Meu Querido Nerd. escrita por Cacau54


Capítulo 17
CAPÍTULO 16 – Ruiva assassina.


Notas iniciais do capítulo

ooooooi meus amores!! Eu sei que vocês estão querendo me matar, porém não façam isso, por favor :/ Quando postei o capítulo anterior eu disse que iria viajar e nunca mais voltei a postar, eu sei pessoal... E realmente ME DESCULPEM! No começo quando voltei da viajem eu tive um bloqueio terrível, inspiração 0% e eu comecei a me sentir muito mal com aquilo e até deixei de entrar no site por algum tempinho ://

E depois, eu consegui entrar na faculdade (eeeeeee *-*), vocês estão falando com a mais nova caloura em psicologia! Então... eu comecei a estudar novamente e isso reduziu meu tempo e como eu já estava sem inspiração antes, depois que voltei a estudar viiiiish piorou ainda mais :(

Porém, algumas leitoras de "Meu Querido Nerd" e até mesmo de "A Sociedade" me mandaram MP falando sobre as estórias, perguntando se teria uma continuação. E eu percebi que não poderia me dar por vencida e deixar por isso mesmo, então eu comecei a ler os capítulos aos poucos e ver o trailer da fanfic, assim minha inspiração - aos poucos - está voltando!

Eu não queria postar esse capítulo sem antes estar com uns três capítulos adiantados pra não correr o risco de ficar muito tempo sem postar novamente, mas eu não me aguentei e corri aqui pra postar esse... Tentei fazer um capítulo grande porque vocês merecem, além de rechearem a fanfic com muitos reviews, (*------------* surtei totalmente quando vi) vocês sempre recomendam muito. E aproveitando quero agradecer a Flavinha Cullen liiiiinda que recomendou a fanfic, muitos muitos muitos beijos e obrigados *o*

Se tiver algum recado que esqueci, escrevo lá embaixo. Estava com muitas saudades de vocês, do meu querido nerd lindo e da Bella totalmente maluca. Esse capítulo é especialmente dedicado a todos que leem essa fanfic *-*

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294686/chapter/17

No capítulo anterior...

O nerd ficou me encarando desconfiadamente e eu cai na gargalhada, coitado não deveria ter se proposto a me ajudar com toda essa história de Emmett e Rosalie.

– É nerd... Vamos sair pra jantar – cai na gargalhada novamente.


JACOB POV:


Faz algum tempo desde a última vez em que falei com Renesmee e desde aquele dia penso nela cada vez mais, sempre que deito minha cabeça no travesseiro a primeira pessoa que vem em minha cabeça é ela. Essa garota é marrenta e convencida e foi justamente isso que me fisgou. E eu simplesmente odeio o fato de pensar tanto em uma garota, o fato de querer tanto apenas essa garota, já tentei agarrar outras garotas e nada adiantou.

Renesmee Volturi veio para atormentar os meus dias e Isabella Swan não moveu uma palha pra me ajudar até agora, por essa razão estou do lado de fora da sala de aula da Swan enquanto eu deveria estar em minha própria turma. Porém minha urgência na ruiva marrenta é tanta que não posso esperar pelos caprichos de Bella, vou ter que pressionar ela.

O sinal soou e quando a vi minha primeira reação foi puxá-la pela alça de sua mochila até um canto, no começo ela resmungou, bateu o pé e até tentou se soltar, porém como é bem menor do que eu e mais fraca não conseguiu se soltar. Empurrei-a contra uma parede e ela bufou alto.

– Qual é a sua Jacob? – ela colocou as mãos na cintura indignada.

– Preciso de um favor seu – falei rindo.

– E você precisava me arrastar até aqui, como se eu fosse um saco de batatas? – ela começou a bater o pé freneticamente – E você está rindo do que? Não estou vendo graça nenhuma aqui.

– Você nessa posição Bells – fiz uma pausa pra dar uma gargalhada – Está muito parecida com sua mãe – e no mesmo momento em que disse isso, ela desfez a postura.

