Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 14
Enquanto não forem feitos para não se partirem...


Notas iniciais do capítulo

Obrigada, Gi, minha mais nova leitora pela recomendação. ♥

Ainda lembro-me do mundo

Pelos olhos de uma criança

Lentamente esses sentimentos

Foram encobertos pelo que eu sei agora

Para onde foi o meu coração?

Uma troca injusta pelo mundo real

—Evanescence



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As semanas seguiram, o tempo implacável, naquele padrão já familiar para mim: rondas leituras e muito trabalho. O maior marco de tempo era a barriga crescente de Rachel, que não havia dado sinal de existência até pouco tempo, mas desde o mês passado estava maior a casa semana, ela estava indo para o sexto mês e ainda não conseguiram descobrir o sexo do bebê por causa da posição do feto. Rachel e Paul estavam se organizando e planejando para mudarem para sua casa, porém isso era só quando a criança nascesse, pois Paul não queria sair para trabalhar e deixá-la sozinha.

Os serviços mecânicos estavam indo bem, mas ser bom nisso garantia que os clientes não voltassem tão logo, e numa cidade pequena isso me rendia algum tempo ocioso em que, quando eu não estava lendo estava ajudando Quil com algum trabalho na casa de algum cliente. Nós havíamos entregado alguns cartões da empresa por aí, em lojas e para clientes e a empresa estava quase legalizada, com a ajuda de Sam.

Havíamos esperado as festas de fim de ano passar para começar a negociação pelo terreno para montar a oficina e o escritório, mas não havia demorado nada, em três dias conseguimos fechar negócio. Leah era minha sócia no negócio, eu usei o dinheiro que el ame deu, parte de meu fundo universitário e todo o meu lucro até ali para comprar. Os garotos e eu já até havíamos começado a levantar as paredes do galpão da oficina... Usaríamos metade da casa para fazer o escritório e faríamos um quarto na parte de trás. Antes sempre usávamos a casa de Emily quando trocávamos de turno durante a madrugada, seria bom ter onde descansar sem precisar incomodar ninguém. Rachel havia me dado um computador que já estava instalado no escritório, ela disse que seria útil, e com tudo isso, eu estava sempre ocupado. Então não pensava muito na vida.

No entanto, ainda que pela parte em minha vida onde eu trabalhava e me esforçava arduamente para recuperar o tempo eu estivesse feliz, eu era como um eclipse: o sol sombreado. Mas não havia e não haveria rotação. Jamais voltaria a ser o garoto feliz e despreocupado que havia sido. As cicatrizes ainda estavam inflamadas, os hematomas doloridos e eu não tinha certeza se algum dia poderia ser inteiro novamente, como alguém que perde um braço e ainda o sente, eu não tinha coração, como em O Mágico de Oz: ‘Você quer um coração? Você não sabe o quão sortudo és por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem’, lembrei. Acho que perdi o meu quando o dela parou; ou talvez antes, mas sempre foi teimoso demais mesmo para perceber isso.

Eu ainda me perguntava se havia feito a coisa certa, permitindo que ele a salvasse do seu jeito, deixando-a viver... Claro, meu conceito de vida sendo inteiramente distorcido pelo desespero da circunstância. Lembrei de querer apenas que ela fosse feliz e me conformar com isso quando descobri que a filha de Charlie tinha namorado, eu sabia que ela estava fosse de alcance, no 2o ano e eu e no 1o, também sabia que ela logo seria pega, tão legal como era! Lembro também de querer pedir desculpas ao Cullen pela contrariedade de Billy à família dele... Era mais fácil antes.

Tentei pensar por essa perspectiva: eu queria que ela fosse feliz, que sobrevivesse. Mas será que ela estava feliz? Devia estar, tinha tudo o que deu a vida para ter. No entanto Charlie não dava pista alguma sobre o filhote de mostro. Será que não sobreviveu? Era tão terrível que tiveram de matar ou mantinham longe e escondido de Charlie para que não bebesse do próprio avô? Charlie e eu não conversamos muito desde que eu voltei, eu deixara Billy na casa dela algumas vezes e jantamos todos juntos algumas outras poucas vezes. Ele era um homem esperto, eu tinha certeza que ele percebia que tudo isso era muito estranho, mas ele também era muito prático para deixar que sua vida fugisse de sua zona de conforto, então ele fazia vista grossa, mesmo sendo casado com a anciã de nosso conselho.

