Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 13
Vivendo


Notas iniciais do capítulo

"Querida, se você não se importa
Eu gostaria de viver a mentira de que vou sobreviver
E, se você não se importa
Eu gostaria de escapulir e deixar tudo para trás"
If You Don't Mind- Evanescence
Grenade- Bruno Mars me inspirou muito nesse capítulo, também.



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Eu apenas não deixava de pensar em todo o desperdício, desde o inicio jogando minha vida fora, minhas palavras ao vento e meu tempo no lixo. Eu tinha certeza de que nunca ia esquecer, minha condição inumana me garantia uma ótima memória; para meu mais completo desprazer.

Era como se eu vivesse em dois mundos paralelos; num deles eu era um cara tentando recuperar o tempo perdido, o irmão atencioso com a irmã grávida, o alfa absoluto e protetor do meu povo, o cara estudioso tentando dar algum orgulho ao pai; Noutro eu vivia no passado, um passado que tinha como íncola um futuro que morreu antes de se fazer presente, onde eu ainda tinha as conversas sussurradas dentro do rabbit; ainda tinha a sensação de poder curá-la daquela loucura; onde eu ainda a via me observando; onde seu coração há tanto morto, ainda batia; quando ela exercia aquela absurda força sobre mim, me puxando, me atraindo como um buraco negro numa órbita desconhecida; onde eu apenas a queria, a amava. E nesse mundo ela ainda me puxava, minha mente quando desocupada gravitava para esse universo inexistente onde meu coração parecia bater com mais alegria e mais força no ímpeto de fazê-la ver, viver... Antes que tudo pudesse levar a um caminho ainda mais sombrio. E em ambos os mundos seus olhos quentes de chocolate ao leite me assombravam inexoravelmente.

Na semana seguinte a minha volta, Billy tratou de fazer uma reunião com o conselho para resolver formalmente a questão do alfa, uma vez que Sam, mesmo antes de minha volta, estava evitando a transformação a fim de obter algum controle quando pudesse parar de uma vez por todas. Outra razão para a reunião era unir as matilhas e Jared e Paul deixarem oficialmente seus serviços de protetores, embora eles especialmente Paul ainda não possuíssem controle o bastante. Leah veio de Seattle para essa reunião, afinal, ele ainda era parte da alcatéia, e tão pouco tinha o controle apropriado para que parasse de mudar de forma tão logo; as sessões de yoga nos últimos anos serviram para acalmar seu temperamento, mas nada tiraria a necessidade que sentíamos de deixar a outra forma sair e correr.


Depois de todos os discursos sobre responsabilidade e orgulho tribal e a nossa história desde que éramos uma tribo de pescadores, nada muito diferente do que Sam me disse quando me transformei pela primeira vez ou do que cresci ouvindo, sabendo Billy o que me aguardava, Leah, Seth, Embry, Quil e eu partiríamos para a nossa primeira ronda como uma alcatéia inteira e reorganizada. Ainda tínhamos uma teoria a testar, algo que Leah me dissera há muito tempo atrás, no inicio de minha odisséia solitária: se ao simplesmente decidir me seguir o elo mental necessário entre nós passaria a existir. Eu começava a tirar minha jaqueta para seguir por onde Leah, Seth e Quil estavam na floresta, Embry ainda de bermuda me esperava há alguns metros, quando meu bisavô, Quil, ou Velho Quil, avô de minha falecida mãe, Sarah, me chamou com um gesto fraco inerente a um idoso da sua idade, dei alguns passos e me agachei ao seu lado ainda na cabeceira da fogueira, Billy ao seu lado conversava com Sue, que desde a morte de Harry era parte ativa do conselho.

—Vejo sua tristeza, menino, suas sombras são profundas, eu sei._ disse-me o velho com sua voz fraca de tenor. _Mas o sol sempre nasce, mesmo depois de meses de chuva constante_ ele olhou para cima para o céu escuro de nuvens carregadas, eu tive a impressão de um sorriso em seu rosto enrugado_ E não esqueça que mar calmo não faz bom marinheiro.

Sorri para ele por sua perspicácia e assenti levantando e seguindo par aonde Embry esperava. Não foi exatamente uma surpresa que pudéssemos nos ouvir, afinal, mas foi uma grande alegria estarmos juntos. Ficamos a noite inteira trocando informações, me distraí com a relutância de Quil e Embry em partilhar suas mentes com Leah e mais tarde com a surpresa que não fosse tão desagradável quanto já fora, ela ficou um tanto ofendida, mas não fez alarde; Leah sabia que não foi a melhor companheira na matilha. Eles adoraram minhas lembranças dos lugares por onde passei, dos por dos sol em lugares hipnotizantes no Andes, regiões caribeñas... E a noite passou.

