A Little Piece Of Heaven escrita por MissTemplenton


Capítulo 14
Começo dos Problemas


Notas iniciais do capítulo

Oiee amores, finalmente teremos o tão esperado encontro entre a Melany e os Volturi, quem será o vampiro?

Bom, agradecimentos a tanatielly, Luanna, Hellen, Letícia Cullen e Biga Black

Amo vcs meninas, espero que gostem



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Pov. da Melany

 

Acordei cedo no dia seguinte. Tomei banho, fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa esportiva mesmo sabendo que não iria treinar. Quando desci, encontrei todos já prontos. Minha família estava vestida da mesma forma que eu.

— Bom, agora que a Melany acordou, eu vou buscar a Bella. — Edward se manifestou. — Nos vemos no treino. — Se despediu dando um beijo em minha testa e saindo.

— Quando nós vamos? — Procurei saber ansiosa.

— Assim que tomar o seu café da manhã. — Respondeu minha mãe me guiando para cozinha.

Comi o mais rápido que eu pude. Queria ir logo para o treino. Assim que terminei o café, voltei para sala com minha mãe, pegando uma conversa pela metade.

— A campina é perto. Podemos ir correndo. — Comentou Jasper.

— E quanto a Melany? — Perguntou Alice.

— É melhor irmos de carro. — Opinou Rosalie.

— Podemos levar a monstrinha nas costas. — Sugeriu Emmett.

— Eu quero ir correndo. — Afirmei aprovando a ideia de Emmett.

— Tem certeza, Mel? — Certificou-se Jasper.

— Tenho. — Respondi convicta. Eu nunca tinha feito isso antes, mas devia ser bem legal.

— Tudo bem, então. Eu te levo. — Consentiu meu pai.

Saímos de casa e fomos para o quintal. Paramos à margem da floresta.

— Se ficar tonta, feche os olhos. — Orientou meu pai. Subi em suas costas e me agarrei a ele. — É melhor se segurar, macaquinha. — Brincou antes de começar a correr.

Levei alguns segundos para assimilar o que estava acontecendo. Eles eram muito rápidos! A sensação que eu tinha era de que estava voando. Não sei como não batemos em nada enquanto meu pai corria em ziguezague pelas árvores numa velocidade absurda. Em poucos minutos chegamos à clareira.

— Pode descer, filhotinha. — Meu pai anunciou ao parar. Soltei meus braços que estavam ao redor do seu pescoço e desci.

— Wow! — Foi a única coisa que eu conseguia dizer.

— Gostou? — Perguntou minha mãe.

— Muito! Eu não acredito que nunca fizeram isso comigo antes. — Reclamei me dando conta de quanto tempo eu havia perdido.

— Você ainda não viu nada, monstrinha. — Assegurou Emmett sorrindo e me pondo em suas costas.

Pensei que ele fosse correr, mas ele começou a subir em uma árvore e ficou pulando de uma para outra, à distancias incríveis! Estava me sentindo um filhote de macaco. Comecei a dar gritinhos de empolgação, me divertindo imensamente com aquela experiência. Quando ele me colocou novamente no chão, minhas pernas se encontravam completamente bambas.

— Isso é irado! — Exclamei ainda sentindo a adrenalina percorrer meu corpo.

— Pensamos que se assustaria. — Comentou minha mãe.

— Está brincando? É incrível! —Garanti empolgada.

— Quer outra rodada? — Ofereceu Emmett. Eu já ia responder que sim quando nosso pai tomou a frente.

— Chega por hoje. — Barrou passando um braço sobre meus ombros.

— Ah pai! — Protestei cruzando os braços emburrada.

— Na volta eu deixo você experimentar outras acrobacias. — Prometeu me sacudindo levemente. Imediatamente me animei de novo.

— Você é o melhor pai do mundo. — Declarei lhe dando um beijo na bochecha.