— Tio Jake tá de mau humor hoje, bonequinha_ disse Quil em tom alto para me chamar atenção, embora ele falasse para Claire. Emily tinha deixado ela aqui há alguns minutos, pelo que ouvi do tagarelar de Quil nos últimos dias ele a levaria a uma festa de aniversário de uma amiguinha.

Olhei para ele e só por sua expressão eu soube que estava de cara feia. Em seguida olhei para baixo, onde Claire me olhava parecendo assustada.

—Não é nada disso, docinho, eu só tenho muito trabalho aqui_ pisquei para ela, que assentiu_ Quil, porque não a leva para tomar refrigerante lá dentro ou jogar no computador lá no escritório, e vai logo tomar seu banho— rosnei as últimas palavras para que ele se tocasse e deixasse de me amolar. Dei uma última olhada nele que revirou os olhos, antes de me agachar na prancha e deslizar para baixo do carro. A dona dele viria as seis pegá-lo de volta. Ouvi a gargalhada de Claire dentro do escritório enquanto Quil explicava sobre o jogo idiota que ele baixou no computador, em seguida ouvi seus passos indo até a parte de trás onde tínhamos um quarto, um banheiro e uma pequena cozinha.

Ele tinha razão, hoje não era um dos meus melhores dias. Mais cedo Embry disse que estava preferindo Leah a mim, eu rebati dizendo que Leah não era mais um parâmetro de mau-humor, ele e Quil se entre olharam indecifravelmente... Eu poderia descobrir na próxima ronda, se eu estivesse realmente preocupado com isso...

As coisas estavam tranqüilas, pegamos um único vampiro em meses. A ausência de um clã na região fazia os curiosos não terem razão para curiosidades... Então as rondas na verdade eram razões para dormir na floresta...

 

Eu tinha acabado de devolver o carro para a dona e me limpei ao máximo que pude antes de fechar tudo e ir para casa, estava só verificando o galpão quando Seth chegou, querendo que eu fosse com ele a uma festa da Universidade em Seattle.

—Ah, cara, deixa para a próxima, hoje só quero dormir_ falei, enrolando correntes na porta.

—Qual é, vamos lá? A gente vai e se você não curtir mesmo, voltamos._ ele insistiu.

—Cara são horas até Seattle!_ falei rumando minha casa.

—Só duas! E se a gente tiver sorte até menos!_ disse ele me seguindo. Suspirei, sem querer me irritar com Seth, no entanto conhecendo como ele era incrivelmente irritante quando resolvia ser insistente...

—Você não vai parar, não é?

—Não!_ disse ele.

—Certo, se eu não gostar nós viremos embora. NÓS!_ falei ameaçadoramente.

—Claro, alguma vez eu já abandonei você?_ indagou ele ofendido caminhando ao meu lado pela calçada congelada. Eu apenas revirei os olhos.

Tomei banho e Seth me esperou, depois disse que íamos com o carro da mãe dele. Antes de chegarmos à casa de Sue ele me deu um fone de ouvido dizendo que eu tinha de ouvir aquela música, pois era bacana.

—Argh, Seth!!_ grunhi afastando os fones de ouvido, era um rock pesado_ Não é meu tipo_ tentei devolver os fones.

—Ouve cara, tem uma batida ótima.

—Só se for a última_ murmurei tentando entender a letra e o que tinha de tão especial nessa música. Não sabia que Seth curtia rock metal... Assim segui Seth pela calçada que dividia o jardim em frente a casa dele, achando que ele iria pegar as chaves ou sei lá...

—Surpresa!_ grita um coro de vozes soando muito longe por causa dos fones idiotas de Seth, que gargalhava atrás de mim. Eles enchiam a sala de Sue, não eram tantos, mas eram grandes: Paul, Jared, Sam, Quil, Embry... E suas respectivas, esposas e filhos, mais velho Quil, Sue, Charlie, Leah...