E o tempo passou... Paul fez como pedi e disse por aí que eu estava trabalhando como mecânico. Eu sabia que não seria fácil encontrar o primeiro cliente, afinal eu havia voltado há pouco, e as pessoas que moravam na reserva há pouco tempo não me conheciam e assim foi por semanas, no entanto, uma vez que eu tivesse um carro em minhas mãos, não demoraria a aparecer clientes, e assim foi. Com um serviço bem feito e um preço justo eu precisei chamar Quil para me ajudar ou demoraria mais que o suficiente para aprontar os carros que eu concertava na minha garagem mesmo. O dinheiro que entrava era um bom começo.

Eu dividia meu tempo entre o trabalho, os estudos para as provas e as rondas, sempre ocupando ao máximo a minha mente. Ainda que fosse um esforço nem sempre recompensado, as lembranças eram como água sob pressão: buscando a menor brecha para fazer tudo explodir... A dor era como ondas; às vezes não existia, eu era como uma piscina, outras vezes como o mar em tempestade, quase me enlouquecendo.

Os dias continuaram passando e eu constantemente me lembrava do trecho de uma compilação de obras de Shakeaspere que eu li para a prova de literatura: ‘Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar’. Como eu fiz por merecer, passei em todas as provas e eu poderia se quisesse mandar requerimentos para universidades, o que estava nos planos, mas não por enquanto.

Os planos para curto prazo era expandir o negócio da oficina e até mais, quem sabe. Por exemplo, tinha um senhor que enquanto eu verificava seu carro falava no telefone sobre precisar de um eletricista pra consertar o portão da garagem, que havia tido curto-circuito. Eu falei pra ele que tinha um amigo que entendia dessas coisas, o Quil, e que ele trabalhava comigo e era de total confiança. Quil terminou os estudos e fez muitos cursos no horário escolar de Claire, desconfio que era para poder dar presentes e mais presentes para a menina... Acho que poderíamos fazer pequenas obras, do tipo, trocar telhados, assoalhos, pintar uma parede. Assim tive a idéia de agenciar serviços e além da oficina, funcionar ali a sede da Wolf's services, mas para isso eu precisaria de mais espaço, e estava de olho no terreno no começo da rua, há duas casas da casa de Rachel. Mas eu não tinha certeza sobre usar todo o dinheiro que meu pai juntou para minha universidade. Talvez se eu trabalhasse duro mais alguns meses...

—E é essa a idéia_ eu explicava para os garotos, todos em minha garagem, isso fazia o lugar ficar abafado, com tantos corpos quentes. Eu tinha o capô de um cliente aberto e as mãos sujas, Leah estava na cidade pelo fim de semana, e agora jazia sentada em um pneu velho, os garotos: Embry, Quil, Seth e Paul estavam espalhados, escorados em mesas, nas paredes, sentados no chão...

—Eu já posso dar consultorias_ falou Seth referindo-se a sua faculdade de engenharia civil.

—Eu sou bom com encanamentos e o cara daquele dia gostou do meu trabalho no portão da garagem dele_ disse Quil animado.

—Eu posso dar uma ajuda com algum tipo de eletrônico._ Paul se disponibilizava.

—Você deu curto circuito na cafeteira de minha mãe_ disse Lee para Paul, os garotos gargalharam, eu tive de sorrir_ Eu tenho dinheiro no banco_ acrescentou ela. Todos a olhamos, um segundo de silêncio surpreso. Que ela indiferentemente fingiu não perceber, eu a olhei e sorri em agradecimento, Leah poderia ser uma boa sócia...

—O curto circuito me fez ter certeza de qual era o defeito e Sue usa a cafeteira até hoje_ Paul se defendeu enquanto os garotos o zoavam, ele ignorou_ Acho que Sam pode ajudar com a papelada da empresa_ sugeriu.

—Então nós já temos uma empresa?_ interpelou Seth.

—Temos que sair e comemorar_ anunciou Embry, ainda vestido de policial por conta de seu último turno.

