O que é verdadeiro sempre reina escrita por Lodv


Capítulo 95
P.O.V de Renata




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295041/chapter/95

Apesar do susto Lia esta apenas com um ferimento no joelho, a garota havia caído no passeio, mas isso só foi possível por que alguém a salvou.Lia levanta-se chorando pelo susto e vai andando até o carro. Ela senta-se ao ver que alguém não tinha conseguido se salvar.

Lia: RENATA? Por que fez isso garota?

Re: P.. por . favor.. eu só q..quero que me.. escute..

Lia: Porque Renata porque? – chorando muito ao ver o estado da garota.

Re: Por que ... v..você n..ão  olha... ant.es de a...atraves..sar?

Lia não responde a garota.

P.O.V de Renata

“ Os calafrios que vinha sentindo, era isso?

 Dois dias e as coisas não estão nada bem, tudo dando errado, Comecei o dia com o pé esquerdo

Estava a pouco sentada com Gil ouvindo ele dizer que tudo iria dá certo, logo depois ouvindo xingamentos da Juliana e  agora estou eu aqui estendida neste asfalto quente.

Confesso que não sei porque fiz isso.

Estou ficando confusa, estou ficando perdida.

Começo a ficar fraca, meus olhos querem se fechar. Ouço Lia gritando, chorando, pedindo para que eu resista, que não feche os olhos.

Pode parecer ignorância da minha parte, mas acredito que não irei morrer.

Diz que quando esta prestes a partir, um pequeno filme da sua vida até aqui passa por sua mente e você começa a se arrepender de tudo de ruim que fez.

Sinto lhe informar que isso ainda não aconteceu.

Ouço algo sendo jogado no chão, em poucos segundos vejo alguém tentando se aproximar.

É o Dinho.

ELE VEIO POR MIM?

O que eu estou pensando, não, na verdade é que se ele estivesse me procurando saberia que me perdoo.

Infelizmente a decepção vem em seguida ao ver ele gritar por Lia.

Lia esta desesperada, mas porque?

Isso não é motivo para que ela se esqueça tudo que eu fiz com ela.

Aliás isso é a única coisa que me arrependo, estou me lembrando da conversa que ouvi do meu avó e da dona Paulina.

As coisas ainda não fazem sentido, mas seria possível eu ser irmã desta garota que tem minha cabeça sobre o colo?

Que se suja com meu sangue?

Não,  é impossível e tomara que isso não seja mesmo verdade.

Pensei que quando alguém sofria algum acidente, a dor seria angustiante, forte, mas eu não sinto nada.

ABSOLUTAMENTE NADA.

Talvez eu tenha mesmo algum defeito.

Minhas piscadas estão se tornando mais lentas, as vozes estão ficando afastadas aos poucos ficando difíceis de reconhecer.

Minha visão esta embaçada.

Criticas, questionamentos e alguém me chamando de mulher gata é o que ouço.

Tenho vontade de rir pelo apelido “mulher gata” se referindo ao salto que dei, mas mover qualquer músculo da face neste momento é impossível.

Minutos atrás meu coração estava em um ritmo alucinante devido a discussão com Lia, mas agora ele se acalma.

O choro de Lia é persistente, já consigo identificar “amigos” no meio daqueles curiosos, mas um choro me instiga.

Não reconheço de quem vêm aqueles soluços, lentamente viro o meu pescoço.

A calça de Lia esta suja de sangue, o meu sangue.

Ainda não consigo ver o dono daquele choro, o que vejo é meu sangue escorrendo na pista.

Lembro da carta e aproveitando o pouco de força que me resta a entrego a Lia, que me chama de doida, que não entende o porque daquilo, mas ela consegue ler o meu olhar e vejo ela guardando a carta.

De repente o soluço, o choro que me atrai está mais perto, vejo alguém se aproximando bem devagar , se livrando dos curiosos que aqui estão.

Minha visão agora já não é suficiente para reconhecer alguém que está distante, dou uma piscada bem lenta e demorada, as forças estão se esgotando.

Eis que quando os abro ali está o dono do choro intrigante.

Gil.

Nunca o vi deste jeito, vê pessoas que tanto gosto chorando, me dói, mesmo sabendo que algumas choram por pena, que não são e nem nunca serão minhas amigas ou amigos.

Consigo enxergar uns olhos azuis só pode ser os de Guilherme, ele grita pedindo urgentemente uma ambulância.

Uma lagrima escorre do meu olho, Gil a enxuga e limpa o meu rosto sujo de sangue.

Gastando o ultimo estoque de força, coloco a palma da minha mão sobre a dele e digo a ele que tudo vai ficar bem, pronto já não ouço mais, é como se estivesse em um submundo, parece coisa de Morgana eu sei.

Talvez ela tenha mesmo razão, estou presenciando isso.

Leio os lábios de Lia dizendo, pedindo, implorando para que eu não feche os olhos.

Gil me diz algo, só que é tarde demais, não suporto estou cansada, preciso dormir.

Lentamente fecho os olhos e me desligo de tudo e de todos.”

Gil: Eu preciso de você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!