Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 32
Inacreditável


Notas iniciais do capítulo

"Viva-me sem medo agora,
Que seja uma vida ou seja uma hora
Não me deixe livre, aqui tão exposto
Nesse novo espaço que agora é você
Eu te Peço
Viva-me sem mais vergonha
Ainda que o mundo todo seja contra"
—Viveme/ Laura Pausini
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_ O que faz aqui?_ perguntei fechando a porta atrás de mim, minha voz soando mais suave do que eu pretendia depois de ouvir 20 minutos de conversa fiada entre Jacob, Jen, Karen, Jéssica, Julie e Lily, que por sua vez estavam muito interessadas em cada aspecto da vida de Jacob. Mas como elas não tinham motivos dizíveis para ficar mais, elas decidiram que era hora de ir.

_Vim ver você_ respondeu com naturalidade sustentando meu olhar. Ainda estávamos parados entre a sala e o pequeno hall de entrada. O bolo ainda em suas mãos.

_Isso é...

_Gentil_ sugeriu com um sorriso acalentador.

_Estranho_ falei enquanto fazia um coque no cabelo, movendo-me desconfortavelmente. Ele sorriu:

_O que há de estranho na visita de um amigo, íntimo, da família?

Mordi o lábio, constrangida, ele estava me provocando. Tentei relaxar e ser a mesma que fui quando ele veio a minha casa na primeira vez, a mesma que lhe perguntou se queria conhecer meu quarto, mas isso parecia tão distante agora, como se eu fosse outra pessoa naquelas horas que passamos juntos. Então ergueu novamente a caixa de bolo, dei um passo pegando-a de suas mãos e murmurando um agradecimento.

_Seu preferido. Disseram-me.

_Ah. Disseram?_ interpelei gesticulando que viesse comigo até a cozinha. Eu estava buscando um caminho confortável para seguirmos juntos nessa conversa.

_Sim. Conversei com sua mãe_ e acrescentou depois de um segundo:_ E com seu pai.

_Meu pai?_ congelei por um momento enquanto colocava o bolo sobre o balcão. Virei-me para encará-lo, parado na soleira da porta da cozinha, as mãos nos bolsos.

_Achei melhor deixar as coisas claras, por via das dúvidas.

Ergui as sobrancelhas e relutei, temendo a resposta, mas por fim:

_Que coisas?

Ele riu, despreocupado.

_Vamos lá, Renesmee... Não haja como se não nos conhecêssemos. Não peço que se jogue em meus braços, ainda que eu queira, apenas que seja natural comigo. Não vou fazer nada que a incomode, prometo. Só... Quero estar perto. Não sabe como foram difíceis essas duas semanas nem conhece o alívio que sinto ao vê-la._ seus olhos escuros indo da tristeza profunda a ternura aguda ao sustentarem os meus.

Respirei fundo virando-me para o bolo sobre o balcão, em seguida indo para trás dele sentindo que seria educado e desanuviador nos servir de bolo.

_Sente-se_ falei enquanto pegava uma espátula de bolo, gesticulando vagamente para o banco do outro lado do tampo de mármore. Ele se moveu quase silenciosamente e sentou-se, uma expressão branda no rosto.

_Sua casa é muito bonita, não tive tempo de comentar da outra vez_ disse-me.

_Também gosto, obrigada. É de minha mãe. Comprou para que pudéssemos visitar Charlie de forma segura, você sabe, por...

_Os lobos. Eu sei_ eu assenti colocando uma fatia em um prato de sobremesa.

Depois de um momento silencioso, que de alguma forma não fora nem um pouco constrangedor, como eu temi, perguntei:

_O que esteve falando com meus pais?_ coloquei um prato diante dele, dando uma garfada em minha fatia. Jacob sorriu, parecendo muito mais interessado na forma como eu mastigava do que em seu prato.

_Não muito. Perguntando coisas sobre você, o que gosta, como era quando criança. Bella me mandou fotos de você sem os dentes da frente_ ele sorriu largamente e eu revirei os olhos, nada contente, mas de boca muito cheia para poder reclamar_ E deixei claro com todas as letras que eu serei presente em sua vida se e como você me permitir.

Senti meu rosto esquentar e pus outro pedaço de bolo na boca, fazendo soar em sua mente: não vai comer?. Ele sorriu novamente e comeu um pedaço.