Eu ainda estava realmente surpreso que esses caras, incluindo Leah, houvessem tomado gosto por festas e paqueras. Talvez isso fosse parte de crescer no mundo humano, ou talvez só de crescer. E eu não havia crescido da mesma forma, passando por todas as etapas de forma banal e saudável, eu não vivera todas as fases e experiências naturais durante a adolescência, eu era um lobo gigante correndo pelo mundo nesse período. Enquanto isso meus irmãos faziam o melhor com suas vidas apesar das responsabilidades e dificuldades de ser um jovem lobo explodindo de dentro das roupas por qualquer irritação.

Por outro lado, eu me sentia tão mais velho que eles, ou talvez minhas poucas experiências fossem apenas mais densas e excruciantes.

Eu seguia os garotos enquanto entravamos num bar em Port Angeles, a música estrondosa inicialmente feriu meus ouvidos lupinos, mas logo me adaptei. Eles seguiam em direção ao bar e eu não deixei de notar os seguranças e alguns caras nos olharem de cara feia, quatro caras enormes juntos talvez parecessem encrenca, ainda que Leah estivesse conosco, muito feminina e bonita com uma jaqueta bege por cima do vestido preto e curto, com botas até o joelho... Ela havia rido das expressões de Embry e minha quando a vimos antes de vir a Port Angeles.

Uma vez no bar, Leah e Embry começaram a fazer pedidos, nomes de bebidas que eu nunca ouvi falar... Quil me entregou um copo cilíndrico e grande com algo cor de suco de abacaxi no fundo e recipiente estava completo com algo líquido de cor azul fluorescente.

—Não, acho que vou ficar bêbado com um só gole_ falei, Quil riu e Embry bufou dizendo:

—Nem com uma garrafa inteira. Lembra quando a morfina queimava rápido demais quando o doutor sanguessuga tratou você?_ Embry comentou despreocupadamente olhando ao redor com um olhar de predador, enquanto eu estremecia com todas as lembranças que seu comentário me arremeteu.

Bom, eu não tinha realmente como saber, pois não tive tempo para pensar nisso, muito embora isso fizesse todo o sentido; nenhum de nós ficarmos bêbados, nosso metabolismo tão rápido queimava facilmente o álcool, assim como alimentos e qualquer tipo de remédio.

—Você vai ficar, no máximo, alegrinho_ disse Lee.

—Ou, se beber muito em pouco tempo, bêbado, mas só vai durar alguns minutos_ Embry continuou Embry, explicando.

—Bom saber que não vou ter ninguém reclamando de fazer rondas por estar de ressaca_ falei.

—Nós bebemos apenas porque gostamos do sabor, então se não gostar desse, experimente outro_ disse Quil.

—Como se sente estando aqui bebendo enquanto sua garota está em casa dormindo?_ perguntei ao Quil que dava um longo gole em sua bebida vermelha, antes de responder:

—Minha garota tem apenas nove anos de idade, eu apenas estou com meus amigos, fazendo coisas permitidas para alguém da minha idade, não é como seu, não que eu sinta vontade, estivesse paquerando ou estando com alguém, você sabe como é.

Sim, eu sabia, e já havíamos conversado sobre isso, também anos atrás; ele simplesmente não via outras mulheres como um cara comum vê, ainda que sua prometida fosse uma criança cuja ele tampouco visse como sua provável futura esposa.

— Cara, bebe isso logo ou vai esquentar_ avisou-me Seth.

Eu olhei para o copo em minhas mãos, pensando se esses lobos não eram uma péssima influência... O cheiro era principalmente adocicado, mas era possível sentir o aroma de alguma bebida destilada. Tomei, hesitante um gole, e era bom e gelado, tinha sabor de framboesa, e ao fundo o sabor de álcool se fez presente.

Já estávamos ali há algum tempo, eu não tinha certeza de quanto tempo. Leah e Quil estavam dançando, Embry conversava animadamente com uma garota, que segundo Seth, ele ficava de vez em quando... Eu já havia bebido bastante do coquetel com suco de abacaxi, e passei alguns minutos sentindo a cabeça estranhamente leve e rindo de qualquer história boba que Seth contava, ele estava ao meu lado, jogando conversa afora, quando do nada alguém se colocou entre nós, no espaço entre nossos bancos no bar. A mulher se inclinou no balcão e olhou para mim. Ela sorri e eu dei mais um gole em minha bebida, o efeito fugaz das anteriores já havia passado.

—Por que você não me paga uma bebida como a que está tomando?_ ela sugeriu, passou-se um longo segundo enquanto nos encarávamos.

