Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 2
Tão...Linda!


Notas iniciais do capítulo

Olá...

esse é o primeiro de dois capítulos narrados pela Bella, eu não gosto muito, mas é melhor do que narrar com a Renesmee ainda bebê.

Novamente precisei fazer adaptações do livro, vc's vão perceber...

Perdoem se tiver algum erro de ortografia, mas como eu mesma reviso, pode ser que ao decorar as passagens não veja algo.

Ok, então, vamos lá!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294941/chapter/2

Eu sabia que estava fazendo Edward sofrer com meu desespero, ele ouvia tudo da cabine do motorista, onde ia com Carlisle. Rosalie tampouco entendia, embora tentasse me consolar. Eu mesma não compreendia como Jake me fazia tanta falta se acabamos de nos separar.

Eu estava grávida de Edward e o amava seguramente, mas a necessidade pela presença de Jake era esmagadora. Por Edward e por E.J que estava agitado me causando dor eu tentava controlar meu choro histérico, mas ele simplesmente irrompia por mim, incontidamente.

Senti a ambulância para suavemente e Rose sorri tranquilizadoramente para mim. A porta então se abriu e era Edward. Os dois trocaram de lugar, ou assim eu pensei até ouvir Jasper conversar com Carlisle, embora eu não pudesse entender o que diziam.

_Ficar nervosa não a faz bem_ disse Edward ao tocar meu rosto, ele sorriu fraco e eu entendi que Jazz estava ali para me acalmar. Eu odiava como ele se sentia sobre tudo aquilo. Era um péssimo momento para ele não poder ler meus pensamentos, ele poderia entender melhor, porque eu não poderia desistir de minha criança... Ou talvez, não. Ele não gostaria de saber o quanto eu pensava em Jacob... Senti uma nova lágrima escorrer por meu rosto.

Por fim, eu fiquei mais calma, calma o bastante para que minha mente vagasse... Lembrei da primeira vez em que vi Edward e os Cullen, da noite em Port Angeles, o dia em nossa clareira, nosso encontro em Volterra, o dia em que aceitei me casar, seu rosto triunfante no altar... Nossa primeira noite, em como tudo foi maravilhoso... Em minha surpresa com as plumas no dia seguinte, como eu não o notei rasgando os travesseiros? Num movimento repentino e ofuscante, Edward ergueu a cabeça que fitava nossas mãos unidas no limiar da maca.

_Disse alguma coisa?_ Seu tom era confuso. Estranho, eu não disse nada, e é claro que ele ouviria qualquer sussurrar meu.

_Eu? Eu não disse nada_ nos fitávamos fixamente. Então, chocando-me ele se inclinou, em minha direção, no espaço pequeno. Os olhos escuros em meu rosto e a expressão intensa.

_No que esta pensando agora?

_Em nada. O que está havendo?

_O que pensava um minuto atrás?

_Só na..._ lembrei dos outros, ouvindo_ Ilha Esme. E nas plumas_ falei imaginando que ele entenderia.

_Diga mais alguma coisa_ sussurrou ele suavemente.

_Como o que? Edward o que está acontecendo?_ Sua expressão mudou e ele, muito ternamente, pousou as mãos em minha barriga. O gesto me encheu de amor e calor.

_O f..._ engoliu em seco_ A coi... O bebê gosta do som da sua voz.

_Santo Deus, você pode ouvi-lo?_ gritei admirada.

_Psiu_murmurou _ Você assustou a coi... Ele_ disse deslizando a mão, afagando a mim e ao bebê.

_Desculpe-me bebê_ falei encantada_ O que ele está pensando agora?

_A coi... Ele ou ela está..._ admirado, porém relutante, ele fez uma pausa_ Está feliz_ ele parecia não acreditar.

Eu perdi o fôlego, apaixonada, admirada, maravilhada com minha criança. Eu vi no rosto de Edward (nenhuma das expressões que infelizmente ele vinha ostentando desde que chegamos), que como eu, ele estava maravilhado com nosso filho.

_É claro que ele está feliz, bebê lindo, é claro que está_ afaguei minha barriga; lágrimas de extrema felicidade banhando meu rosto _Como não estaria, aí todo seguro, amado e aquecido? Eu o amo tanto pequeno E.J

_Edward Jacob?_ Edward ergueu uma sobrancelha. Aquiesci.