_ O que tem feito? Espero não ter atrapalhado sua reunião com as amigas.

_Não atrapalhou_ me livrou na verdade, mas isso ele devia imaginar, pois certamente ouvira parte da conversa. Refleti sobre o que fiz nos últimos dias: pensei em Jacob, pensei em Nahuel, estudei, fiz observações em meu telescópio, gráficos, cálculos, Jacob. Nahuel, em como falar com ele, o que eu deveria dizer. Em como Jacob me tocava, nas sensações de tocar seu corpo..._ Estudei. Basicamente isso. E você, muito trabalho?

Jacob meneou a cabeça:

_Além de pensar em você? Sim, trabalhei muito, mas isso é bom de qualquer forma, ocupa um pouco, por isso aguentei tanto tempo._ Ele falava com tanta naturalidade como se comentasse que meu cabelo era cacheado. Lembrei-me do sonho onde Jacob invadia meu quarto no meio da noite.

_Jacob, isso é constrangedor_ falei devagar, fitando meu bolo, então respirei fundo e o encarei: _Honestamente, eu não sei lidar com isso. Não sei o que fazer. Estou usando todos os meus neurônios sobrenaturais, mas não consigo achar um jeito de não magoar ninguém e fazer as coisas da forma correta. Eu nem sei mais o que é correto!

_Não quero ser parte do que angustia você e nem pretendo lhe dizer o que é certo_ disse-me muito seriamente sua mão alcançando a minha sobre o mármore frio, os olhos resolutos. _ Se você quiser... _ele apertou os lábios, a expressão padecente. _Eu não venho mais. Eu volto para Forks e é isso, nunca mais a procuro. Basta que me diga.

Eu o fitei, chocada. A única coisa que não imaginei que ele dissesse era que se afastaria de mim. Jacob parecia tão determinado até ali. Senti-me mentalmente zonza, quase a deriva.

_Isso seria ruim para você_ minha pergunta soou como uma afirmação duvidosa. Jacob encolheu os ombros.

_Eu só quero ficar perto de você, mas se isso não lhe fizer bem, posso conviver com sua decisão.

Senti que não poderia decidir por ele, impor minha vontade a dele. E, no entanto, aquela não era minha vontade. Eu não queria que ele partisse e nunca mais me procurasse. Não queria que ele não fizesse parte da minha vida, percebi; fosse como fosse.

_Não quero isso_ falei tirando minha mão de sob a dele e indo até a geladeira. _Suco?_ indaguei e o fitei, ele sorria e assentiu. Servi-nos de suco enquanto o silêncio confortável perdurou.

_Não me parece justo_ admiti por fim. Ele suspirou depois de seu gole no suco de laranja.

_Vou ficar com Não quero isso_ seus olhos eram complacentes. _Amigos, então?_ seu tom dúbio.

Gargalhei, nervosa.

_Não sei... O que consta no contrato de amizade dos lobisomens?_ dei uma garfada no meu bolo.

Jacob estreitou os olhos numa expressão exageradamente pensativa.

_Passeios no mínimo duas vezes por semana, conhecer a família, passar ao menos um fim de semana por mês juntos.

Minha expressão era teatralmente de ultraje, então lhe disse:

_Quantas cláusulas! Acho que não tenho uma caneta.

_Vi um estojo delas na sala, mas não precisa: é um contrato de honra. Você o assinou quando não me deixou partir.

Jacob não disse nada de mais e sequer vi ambiguidade em seu tom ou expressão, no entanto algo me fez perceber que aquilo era definitivo, ele estaria sempre em minha vida e por alguma razão eu sorri.

O clima divertido mudou lentamente enquanto nos fitávamos.

_Seu noivado... Você não..._ ele tentou fitando o anel em meu dedo.

_Ainda não_ admiti tocando, e fitando, com a mão livre as pedras cravejadas no aro. Eu não sabia bem porque, mas às vezes em que o tirei, o coloquei de volta horas depois; de repente eu me via olhando-o novamente e então lá estava: de novo em meu dedo. _Ele acha que estou em Paris, para a semana de moda como Alice e Rosalie; então foi para a América do Sul, visitar a tia que o criou, é na região andina, portanto não nos falamos.

Jacob assentiu lentamente.

_E você?_ perguntei relutante.

