Depois de muitas lagrimas escorridas, Lia consegue fazer com que Tatá se acalmasse e dormisse. Ela ao contrario, não conseguia se livrar da imagem de Renata em seu colo.

Por mais que tentasse Lia não conseguia dormir estava rolando de um lado para ao outro na cama desde que saíra do hospital depois da meia-noite. Eram quase três horas da manha e os olhos estavam longe de se fechar. Ela poderia ler, mas o que tinha era recados e cartas de Dinho. Pegar aquelas paginas a levaria para um lugar que não apreciava um lugar onde sonhos belos haviam florescido, onde havia paixão pela vida, onde a amizade e o amor eram mais importantes do que tudo. Contudo se lembra da carta de Renata,mas seria pior ler aquela pagina suja com gotas de sangue, então virou-se e tentou novamente dormir, tentativas em vão.

Manhã de sábado, Lia esta se arrumando para ir ao hospital quando Jú chega para ver como a amiga estava. Ela conta que não passou a noite bem, não conseguiu dormir e não tem forças para ler a carta da Renata, Jú não sabia deste detalhe pediu a amiga para ver, mas a roqueira estava com pressa.

Assim que estava saindo com Juliana encontrou-se com Gil e juntos foram ver se Renata teve alguma melhora.

Marcela estava acabada por mais que estivesse com sono, não dormiu a noite inteira vigiava cada movimento, cada sinalzinho dos batimentos cardíacos. Ela não acreditava, logo agora que a menina estava disposta a mudar, não que ela tenha se arrependido dos erros, mas ela queria se transformar em busca de não cometer novos. Eles iriam morar juntos, ela estava construindo um quarto pra ela. Tudo em vão?

Os meninos chegam, entram no quarto com a permissão de Lorenzo e abraçam Marcela ao verem ela chorando.

Gil: Mãe vai pra casa, você precisa descansar.

Marcela: Não meu filho, eu estou bem.

Lia: Marcela ele tem razão.

Marcela: Obrigada pela preocupação de vocês, mas eu estou mesmo bem.

Gil: Então vai comer alguma coisa.

Jú: Isso vamos lá.

Marcela: Tudo bem.

As duas saem.

Lia: Eu queria muito entender Gil.

Gil: Eu também.

Lia: Aquela noite do grafite foi, foi excelente.

Gil: Vê-la sorrindo foi realmente muito bom.

Lia: Ela me explicando que não tinha nada contra mim, ali demos um passo para sermos amigas, mas logo depois ela se transformou, começamos a brigar o dobro e pra falar a verdade até as brigas eram boas – ela olha para Gil que deixa uma lagrima escorrer em seu rosto – E agora ela está aqui por minha causa.

Gil: Não, não é por você. O pior foi eu que perdi todas as chances que tive.

Lia: Como assim? – enxuga o rosto molhado de lagrimas – Gil, o que você realmente sente por ela?

Gil: Eu ...

Lorenzo: Lia como você está? – os interrompendo.

Lia: Estaria melhor se a Renata desse algum sinal.

Lorenzo: Ela vai ficar bem, vem vamos comer algo na lanchonete.

Lia: Eu to bem pai.

Lorenzo: Vem minha filha.

Lia: Tudo bem, você não vem Gil?

Gil: Cla... Claro, eu vou em dois minutos.

O médico sai com a filha. Gil olha para Renata cheia daqueles fios e pensa em tudo o que a mãe o dissera e termina relembrando a ultima frase de Lia “ Gil, o que você realmente sente por ela?”. O garoto fica pensativo, se despede dando um beijo na testa da garota e vai atrás de Lia e Lorenzo.

Enquanto isso Lorenzo estava conversando com a filha.

Lorenzo: Ei, vai ficar tudo bem tá?

Lia: Quem garante?

Lorenzo: Olha porque não guarda este colar. – entrega para a filha.

Lia: Que colar – ela lembra-se de ter visto algo parecido – De quem é?

Lorenzo: Estava no pescoço da Renata, precisamos retira-lo. Guarde com você.

Lia estava aflita para chegar em casa e comparar, o colar era idêntico a pulseira que ficou em sua mão no dia que foi salva das garras de Lupe. Quando esta prestes a levantar Gil chega fazendo com que ela sente-se novamente, Marcela se despede de Jú e volta para o quarto.

A professora pensa um pouco e volta a mesa onde está Gil, Lia, Lorenzo e agora Juliana.

Gil: Mãe você não quer ir em casa?

Marcela: Eu estou pensando nesta hipótese, ir tomar um banho para relaxar e voltar ao hospital.

Gil: Faça isso.

Marcela: Mas eu não quero deixar a Renata sozinha.

Lorenzo: Como sozinha? Eu vou está aqui meu amor.

Gil: Eu fico com ela enquanto você faz isso.

Marcela: Sendo assim eu vou lá, não demoro.

Jú: Espera Marcela eu vou com você. Você vem Lia?