Pov da Melany

_ Alec?! Falei com o medo estampado na voz. Ele deu um sorriso que me fez lembrar um leão preste a devorar sua caça.

_ Melany, quanto tempo! Quase me esqueci de como se cheiro é gostoso. Ele respondeu dando um passo a frente. Eu imediatamente recuei.

Eu estava perdida, estava na metade do vestiário e Alec estava no caminho da saída. Mesmo sabendo que não teria chances, passei por ele correndo e cheguei a porta, ela estava trancada. Boa Melany esta presa em um vestiário com um vampiro psicopata, oh menina de sorte! Alec apenas se virou para mim sorrindo. Eu estava sem escapatória, encostei minhas costas na porta.

_ Como entrou aqui? Perguntei. Na duvida era melhor distraí-lo com conversa.

_ Ora, a escola não é o lugar mais seguro do mundo e a propósito belo jogo, você é boa. Ele respondeu com um tom de deboche.

Ele tinha assistido o jogo! A quanto tempo ele esta aqui? Por que Alice não o viu? E Edward? Como não notaram a presença dele?

_ A quanto tempo esta aqui? Falei verbalizando parte dos meus pensamentos.

_ A tempo suficiente para ver sua ceninha no estacionamento. Você é bem esquentadinha, não? E devo acrescentar que o beijo no cachorro foi desnecessário. Ele disse vindo em minha direção.

Minha cabeça estava girando, ele tinha visto tudo e como ele sabia sobre Seth? Não conversamos nada disso na escola. Ele estava mais informado do que eu podia imaginar. Ele caminhava em passos lentos em minha direção, como um predador que encurrala a presa. Saí da porta e fui em direção ás pias sempre de frente para ele. Minha única salvação era gritar o refeitório era uma boa distancia daqui, mas se eu gritasse tenho certeza de meus irmãos e Seth escutariam. Alec pareceu perceber minha intenção, em um segundo ele estava a minha frente e no outro estava me prensando contra parede fria do vestiário. A pancada foi forte o suficiente para me fazer soltar um gemido de dor.

_ Você não vai gritar, vai? Odiaria ter que punir seus irmãos, ou ate mesmo matar o cachorrinho por expor o que somos. E se algum humano se envolver seria obrigado a matá-lo, você não quer que isso aconteça quer? Ele disse.

Ele tinha pegado meu ponto fraco. Eu preferiria morrer a colocar minha família ou Seth em perigo e também não seria responsável pela morte de alguém. Assenti com a cabeça já podia sentir as lágrimas se acumulando em meus olhos.

_ Boa menina. Trocou de roupa? Ele disse olhando para baixo para verificar o que dizia. Ele ainda me prensava na parede. _ Gostei do vestido que estava, mas prefiro esse. Combina mais com você.

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Alec parecia aqueles sádicos de filme de terror. Resolvi ganhar tempo.

_ Não pode me matar aqui. É um lugar público, você iria se expor. Falei tentando parecer corajosa. Alec sorriu, um sorriso que me fez arrepiar.

_ E quem disse que eu me importo com isso? Ele disse aproximando o rosto do meu pescoço.

Eu podia senti-lo cada vez mais perto. Era assim que eu iria morrer? Justo agora que eu me entendi com Seth que estava tudo bem e que eu finalmente tinha feito amigos? Fechei os olhos. Passou alguns segundos, se Alec tinha me matado ate que foi bonzinho eu nem senti. Arrisquei abrir os olhos eu estava sozinha no vestiário e para minha surpresa Fernanda e Phamela que me encaravam.

_ Ficou louca garota? Por que trancou a porta? Perguntou Fernanda.

Eu estava atordoada, pra onde Alec tinha ido? E como ele saiu desse jeito? Isso só podia ser parte do plano dele, me enlouquecer. Percebi que ainda estava colada a parede.

_ O que foi perdeu a língua? Disse Phamela.