Emmett e Jasper começaram a brincar de luta. Fui para o lado de Rose e Alice assistir a pequena competição entre eles. Ficamos vendo eles se atracarem até Edward chegar de carro junto com Bella. Emmett e Jasper pararam o jogo e vieram para o nosso lado. Edward e Bella se aproximaram de nós. Quando os meninos apareceram, estavam em forma de lobo. Eu já sabia quem era quem, mesmo com eles transformados. Notei os olhos de Seth em mim.

— Eles não confiam na gente o suficiente para ficar na forma humana. — Explicou Edward.

— Vieram, é o que importa. Você traduz? — Pediu meu pai. — Bem vindos. Jasper vai nos ensinar a como lutar com recém criados. Perguntas? — Acrescentou se dirigindo aos lobos.

— Em que os recém criados são diferentes de nós? — Verbalizou Edward pelos lobos.

— A nossa espécie nunca é tão forte fisicamente como nos primeiros meses depois da mudança. — Explicou meu pai fazendo sinal para Jasper tomar a palavra.

— Por isso eles foram criados. Um exército desses não precisa de milhares como os dos humanos. Tem duas coisas que vocês para lembrar. Primeira, se eles puserem os braços em torno de vocês, serão esmagados. E segunda, nunca devem partir para matar logo de cara. Eles esperam por isso. E vocês vão perder. — Instruiu Jasper. — Emmett! — Chamou em seguida para uma demonstração.

Ele e Emmett começaram a brigar. Os dois eram muito rápidos e mesmo sendo mais forte do que Jasper, Emmett perdeu. 

— Não perca o foco. — Orientou Jasper.

Depois foi a vez de Edward e nosso pai. Edward o derrubou, porém virou as costas. Então meu pai aproveitou para derruba-lo. Acabou que foi o Dr. Cullen quem ganhou.

— Nunca dê as costas ao inimigo. — Jasper advertiu.

Em seguida ele enfrentou Rosalie. Enquanto eles treinavam, me afastei um pouco. Seth aproveitou para ficar ao meu lado.

— Adoro quando está transformado. Você fica mais fofo do que já é. — Falei sorrindo. Seth deu uma espécie de sorriso de lobo em resposta. — Quando tudo isso acabar, eu e você vamos a Seattle assistir Os Vingadores. Você sabe que eu acho o Chris Evans um deus grego e o ator que faz Thor também. — Completei fazendo ele revirar os olhos. Tive que rir com a sua reação.

Seth tinha um certo ciúmes dos atores por quem eu nutria uma paixonite platônica. Era muito engraçado vê-lo enciumado sempre que eu começava a falar sobre eles.

— Eu te amo, Seth. — Disse abraçando seu pescoço.

Ele virou a cabeça em minha direção e pelo olhar que ele me lançou, eu sabia que ele pensava o mesmo. Permaneci ao seu lado enquanto assistíamos ao treinamento. Quando o treino acabou, os lobos foram embora. Me juntei a Bella, que estava sentada sobre o capô do carro.

— Como você está? — Questionei sentando com ela.

— Esperando que dê tudo certo. —  Respondeu insegura.

— Também estou. — Confessei olhando para baixo. Neste momento, uma coisa no pulso dela me chamou atenção.

Peguei sua mão e vi uma linda pulseira com o pingente de um lobinho de madeira. 

— Presente de formatura do Jake. — Ela explicou. 

— Melany, vamos? — Rosalie apareceu me chamando.

— E quanto a Bella? — Perguntei querendo saber se ela iria conosco.

— Edward vai leva-la. Venha. — Esclareceu Rosálie estendendo a mão para me ajudar a descer.

— Tchau, Bella! Vai dar tudo certo. — A traquilizei me despedindo com um abraço.

— Vamos torcer para isso. — Ela garantiu sorrindo um pouco. Segurei a mão de Rosalie e desci.

— Vou com quem agora? — Indaguei enquanto nós aproximávamos dos outros.

— Você que escolhe. — Alegou Rose.