_Seu pai também se chamava Edward e bem... Não achei que você fosse se incomodar em dar um nome a ele.

_Não se preocupe, por mim tudo bem_ falou-me sinceramente, e então se inclinou sorrindo_ Ele também gosta do som da minha voz.

_É claro que gosta_ senti que poderia explodir de alegria_ é a voz mais linda do mundo, como não gostaria?

_Bella?_ A voz de Rosalie soou da cabine. Claro que ela ainda não confiava em me deixar sozinha. _Já pensou num plano B? Pode ser menina_ sua voz era animada.

_Andei brincando com alguns nomes_ falei, vendo Edward se inclinar novamente em direção ao meu ventre, ouvindo.

_Ele a ama... Ele... Simplesmente adora você, Bella_ Edward sorriu perplexo. E as lágrimas voltaram a cair por meu rosto.

_Que idéias você tem?_ Rose insistiu enquanto eu enxugava as lágrimas com as costas das mãos.

_Renesmee_ murmurei_ Como Renée e Esme.

_Renesmei?_ Jasper e ela indagaram.

_Re-nes-mee. É muito estranho?

_É lindo. E único. Então combina_ respondeu Rosalie.

Edward não parecia atento a nossa troca, mas de repente irrompeu.

_Carlisle! Você pode intervir cirurgicamente uma vez que a criança até mesmo desenvolveu faculdades mentais. Extraordinariamente, eu diria_ disse ele urgente.

_Não me venha com truques, Edward!_ Rosalie retaliou, sua voz se elevando.

_Não há truques. O ouço, e ele parece ter noção de que a fere. Está tentando não fazer movimentos bruscos, mas é difícil, não há espaço. É seguro, Rose_ eu via a sinceridade nos olhos de Edward.

_Sendo assim _ a voz de Carlisle soou baixa, vinda da cabine, ele dirigia.

_Foi insano esperar tanto tempo, contando com a sorte. Devíamos ter feito isso antes_ Lamentou Edward.

_Bella? Você decide_ Falou Rose, enquanto eu sustentava o olhar de Edward.

_Tudo bem_ murmurei por fim.

_Você será uma de nós_ Edward segurou minha mão_ Não vou perdê-la, não posso viver sem você_ ele levou nossas mãos unidas a te meu rosto afagando minha pele.

Senti uma pontada de medo, não que eu realmente temesse, era algo no estômago, como quando se fala em público... Se devia ao fato de que eu teria tudo o que sonhara ( e Jake sombreou meus pensamentos, uma vez mais) e ainda mais, afaguei a lateral de minha barriga onde meu pequeno cutucador chutou, e então nada me pareceu tão ruim, eu soube que eu faria tudo novamente. Agora eu teria Edward para sempre.

Eu não vi nem ouvi como tudo aconteceu, mas me pareceu que Carlisle convenceu a dona do pequeno hotel de beira de estrada de que precisava fazer meu parto ali, e pediu o melhor quarto. Rosalie, Esme e Alice ficaram comigo enquan to a conversa acontecia.

Edward me levou nos braços pelo estacionamento, Rose e Carlisle trazendo alguns equipamentos médicos. O quarto era simples e limpo, tinha as paredes beges e cheirava a menta. Uma vez na cama, Rosalie e Carlisle saíram. Edward sorriu, mas ainda não era genuíno.

_Vai ficar tudo bem_ falei tocando seu rosto.

_Sim_ ele beijou minha mão_ Sente dor, precisa de algo?

_Estou bem_ sorri, ele não acreditou. Eu realmente não precisava de nada e a dor, não era nada além do normal.

_Tudo pronto_ disse Carlisle, agora sozinho, trazendo sua maleta e alguns lençóis.

Edward beijou minha testa, me posicionou nos travesseiros, colocou uma bolsa de soro ligada ao meu braço e logo depois cobriu minhas pernas com um lençol. Eu assistia tudo friamente, como quem vê a um filme.

_Bella, você vai sentir sono_ a voz de Carlisle era suave enquanto ele se aproximava com uma seringa.

_Eu vou dormir?_ perguntei alarmada, embora não parecesse, minha voz soando fraca. Era difícil respirar naquela posição, mais que em qualquer outra, o peso da criança comprimia meus órgãos, incluindo os pulmões. _ Não quero...

_Bella, honestamente, seu coração não vai suportar a anestesia, se permanecer acordada ele terá de trabalhar muito mais. Vou ser rápido o bastante, não se preocupe._ Carlisle Explicou.