Tentei dizer algo, mas não consegui... Hoje era meu aniversário?

—Parabéns!_ disse Leah avançando com um pacote em mãos e me abraçando. Eu retribuí automaticamente, enquanto encarava todos os sorrisos incrédulos para mim.

—Sério que você não lembrou que hoje são 14 de janeiro?_Indagou Seth atrás de mim, mas eu ainda estava um tanto preso ao estranho olhar de Sam para mim enquanto Leah estava em meus braços. Eu apenas balancei a cabeça negativamente como resposta, Rachel vindo em minha direção e Leah lhe deu espaço, logo depois foi a pequena Claire dizendo sorridente:

—Enganamos você, não tinha festa nenhuma, seu bobo!_ e gargalhou enquanto eu a tirava do chão num abraço.

 

A pequena festa foi levada para o quintal de Sue, onde tinham preparado uma área coberta, para caso começasse a nevar e onde uma mesa com panelas fumegantes nos aguardava. A reunião seguiu até a noite e tentei banir o mau-humor e agradecer a todos sendo mais dócil, acho que funcionou. Eu ainda estava um pouco atordoado por não lembrar meu próprio aniversário, ainda que fosse algo que devia ser esperado, eu passara os últimos anos longe de quaisquer normas humanas. E uma pequena parte de minha mente se perguntou retoricamente onde eu estaria em meu próximo aniversário, eu não tinha muitas metas agora.

—Não vai abrir seu presente?_ indagou Leah, sentando-se conosco na mesa, onde estávamos Embry, Seth e eu. Eu olhei para a cadeira há alguns metros, onde estava empilhados alguns embrulhos de presente. Olhei o sorriso de expectativa de Leah e levantei para buscar seu embrulho.

—Obrigada, Leah_ falei mais uma vez enquanto sentava e começava a abri-lo.

—Você não tem feito nenhum uso do suor de seu próprio trabalho... Rachel disse que Billy falou para você decorar seu quarto e que deu dinheiro para isso, e você nada!_ tagarelou acusatoriamente.

—Leah... Isso é...

—Uma coisa sem a qual ninguém sobrevive hoje em dia_ disse Embry no meu lugar enquanto fitávamos a caixa do aparelho celular de última geração que Leah me comprou.

—Um presente_ nomeou Leah.

Logo depois Emily e Sam vieram se despedir de nós, o pequeno Raymond dormindo no colo do pai, provavelmente estava ficando frio demais para eles, quando já estavam suficientemente longe, Embry disse murmurando:

—Só eu percebi a cara do Sam quando vocês estavam abraçados?

Leah ficou totalmente surpresa.

—Eu percebi_ falei fazendo uma careta.

—Eu não notei nada_ disse Seth com a boca cheia de mais cachorro quente.

—Do que vocês estão falando?_ interpelou Leah.

—Sam não pareceu gostar da amizade entre você e Jacob_ explicou Embry, eu quase inconscientemente me movi na cadeira, completamente desconfortável com o assunto. Leah foi indiferente a reposta.

—Será que ele estava com ciúmes?_ Seth falou de forma crítica.

—Não sei, talvez seja só zelo, ele não quer o pior para Leah, pelo contrário_ falou Embry.

—E eu sou o pior?_ indaguei. Embry e Seth riram, Leah bufou.

—Esqueçam isso, ok!_ falou ela e em seguida levantou indo em direção a mãe que levava pratos para dentro.

Depois disso todos começaram a ir para suas casas, a noite avançava e a temperatura caía. Como quase todas as noites eu estava na ronda desta vez, com Embry, Seth tinha um trabalho da faculdade para fazer e Leah, apesar de ser a segunda alfa em comando, estava tentando parar em tão ela não estava realmente na escala, até porque não morava na cidade... Sentindo-me em divida com eles eu ficava em todas as rondas e deixava que eles se organizassem como quisessem sobre as rondas, eu não queria mandar em ninguém e sabendo disso, em geral era fácil agir em grupo mesmo sem dar uma ordem dual, hoje Embry resolveu tirar o turno de Quil. Claro que nunca tivemos uma situação transgressora da parte de ninguém... Estava tudo muito tranqüilo.

