Meu Querido Nerd. escrita por Cacau54


Capítulo 5
CAPÍTULO 4 – SÓ QUERIA UM COCHILO!


Notas iniciais do capítulo

Meus amoooores, estou tão feliz por estar agradando com a história e muito feliz com os reviews do capítulo anterior! Um beijo especial para Manuca Ximenes, sue2011, Dani Marie, Jully Masen, Carol Patt, FuckHawn e a Fer_black! Muito obrigada mesmo, vocês me deixaram pulando de alegria. Leiam as notas finais. Ok? Boa leitura.



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No capítulo anterior...

“Coloquei uma roupa confortável e deitei em minha cama aconchegante, para uma noite incrível de sono, mais incrível ainda seria se eu parasse de imaginar como deve ser o nerd sem camiseta”.


Alguém deve ter jogado uma praga em mim, porque além de estar de castigo, sem carro, sem dinheiro, sem vida social – não que a minha fosse muito grandiosa, mas enfim – detenção dois dias da semana e eu acordo no meio da madrugada, insônia.

Desci rapidamente até a cozinha tentando não fazer barulho, se não é bem capaz de Charlie descer aqui com uma arma atirando pra todos os lados. Meu pai é delegado, está acostumado a dar ordens e meter tiro quando é necessário e essa parte de ter um delegado na família é muito bom quando se trata de Isabella e Emmett Swan.

Procurei na gaveta de remédios o meu remédio pra insônia e apenas encontrei caixas vazias dele, e isso me leva até meu querido irmão urso. Não acredito que aquele infeliz tomou o resto e ele sabe que geralmente eu preciso. Ninguém merece.

Voltei me arrastando pro quarto, com muita vontade de invadir o quarto do meu irmão e socar-lhe a cara até o dia raiar. Mas eu não posso fazer isso, então voltei cabisbaixa para meu quarto, ouvi meu celular apitar e corri procurar por ele, se minha mãe lembrar que não pegou meu outro bebê, ela rapidamente vem aqui.

Encontrei-o em baixo de uma pilha de roupas, uma mensagem de texto de um número desconhecido.

“Olá Isabella. Consegui seu número com um de seus amigos, agora vamos poder trocar sms sempre! Desculpa o horário, mas eu precisava fazer essa surpresa”.

Não preciso nem perguntar quem foi o autor da mensagem, com toda a certeza foi Alice Cullen. Essa garota realmente precisa largar do meu pé e eu já tenho até noção de quem passou meu numero pra essa maníaca perseguidora.

Jacob, você me paga.

Não vou responder essa maluca, vai que ela resolve puxar assunto e isso não vai me ajudar nenhum pouco a dormir novamente. Depois de dobrar minhas roupas, organizá-las no guarda roupa, ver as fofocas na internet, jogar vídeo game eu ainda não havia conseguido pregar os olhos.

Fui até a cozinha novamente, peguei um copo de leite e um pedaço do bolo de chocolate que Renée obviamente comprou já que ela não nenhum dom para bolos. Se bem que eu não posso reclamar, porque também não sou das melhores.

Fui pra sala, me estiquei no sofá e comecei a assistir filme. Mas só tem filmes românticos e alguns para maiores de dezoito anos, então resolvi jogar vídeo game novamente... E foi assim, que eu finalmente consegui pegar no sono.

(...)

Senti um cutucão na minha bochecha, me mexi desconfortável. Virei-me para o outro lado com dor nas costas ouvi alguém resmungar perto de mim.

– Isabella levanta daí, vou vender sua cama já que gosta do sofá – meu pai resmungou me dando mais um cutucão.

– O que? – perguntei meio grogue.

Abri os olhos com dificuldade e me deparei com Charlie me olhando seriamente com os braços cruzados, a televisão ligada e o controle do vídeo game em cima da minha barriga. Ótimo lugar pra dormir Isabella.

– Insônia novamente? – ele perguntou e eu assenti – Acabou seus remédios e já até sei de quem é a culpa.

– Emmett – nos dois falamos juntos.