— Você pode me levar? — Perguntei em dúvida.

— Claro que sim! — Ela assentiu com um sorriso glorioso em seu rosto perfeito.

Na volta para casa, Rosalie fez algumas acrobacias comigo pendurada em suas costas. Me diverti muito. Nunca iria me acostumar com aquilo. A sensação era surreal. 

 

###

 

Amanhã seria o confronto. Ficou acertado que eu iria permanecer na Reserva durante o conflito. Quando estivesse tudo terminado, um dos lobos iria me buscar e me trazer de volta. Segundo Alice, os recém criados chegariam pela manhã, então eu passaria esta noite em La Push. Nesses últimos dias estávamos organizando tudo. Edward não iria lutar. Ele e Bella ficariam em um alojamento afastado. Dissemos a Charlie que iríamos acampar e que Bella iria junto. Neste momento eu estava arrumando minha mochila com algumas peças de roupa. Eu iria dormir na casa de Emily. Coloquei meu celular no bolso lateral da mochila e desci. Encontrei todos na sala.

— Bom, eu já estou pronta. — Anunciei casualmente encarando minha família.

A quem eu estava querendo enganar? Sem pensar duas vezes, joguei minha mochila no chão e corri para abraçar meu pai.

— Vai ficar tudo bem. — Ele garantiu abraçando apertado.

— Eu te amo, pai. — Declarei com lágrimas nos olhos.

— Eu também te amo, minha princesinha. — Ele retribuiu deixando um beijo em meu cabelo. Quando o  soltei, abracei minha mãe.

— Ah, meu bem, não se preocupe. — Ela tentou me tranquilizar.

— Eu te amo, mamãe. — Sussurrei estreitando meus braços ao seu redor. Eu estava tentando me controlar. Não queria chorar na frente deles.

— Eu te amo, querida. — Ela declarou retribuindo meu aperto. Em seguida foi a vez de Alice.

— Vai dar tudo certo. Eu vi. E você sabe que eu nunca... — Começou Alice segurando minhas mãos, porém a interrompi.

— Eu sei. Você nunca erra. — Completei sua frase rindo, arrancando um sorriso dela.

— Eu te amo, maninha. — Ela falou enquanto me abraçava.

— Também te amo, minha baixinha favorita. — Pronunciei a fazendo sorrir novamente.

— Se cuida, major. — Ordenei para Jasper.

— Sim, senhora. — Ele respondeu batendo continência. — Eu te amo, Mel. — Emendou me puxando para um abraço.

— Também te amo, Jazz. — Repliquei sorrindo. Em seguida veio Emmett.

— Acaba com eles, grandão. — Incentivei parando diante dele.

— Pode deixar. Vamos arrasar com eles. — Emmett confirmou estalando as mãos, me fazendo rir.

— É assim que se fala. — Apoiei. — Eu te amo, Emm. — Acrescentei o abraçando.

— Também te amo, monstrinha. — Respondeu me tirando do chão.

— Isso serve para você também. Mostre para eles que mexeram com a pessoa errada, Rose. — Me dirigi a minha outra irmã.

— Com certeza. Principalmente por me obrigarem a deixa-la dormir na Reserva. — Assegurou ela com um sorriso diabólico. Foi impossível não sorrir também. Rosalie com raiva podia ser pior do que um furacão.

— Me assustei agora. — Brinquei rindo.

— Eu te amo, Mel. — Disse ela ao me abraçar.

— Também te amo, Rose. Você é a minha loira preferida. — Afirmei fazendo ela sorrir. — Chega de despedidas. É melhor eu ir. — Acrescentei pegando minha mochila e indo até Edward. Ele iria me levar até a fronteira e de lá iria pegar Bella.

— Vamos. — Chamou Edward abrindo a porta para mim. Quando cheguei a porta, voltei-me para minha família. 