_Rompemos aquele mesmo dia. Anne me esperava no quarto quando cheguei em casa, não tive escolha_ sua expressão era triste, e isso me fez lembrar de como deixamos o quarto, da prova entre os lençóis do que houve entre nós e de que ele havia sido meu primeiro... Senti-me corar.

_Sinto muito_ murmurei.

_Não sinta_ essas duas palavras me fizeram sentir como uma criança consolada pelo pai, seu tom era tão carinhoso quanto_ Não havia como ser de outra forma.

_E como ela encarou? Eu imagino que não tenha sido fácil.

_Não foi, mas ela é forte, não nos vimos mais.

_Você não devia ter dito nada, quero dizer... Não há nada decidido entre nós, não vejo porque magoá-la. Ela certamente ama você. E você deve sentir algo por ela, ou do contrário não a teria pedido em casamento_ refleti.

Pela primeira vez até ali, Jacob desviou os olhos de mim, prendendo-os em algum lugar no tampo de mármore. E a alegria radiante pareceu minar e eu busquei rapidamente o que poderia ter dito para lhe deixar assim.

_É mais complexo que amar_ ele riu sem humor sem olhar para mim _ Por incrível que pareça. Talvez um dia eu conte a você_ e seus olhos cravaram nos meus.

_Vou cobrar_ sussurrei.

_Espero que sim_ murmurou de volta, olhando-me por baixo do cílios negros, um sorriso brincalhão nos lábios.

_Mais, além disso, seria impossível continuarmos juntos_ o encarei ceticamente, e ele prontificou-se em explicar: _Você poderia ter me mandado embora, mas isso não mudaria nada, eu simplesmente sou incapaz de ter outra mulher que não você, seria impraticável manter uma relação saudável com Anne, ou qualquer outra, porque eu simplesmente nunca a tocaria de outro jeito que não com fraternidade.

_Está dizendo que... Você só poderia... Não poderia... _Minha mente buscava uma forma menos constrangedora de tirar minha dúvida, enquanto parte dela pensava que era bobagem me constranger ao falar de sexo com alguém com que eu o fizera.

_Sim, eu não sou mais capaz de sentir absolutamente nada por nenhuma outra mulher.

_Não foi o que pareceu agora a pouco_ demandei.

_ Estava sendo educado com suas amigas_ sua voz branda soando divertida. E eu interpelei:

_No entanto por mim...

_Sempre vou querer você, de alguma forma, mas não vou pensar em você dessa forma se decidir que não é isso que quer para si.

Suspirei, absorvendo isso.

_E então, você veio de Forks só para me ver? Ou vai fazer algo na cidade?_ eu quis mudar de assunto.

_Eu viria vê-la, no entanto, também marquei a assinatura de um contrato com um fornecedor de peças para hoje mais cedo.

Encaramo-nos alguns segundos.

_Como você está? Falo dos ferimentos, as cicatrizes...

_Quer ver?_ falei, pensando que era uma forma de entender o imprinting na prática. Seus olhos se arregalaram minimamente com surpresa, e então ele inclinou-se sobre o encosto do banco.

Levei minhas mãos até os botões de minha blusa, desabotoando um a um; evitei olhá-lo para que não parecesse apelativo ou sugestivo, era só um teste, queria avaliar sua reação. Abri a blusa revelando-lhe um sutiã preto, rendado e minhas cicatrizes estriadas róseo- prateadas.

As sobrancelhas grossas formaram um ângulo tenso, os olhos foram da fúria a tristeza, e da tristeza ao pesar num segundo. Por um momento eu lamentei por fazer isso, era claro que ele sofria.

_Desculpe-me_ ele falou antes que eu pudesse.

_Não há de que perdoá-lo, você também se feriu e provavelmente teria sido pior ser acertada em cheio por meu pai, ou até mordida _ falei tentando não pensar na dor e no impacto quente de tão atordoantes de suas garras em mim.

_Todos os meus ossos em troca de você não ter de sentir dor e carregar cicatriz alguma_ sua voz falhou no final, isso me constrangeu, eu não queria lhe causar dor ou incutir culpa. No entanto, em nenhum momento enquanto me expunha a ele, Jacob me olhou com desejo.

