

Próximo capitulo ponto de vista especial

Comentem, beijos