– Já parou de rir? – ela está mesmo irritada – Me fala logo o favor que você precisa.

– Credo Bells, o que você tem? – agora fiquei preocupado.

– Meu professor de Álgebra vai entregar o resultado das provas hoje e isso me deixa uma pilha de nervos – ela coçou a cabeça nervosamente.

– É sobre a Renesmee a ruiva nova. Mas posso deixar isso pra outra hora, você não está em uma hora boa – murmurei colocando a mão no ombro dela.

– Bom, a única coisa que eu sei até agora é que ela é loucamente apaixonada pelo Jasper Hale. Sabe quem é? – ela me perguntou, porém não consegui ligar o nome a pessoa.

– Não faço a menor ideia de quem é – dei de ombros.

– Aquele loirinho que entrou esses tempos – Bella revirou os olhos demonstrando sua grande paciência.

– Ótimo – resmunguei ironicamente – Isso complica ainda mais minha vida.

– Mas ao que parece Jasper está totalmente na da Alice – ela soltou uma risadinha – Então existe uma brecha ai, convide ela pra fazer alguma coisa, sei lá. Agora eu preciso ir Jake, mas prometo que te ajudo assim que minha vida se acalmar.

A última frase de Bella foi dita aos berros enquanto ela já estava na metade do corredor seguindo para a sua próxima aula. Primeiro: nunca imaginei que veria Isabella Swan correr PRA alguma aula, principalmente álgebra. Geralmente eu a encontro correndo DA aula. Segundo: Ela nunca vai conseguir me ajudar com a ruiva marrenta, porque a vida da Swan nunca se acalma.

Bufei indignado. Eu até entendo o fato dela estar se esforçando tanto pra passar nessa matéria, porém como diabos eu vou conseguir descobrir coisas sobre aquela garota que tomou conta dos meus pensamentos nos últimos dias. Marchei pra oficina, já que não tenho aula nesse horário vou pra lá ver se consigo esquecer um pouco esse assunto.

– Que bom que resolveu se juntar a nós, Sr. Black – o professor, ou mecânico chefe, disse em um tom cínico – Vá até aquele Opala vermelho e ajude quem está concertando ele.

Com um aceno mínimo de cabeça caminhei até o Opala, olhei para todos os lados procurando o garoto que deveria estar dando um trato nessa belezinha, porém, cadê? Dei a volta no carro quando tropecei em alguma coisa.

Malditas crianças que deixam as ferramentas todas jogadas por ai.

Uma veia saltou em minha testa, meu dia não está sendo nada bom, se pelo menos eu visse Renesmee... Mesmo que fosse pra ela ser extremamente ignorante e se achar a superior, só queria ao menos vê-la.

– Ei, bobão, vai ficar ai viajando ou vai me ajudar aqui? – ouvi aquela voz vindo de baixo.

– Renesmee? – arregalei os olhos.

Meu pedido foi entendido, geralmente meus pedidos são totalmente ignorados porque eu quase nunca sou um bom garoto.

– Não. Coelhinho da pascoa, Mané. Claro que sou eu, esperava quem mais? – ela revirou os olhos, ainda deitada no chão. Então foi nela que eu tropecei.

– Esperava um garoto, com toda a certeza – a frase saiu antes que eu conseguisse segurá-la, ela me olhou de um jeito assustador – Qual é Volturi, você é de uma família rica, toda pomposa, patricinha... Nunca imaginei que te veria em uma situação dessas – falei a ultima palavra como se fosse um tabu.

Renesmee estendeu a mão para que eu a ajudasse a se levantar, ela estava em cima de uma tabua e sem hesitar estendi minha mão de encontro com a dela. Usei um pouco de força a mais que necessária e assim o corpo dela bateu de encontro com o meu fazendo assim nossos rostos ficarem a alguns centímetros de distância. Sua respiração no meu rosto não me ajuda em nada, seus lábios carnudos e vermelhos a centímetros dos meus, ajudam muito menos.