— Eu amo todos vocês. Vocês são a melhor família que eu poderia ter. E a propósito... Detonem com eles. Sem dó, e sem piedade. — Declarei séria antes de passar pela porta. Pude ouvir suas risadas as minhas costas.

— É isso aí, monstrinha! — Escutei Emmett gritar.

Sorri e acompanhei Edward até a garagem. Entramos em seu carro e seguimos para a Reserva. O caminho até La Push foi rápido e silencioso. Como era de se esperar, Jacob e Seth nos aguardavam na fronteira encostados no Rabbit de Jake. Edward estacionou há alguns metros de distância. Meu irmão desceu do veículo e abriu a porta para mim. Peguei minha mochila e saí.

— Tome cuidado. E cuide da Bella também. — Falei ao abraça-lo.

— Sempre. — Ele respondeu sorrindo descontraído.

— Eu te amo, Edward. — Sussurrei o abraçando com mais força.

— Eu também te amo, Mel. Você sempre vai ser minha irmãzinha. — Ele retribuiu estreitando seus braços ao meu redor. Nos afastamos e eu caminhei em direção a Jacob e Seth. — Cuidem bem dela. — Pediu Edward se referindo aos dois.

— Ela está segura conosco. — Assegurou Jacob com uma expressão séria. Edward assentiu. Acenei uma última vez para meu irmão e em seguida ele partiu. — E aí, Barbie? Como você está? — Perguntou-me com seu costumeiro bom humor.

— Estou ótima! Tirando o fato de que minha família e meus amigos estão prestes a entrar em guerra com um bando de vampiros loucos e sanguinários.  — Ironizei.

— Realmente. Você está ótima, Barbie. — Debochou Jacob rindo. Revirei os olhos e dei um tapa em seu braço.

— Ai! Por que fez isso? — Ele perguntou fazendo drama.

— Porque você mereceu. — Dei de ombros. — Seth! Quanto tempo! — Falei o abraçando. Na verdade faziam só dois dias que não nos víamos, porém parecia uma eternidade.

— O que?! Quer dizer que com ele é abraço e comigo tapa? — Indagou Jacob fingindo indignação. Eu não aguentei e tive que rir com essa.

— Me desculpa, Jake. Também senti saudades de você. — Me retratei indo abraçá-lo.

— Agora sim. — Ele aprovou me abraçando. Quem não gostou nada disso foi Seth. Não sei por que ele era tão ciumento.

— Se já acabaram é melhor irmos. Disse Seth mal- humorado e entrando no carro.

— Ih, tem alguém bravinho aqui. Eu disse me soltando de Jake e indo para o banco de passageiros. Jake logo deu a partida e saímos. Seth ficou de cara feia durante todo o caminho.

— Como vão fazer amanhã? Perguntei quebrando o silêncio.

— Eu vou deixar vocês na casa da Emily e vou me encontrar com seu irmão e Bella. Eu irei carregá-la para encobrir seu cheiro. De manhã o Seth chega e eu vou para luta. Respondeu Jake.

Fiquei mais aliviada, eram três a menos para me preocupar. Edward, Bella e Seth estariam longe da ação, pelo menos isso. Não demorou muito e Jake estacionou em frente a casa de Emily. Descemos do carro e nos dirigimos a porta. Como era de se imaginar o bando todo estava lá, incluindo Leah.

— Boa noite Barbie. Disseram os meninos quando entrei.

— Boa noite pessoal. Respondi.

— Então, é verdade que você e a Emily vão fazer uma festa do pijama? Perguntou Jared. Eu não sei de onde ele tirou essa idéia, mas vou abusar um pouco.

— Mas é claro que não! Festas do pijama são coisas altamente confidenciais. Não realizaríamos uma dessas com vocês por perto. Não é Emily? Olhei para Emily e fiz um sinal para ela entrar no jogo. Ela me lançou um olhar cúmplice e disse:

— Com certeza. Quando fizermos uma dessas vocês serão os últimos a saber.

— Nossa! E pra que tanto mistério? Perguntou Paul.