– Vai tomar um banho, já esta na hora de ir para a escola.

(...)

Dessa vez eu grudei na porta do jipe de Emmett pra ir com ele até a escola. Nada de Renée discutindo comigo logo pela manhã, nada de Renée me dar carona, nada de mãe super louca pra me deixar super pirada hoje.

Quando chegamos à escola eu dei de cara com Alice Cullen e para o meu azar, ela me viu e veio saltitante na minha direção.

– Não sabia que tinha feito uma amiga – Emmett observou a garota.

– E eu não fiz, ela é uma louca perseguidora – falei fazendo careta.

– Boa sorte – meu irmão começou a sair.

– Emmett não me deixa sozinha! – falei um pouco alto pra ele ouvir – EMMETT! – gritei assim que ele avançou mais ainda.

– Oi Bella, recebeu minha sms à noite? Eu sei que era um horário péssimo pra esse tipo de coisa. Mas eu não aguentei de ansiedade – ela falou rápido demais.

– Tenho uma curiosidade – aproximei meu rosto do dela – Você nunca perde o folego?

– Eu perdia antes, mas depois de um tempo eu comecei a fazer um exercício – ela começou a falar rapidamente de novo – Quer aprender?

– Não. Obrigada.

Comecei a caminhar rumo aos armários, aquela nanica ficou falando desde o estacionamento até o meu armário e os garotos estavam rindo da minha cara, por causa da garota no meu pé. Fiz careta pra eles e isso só serviu pra rirem ainda mais.

– Alice – parei de repente a surpreendendo, o que a fez trombar comigo – Porque você não vai procurar alguma outra pessoa do colégio pra conversar? Cadê o nerd do seu irmão?

– O nome dele é Edward, pensei que soubesse disso – ela ignorou totalmente minhas perguntas.

– Eu não consigo lembrar o nome dele, então é mais fácil falar por nerd mesmo. Porque você não vai com ele? – deu o melhor sorriso que consegui.

– É uma boa ideia, preciso falar com ele sobre a festa que vamos dar. Até mais Bella – ela saiu acenando pra mim.

Fiquei um tempo vendo-a se afastar, mesmo ela sendo irritantemente alegre parece ser uma boa pessoa e nunca alguém ficou tanto tempo perto de mim, muito menos uma garota pra ser minha amiga. Mas o que me deixou intrigada mesmo foi à palavra festa na mesma frase onde existiam as palavras vamos dar em que eu sabia que ela estava falando no plural, porque estava se referindo ao irmão.

– Eu ouvi bem Bella? – Jacob, Emmett e os meninos chegaram perto de mim encarando Alice se afastar – Ela falou em festa?

– É ao que parece ela falou festa mesmo – falei dando de ombros – O que eu não entendi, eles vão dar uma festa pra que? Não conhecem ninguém.

– Faça amizade com essa garota e descubra. Ok? – Quil colocou o braço ao redor do meu ombro.

– Façam amizade com o Nerd vocês, já viram como ela é irritantemente alegre? – fiz cara de assustada e eles riram.

– Pode tirar o braço dai Quil, antes que você o perca – Emmett disse sorrindo, mas deu pra entender que a ameaça é real.

Quil retirou seu braço do meu ombro e ergueu as mãos pra cima, como se não tivesse segundas intenções. O que provavelmente ele não tem mesmo, porque o único que tem intenções erradas por ali é Jacob e sempre são coisas passageiras. Não entendo Emmett nunca ter percebido isso, mas não serei eu que vou contar.

O sinal bateu e todos nos dispersamos para nossos carmas, o meu é álgebra. A matéria que tira qualquer um do sério. Nunca vejo ninguém sorrindo ou realmente interessado no que o professor George explica ele até tenta manter os alunos pelo menos acordados em sua aula e isso eu admiro nesse homem.

Mas está mais do que claro que ele não me admira em nada, porque ele sempre fala coisas irônicas se referindo a minha falta de interesse e determinação em sua matéria. O que deixa mais claro ainda que ele está falando tudo pra mim é o fato de ficar me encarando descaradamente, não sabe nem disfarçar.