– Qual é, acha que só por eu ser rica não gosto de colocar a mão na graxa? – ela deu uma risadinha e se afastou de mim.

Assim que ela se afastou parei pra reparar em seu corpo, usando um macacão cinza que valorizou ainda mais as curvas me acentuadas da garota, seus cabelos ruivos estão amarrados em um rabo de cavalo e sua expressão séria de quem realmente entende do assunto, só fazem com que eu perca ainda mais os sentidos.

– Bom... Vou colocar o meu macacão, já volto – sorri torto e a vi me olhar de canto.

Se essa garota ainda não sentiu atração por mim pelo meu físico, então vou arrumar outro modo de conquista-la. Ela tem que ser minha!


BELLA POV:


Estou correndo pelos corredores o mais rápido que minhas pernas deixam, além de estar me amaldiçoando por ter pernas tão pequenas que não servem nem pra aumentar o ritmo da corrida. Passei os olhos por todos os rostos que cruzou em meu caminho e nada do nerd cadê esse garoto? Bufei.

Corri por mais alguns corredores até chegar ao refeitório. Que ele esteja aqui, por favor. Fiz uma prece interna quando abri com tudo as portas do refeitório, isso chamou a atenção pra mim – obviamente – mas não me importei assim que encontrei o cara que estava procurando, ele com aquela expressão curiosa e preocupada ao mesmo tempo, com uma sobrancelha erguida e os olhos mais lindos que eu já vi atrás daqueles óculos ridículos.

Espera ai... Olhos mais lindos que eu já vi? Que merda, minha mãe colocou calmante no meu café outra vez.

– CULLEN! – gritei e corri até ele.

O coitado se levantou e ficou aturdido com a situação toda, não sabia se eu estou fazendo isso por algum motivo bom ou ruim e dependendo de mim as pessoas nunca sabem o que eu vou fazer. Quase chegando perto dele não consegui frear o suficiente e o meu intuito de abraça-lo meio que saiu pela culatra, pois na verdade ele teve que me segurar para que não caísse e não o levasse ao chão junto. Isso seria humilhante demais, pra nós dois.

– EU CONSEGUI – gritei super alto e o coitado fez uma expressão de dor – QUER DIZER, VOCÊ CONSEGUIU! NÓS CONSEGUIMOS.

– Bella... O que conseguimos? – ele perguntou confuso.

– EU TIREI 9,5 NA PROVA DE ÁLGEBRA! – comemorei feliz, dando pulinhos e consequentemente fazendo o nerd pular junto comigo.

– Mas que ótimo – ele sorriu sincero e me olhou nos olhos.

O que esse nerd tem? Porque ele é o único que consegue me deixar constrangida apenas por me olhar dentro dos olhos? Ainda mais com esse olhar tão penetrante que até parece que pode tocar minha alma. Ok. Isso ficou estranho! Disfarcei meu desconcerto desviando a atenção para o outro lado do refeitório.

Percebi o Cullen erguer o canto dos lábios em um sorriso torto, vê se pode! Esse garoto está ficando abusado, está pensando o que? Bufei irritada. Nunca vou admitir em voz alta que esse mané me deixa com vergonha. Nunca.

– Obrigada, nerd – dei um murro no ombro dele em forma de agradecimento.

– Por nada, Swan – o sorriso torto continuou ali, intacto, sem nem ao menos se importar por eu tê-lo chamado de nerd.

– O que estão olhando? – falei alto suficiente para todos ouvissem – Bando de curiosos!

Assim que terminei de reclamar todos voltaram a tagarelar sobre as muitas futilidades que se conversa na hora do intervalo. Voltei minha atenção pro nerd e só então reparei que Alice e Jasper estão sentados juntos na mesma mesa, ele com o braço em volta dos ombros dela. Ela não está nenhum pouco elétrica, não está quicando na cadeira a ponto de cair e nem nada do tipo.

JASPER TEM ESSE EFEITO SOBRE ELA?