Ignorei as duas, me desencostei da parede e sai correndo. Eu não sabia o que fazer, se eu fosse pro refeitório meus irmãos perceberiam que algo estava errado e eu não podia falar nada por enquanto Alec podia cumprir a ameaça, mas também não queria ficar sozinha estava com muito medo. Eu não sabia se ele só queria brincar comigo ou se me poupou porque foi interrompido. Por vias das dúvidas corri na direção oposta ao refeitório, pelo menos todos estariam seguros. As lagrimas que segurei agora corriam livres pelo meu rosto, aquele vampiro idiota! Mexeu com o meu emocional. No meio da corrida acabei batendo em algo que me fez cair olhei pra cima e vi o professor de história, John. No estado em que me encontrava seu rosto me pareceu bastante acolhedor, sem pensar muito levantei e me joguei nele o abraçando. Ele ficou surpreso, mas deve ter percebido que era urgente e retribuiu ao abraço.

_ Senhorita Cullen, esta chorando? O que houve? Ele perguntou me analisando. Parecia preocupado.

Ótimo Melany, arrumou outro problema. O que eu ia dizer agora? Nada de mais professor, um vampiro me trancou no vestiário e tentou me matar.

_ Nada. Falei enxugando as lágrimas e tentado sair dali, mas ele segurou meu braço.

_ Olha seu estado, ninguém fica assim por nada. Você vem comigo pode me contar o que aconteceu. Ele disse me guiando.

Merda! O que eu ia fazer agora? Ele me levou ao que parecia ser uma sala de aula. Ele me sentou em uma cadeira e voltou com um copo de água.

_ Toma. Agora me conte tudo. Ele disse se sentando de frente para mim.

É agora Melany, mostre que é uma Cullen. Pensei se fosse qualquer um de meus irmãos, eles tirariam isso de letra. Se eles podem eu também.

_ Sabe o que é professor... Comecei mas ele me interrompeu.

_ Pode me chamar de John. Assenti e continuei.

_ O que aconteceu foi que eu... eu fiquei com medo. Admiti.

_ Medo? De que? Ele me perguntou parecendo realmente preocupado.

_ Foi que umas meninas fizeram uma brincadeira comigo envolvendo fantasmas e essa coisas. Eu sei que isso é ridiculamente infantil, mas...

Eu sei, essa foi a pior desculpa da minha vida, sem dúvidas ele deve estar me achando louca. Mas foi a única coisa que me veio na mente. Sua expressão foi da preocupação ao choque, ele parecia estar balançado entre acreditar ou não. Mas por vias das dúvidas resolveu engolir essa.

_ Senhorita Cullen... Ele ia dizendo, mas dessa vez eu o interrompi.

_ Me chame de Melany.

_ Melany, não precisa ficar assim. Ele disse num tom que se usa com crianças assustadas, mas depois dessa história devia ser o que eu parecia.

_ O senhor deve estar me achando uma idiota. Falei abaixando a cabeça.

_ Claro que não! Isso é normal, todos temos medo de alguma coisa. E não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho assim. Ele disse me fazendo dar um sorriso fraco. Se bem que ele tinha razão, ele devia ter no máximo uns 25 anos.

_ Obrigada. Falei sendo sincera. Ele me ajudou muito, me distraindo para que eu não pensasse em Alec ou em tudo que aconteceu agora a pouco.

_ Disponha. Ele responde com um sorriso que me pareceu sincero.

_ Muito obrigada. Eu repeti o abraçando.

A princípio eu pensei que ele não me abraçaria, mas depois ele retribui. Fiquei surpresa ao constatar que de alguma forma ele me passava segurança. Ficamos um tempo assim ate que eu ouvi alguém falando:

_ O que esta acontecendo aqui?!

Olhei para porta e quase tive um enfarte, Seth, meus irmãos, até Juliana, Priscila, Tais, Matt e Vitor me encarando.