— Em que ocasião você acha que se contratam os stripers? Disse fazendo eles se engasgarem.

— O que?! Disseram os meninos juntos. Eu não aguentei e comecei a rir, Emily me acompanhou e ate Leah deu uma risadinha.

— É brincadeira. De onde vocês tiraram essa historia de festa do pijama? Perguntei.

— Duas garotas dormindo sozinhas em uma casa, logo se pensa nisso. Respondeu Quil.

— Vocês são um comédia mesmo. Falei rindo.

Era por isso que eu gostava da reserva, era impossível não se divertir aqui. Não demorou muito e Jake saiu, foi encontrar Edward e Bella. Mas os garotos continuavam como se nada estivesse acontecendo, era impressionante a calma deles. Depois de muitas brincadeiras e risadas lembrei que Seth ainda não estava falando comigo. Ele estava sentado perto do balcão, peguei minha cadeira e coloquei perto dele.

— Vai ficar de mal comigo ate quando? Perguntei.

— Eu não estou de mal com você. Só estou na minha. Ele respondeu ainda fechado.

— Tudo isso por causa de um abraço? Falei incrédula.

— Não! É só que... Ele não terminou.

— Seth, você é meu melhor amigo. Não tem porque ter ciúmes. Disse pegando sua mão.

— Eu sei, mas é mais forte do que eu. Você me perdoa? Ele perguntou com uma cara que não tinha como dizer não.

— Só se você me der um pouco do seu bolinho. Disse pegando um pedaço do prato dele.

— Assim não vale! Ele disse tentando pegar de volta, mas eu comi. _ Você é uma pestinha. Ele falou.

— Sou é? Perguntei

— Sim. A pestinha mais linda que existe. Ele respondeu com um sorriso que fez meu coração falhar.

— Olha que bonitinho. O casal ternurinha fez as pazes. Disse Paul provocando.

— Vai procurar o que fazer. Disse me levantando. _ E a propósito perdeu. Disse pegando o prato dele e saindo correndo. Os meninos começaram a rir e eu fiquei correndo pela cozinha com Paul atrás de mim. Quando me cansei devolvi o prato a ele.

Quando deu umas dez horas os garotos começaram a ir embora, descansar para amanhã. Eu estava ajudando Emily a arrumar a cozinha, eu lava os pratos e ele secava.

— Não sabia que você fazia serviços domésticos. Disse Emily.

— Eu sei sim, aprendi com minha mãe. Respondi.

— Realmente impressionante. Ela disse surpresa.

— Ei! Eu não sou uma patricinha! Disse fingindo indignação.

— Não, você é uma garota muito legal. Ela disse me olhando.

— Você também, garota dos lobisomens. Disse jogando água nela.

Fizemos uma guerrinha de água e depois terminamos de ajeitar tudo. Emily me mostrou meu quarto e foi dormir. Troquei de roupa e fiquei observando a noite pela janela. A minha ansiedade era tão grande que eu estava prestes a roer as unhas, mas desisti. Adoro minhas unhas. Deitei na cama e rezei para dar tudo certo.

Tinha chegado o grande dia. Levantei fui para o canto do quarto pegar uma roupa em minha mochila e fui para o banheiro. Entrei embaixo do chuveiro molhei meus cabelos e tudo, depois escovei meus dentes e desci. Encontrei Emily na cozinha.

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— Bom dia. Falei.

— Bom dia Melany. Ela já tinha posto a mesa do café.

— Eles já... Não terminei a frase.

— Sim, eles já foram. Ela respondeu. Me sentei na mesa, mas no comi nada. Era impossível, eu estava nervosa demais. Emily sentou a minha frente e se serviu uma xícara de café. Eu estava batucando com as unhas na mesa.

— Melany, não adianta ficar assim. Disse Emily.

— Eu não consigo evitar. Respondi.

— Pois tente. Se continuar desse jeito vai ter um treco. Ela disse colocando um copo de suco a minha frente. _ Agora, tome.