Porque não ajudei esses dois antes? Ok. Foi exclusivamente iniciativa da baixinha hiperativa, porém eu coloquei uma pilha e dei um pequeno empurrão para que tudo isso acontecesse... Então acho que posso tirar algum crédito nisso. Mas continuo encarando Alice com os olhos semicerrados esperando algum berro e algum abraço dela, isso tudo é muito bom pra ser verdade.

– Olá Bella – ela sorriu alegremente, porém sem dar nenhum chilique.

– Oi – respondi ainda muito desconfiada de toda essa história.

Assim que abri minha boca pra perguntar um estrondo puxou minha atenção, olhei pra porta do refeitório assim como todos os curiosos de plantão e por lá passou uma ruiva possessa de raiva com um macacão todo sujo de graça e o rosto parecendo um tomate de tão vermelho. Porque a patricinha da Volturi está com esses trajes?

ESPERA AI, ESSA ENTRADA TRIUNFAL É MINHA!

Bufei de raiva e revirei os olhos. A garota está parecendo um animal pronto pra matar todo e qualquer um que entrar em seu caminho, logo ela olhou na minha direção e rosnou. Ela rosnou? Onde foi parar a etiqueta que essa garota esnobe vive exibindo por ai? Mas os olhos dela não pararam em mim e sim no casal de pombinhos românticos sentados a minha frente.

ISSO COM CERTEZA NÃO VAI SER BOM.

– O QUE VOCÊ TA FAZENDO COM ELA? – a garota ensandecida se aproximou deles como um búfalo prestes a matar alguém.

– Abraçado – Jasper respondeu dando de ombros.

– ISSO EU TO VENDO – ela gritou a plenos pulmões fazendo seu rosto ficar ainda mais vermelho, não sei como – MAS PORQUE VOCÊ ESTÁ COM ELA?

– Porque eu sempre quis ficar com ela – o loiro continuou calmo, como se nada estivesse acontecendo como se fosse uma conversa.

– COMO ASSIM SEMPRE QUIS? ISSO É MENTIRA. NÓS ESTAMOS NAMORANDO! – ela segurou o braço livre de Jasper.

– Primeiro: nunca namoramos – ele ergueu um dedo pra enumerar – Segundo: ficamos juntos por pouco tempo. Terceiro: você é grudenta demais, esnobe demais.

– FOI VOCÊ – ao invés da ruiva assassina sair correndo de chorando ela simplesmente olhou pra Alice e apontou o dedo na cara dela – FOI VOCÊ QUE COLOCOU ESSAS COISAS NA CABEÇA DELE.

– EU NÃO FIZ NADA, SUA MALUCA – Alice sem mostrar nenhum tipo de autocontrole.

– VOCÊ ENVENENOU A CABEÇA DELE!

Percebi Jacob entrar correndo no refeitório e assim que viu o barraco armado ele arregalou os olhos e coçou a cabeça. Tem dedo do Jake nessa história toda, percebendo meu olhar significativo pra cima dele o mesmo veio correndo em minha direção.

– Não era pra isso ter acontecido – ele murmurou perto do meu ouvido.

– Porque diabos você foi contar pra ela? Ao que parece essa menina estava mais por fora do que o diretor – murmurei pra ele para não chamar atenção das pessoas em volta. Se bem que com a gritaria das duas ninguém iria prestar atenção.

– EU VOU TE MOSTRAR O QUE ACONTECE QUANDO TENTAM ROUBAR O NAMORADO DAS OUTRAS – a ruiva voou em cima da Alice.

Eu estaria rindo se eu realmente não estivesse preocupada com a situação da Cullen hiperativa, ela é toda baixinha e delicada com uma ruiva assassina sedenta a sangue em cima dela e a enchendo de sopapos. Olhei atônita pro nerd pra ver se ao menos ele se mexe pra ir ajudar a irmã, porém ele está pior do que eu. Virei meu rosto encontrando Jacob tão perdido quanto nós dois.