_Se é assim, eu prefiro ver meu bebê de qualquer maneira_ eu poderia não acordar, o veneno não seria nada se meu coração parasse de bater, eu não partiria sem ver seu rostinho. Não olhei para Edward sabendo que ele não concordaria comigo, mas ele não disse nada. Diante do consentimento mudo, Carlisle me deu anestesia localizada.

Eu não desviei dos olhos de Edward, ele tampouco. Não senti nada, mas ouvia o som repugnante e assustador de aço sendo rasgado... Lembrei já ter ouvido aquilo antes, mas tudo estava tão quieto, eu tinha tanto sono que eu não sabia ao certo o que era ou onde ouvira. Era como se meu coração estivesse se esvaindo; percebi com certa indiferença que talvez meu coração estivesse parando, era como se eu pudesse ver cada segundo passando, e eles valiam tanto...!

_Carlisle!_ vagamente me senti sorrindo ao ouvir a voz de Edward.

_Pronto!_ a voz soou risonha e Edward desviou-se de mim com relutância.

Embora eu soubesse que era por algo muito mais importante, senti-me angustiada por não poder ver seu rosto; ali, presa entre inércia e letargia, minha única certeza era ele.

_Renesmee_ Renesmee?!O choque me despertou vagamente. Meus olhos lutando para manter o foco. Renesmee.

Não era o menino pálido e perfeito de minha imaginação? O choque surpreso deu lugar a uma onda de ternura.

_Me deixe... Me dê ela aqui_ Obriguei a dizer enquanto forçava meus braços a reagirem.

Edward a pegou em suas mãos vermelhas e colocou a coisinha sangrenta se debatendo em meus braços quase como se eu a segurasse. A pele molhada era quente, tão quente quanto Jacob.

E de repente tudo ficou claro, meus olhas a focalizaram

Renesmee não chorou, respirava num arfar rápido e sobressaltado. Seus olhos estavam abertos e tinha uma expressão tão assustada que era engraçado de ver. A cabecinha perfeitamente redonda era coberta por uma grossa camada de cachos emaranhados e sangrentos. Sua íris eram de um tom familiar, mas impressionantes. Sob o sangue a pele parecia clara, de um marfim cremoso, tudo , exceto as bochechas que ardiam em cor.

Seu rostinho mínim era tão perfeito que me deixou atordoada. Ela era ainda mais bonita que o pai. Inacreditável. Impossivel

_Renesmee_ sussurrei_ Tão Linda!

O rosto inacreditável de repente sorriu, um sorriso largo e consciente, revelando por trás dos lábio cor de rosa uma fileira perfeita de dentinhos de leite e então se enroscou no calor em meu peito. Sue pele quente e macia não cedia como a minha De repente houve um golpe único e quente de dor, eu arfei e meu bebê havia ido embora.

Devolvam minha filha, tentei gritar, mas eu estava longe, afundando em escuridão.

Eu sobrevivi. Sobrevivi a minha filha e sobrevivi a tortura causticante do fogo me transformando, me trazendo a vida novamente. Eu morrera, e Edward que lutou insistentemente, com mais sofreguidão que Carlisle, com seguiu fazer meu coração voltar a bater, bater o bastante para que o veneno trabalhasse à sua maneira.

Eu despertara num lugar nada familiar. O cheiro era diferente, e eu podia sentir todo e qualquer cheiro e diferenciar todos, o quarto era diferente de qualquer um que eu conhecia, e eu poderia diferenciar cada face dos grãos de poeira no ar. A única coisa que eu conhecia desde o cheiro, e de olhos fechados, era Edward, que esteve ao meu lado durante os quase três dias em que queimei.

Depois da novidade que era o mundo e suas oito cores com aqueles olhos e de ver toda a minha família e sua real beleza, eu tinha de caçar, para ver minha que eu sabia ser linda, mas não conseguia lembrar seu rosto, porque meus olhos humanos eram cegos em comparação a minha nova visão. Edward me explicou que seu coração batia e que ela tinha sangue, eu precisava caçar. Depois da caçada Edward me explicou que estávamos na casa das Denali, mas que seria por pouco tempo. Não era prudente me deixar despertar num hotel de estrada, ainda que eu fosse tão controlada, como Carlisle disse no momento em que despertei. Mas minha maior ansiedade e preocupação era Renesmee, era tão estranho não tê-la dentro de mim, como se ela não fosse real.