_Não me importo com as cicatrizes_ murmurei desviando os olhos dele e abotoando minha blusa, ele nem podia imaginar a sensação lasciva que me tomava ao ver as cicatrizes, uma marca, uma lembrança que de alguma forma eu era dele; o pensamento era conflituoso, ser dele e ir com calma, conhecê-lo... _Mal são visíveis a olhos humanos; nós só as vemos tão nitidamente por causa da coloração, mas eu realmente não me importo.

E então lembrei:

_Mamãe me falou sobre Emily. Vocês, lobos, tem um jeito interessante de demonstrar afeto_ Eu sorri esperando que ele sorrisse de volta; me partia o coração ver seus olhos tão tristes e a expressão tão austera. Era como se outra pessoa estivesse na minha frente, não o Jake sorridente e leve que conheci ao abrir os olhos.

Porém, ele sorriu. Mesmo hesitante, era sincero.

_Sim... _ revirou os olhos, então animou-se: _Você quer conhecê-la? Quero dizer, hoje. Porque não passa esse fim de semana em Forks? Tenho certeza que Charlie adoraria apresentá-la oficialmente a Sue e todos na reserva conheceriam você de verdade.

_De verdade...? Ah, o elo mental..._ senti meu rosto esquentar imaginando o que eles viram na mente de Jacob. Ele sorriu como que se desculpando. _Tudo bem, estou meio que acostumada a isso.

_E então, você vem?_ seus olhos cheios de vivacidade. No entanto havia Hannah, ainda muito deprimida. Eu queria vê-la, e eu tinha a sensação de que minha presença a ajudava, a deixava mais animada.

_Eu realmente não posso, adoraria, mas não este fim de semana.

_Quantos fins de semana na vida você passou fazendo algo diferente, Renesmee?!_ ele apelou. Fiz careta: estar em Forks, conhecer os lobos... Era meu sonho infantil, equivalente ao sonho humano de ir à Disney!

_Não posso_ murmurei um tanto chateada, mais chateada do que minha lealdade a Hannah tenha gostado. _Temos um novo membro na família e ela precisa de mim.

_Um novo Cullen?_ indagou preocupado, eu não deixei passar a palavra implícita: vampiro.

_Não exatamente. Ela é humana.

_Chame-a para ir conosco_ solucionou. Balancei a cabeça.

_Hannah, sofreu um acidente uns meses atrás e está deprimida com... É complicado. Mas você pode ir comigo, se quiser. Vai ser divertido, você não terá com o que se preocupar, Rosalie está na França com Alice.

Jacob gargalhou brevemente.

_Seria interessante_ então pausou pensativo. _ Sua amiga se chama Hannah?_ assenti confusa. _O que houve com ela? _ pensei um segundo e não vendo motivo para o contrário lhe contei sucintamente o que houvera a Hannah, da morte dos pais ao acidente na festa em que fomos: _ E desde que acordou e descobriu o que somos, ainda que tenha nos aceitado, ela não tem amor pela própria vida, mal come, quase nunca quer sair, muito menos fazer os exercícios, e sem os exercícios ela não pode fazer a cirurgia na perna, o que pode comprometer sua recuperação.

_Qual o sobrenome dela?_ franzi o cenho para a estranha pergunta, Jacob ainda preso em pensamentos.

_Steele. Hannah Steele_ nem ao menos pedi explicação sobre a pergunta, seus olhos me fitaram com tal intensidade, que quase pareceu que ele tinha um novo imprinting. Ri para o pensamento, Jacob sorriu e se debruçando sobre a bancada:

_Mostre-me ela_ senti meu rosto se retorcer, em confusão. Porque o interesse em Hannah? _É uma questão de vida e em pouco tempo morte_ ainda confusa cedi, eu não precisava, mas toquei seu rosto pensando em Hannah, memórias de quando a conheci com suas roupas sombrias e largas, depois quando ela parecia florescer para a vida, e o resto se misturou; minha preocupação com seu estado atual impregnada as memórias de Hannah imóvel por meses na cama e mesmo as mais recentes, dos sorrisos cansados de quando conversávamos e das risadas histéricas de quando ela parecia mais alegre.

_Inacreditável!_ Disse Jacob em júbilo segurando e beijando minha mão que estava em seu rosto, interrompendo o fluxo de minhas memórias.

_O que há?_ exigi.

Jacob beijou novamente minha mão, um sorriso genuíno nos lábios grossos.