– Bella faça alguma coisa – os dois pediram ao mesmo tempo.

– Porque eu? – cruzei os braços, irritada.

– Porque você é a única que sabe fazer em uma situação dessas – Jacob deu um empurrão nas minhas costas.

– Sou nada – voltei pro meu lugar, revoltada – Aquela ruiva assassina é a garota por quem você está babando ultimamente, acalme ela você mesmo e aquela é sua irmã, nerd salve ela você mesmo – fiz um bico muito exagerado pra situação.

– VAI LOGO BELLA – os dois gritaram e me empurraram – ANTES QUE ELAS SE MATEM – o Cullen completou.

Bufei resignada, só me resta tomar uma providencia. O que eu posso fazer por essas duas? Que situação difícil, isso só acontece comigo! Aproximei-me um pouco e mesmo assim me assegurei de estar em uma distancia razoável sem levar nenhuma agressão de graça.

– Meninas parem com isso! – comecei pacificamente – Vocês não precisam disso.

Nenhuma das duas me deu bola se quer me ouviram, respirei fundo tentando acalmar meus nervos que estão prestes a explodir também!

– Parem logo com isso – falei um pouco mais alto dessa vez e nenhuma das duas me ouviu – PAREM LOGO!

No impulso fui tentar segurar o braço de Renesmee que está por cima da Alice, mas por obra do destino acabou que quem levou o tapa fui eu. A mão desceu em uma velocidade rápida para o rosto da Cullen hiperativa e antes que qualquer um pudesse evitar só ouvimos o estralo, porém com o tapa meu corpo não se moveu mais, estou apenas sentindo meu sangue ferver.

ELAS NÃO QUEREM ME OUVIR PACIFICAMENTE, ENTÃO VOU TER QUE PEGAR PESADO!

Fui a passos firmes na direção das duas com o rosto pinicando onde levei o tapa – sem querer – de Renesmee, juro que posso até mesmo sentir minha veia saltada na testa. Antes que as duas conseguissem se atracar novamente e rolar no chão, segurei os cabelos das duas firmemente, pela raiz, onde dói mais.

– ME SOLTA SUA IMBECIL – a ruiva descontrolada gritou cheia de fúria.

– BELLA, ME SOLTA QUE EU VOU ACABAR COM ESSA AI – a nanica berrou também.

– PAREM VOCÊS DUAS! – gritei fazendo todos se assustarem.

– PAREM VOCÊS TRÊS – ouvi o eco da minha frase com um final diferente.

Meu sangue gelou na hora, nosso querido e amado diretor aparece nas piores horas. Ou seja, nas horas em que ele geralmente me vê em alguma situação desagradável onde parece que eu estou envolvida no meio da confusão.

– SOLTE-AS SWAN! – ele berrou desesperado – COMO SE NÃO BASTASSE VIVER EM PÉ DE GUERRA COM A SENHORITA DENALI AGORA RESOLVEU BATER EM DUAS AO MESMO TEMPO?

– EPA, PERA LÁ. EU NÃO ESTAVA BATENDO EM NINGUÉM! – me descontrolei – NA VERDADE QUEM LEVOU UM TABEFE AQUI FUI EU! ESSAS DUAS HISTÉRICAS ESTÃO BRIGANDO POR CAUSA DE HOMEM, EU SÓ VIM SEPARAR.

– Muito esperta – diretor Walter disse com um sorrisinho sarcástico – Você é a encrenca em forma de gente, Swan. Não acredito que duas moças delicadas e refinadas como as senhoritas Cullen e Volturi fossem entrar em uma briga.

– Está querendo dizer o que com isso? – murmurei entre dentes encarando-o com os olhos semicerrados.

– Ela está falando a verdade – me surpreendi com a voz masculina vinda atrás de mim, olhei por cima do ombro apenas para confirmar ser o nerd a me ajudar... Outra vez.

