Jú entra logo em seguida, dona Paulina e Rômulo já não estão mais na sala Tatá tinha acordado com os gritos. Assim que Jú vê a amiga chorando, ela aperta o play do gravador e pausa logo em seguida.

Lia: Você sabia? - tentando ser forte.

Jú: Acabei de descobrir.

Lia: Como ele pôde Jú?

Jú: Chora, isso vai te fazer bem. – abraçando Lia.

Lia: Está doendo tanto – chora no colo da amiga.- Porque ele fez isso comigo Jú?

Jú: Eu achei que ele gostava de você de verdade.

Lia: O que mais dói é saber que ele não ia me contar e o pior ele esta mentindo dizendo que foi ela quem o beijou – chora descontroladamente.

Jú: Calma amiga.

Lia: Eu sempre a critiquei, passei a conhecê-la melhor, eu a tenho tratado tão bem. Covarde. Porque?

Jú: Lia vamos combinar que essa garota também não presta né.

Lia: QUE SE EXPLODA ESSA GAROTA, EU NÃO ME IMPORTO COM ELA NEM UM POUCO. O DINHO ERA MEU NAMORADO, ELE PODIA ADMITIR QUE A BEIJOU, SE ELE REALMENTE NÃO QUISESSE TERIA PARADO, MAS NÃO ELE CORRESPONDEU. – levantando-se bruscamente.

Jú: Para Lia.

Lia: HA QUANTO TEMPO SERÁ QUE ELE ME TRAI? ELE VIVIA PRA CIMA E PRA BAIXO COM ESSA GAROTA.

Jú: Isso só ele vai poder te responder, acalme-se e converse com ele.

Lia: NÃO JÚ, EU NÃO QUERO VER ESSE GAROTO NUNCA MAIS.

Jú: Amiga, você sabe que isso será impossível, vocês estudam na mesma escola e o pior na mesma sala.

Lia desaba na cama e chora, Tatá vem ao quarto para saber o que foi.

Tatá: Lia, ei não fica triste.

Lia: Sai daqui pirralha.

Tatá: Olha se foi pelo o que eu disse sobre se a Renata fosse minha irmã seria muito melhor que você, eu estava apenas brincando.

Jú conta rapidamente para Tatá o que aconteceu, para que ela não se preocupe e pede para que ela volte para a sala, a menina obedece. Orelha liga para Dinho que conta ao amigo o que aconteceu, vendo que ele esta sofrendo decide ir até a casa de Dinho.

Renata está na rua, no meio do temporal, andando sem destino. Suas lagrimas se misturam com as gotas de chuva, ela vai até o grafite que Gil fizera para ela, mas se lembra do quanto foi divertido, como havia se enganado a respeito de Lia. A garota não aguenta e vai embora. Chegando à praça, senta-se no balanço e brinca com as gotas de chuva, era como se lavassem sua alma. Orelha que está chegando vê e filma tudo, no meio desta brincadeira Renata lembra-se do grafite no quarto do Hostel e sorri, mas o ódio vem em seguida ao se lembrar do que ouviu Rômulo dizer.

Orelha:  Por que ela não podia ser sempre assim? – observando a de longe. – Bom o Dinho precisa de mim.

O garoto vai para casa do amigo. Dinho havia chegado em casa e se trancado no quarto, Guilherme que estava no centro buscando sua carteira de motorista que tinha ficado pronta, chegou se deparando com Alice batendo na porta do quarto do amigo.

Gui: Dinho, por favor abre aí.

Dinho: Me deixem em paz por favor.

Gui: Coé vei, eu sou seu amigo.

Orelha chega.

Orelha: E então?

Dinho abre a porta.

Alice: Graças a Deus.

Orelha entra para o quarto de Dinho.

Gui: Alice, fica tranquila nós vamos conversar com ele.

Alice: Ai meu filho, por favor, faça isso por mim.

Ele entra e fecha a porta, Alice avisa Mário.

Orelha: E então cara como você está?

Dinho: COMO VOCÊ ACHA QUE ESTOU?

Gui: Calma, vai ficar tudo bem.

Dinho: NÃO, NÃO VAI. EU PERDI A MINHA NAMORADA, MINHA MARRENTINHA.

Orelha: E tudo isso culpa da gostosa da Renata.

Dinho: BEM LEMBRADO, ESSA GAROTA VAI ME OUVIR – diz indo rumo a porta.

Gui: Está a maior chuva, só eu sei o quanto foi difícil chegar aqui. – segurando o amigo pelo braço. – você não vai.

Orelha: O Guilherme tem razão.

Gui: Amanha você fala a ela tudo que tiver que falar.

Dinho fica nervoso e começa a jogar tudo do seu quarto no chão.

Gui: PARA COM ISSO CARA.- empurrando Dinho na cama.

Dinho não aguenta mais fingir que é forte e cai no choro em frente aos amigos, Orelha e Guilherme se comovem,

Orelha: Eu vou passar a noite aqui com vocês.

Gui: Boa ideia Alvinho.

Orelha: Por favor não me chame mais assim, O- R-E-L-H-A ok? Orelha.

Gui: Como preferir.

Dinho levanta-se abraça os amigos: Dinho: OBRIGADO, mesmo.

Orelha: Amigos é amigos, na hora da felicidade, na hora da foça, na hora da cola, pena que não é na hora do chifre, porque meu amigo ...

Gui: ORELHA!