Todos estavam tensos quando a vi pela primeira vez, a coisinha pequena no colo de Carmen, se inclinando em volta de Rosalie, de imediato ela teve toda minha atenção como nada até então tivera.

_Só fiquei apagada dois dias?_ perguntei impressionada.

A criança desconhecida nos braços de Carmen devia ter semanas, se não meses, de idade.tinha talvez duas vezes o tamanho da criança de minha lembrança obscura, e parecia sustentar o próprio tronco com facilidade ao se esticar em minha direção. Seu cabelo brilhante caía em cachos pelos ombros. Os olhos castanhos cor de chocolate me examinavam com um interesse que não era nada infantil; era adulto, consciente e inteligente. Ela levantou uma das mãos e ficou agitada, Rose a pegou no colo ela levou uma mão gordinha ao pescoço de Rosalie.

Se seu rosto não fosse tão impressionante em sua beleza e perfeição, não teria acreditado que era a mesma criança. Minha filha. Mas Edward estava presente em suas feições e eu estava na cor dos olhos e do rosto. Até Charlie teve lugar em seus cachos grossos embora a cor fosse a de Edward. No entanto, vê-la não a tornava mais real, apenas mais fantástica.

Tonta por dentro, dei um passo hesitante em direção a ela. Todos reagiram no mesmo instante, incluindo os Denali, formando um círculo de várias camadas em volta dela, mesmo Irina, que esteve magoada com os Cullen e não foi em meu casamento. Alice foi a única que permaneceu em seu lugar.

_Ah, dêem-lhe algum crédito_ Ela os censurou_ Ela não ia fazer nada. Vocês também iam querer olhar mais de perto.

Renesmee não tinha apelo para mim, seu cheiro era bem balanceado: cheiro de vampiro e o cheiro humano de seu sangue. Todos hesitaram, e então a criança que lutava se esticando em minha direção, soltou um gemido alto e agudo, sua expressão adoravelmente irritada. Todos se voltaram para ela, como se, como eu, nunca houvessem ouvido aquela voz. O som do choro de Renesmee me tomou, prendendo-me no chão. Meus olhos arderam de forma muito estranha, como se quisessem chorar.

_Ela quer Bella_ disse Rosalie, explicativamente. Hesitantes, todos abriram espaço para que eu avançasse até ela.

_Ela quer a mim?_sussurei.

Edward voltou para meu lado me incitando a continuar. Eu avancei devagar, medindo meus passos, sem querer assustar ninguém. Renesmee gemia ansiosa, os bracinhos esticados, as mãos fechando e abrindo sem, parar.

Alguma coisa em mim se encaixou nesse momento. O som de seu choro, a familiaridade de seus olhos, a forma como ela parecia ainda mais ansiosa do que eu pelo reencontro. Tudo se entrelaçou criando o mais natural dos padrões enquanto ela agarrava o ar entre nós. De repente ela era absolutamente real e era muito trivial que eu desse o último passo e pusesse as mãos onde melhor se encaixasse enquanto a puxava delicadamente para mim.

Tudo nesse dia foi incrível, notar como Renesmee me amava e queria que eu a conhecesse através de seu dom, a tornava mais que fantástica, eu realmente não tinha vocabulário o bastante para descrevê-la.

No entanto havia um grande e perturbador problema. É claro, quem poderia saber o que a mistura genética de vampiros e humanos poderia gerar? Renesmee parecia tão saudável e sua beleza era tão radiante que era difícil acreditar que ao que tudo indicava, ela teria muito pouco tempo de vida... Minha filha crescia e se desenvolvia rapidamente. Estava desacelerando mas ainda assim, estimava-se que ao quinze anos ela seria uma idosa.

Fazíamos pesquisas, mas como antes não havia muito a ser descoberto. Planejávamos viagens em busca de alguma pista, de lendas mais concretas. Eu não poderia ser cética sendo eu quem era. Tínhamos esperanças em lendas mexicanas e na tribo Ticuna, no Brasil.

Eu só tinha esperança, me negava a acreditar que ela pudesse partir...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, espero que compreendam minha intenção: A Fic é sobre a Renesmee, então pulei as partes Bewards e tudo o que achei que não interessa.

E aí, gostaram? reviews??

Esculachem ou elogiem.

:D