– Se ela está dizendo a verdade, o que aconteceu aqui? – o diretor não está mais com uma expressão alegre no rosto porque não poderá mais me punir.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, cada um contando a sua versão da história. Até mesmo eu estou contando a minha versão dos fatos e duvido muito que alguém consiga entender se nem eu mesma não estou conseguindo me entender. O nerd está falando sem parar, Jacob com uma expressão desesperada falando alguma coisa sobre aquilo ser um acidente, Jasper e Alice apontando os dedos revoltados na direção de Renesmee e por fim a ruiva assassina quase arrancando os próprios cabelos.

Antes que Renesmee resolvesse soltar os cachorros pra cima da Cullen novamente ouvimos um apito soar pelo refeitório, coloquei a mão na orelha esquerda, esse homem tem o plano maligno de me deixar surda! Ele sempre para ao meu lado para assoprar essa porcaria, algum dia vai roubar esse negócio e jogar no mato.

– QUIETOS! PRA MINHA SALA. TODOS VOCÊS. JÁ! – vi uma veia saltando na testa do diretor e agora estou realmente me preocupando com a situação.

Marchamos todos, em silêncio, para a sala do diretor Walter. Assim que chegamos lá me joguei em uma das cadeiras já sou praticamente “de casa” nessa sala, então posso me sentir a vontade. Mas os meus colegas de encrenca estão tensos, esperando por algum descontrole da parte do diretor.

– Agora com calma – ele começou a falar – Vocês podem me contar o que aconteceu? Porque eu apenas entendi “vadia”, “namorado”, “sem querer”, “matar”, “louca”, “ruiva assassina” e a palavra que eu mais ouvi “inferno”.

Com essa ultima pronuncia todos olharam pra mim e eu fiz minha melhor cara de desentendida, todo um mal entendido e eles ainda vão ficar me recriminando por conta do meu vocabulário, ninguém merece.

– Essa garota roubou meu namorado! – Renesmee fez uma força tremenda pra não chamar Alice de algum nome impróprio na frente do diretor.

– Ei, nada disso! – Alice logo tratou de se defender – Eles nunca namoraram.

– Nunca mesmo – Jasper negou com a cabeça.

– Na verdade a culpa foi minha – todos nos surpreendemos com a declaração de Jacob – Eu que contei para Renesmee sobre os dois e ela saiu correndo furiosa da sala de mecânica.

– Falando nisso... – interrompi o assunto olhando diretamente pra Renesmee – Você faz mesmo mecânica? Isso é muito interessante. É legal?

– Sim, mexer com carros é muito bom... Diria até... Relaxante – a ruiva sorriu amigavelmente pra mim como se a raiva de alguns segundos atrás não existisse.

– Vamos nos concentrar no assunto em questão! – o diretor falou entredentes.

– Nós estávamos conversando – o nerd começou a falar com o tom de voz firme e olhando para o diretor seriamente – Até que essa garota entrou no refeitório fazendo o maior escândalo e atacou a minha irmã, depois Bella foi tentar separar as duas.

– Se ela estava tentando separar as duas, porque diabos estava segurando ambas pelos cabelos? – senhor Walter olhou pra mim demonstrando desagrado.

Revirei os olhos, como se isso me intimidasse em algum momento. Ainda fico impressionada com a capacidade que o nerd tem de se portar com coragem e nem ao menos gaguejar, olha esse garoto me surpreende sempre.

– Sinceramente... – sentei direito na cadeira e encarei o diretor – Eu comecei a pedir com educação, todos estão de prova e o que eu recebo? Um tabefe na cara! Dai eu parti pra agressão mesmo. Se não escutam por bem, vão escutar por mal – cruzei os braços com um sorriso satisfeito nos lábios.

– Pois bem. Todos ficaram em detenção o resto da semana! – ele anunciou e todos começamos a reclamar ao mesmo tempo, até o maldito apito soar no ambiente – TODOS VOCÊS. Cada um tem sua parcela de culpa e já que vocês não aprendem a se comportar como pessoas civilizadas por bem, vão aprender por mal! – ele me olhou com um sorriso de vitória.