Eu deveria reclamar sobre o professor ficar constrangendo o aluno em sala, mas pra quem eu faria isso? O diretor iria me mandar pra detenção por eu reclamar de um funcionário publico que está exercendo sua profissão, meus pais dariam razão para o professor e para o louco do diretor e meus amigos não podem fazer muita coisa pra me ajudar.

Ou seja, tenho que aguentar isso todos os dias da minha humilhante vida.

– Isabella Swan, você está prestando atenção? – o professor George parou o que ele estava falando pra me dar bronca.

– O senhor sabe que eu não estou, porque eu não entendo essa matéria. Então porque perde seu tempo comigo? – respondi automaticamente dando de ombros.

– Mais uma resposta dessas e a senhorita irá para o diretor – ele informou.

Ótimo.

(...)

O dia passou mais devagar do que o normal, no almoço eu vi Mike Newton e seus amigos zombando do Nerd outra vez, mas nesse caso eu não vou me meter mais. Se meus pais descobrirem que estou em detenção hoje e que fiquei ontem eles me deixam sem mesada pelo resto do ano. Se eu arrumar mais uma encrenca por aqui, o maluco do diretor é capaz de chama-los.

Quando chegou o horário da detenção, entrei na salinha minúscula que nos obrigam a ficar o resto da tarde. Mofando aqui, fazendo qualquer coisa que a senhora Amy manda. Ela é uma quarentona que ainda é solteira e por isso é estressada com a vida e com todos, comigo e com Emmett o relacionamento é diferente, pois ela é muito interessada em nosso pai e nem tenta disfarçar isso.

Eu costumava pensar que ela já tinha obtido um relacionamento melhor comigo e com meu irmão, por vivermos nessa sala cheirando a mofo com ela. Mas quando ocorreu uma reunião com os pais e apenas Charlie pode comparecer eu vi o nítido interesse dela por ele, o que me deixou extremamente desconfortável.

– De novo por aqui Isabella? – ela perguntou e fez uma careta estranha, que no caso dela é um sorriso.

– Sabe como é não podemos perder o ritmo – eu disse dando uma risadinha falsa.

– E como vai o Charlie? – ela perguntou toda animada.

– Bem, falando nele... Meus pais não sabem que fiquei em detenção hoje e seria muito bom que não descobrissem – falei sorrindo.

– Minha boca é um tumulo.

Depois disso ela mandou todos fazerem um resumo dos cinco primeiros capítulos de qualquer um dos nossos livros e eu peguei o meu de biologia. Que em minha opinião é o mais fácil pra fazer, mais depois de um tempo eu comecei a ficar entediada e sem conseguir ficar sentada no mesmo lugar.

Cinco minutos depois eu já tinha mudado de lugar umas quinze vezes e nada ficava bom. Bufei.

– Amy eu preciso ir ao banheiro – falei encarando-a com olhar pidão.

– Tudo bem vai rápido – ela ergueu os olhos da sua revista por dois segundos.

Comecei a guardar minhas coisas e coloquei minha bolsa no ombro, fui em direção à porta.

– Deixa a bolsa – Amy falou colocando sua revista na mesa.

– Estou com problemas femininos, preciso levar minha bolsa – falei e vi vários meninos rirem. Idiotas.

– Tudo bem, mas volte aqui. Você ainda tem mais duas horas de detenção! – ela declarou voltando a sua revista.

– Ok

Saí praticamente correndo da sala mofada e comecei a vagar pelo colégio, preciso encontrar um lugar pra tirar um cochilo antes que o diretor me encontre perambulando pelos corredores sozinha. Passei em frente ao armário de vassouras e pensei melhor na ideia de dormir ali, depois passei em frente a minha sala de álgebra, também não é um bom lugar.

Quando passei em frente à biblioteca encontrei um lugar perfeito. Claro, ninguém fica na biblioteca depois que as aulas acabam, nem mesmo a professora de literatura fica por aqui, entrei na sala e deixei a porta encostada, pois ela é tão velha e acabada que se fechada só podem abrir por fora. E eu não estou nenhum pouco a fim de ficar trancada aqui.