Bebi mesmo contra vontade. As horas passavam e nada. Meu cabelo de molhado estava seco. Se passasse mais um segundo e eu continuasse sem noticias iria ate lá pessoalmente. Emily estava cozinhando, segundo ela isso a acalmava e eu estava andando de um lado pro outro. Quando olhei em direção a porta e vi Embry chegar correndo, meu coração só faltou sair pela boca.

— Embry! Gritei o abraçando assim que ele chegou onde eu estava. Emily largou o que estava fazendo e também correu para abraçá-lo.

— Como foi? Alguém se machucou? Estão todos bem? O bombardei de perguntas.

— Calma, esta tudo bem. Ninguém se feriu. Eu vim te buscar. Embry respondeu. Eu e Emily o soltamos.

— Graças a Deus! Exclamou Emily. Eu e ela nos abraçamos.

Subi peguei minha mochila e fui me despedir de Emily.

— Obrigada por tudo. Disse a ela.

— Não há de que. Conte comigo sempre que precisar. Ela respondeu. Fui me encontrar com Embry que já me esperava lá fora transformado.

— Como eu vou? Perguntei. Ele se deitou e apontou com o focinho para suas costas.

— O que?! Você quer que eu monte em você? Disse perplexa. Ele balançou a cabeça afirmativamente.

— Ok. Eu disse.

Subi em suas costas e ele ficou de pé. Calma Melany, você não vai ficar com medo de dar uma volta nas costas de um lobo gigante, vai? Falei para mim mesma. Agarrei o pescoço de Embry e ele começou a correr, fechei os olhos. Estava me sentindo num daqueles brinquedos radicais de parques de diversões. Ele era bem rápido, mesmo quando senti ele parar levei um tempo para soltar seu pescoço.

— Melany! Gritou meu pai me descendo das costas de Embry.

— Papai! Eu disse o abraçando.

— Minha princesinha. Ele respondeu.

Os lobos permaneciam transformados. Parecia estar acontecendo alguma coisa que eu não estava sabendo. Depois de meu pai fui abraçar os outros. Quando terminei reparei em uma garota que estava num canto. Ela devia ter a minha idade, ela era muito pálida e tinha os cabelos compridos e negros, mas o que me chamou atenção foram seus olhos. Eram vermelhos.

— Quem é ela? Perguntei. Minha mãe iria responder, mas foi interrompida por Edward.

— Quanto tempo? Perguntou Edward.

— Alguns minutos. Talvez 10. Respondeu Alice.

— Os lobos tem que partir. Os Volturi não vão honrar um pacto com lobisomens. Disse meu pai. Seth encarou Edward, pareciam estar tendo uma conversa mental.

— Tudo bem. Mas fiquem escondidos na Floresta eles não vão saber de vocês. Disse Edward. Estava acontecendo alguma coisa e eu iria descobrir o que era.

— Estão vindo! Disse Alice. Os lobos entraram na floresta e nós nos organizamos em uma espécie de fila. Eu estava entre meu pai e minha mãe, ambos com o braço envolta da minha cintura e a garota estranha ficou atrás da gente.

Nesse momento surgiu na outra margem da campina quatro pessoas. Seus rostos estava cobertos por mantos negros, quando tiraram o capuz pude ver seus rostos. Eram três homens e uma mulher. A mulher era do tamanho de Alice e tinha os cabelos loiros preso em um coque, ela era muito bonita aparentava ter 17 anos. Já os homens, o que estava ao lado direito da mulher era enorme maior que Emmett e tinha uma aparência ameaçadora, o do lado esquerdo devia ter a altura de Jasper e tinha os cabelos castanhos e uma franja que caia sobre seus olhos, devia ter a mesma idade da mulher e o rosto também lembrava bastante o dela. O terceiro era baixo e magro, tinha os cabelos em um corte moderno. Mesmo com essa estatura ele parecia ameaçador, alias os quatro pareciam. Principalmente com aqueles olhos vermelhos.