MALDITA BOCA A MINHA!

(...)

Entrei em casa correndo tão rápido que mais parecia um foguete do que Isabella Swan a sedentária preguiçosa, minha prova em minha mão estampando o lindo e maravilhoso 9,5 em álgebra. Todo o esforço, tardes perdidas e renite atacando naquela biblioteca empoeirada valeram a pena! Antes mesmo de conseguir falar qualquer coisa senti alguém me puxar pela alça da mochila praticamente me arrastando pela casa.

AH QUAL É!? AS PESSOAS TEM QUE PARAR DE FAZER ISSO.

– Dá pra me largar? – perguntei me debatendo.

– Renée quer falar com você – Emmett disse em alto e bom som, logo depois inclinou um pouco a cabeça deixando a boca na altura dos meus ouvidos – Está furiosa – murmurou.

– Ótimo – falei sarcástica.

Emmett ao invés de apenas me soltar ele simplesmente me largou no chão e com a ótima coordenação motora que tenho eu parar de bunda no chão. Levantei resmungando maldições pra tudo quanto é lado até dar de cara com Renée e ela não está com uma expressão nada boa, nada boa mesmo.

– O que foi dessa vez? – suspirei massageando minha nádega dolorida pela queda.

– Eu é que pergunto Isabella – Renée disse entredentes – O que você fez dessa vez pra estar em detenção, DE NOVO?

– Qual é. Como sabe disso? – perguntei com os olhos semicerrados.

– O diretor ligou aqui em casa simplesmente para ter o prazer em nos contar isso! – ela estava a ponto de arrancar os próprios cabelos.

– E ele ao menos contou o motivo? – cocei os olhos cansada dessas discussões sem sentindo com minha mãe.

– Ele nem precisou, sei muito bem a filha que eu tenho! – ela ergueu uma sobrancelha – O que você fez dessa vez?

Senti meu sangue ferver, porque ela nem ao menos perguntou o motivo da minha detenção? Se eu sou tão parecida com ela assim, deve muito bem saber que nem sempre a culpa é minha. Ok. Praticamente sempre a culpa é minha, mas mesmo assim...

– Duas garotas começaram a brigar no refeitório, fui separar as duas e ele pensou que eu estava na confusão, como sempre – dei de ombros – mas todos que estavam no meio da muvuca ficaram em detenção, injustamente é claro.

– Chega Renée – Charlie apareceu atravessando a porta justamente na hora em que Renée abriu a boca pra me falar mais alguma coisa – Bella já explicou o que aconteceu e eu acredito nela. Deveria ser um pouco menos rigorosa com a garota.

Examinei seriamente a expressão de Charlie e ao que parece ele finalmente resolveu colocar um basta na pose de minha mãe, não que ela seja do mal, nem nada do tipo... Porém abusa da autoridade que tem e não dá espaço para os outros viverem.

– Tirei 9,5 na prova de álgebra, se querem saber – falei quebrando o clima tenso que ficou no ar.

Coloquei minha prova em cima da mesa da cozinha e preparei um cereal pra mim, sorri para meus pais demonstrando estar perfeitamente bem com toda a situação. Por mais que eu goste de ver meu pai erguendo sua autoridade dentro de casa não quero ser o motivo para uma briga entre os dois, me joguei no sofá quase derramando o leite por toda parte, suspirei aliviada quando a única gota que caiu foi parar exatamente em cima da minha perna. Renée me mataria se visse alguma coisa dela manchada por minha culpa.

Comecei a zapear pelos canais sem encontrar nada de bom, o jeito é assistir um filme de romance que está passando mesmo. Não gosto de filmes românticos no máximo uma comédia romântica pra deixar as coisas mais legais, mas não sou muito chegada em coisas melosas e esses filmes tende a ser uma coisa extremamente melosa.