—Outra, por favor?_ eu pedi ao senhor atrás do balcão. Ela sorriu em aprovação. O homem serviu a bebida e a colocou na minha frente, eu impeli o copo na superfície lustrosa de madeira em direção a jovem mulher. Ela deu um gole olhando em volta e não parecia com intenção alguma de ir embora, percebi com minha visão periférica. De repente sua risada baixa e curta irrompeu enquanto ela se virava na minha direção:

—Sabe, quando uma mulher quer uma bebida, ela não quer exata ou somente a bebida..._ disse ela me olhando firme e sugestivamente.

Atrás dela Seth se inclinou olhando ao redor dela para mim, eu o encarei. Ela se virou um pouco, percebendo nossa troca.

—Ah_ ela arfou_ Eu sinto muito, realmente. Obrigada!_ disse ela apontando o copo em sua mão e se retirou, embrenhando-se entre as pessoas.

Seth deu um tapa seco em sua própria testa e abaixou a cabeça, a mão no rosto.

—Que foi?_ cuspi exasperado.

—Você é um ogro! Ela estava a fim de você, e acha que nós dois somos um casal. Além disso... Era uma gostosa!_ sua expressão era de dor, eu revirei os olhos.

—Ah, Seth!! Pelo amor de Deus!_ dei de ombros.

—Vai atrás dela cara!!_ ele me disse, impetrante.

—Que foi?_ Leah e Quil estavam conosco interrompendo a conversa.

—Uma gata, muuuito gostosa deu em cima do Jake e saiu daqui achando que somos gay’s— dei de ombros para a ênfase de Seth à palavra, Quil gargalhou e Leah me encarou.

—Quem era aquele avião que estava aqui?_ Embry indagou de chegada, colocando seu copo vazio sobre o balcão. Eu suspirei e Quil repetiu a explicação de Seth, Embry bufou:

—Isso é sério?_ ele sorria incrédulo, _ Cara, vai lá conversa com ela, você não precisa contar sua vida para ela, nem levá-la para sua casa, ou coisa assim

—Desculpe-se pela grosseria e diga que não estamos juntos_ Seth puxou minha jaqueta, tentando me fazer levantar, Leah cruzou os braços e me empurrou com o ombro para logo depois sentar em meu lugar.

— Ok!_ falei olhando em volta. Eu não tinha certeza sobre a cor do seu cabelo ou como estava vestida, mas seu cheiro era algo que inconscientemente eu registrara, como todo cachorro que se preze. Então eu a rastreei.

Eu estava no meio do salão andando meio que no automático, talvez eu não estivesse tão livre assim do efeito de todas as bebidas... Então eu a vi, eu sabia que era ela, porque embora eu não tivesse prestado muita atenção, eu não era cego, e tinha memória. Estava sentada em sofás negros de couros com um grupo de jovens mulheres, amigas, imagino. Então de repente ela se levanta sozinha e me obrigo a prestar atenção em sua calça jeans colada e nas curvas que agradariam qualquer homem, incluindo um ogro, ela tinha os cabelos lisos em um tom escuro de loiro que não parecia ser natural, ia até abaixo dos ombros. Eu hesitei, e pensei em simplesmente voltar para meu lugar, quando olho pra trás e, exceto Leah, todos fazem gestos para que eu vá atrás da garota.

Eu fui à direção em que ela foi e vi que ela entrou no banheiro. Mais uma vez pensei em voltar, afinal, o que eu ia dizer?! Eu não tinha certeza de como fazer isso Ela foi rápida e eu ainda estava no meu dilema quando ela parou na porta do banheiro e me viu na entrada do corredor que levava aos sanitários. Ela veio em direção à saída me olhando nos olhos. Antes que ela chegasse realmente perto, falei:

—Desculpe seu eu fui grosseiro_ eu na verdade não estava arrependido de nada, e me perguntei por que eu estava ali; porque todos me “pressionaram” como a uma criança; Droga, eu é quem sou o alfa, não devia me deixar...

—Não se preocupe_ disse-me ela com um sorriso.

—Meu amigo ficou bem incomodado porque pareceu que éramos um casal_ falei seguindo a linha de Seth.

—E não são?_ balancei a cabeça_ Então você tem namorada?

—Não, não tenho_ falei com um suspiro contido, ela sorriu mais abertamente antes de perguntar:

—Não me achou interessante?_ sua postura mudou e ela deu um passo adiante, se esticando milimetricamente como que para que eu tivesse uma visão melhor dela.

