Meu Querido Nerd. escrita por Cacau54


Capítulo 12
CAPÍTULO 11 – Maldita álgebra!


Notas iniciais do capítulo

e aaaaaai pessoal! Sejam Bem Vindas as leitoras novas e muuuuito obrigada pelos reviews do capítulo anterior. Estou feliz feliz feliz *-* E vocês me deram várias ideias, para outros capítulos, obrigada mesmo! Boa Leitura.



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No capítulo anterior...

Andei lentamente até a sala do diretor Walter, esse cara provavelmente vai me mandar uma suspensão ou talvez me deixar em detenção por uma semana. Nada de mais, ele sempre faz isso. Abri a porta de sua sala e estanquei no lugar, com a boca aberta. Senti todo o sangue do meu rosto fugir.

-        Mãe? – olhei na direção da minha mãe e depois para o homem ao lado dela – Pai? – minha expressão de terror ficou ainda maior – Droga – murmurei.

-        Sente-se senhorita Swan – o diretor falou com um sorriso travesso nos lábios.

Andei hesitante até a cadeira entre meus pais, olhei para Charlie cuja expressão apenas exibe cansaço e decepção. Já Renée está me fulminando com os olhos, tamanha sua raiva, a sensação que estou tendo é que a qualquer momento ela irá me atacar na frente do diretor. E do jeito que esse homem é provavelmente iria rir da minha desgraça.

-        Chamei vocês aqui para que fiquem cientes de que sua filha não anda se comportando como uma dama! – diretor falou seriamente.

-        Por isso você nos chamou aqui? – Renée perguntou revirando os olhos – Bella nunca se comportou como uma dama – essa resposta fez meu pai gargalhar.

-        Bom... – é impressão minha ou o senhor Walter ficou envergonhado com a resposta de Renée? – Hoje Isabella teve alguns problemas com outra aluna.

-        E qual aluna seria? – meu pai perguntou.

Renée soltou um suspiro audível. Olhei para minha mãe e depois para meu pai estranhando a calma com que estão levando toda essa situação, cadê os gritos enlouquecidos da Renée e o olhar desapontado de Charlie? Não que eu esteja reclamando. Longe de mim, os prefiro calmos assim.

-        Tania Denali – o diretor disse erguendo o queixo, como se estivesse certo de que agora meus pais fossem me repreenderem.

-        Tania e Bella tem uma rixa há algum tempo – minha mãe deu de ombros – Não é surpresa alguma que isso aconteça. Além do mais, a senhorita Denali não é nenhuma santa.

Surpreende mente meu pai concordou com as palavras de Renée. ESPERA AI. Como eles sabem da minha rixa com a Denali? E pior ainda, como eles sabem que aquela garota não é nenhuma flor que se cheire? MEU SENHOR. ABDUZIRAM MEUS PAIS.

-        O que? – senhor Walter perguntou confuso – Vocês estão, realmente, defendendo essa delinquente?

-        Essa “delinquente” – meu pai disse fazendo aspas – É nossa filha. E ela não é nenhuma delinquente apenas por ter um azar enorme, sempre tirou boas notas.

-        Ai que vocês se enganam – o sorriso perverso do diretor surgiu em seus lábios – Ela está quase reprovando em álgebra.

Lascou-se.

-        COMO ASSIM QUASE REPROVANDO? – Renée gritou começando a fica irritada.

Tá ai a reação que estava esperando desde o começo dessa conversa toda e eu juro que consigo sentir a raiva da minha mãe emanando do corpo dela, Charlie por outro lado apenas suspirou.

-        Não é bem assim... – comecei a falar, porém o querido diretor me interrompeu.

-        E ela não tem ninguém para ajuda-la a recuperar as notas, nenhum dos garotos da sua gangue sabe álgebra – ele disse e riu – Mas isso já era de se esperar.

-        Que gangue? – perguntei confusa, balancei a cabeça ignorando aquilo – Eu encontrei um garoto que vai me ajudar com a álgebra.