“Ei cara, vou correr o perímetro leste, só pra garantir”, disse Embry assim que se transformou. Eu levantei sacudindo os pêlos e corri, ao contrário de Embry, num círculo menor que ele contornaria, imaginando se devia cortar os cabelos...

“Devia mesmo, parece um poodle sem toza”, respondeu meus pensamentos e ao longe o ouvi ganir uma risada. Eu rosnei para ele, que não se abalou a mente voando em seus próprios pensamentos... Ele parecia preocupado.

“Algum problema?” indaguei, ele hesitou mentalmente, mas pude ver de relance... Nossa! Ele ganiu desgostoso que eu tivesse sacado tão facilmente.

“Não conte a ela!”, pediu. Eu bufei: “Como VOCÊ não contou a ninguém?!”

“Eu não tenho certeza, ok! Pode ser bobagem...”, defendeu-se.

“Claro-claro” hesitei perdido nessa declaração forçada de Embry. “Sério, cara, a Leah?” , demandei, ele rosnou alguns palavrões, em sua mente sua afirmação relutante.

“Ela é linda! E está tão diferente... Tão doce! Como nas antigas lembranças de Sam”

“Sim, ela mudou bastante, mas acha que é seguro, quero dizer, não quero que el ase magoe, você sabe e se...”

“Depois de tantos anos, você acha que ainda vamos sofrer imprinting?”, eu via em sua mente que essa era uma razão para que ele não levasse os próprios sentimentos a sério.

“Honestamente, não sei, quem pode saber... Sei que todas as nossas histórias são reais e, bem, Taha Aki sofreu imprinting depois de décadas, com sua Terceira Esposa. E Leah tem um cara aí... Você sabe.”

“Eu sei...” pensou tristonho.

“Não estou dizendo que não pode dar certo, mas você tem de pensar nisso seriamente, é um passo que mudaria tudo... Nunca tivemos casos amorosos dentro da matilha”, falei tentando não ser o estraga prazeres...

“Leah é a primeira mulher na história, Jake! Mas você tem razão, eu não quero magoá-la, além disso, ela está bem com esse cara, não é? Sem contar que isso ficaria muito estranho, sabe ela já namorou Sam... Não vou dizer nada, ao menos não por enquanto.”

“Você sabe que se ela resolver mudar de forma é improvável que ela não fique sabendo disso”, avisei. Ele suspirou profundamente, sabendo que Leah saberia disso cedo ou tarde.

 

O trabalho na agência de serviços ia de vento em poupa e tinha bastante trabalho agendado. Tive que comprar um carro que pudesse agüentar longas viagens e o peso de todo o material das obras que fazíamos, assim dei entrada numa pick-up Ford F-Series, minha primeira compra em meses de trabalho, e que compra! Era fantástico dirigi-lo, quero dizer, provavelmente não era como a direção da Ferrari que vi meses atrás, mas era mais macio e mais forte que meu rabbit, embora a direção manual dele não exigisse tanto esforço para mim.

Era março e eu havia ido fazer um orçamento em Port Angeles, eu vinha passando muito tempo por aqui, havia trazido Quil para um trabalho com encanamentos há dois dias e trocamos parte de um assoalho n o dia anterior, hoje eu estava só.

Havia sido um dia anormalmente quente, principalmente contando que acabamos de sair de um inverno rigoroso... O sol estava se pondo e as pessoas iam e vinham pelo píer, entrando e saindo das lojas... Era fácil ignorar o fluxo movimentado enquanto eu encarava as gaivotas voando, ou boiando no mar cinzento... Eu não tinha pressa enquanto todos a minha volta faziam planos par ao jantar ou encontrar alguém, eu tinha todo o tempo do mundo e podia desperdiçá-lo as vezes... Não, mas hoje não, Seth estava animado que correríamos juntos hoje, ele foi quem mais sofreu com minha distância se tratando da alcatéia... Ficou sozinho, nem pertencente a uma coisa nem a outra, completamente inútil em sua forma forte e rápida. Ainda relutante em deixar meu momento de quietude dei um e outro passo atrás sem me virar na direção da rua, e senti o baque leve em algo relativamente duro.