—Bom... Você é bem interessante, na verdade_ e algum instinto me guiava enquanto eu percebia minha disposição mudar nesse jogo. Minhas mãos ainda estavam nos bolsos, mas ela pegou meu pulso e em seguida minha mão. Havia uma saída de emergência e ela caminhou para lá me puxando pela mão e eu me deixei levar, ela empurrou a porta e tremeu com o vento frio que soprava.

A garota se virou para mim e colou nossos corpos e tremeu de novo com o contraste de temperatura.

—Nossa!_ murmurou olhando para cima, para o meu rosto. Senti-a ficar na ponta dos pés para alcançar minha boca e instintivamente eu me curvo o suficiente para que ela alcance, e a garota os captura. Sua boca não é fria para mim como o resto do seu corpo, também não é quente, mas é gostoso. E eu expulso de minha mente a lembrança de meu último beijo, concentrando-me ao máximo no presente. A garota arqueja em minha boca me fazendo perceber que a puxei com força para mim, talvez força demais. No entanto, ela não se afasta, parece gostar, e eu gosto da sensação de poder que isso me traz.

Minha mão sobe por sua cintura te alcançar sua nuca, ela suspira novamente, intensificando o beijo, sua língua procurando a minha. Meu outro braço envolve sua cintura; sua mão puxa em meu rabo de cavalo e é minha vez de ofegar. Wow! eu penso.

—Você é tão quente..._ ela murmura contra minha boca, e eu rio do duplo sentido, ela sorri maliciosamente, os olhos que agora sei que são azuis parecem arder... Sua pele parece um ou dois graus mais quentes, passando de morno fraco para quase quente... Eu não sabia dizer se era pela proximidade comigo ou desejo.

Os beijos quase devoradores duram algum tempo, eu não poderia dizer quanto, e enquanto isso as mãos dela passeiam por mim com certa liberdade ainda que eu hesite em fazer o mesmo com ela...

—Eu tenho um apartamento aqui perto _ diz ela, de repente, ofegante. Eu paro, simplesmente chocado. Meu cérebro lutando por uma resposta plausível. Ela era linda, qualquer cara gostaria de... Bem, mas e eu? Eu não era qualquer cara, eu sequer sabia o nome dela ainda. Eu queria isso? Não, eu não queria. Eu tinha todo tempo do mundo e não estava assim tão desesperado. E, eu passei tanto tempo idealizando isso com a garota que eu verdadeiramente amei que, não acho que eu conseguiria... Mesmo que eu estivesse, fisicamente, muito animado por isso. Levou só um segundo até que eu chegasse a essas conclusões.

—Na verdade, eu não posso. Preciso acordar muito cedo amanhã. Eu preciso ir_ lancei-lhe meu melhor sorriso de desculpas, acho que deu certo, pois ela sorriu:

—Você parece tão doce!_ e ela me deu um selinho_ Mas tenho certeza que pode ser muito selvagem.

—Eu preciso mesmo ir!_ falei afagando sua cintura. Ela aquiesceu e a guiei pelo caminho de volta da saída de emergência.

Uma vez dentro do bar eu acenei e virei em outra direção.

—Eu não sei seu nome_ ouvi-a dizer, mas um humano comum não ouviria
àquela distância e com aquela musica.

Os garotos ainda estavam no bar. Todos me olharam maliciosamente e ergueram os punhos em cumprimento, Leah ainda estava sentada em meu lugar, sugando pelo canudo uma bebida laranjada e então disse séria:

—Foi bom pra você?

—Rolou?!_ indagaram Seth e Embry. Eu fiz careta.

—Não o que eu acho que vocês estão pensando!_ respondi, eles sorriram nada afetados por minha resposta negativa, mas antes que eles dissessem algo Leah anunciou:

—Eu estou indo para casa!


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Notas finais do capítulo

Gente eu estou tão boazinha!! Terceiro capítulo em menos de cinco dias...
Nem sei porque se tem gente que nem tá lendo ou se tá se uniu ao fantasminhas, né!
Espero que tenham gostado do capítulo. Vc's conseguiram ver a imagem que eu coloquei? Porque as ultimas simplesmente não foram exibidas, sabe-se lá porque!
Ah, tem um grupo no Face Book do qual eu faço parte: Loucos por Fanfics crepúsculo, que eu adoraria que participassem pra poder conhecer vc's, então quem quiser é só publicar lá, sempre que eu atualizo a Fic publico lá também, é só curtir ou comentar que vou saber quem são..
Review's