Comecei a andar entre as estantes pra ver se não havia ninguém perdido por aqui e como eu imaginava desde o inicio não havia ninguém mesmo. Quando voltei pro lugar onde ficavam as meses para leitura, percebi uma pessoa perto da porta e quem devia ser? O nerd.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei com as mãos na cintura.

Ele estava distraído lendo alguma coisa, porque quando falei ele deu um pulo e deixou o livro cair no chão, assustado ele virou pra trás e essa não foi uma boa ideia, porque ele bateu na porta e acabou por fechá-la.

– NÃO! – gritei deixando o garoto mais assustado ainda – Olha só o que você fez garoto!

– O que eu fiz? – ele perguntou com a voz meio tremula.

– Você bateu na porta e ela fechou!

– E dai? – ele perguntou se abaixando pra pegar o livro do chão.

– E dai que essa porta não abre por dentro, só por fora – falei batendo na porta pra ver se alguém ouvia.

– A culpa foi sua, quem mandou me assustar – ele disse dando de ombros.

– Abusado. Você está devendo algo pra se assustar tão rapidamente? – olhei indignada pra ele.

Ele ficou me olhando como se eu fosse retardada, tudo bem que eu estou acostumada quando meus pais fazem isso. Mas o cara novo do colégio, que é completamente jeca, que é nerd está fazendo isso, é muito abuso mesmo.

– Eu sou aluno novo, ninguém aqui gosta de mim além da minha irmã. Todos pegam no meu pé só porque eu me visto de forma diferente e porque eu me dedico mais para os estudos. Os valentões dessa escola vivem me perseguindo – ele fez careta – Acha que eu não tenho motivo pra ser assustado?

Fiquei quieta um tempo examinando-o e percebi que por mais que eu tenha tentando ajuda-lo ontem, eu também estou sendo preconceituosa e descontando meus problemas e frustrações em cima do coitado.

– Tudo bem. Desculpa-me – falei suspirando, me virei pra porta e murmurei – Eu só queria tirar um cochilo.

– Pode tirar um cochilo se quiser, não vou me importar – ele disse me fazendo virar pra encará-lo – Vamos ficar presos aqui mesmo, eu vou ler meu livro e você cochila.

– Com você olhando? Claro que não. Sabe-se lá o que eu faço quando durmo – fiz careta.

O nerd deu uma gargalhada gostosa, que ficou extremamente bonita. Ele tem uma voz forte, que não combina nada com o estilo dele e mesmo assim, parece extremamente perfeita.

– O pessoal da detenção sairá daqui duas horas, então vamos ter que esperar até lá, pra alguém nos ouvir aqui – fui até a cadeira mais próxima e me sentei ali.

Meu companheiro de prisão sentou-se no lado oposto ao meu, parecendo preferir ficar o mais longe possível. Credo eu não vou fazer nada contra ele, que coisa. Ele enfiou a cara no livro e ficou quieto e eu incomodada com o silencio comecei a batucar inconscientemente fazendo-o erguer os olhos do livro e me encarar.

– Importa-se em parar com isso? – ele me olhou nos olhos.

– AH. Desculpa – parei de batucar.

O nerd voltou ao seu livro e eu estou abismada com a cor dos olhos desse garoto, como pode ter uma voz forte, uma gargalhada boa e olhos lindos se a aparência deixa tanto a desejar? Incomodada com o silêncio comecei a murmurar uma música que eu gosto, pra tentar me distrair. O problema é que eu me empolguei bastante e comecei a estralar os dedos.

– Pelo amor de Deus, você não consegue ficar quieta? – o nerd perguntou visivelmente irritado, fechou o livro e ficou me encarando.

– Pra ser sincera, não consigo. O silêncio me incomoda demais – falei dando de ombros.

– Mas eu gosto do silêncio ele é muito bom pra ler – que nerd mais abusado. E eu pensando que ele fosse tímido.