_É... Incrível! Mas não posso deixar de acreditar quando tenho um verdadeiro milagre diante de mim... _ seus olhos escuros brilharam de emoção e pude perceber como Jacob já havia plantado sua semente em meu coração aquecido. Sorri sem saber o que dizer, parte de mim emocionada e parte de mim intrigada.

_Sua amiga_ ele riu, uma gargalhada rouca_ Um amigo, um dos lobos, a procura há quase um ano. Hannah Steele, do Canadá... Ele visitou mais de 25 Hannahs em busca de seu imprinting_ explicou-me.

Senti minha boca se abrir no O estreito. Hannah era imprinting de um dos lobos. Eu estava chocada com as curvas da vida.

_Ele esteve uma sombra do que um dia foi por meses, depois de um surto. E um dia disse que o que quer que houvesse acontecido a ela estava passando. E agora eu entendo, ela estava em coma.

_Não dá mesmo para acreditar_ falei enquanto delicadamente tirava minha mão das suas.

_Vão se importar, se Embry e eu formos com você?

_Ãhhh... _ eu estava zonza, um imprintg era difícil de assimilar, dois... Era demais.

_Confie nos lobos, mas não diga onde está indo_ citou ele.

_Gaiman?!_ eu ri surpresa e ele sorriu.

Jacob

_Embry?_ falei ao telefone.

_Oi, Jake. Algum problema?_ eu ri olhando Renesmee sentada no carona de minha pick up.

_Apenas soluções_ avisei, contente. _Encontrei sua Hannah.

Houve alguns segundos de mudez perplexa. Eu e Renesmee nos fitávamos, esperando uma resposta.

_Você... Tem certeza? Como pode saber se é a verdadeira?_ era claro em sua voz que ele sentia medo. E eu entendia absolutamente.

_Lembra-se do dom de Renesmee? Ela me mostrou a Hannah que conhece, mais que conhecer, elas são amigas. Não há dúvidas de que é a mesma que vejo em sua mente há meses.

_Eu não acredito!_ falou ele por baixo da respiração.

_Então venha verificar você mesmo, você não perde nada, afinal de contas. Será apenas mais uma viajem até o Canadá, ou o fim desta procura_ interpelei.

_Ok, para onde devo ir?

_Mando o endereço por mensagem de texto, te encontro lá, estou saindo de Seattle nesse momento. _ ao desligar e buscar os olhos de Renesmee ele fitava em outra direção.

Lentamente Renesmee olhou para mim, uma sobrancelha erguendo-se inquisitória, e de novo para a mochila no banco de trás. Eu sorri encolhendo os ombros e ela balançou a cabeça voltando-se para frente e colocado os óculos de sol.

Sem tirar o sorriso do rosto dei partida no carro, ansiando pelo restinho de sábado que seria no mínimo interessante.

Eu não tinha nem uma intenção que não conquista-la, que Renesmee tivesse afeto por mim e me quisesse em sua vida, não importasse como fosse, mas eu não podia evitar soar apaixonado ao falar com ela, ou admirado ao olhá-la.

Esse amor me regia de dentro para fora, e era impossível não demonstrá-lo. Eu faria qualquer coisa para que ela cedesse sem medo ao perceber que era, agora, tudo dentro de mim, que ela me salvara e que eu já não estava vagando pela vida sem direção. Que ela viera com o sol: desfazendo casa sombra em minha vida


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Notas finais do capítulo

Cá estoy yo!!
Perdoem-me pela imensa demora, algumas sabem, a maioria não: mas minha vida anda meio instável, pois não moro mais em casa, minhas coisas estão meio espalhadas: livros, cadernos e rascunhos estão uns na casa de minha mãe, outros na casa de minha avó, e uns poucos comigo. Há também um problema com o PC. Afora o estresse de tranca- curso- matricula- em- outro na universidade.
Muitas vieram até mim, perguntando o mesmo, e para o Bem Geral e Felicidade da Nação: Não, nunca pensei em abandonar a fic. Só não avisei antes porque da última vez que postei aviso uma outra escritora aqui do Nyah me denunciou.
Fiquem tranquilas, não vou abandonar a fic, não pretendo mesmo. E se (espero que não) futuramente eu precisar me afastar definitivamente, acreditem, não farei isso sem ao menos me despedir de vc's, até. (Eu espero que logo) Desculpem possíveis erros, mas ao ler muitas vezes os olhos deixam de vê-los.
Bjos!