—Ah! Eu nem havia provado! _ a voz veio de baixo e ressentida. A garota afastava a blusa suja de sorvete do corpo, uma casquinha de sorvete jazia quebrada no chão.

—Não olha para onde anda?_ demandou ela em voz alta embora não fosse um grito.

—Tá falando comigo?_ falei mais duramente que ela.

—Tá vendo algum outro cara enorme andando como se não houvesse mais ninguém no mundo?_ grunhiu acidamente e girou nos calcanhares muito rápida e agilmente, marchando para longe.

Fiz um muxoxo para mim mesmo, algo como: “que se dane”, mas talvez, apenas talvez eu ainda tivesse um coração, afinal, porque me senti um idiota por tratar mal uma pessoa que nada tinha a ver com quem eu era; não deve ter sido legar ser atropelado por “um cara enorme andando como se não houvesse mais ninguém no mundo”; para mim não foi nada, mas ela era apenas humana e deve ter sido uma trombada e tanto; eu sequer pedi desculpas.

Girei em meus calcanhares a procura da garota mal-humorada, não foi difícil achá-la, farejei meu moletom e segui, em alguns passos a alcancei e forcei minha voz para fora antes de estar ao seu lado para alertá-la de minha chegada:

—Ei, você!_ ela olhou para trás e apressou os passos.

—Você, com sorvete na blusa_ e eu estava ao seu lado. Ela me olhou de esguelha, mas continuou andando.

—Eu só queria pedir desculpas_ e adoraria dizer que geralmente não agia assim, mas isso era mentira.

Ela parou e me olhou desconfiada, obriguei-m e a olhar realmente para ela. A garota tinha a pele clara, os cabelos castanhos dourados eram finos e ondulados caindo em volta dos ombros e os olhos eram escuros, e tinha sardas douradas salpicadas pelo nariz arrebitado:

—Posso pagar outro sorvete, você disse que nem havia provado_

—Não, obrigada_ disse ela ainda de mau-humor e fez menção de voltar a caminhar.

—É sério, não me custa nada, como um pedido de desculpas_ sua expressão relaxou, embora ela ainda estivesse desconfiada e por fim ela disse com relutância:

—Tudo bem_ e me olhou profundamente enquanto eu fazia um gesto indicando que ela seguisse primeiro para a direção da sorveteria mais próxima.

Paramos esperando nossa vez de atravessar a rua, ela me olhou de soslaio de novo, provavelmente se perguntando se eu não era louco.

—Meu nome é Anne_ estendeu uma mão diante de si.

—O meu é Jacob_ falei cumprimentando-a.

Na sorveteria eu fui para o balcão e ela disse, não me seguindo:

—Vou dar um jeito nisso, só um minuto_ gesticulou para a roupa e então seguiu em direção ao banheiro.

Pelo cheiro eu sabia que o sorvete devia ser de chocolate e amêndoas, foi o que pedi. Então ela estava de volta, a blusa que vestia na mão e agora vestida com o moletom que antes estava amarrado na cintura.

—Não teve muito que fazer_ falou explicando-se e sorriu parecendo ter superado a raiva.

—Chocolate e amêndoas...?_ falei lhe entregando o sorvete. Ela sorriu de novo, um sorriso bonito, eu sorri também, só um pouco, era mais uma contração involuntária dos músculos do rosto.

—Para alguém tão desatento você é até bem preciso_ falou ela. Eu assenti uma vez enquanto pagava e saí, ela ao meu lado.

—Tchau, Anne_ falei indo em direção ao meu carro, uma rua dali. Ela pareceu hesitar na calçada e então ouvi-a dizer:

—Tchau, Jacob.

 


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever esse capítulo, gente! Adoro escrever pelos olhos do Jake! Espero que tenham gostado.

Bem... Teve gente que me abandounou, nunca mais deixou um comentário sequer, é uma pena, mas em contrapartida ganhei novos leitores, já são vinte e nove, pena que no máximo 10 deixam comentários, né! Obrigada a todas que comentam, vc's são umas fofas!

O que acharam? Review's?!