– Problema seu, não vou ficar quieta só pra te agradar – respondi irritada.

Ele abriu o livro novamente e eu voltei a batucar.

Mas depois de meia hora na mesmice, eu comecei a surtar. Levantei e fui dar uma volta pela biblioteca uma coisa que realmente não foi legal, porque minha renite atacou. Não existem tias da limpeza nessa escola? Elas não deveriam tirar o pó desse lugar?

Comecei a espirrar loucamente e voltei pro meu lugar da onde eu não deveria ter saído. Continuei espirrando feito louca e o nerd a respirar fundo, ele já deve ter contado até mil mentalmente.

– Você consegue tirar todo mundo do sério, não é? – ele fechou o livro com tudo me fazendo dar um pulo.

– Menos a sua irmã – falei fazendo careta – E você é estressado demais.

– Geralmente não, mas você conseguiu me tirar do sério mais rápido do que a Alice – ele revirou os olhos.

– Olha nerd, sua irmã é louca. Eu já disse que ela não faz muito o gênero de pessoas que eu ando e ela não se toca – falei jogando os braços pra cima.

– Ela não faz o gênero alta e musculosa, não é? – ele deu uma risadinha sacana.

– Como assim?

– Você só anda com garotos e aqueles bem altos e fortes – ele disse voltando a encarar o livro.

– Tanto faz – dei de ombros.

Ficamos novamente em um silêncio incômodo, até que eu resolvi puxar assunto. Já que vamos ficar presos aqui mesmo, melhor matar o tempo conversando sobre algo.

– Nerd me diga uma coisa – comecei e ele me encarou – Você é alto, poderia dar conta de alguns garotos que ficam implicando com você... Mas porque você não faz nada?

– Eu acho que quanto eu menos demonstrar me importar, mais rápido eles vão se esquecer de mim – o nerd deu de ombros.

– Vai por mim, eles não vão – balancei a cabeça negativamente – Mike Newton é um tremendo idiota, não vai largar do seu pé.

– Por quê? – ele perguntou juntando as sobrancelhas.

– Mike é um cara que se acha o valentão e adora implicar com pessoas que provavelmente não iriam se defender dele – revirei os olhos bufando.

O nerd ficou me observando por um longo tempo, me deixando realmente incomodada. Já me encararam descaradamente muitas vezes na minha vida, algumas delas foram porque eu estava fazendo algo errado, outras por causa das minhas roupas e por incrível que pareça porque alguém estava interessado em mim.

Mas esse nerd ficar me encarando dessa forma, não é nada legal. Pra começar eu nem deveria ficar envergonhada e sim braba com ele, mas aqueles olhos verdes me observando tão detalhadamente não me deixava confortável.

– Você e esse Mike, já tiveram alguma coisa não é? – ele perguntou com um sorriso torto.

– O que? – perguntei com os olhos arregalados, fazendo o sorriso de ele aumentar.

– Foi o que eu pensei você tem mais ódio dele do que eu. E olha, eu deveria ter muito ódio dele – ele riu – Vocês tiveram alguma coisa e não deu certo.

– Sim eu e Mike tivemos um relacionamento – dei uma pausa e recomecei – Se é que aquilo poderia ser chamado de relacionamento. Mas ele sempre foi um babaca, ele me traiu e então eu trai ele, mas eu fui muito melhor sabe? – dei uma gargalhada do mau.

– Você traiu ele? E foi melhor? – ele me olhou com os olhos semicerrados.

Sim. Ele fez isso em uma cafeteria e eu vi ele com a garota por acidente. Já no meu caso não, eu agarrei um garoto no meio do corredor dessa escola e todos viram – dei de ombros – Depois disse que ele não dava conta do recado.

– Então é daí que vem o ódio – ele balançou a cabeça – Você é vingativa, previsível.

– E você é chato – olhei com cara de deboche – previsível.