Não sei quanto tempo fiquei em frente à televisão só sei que minha atenção não estava no filme e sim lá em marte já que esses filmes não são de fazer sentido pra mim, senti o lado direito ao meu no sofá afundar com o peso de alguém. Olhei de canto e percebi Renée criando coragem para me dizer alguma coisa, depois desistiu e começou a encarar a televisão.

– Fala logo – não foi minha intenção ser grossa, mas ela só vem perto de mim pra brigar por algum motivo.

– Quero me desculpar com você, seu pai está certo – ela começou a falar ainda encarando a televisão – Seu que sou muito rigorosa com você e Emmett, porém apenas quero o bem para vocês. Esse é meu jeito de ser mãe.

– Eu sei mãe – a peguei de surpresa, pois Renée me olhou com os olhos arregalados – Você tem um jeito bem louco e estressado de ser mãe, porém é a mãe que eu amo! – dei de ombros.

Ela sorriu e me abraçou forte, enfiei meu rosto na curva do pescoço dela e respirei fundo. Fazia muito tempo que nós não tínhamos esse tipo de contato, fazia muito tempo que não abraçava minha mãe forte e não sentia o cheirinho dela, o cheirinho de mãe. Ela acariciou meus cabelos, ficamos assim por muitos minutos até que nos separamos e ela beijou minha testa.

– Não posso prometer que não serei mais louca e estressada – ela sorriu ao lembrar das minhas palavras – Mas posso tentar diminuir um pouco minha rigidez, afinal, eu já fui adolescente uma vez e sei bem como é entrar em confusões a todo momento – ela soltou uma gargalhada maravilhosa.

– É bom te ver sorrir assim – sorri sendo contagiada – Falando nisso, sábado eu sairei à noite – murmurei rapidamente na intenção dela não me escutar.

– Como assim? – a expressão dela fechou um pouco já imaginando para onde vou e com quem, como vou voltar e se vai precisar me tirar da cadeia.

– Bom... Vou a um restaurante... Jantar – falei pausadamente sem conseguir buscar as palavras corretas.

– MEU DEUS. MINHA FILHA VAI TER SEU PRIMEIRO JANTAR ROMANTICO! – Renée berrou levantando do sofá em um pulo – PRECISAMOS ARRUMAR TUDO, UMA ROUPA BOA, FAZER SEU CABELO, SUAS UNHAS. MINHA FILHINHA ESTÁ TÃO CRESCIDA.

– MÃE! – gritei fazendo-a parar – Eu não vou pra jantar romântico nenhum – revirei os olhos, mas quanta bobagem! – Emmett vai levar uma garota pra jantar, mas ele quer que eu vá e fique em uma mesa longe... Então vou ter que ir disfarçada e ficar esperando até ele fazer alguma burrice – falei tão rápido que até faltou ar.

– Como é? – Renée ficou me olhando com os olhos arregalados.

Bom... Ela disse que vai tentar ser menos louca e estressada, então posso contar pra ela toda a história entre Emmett e Rosalie. E em como eu sempre acabo no meio do plano dos outros, contei também que o Cullen irá me fazer companhia porque já não basta eu ter que ficar horas parada em um restaurante olhando um casal, disfarçada sabe Deus como... Eu não vou ficar lá sozinha. Mas não vou mesmo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom pessoal, sei que o recado lá em cima já deu praticamente um capítulo inteiro da fanfic -.- mas eu devia uma explicação pra vocês, certo? Certo. Então vou ser breve aqui...

Pode parecer que esse capítulo não tem nada a ver, mas ele tem sim gente, ele é essencial na estória e no próximo capítulo teremos uma surpresa. Aos amantes de Jake/Nessie, não me matem nesse capítulo, o próximo vocês vão gostar (eu acho) kkkkkkkkk Espero que tenham gostado do capítulo pessoal, espero que eu esteja desculpada e espero que vocês deixem reviews e recomendações... Mesmo eu não merecendo. Isso me deixaria mais feliz e inspirada.

Enfim. Beijos e até o próximo *-*