Terça- feira. Depois da conversa que teve com Guilherme, Dinho se sente preparado para ir a escola e reencontrar com Lia, depois da aula ele iria visitar Renata no hospital.

Lia não queria dizer, mas tinha ficado incomodada pela ausência de Dinho no dia anterior, mas agora estava respirando fundo de alivio ao ver o garoto entrar pelo portão. Dinho parou e observou cada detalhe da roqueira, por mais que tentasse ele não conseguia decifrar seu olhar, só tinha uma certeza: Que ela ainda o Amava. Ele sorriu ao tirar essa conclusão, passou perto cumprimentando Jú e Lia.

Lia: Qual é a deste garoto?

Jú: Lia, por favor e se ele estiver falando a verdade?

Lia: Você dizendo isso Juliana?

Jú: Por que a Renata não pode ter beijado ele?

Lia: A gente já conhece o seu passado.

Fatinha: E você muito mais né Juzinha – chegando por trás das duas após ouvir tudo. – E o pior foi com a melhor amiga.

Lia e Jú se olham.

Jú: Fatinha você não existe viu.

Lia: Vamos pra sala.

Jú: Nem em um momento deste

Fatinha: Ei desculpa, eu só queria descontrair o clima aqui ta muito pesado.

Jú: Ah sim, ótimo jeito de fazer isso. Vamos Lia.

Todos já estão dentro da sala, Dinho não conseguia prestar atenção em nada. Mantinha fielmente seu olhar grudado em Lia, porque tão bela?

A aula acaba Fatinha está no Hostel, quando Bruno chega e percebe as lagrimas no rosto da namorada.

Bruno: O que foi Fat?

Fatinha: A Renata.

Bruno: É, esta todo mundo arrasado com essa historia. Até mesmo quem não se dá muito bem com ela.

Fatinha: Meu caso.

Bruno: E por que isso?

Fatinha: Por que? Porque se não fosse ela, talvez hoje você não estivesse aqui, talvez nem namorássemos mais.

Bruno: Você tem razão.

Os dois se abraçaram. Lorenzo não podia esperar mais, fez uma troca no plantão e decidiu que hoje a Raquel se explicava, ele iria onde ela estivesse. O telefone de Lia toca, é o pai, pedindo para que ela vá para o Hospital ficar com Renata, na verdade era apenas um plano, ele não queria que ela estivesse em casa na hora da conversa com a médica.

Dinho está subindo na bicicleta para ir visitar Renata, quando Lia passa rapidamente por ele. A roqueira percebe a aproximação de Dinho e acha que ele esta seguindo-a. E de fato está, antes era apenas uma ida ao hospital, mas agora estava impossível resistir, precisava arriscar. Lia entra em uma rua sem saída acreditando que ia despista-lo.

Errou.

Dinho entra com tudo, ele desce da bicicleta e se aproxima da garota.

Lia: O QUE FOI DESTA VEZ GAROTO?

Dinho: Você precisa acreditar em mim.

Lia: AGORA VAI FICAR ME SEGUINDO?

Dinho: Enquanto você estiver presente em mim, eu vou te seguir.

Lia: Vou ter que chamar a policia então.

Dinho: Para com isso Lia.

Lia: Me deixa em paz garoto.

Dinho: Tudo bem, eu vou embora agora e nunca mais te atormento. Mas antes quero que olhe em meus olhos e diga que não sente nada por mim mais.

Lia: ACABOU EU NÃO MEREÇO ISSO.

Dinho a segura pelos braços e olha dentro dos seus olhos.

Dinho: Diga que não me AMA MAIS.

Lia se segura para não chorar, para ela era impossível dizer aquilo a final ela ainda o amava e talvez ira ama-lo pra sempre. “O primeiro amor a gente nunca esquece”. E com essa demora para responder, Dinho viu que sim ela o ama e o quer.

Lia: Eu ...

Ele não deu tempo para ela responder, seus lábios se encaixaram perfeitamente, o beijo dele era insistente, determinado, apaixonado, como ele. Ele pôs a mão na nuca dela para que ela sentisse seus lábios, ela pôs a mão no peito dele para afasta-lo, mas em vez disso seus dedos brincaram com o tecido da camisa . O beijo não demorou muito, mas o suficiente para Dinho acalmar o que havia sentindo nesses dias. Lia o empurra e sai correndo.