Ficamos mais um tempo em silêncio, eu encarando um corredor de livros e ele olhando pro outro lado, pra uma parede. Bocejei alto, eu só queria um cochilo e olha onde eu fui me meter, se eu tivesse ficado na sala do mofo pagando minha detenção eu pelo menos poderia subornar Amy pra me deixar tirar uma soneca.

Parabéns Isabella, você faz tudo direitinho.

– Porque você é assim? – o nerd perguntou do nada.

– Oi? – olhei pra ele confusa.

– Assim, desse jeito – ele apontou pra mim toda – Porque você é assim?

Ele deve estar se referindo ao fato de eu estar quase deitada na cadeira ao invés de me sentar corretamente e ao fato de eu estar com uma roupa estranha, porque eu não estava com a mínima vontade de me arrumar hoje. E principalmente pelo fato de eu sempre arrumar confusão.

– É a mesma coisa que perguntar por que você é assim! – ergui uma sobrancelha – Eu sou assim e ponto final.

– E porque eu não tenho o direito de ser como eu quero? – ele olhou bem nos meus olhos pra fazer essa pergunta.

Desviei o olhar pro corredor dos livros, ele fez uma pergunta bem delicada agora. Não havia pensado por esse lado, se eu gosto de ser encrenqueira e carrancuda que mal há dele ser nerd e jeca? Somos duas pessoas incompreendidas pela sociedade.

Não que isso vá me fazer andar com ele, isso não. Isso nunca.

– É, você tem razão – disse ainda sem olhar pra ele – Não havia pensado por esse lado, mas você tem toda a razão.

– Do que adianta ter razão? Sendo que todas as garotas pelas quais eu me interessei à vida inteira, nunca realmente olharam pra mim – olhei pra ele na mesma hora em que ele deu de ombros.

Fiquei quieta, não sei o que dizer. Não tenho nem ideia de como implicar com a declaração dele, eu sei como as pessoas na escola podem ser injustas ainda mais quando você não segue a risca dos populares. Mas você tem que impor respeito.

Quando abri a boca pra falar o que eu havia pensado pro nerd, ouvimos um barulho no corredor. O que só pode ser os alunos da detenção indo embora, corremos para a porta e começamos a bater e pedir socorro.

Assim que começamos a ouvir um barulho de chaves do lado de fora da porta, nos afastamos e eu olhei pro nerd, sorri satisfeita por sair daqui agora.

– Sabia que iriam nos ouvir quando a detenção acabasse – falei.

Antes de checar se a porta estava totalmente aberta, comecei a andar em direção a ela só que encarando o nerd e isso não foi uma boa ideia porque na mesma hora que eu fui pra cima da porta, Amy abriu-a com tudo e o choque entre a minha cabeça e a porta foi tremendo.

Deu-me uma tontura instantânea e fui ao chão.

– Meu senhor, o que você estava fazendo aqui Isabella? – ela perguntou e eu estou confusa demais pra conseguir responder alguma coisa – Você esta bem?

– Acho que ela bateu forte demais, melhor levar ela pro hospital! – o nerd falou abaixando-se pra me olhar de perto – Eu levo ela, meu pai trabalha lá.

– Merda – murmurei antes de apagar totalmente.




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Notas finais do capítulo

E então... quem está com medo da Alice perseguidora? hahaha daqui a alguns capítulos ~não lembro-me quantos~ vai ter um POV da Alice e vai dar pra entender um pouquinho melhor!
Recadinho aqui pessoal, a Manuca Ximenes (caso não tenha lido minha resposta) ela perguntou se eu coloco Jake e Nessie. E sim, a Renesmee já estava incluída no enredo, porém ela entra na estória um pouco mais pra frente e com ela vem duas surpresinhas, aguardem! k k k k sou má.
Agradeço mais uma vez a todas que comentaram no capítulo anterior e agora... QUEM GOSTOU DO CAPITULO? O/ e quem acha o nerd abusado e lindo? O/ E QUEM VAI DEIXAR UM REVIEW? esse já é com vocês pessoal, deixem suas opiniões, criticas construtivas, elogios. o que for. Pexos e até o próximo capítulo *-*