— Impressionante. Nunca vi um clã escapar intacto de um ataque dessa magnitude. Disse a mulher.

— Tivemos sorte. Disse meu pai.

— Quem são? Perguntei baixinho para minha mãe.

— Os dois do meio são os gêmeos Alec e Jane. Ela respondeu no mesmo tom que eu. Agora tava explicado porque eles eram parecidos. _ O grandão é o Félix e o outro é Demitre. Ela completou.

— Duvido disso. Falou Jane. Se referindo a meu pai.

— Parece que perdemos uma luta interessante. Disse Alec.

— É, não é sempre que nos tornamos desnecessários. Disse Jane.

— Se tivessem chegado meia hora atrás teriam cumprido seu propósito. Disse Edward.

— Que pena. Ela respondeu. Pela cara dela era obvio que ela não estava nem ai. _ Esqueceram uma. Ela completou se referindo a garota.

— Oferecemos asilo a ela em troca de rendição. Falou meu pai.

— Não poderia fazer isso. Disse Jane olhando para garota que começou a se contorcer de dor. _ Por que você veio? A garota não conseguia responder seja lá o que essa tal de Jane estivesse fazendo estava doendo de verdade.

— Quem criou você? Ela perguntou novamente.

— Não precisa fazer isso. Ela te contar tudo que quiser. Disse minha mãe.

— Eu sei. Respondeu Jane parando a tortura.

— Eu não sei! Riley não quis contar. Ele disse que nossos pensamentos não eram seguros. Disse a garota.

— O nome dela era Victória. Talvez a conhecesse. Falou Edward.

— Edward, se os Volturi tivessem conhecimento de Victória eles a teriam impedido. Não é mesmo Jane? Disse meu pai.

— É claro. Ela respondeu. _ Félix. Chamou Jane.

— Ela não sabia o que estava fazendo. Vamos ficar responsáveis por ela. Disse minha mãe.

— Dê uma chance. Completou meu pai.

— Os Volturi nunca dão uma segunda chance. Tenham isso em mente. Caius vai gostar de saber que ela ainda é humana. Disse Jane se referindo a Bella.

— A data já esta marcada. Bella respondeu.

— Dê um jeito nisso Félix, quero ir para casa. Disse Jane.

Félix passou pela gente, eu tentei virar para ver o que ele ia fazer, mas meu pai não deixou. Ele aumentou o aperto em minha cintura, só ouvi o grito da garota e o som de algo estalando. Quando Félix retornou a seu lugar, pela primeira vez desde que tinha chegado Jane reparou na minha presença.

— Então essa é a outra humana. Ela disse me olhando de cima a baixo, me avaliando.

— Sim, Melany Cullen. Minha filha. Respondeu meu pai.

— Espero que saibam que ela também se encaixa nas condições impostas. Ela continuou.

— Estamos cientes disso. Respondeu Edward.

Os outros Volturi apenas observavam a cena com certo divertimento. Eu não tinha gostado deles. Eram prepotentes, impiedosos e sádicos. Para ser sincera eu os tinha odiado. Nesse instante o vento que estava parado soprou uma brisa levando nosso cheiro para os Volturi. Alec que ate agora estava alheio a mim, me encarou com seus olhos rubi indo ao preto. Seu rosto se transformou em uma máscara ameaçadora e rosnado assustador saiu de sua garganta. Eu não estava entendendo nada e pelo visto o resto do povo também não.

— Irmão? Perguntou Jane preocupada.

Alec não respondeu continuou me encarando e rosnando feito um bicho selvagem. Se olhar queimasse, eu estaria morta e em cinzas agora. Eu continuava sem entender, ate que Alec se abaixou como um animal prestes a atacar. Meu coração se acelerou. Eu só consegui ouvir Edward gritar:

— NÃO!


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Notas finais do capítulo

O.O E agora?! Comentem.

Beijos