-        Encontrou? – os três me perguntaram ao mesmo tempo.

-        Sim – dei de ombros.

-        Você o ameaçou? – olhei incrédula pra minha mãe, que tipo de pergunta é essa?

-        Deu dinheiro pra ele? – o diretor semicerrou os olhos.

-        Drogas? – até mesmo meu pai.

Minha boca se abriu em indignação, ninguém acredita que posso ter amigos dispostos a me ajudar e que sejam realmente bons em álgebra? Ok. O nerd não é necessariamente meu amigo e bom, devo admitir que foi golpe baixo eu ter falado dos momentos que passamos juntos. Porém quem caiu na pressão foi ele e quem se deu bem fui eu. Nada de mais. 

 -        Qual é – revirei os olhos – O Cullen aceitou me ajudar de bom grado – dei de ombros.

-        Vou chamar Edward Cullen aqui então – o diretor falou já pegando o telefone, para falar com Felix.

Que coisa mais ridícula, esse homem não tem pernas? Não pode ir andando até a sala do Edward e chama-lo ele mesmo? Qual a dificuldade nisso tudo? Mas é claro que o todo poderoso diretor Walter vai ficar com a bunda colada na cadeira enquanto o coitado do Felix fica andando de lá pra cá atrás dos alunos... Espera ai, eu pensei “Edward” ao invés de chama-lo de nerd?

Consegui decorar o nome dele.

Uns cinco minutos depois, uma batida tímida na porta chamou nossa atenção e logo o nerd entrou. Renée totalmente indiscreta ficou encarando o coitado de boca aberta, reprovando totalmente a maneira do coitado se vestir e ele... Cada vez mais envergonhado.

-        Me chamou senhor Walter? – o nerd perguntou.

-        Não. Ele chamou sua irmã, só que o Felix errou de pessoa – revirei os olhos e isso chamou a atenção de todos – Desculpe, não consegui resistir – murmurei constrangida.

-        Senhor Cullen, o chamei aqui para que possa esclarecer uma duvida para nós – senhor Walter começou a falar – A senhorita Swan nos afirmou que você concordou em ajuda-la a estudar para álgebra.

-        Sim, é verdade – ele deu de ombros.

-        Verdade? – minha mãe perguntou com uma sobrancelha erguida – Ela não te ameaçou, nem te deu dinheiro?

-        Não – respondeu dando de ombros.

-        Nem drogas? – meu pai insistiu nessa de drogas.

-        Nem pensar! – Edward disse olhando pra mim com os olhos arregalados – Você faz essas coisas?

-        Claro que não, são paranoicos e não confiam em mim – revirei os olhos.

Minha mãe olhou severamente para o diretor, que engoliu em seco. Semicerrei os olhos e intercalei olhares entre os dois. Como pode ele estar com medo da Renée? Se bem que... É difícil encontrar alguém que não tenha medo dela.

-        Como pode ver Walter – me surpreendi pelo tom frio que Renée usou e pelo fato de tê-lo chamado apenas de “Walter” – Isabella não tem problemas tão sérios assim, não é uma delinquente e está correndo atrás da nota de álgebra. Então quando for nos chamar, certifique-se de que existe mesmo um bom motivo pra isso. Nós dois trabalhamos e não podemos perder nosso tempo com coisas tão pequenas.

Meus pais se levantaram e saíram acenando para que eu os siga, dei uma ultima olhada no senhor Walter e meu sorriso apareceu no rosto. Ele chamou meus pais aqui para me castigar e quem acabou sendo humilhado foi ele, como a vida dá voltas.

Saí da sala dele me sentindo uma vencedora, agora mais do que nunca eu admiro Renée. Ela colocou ele em seu devido lugar, estou praticamente pulando e esse pensamento me lembrou Alice o que me fez rapidamente parar com o excesso de alegria. Meus pais já estavam na metade do corredor quando comecei a segui-los.

-        Mãe! – gritei chamando sua atenção.

-        Sim? – perguntou-me como se nada tivesse acontecido.

-        O que foi aquilo lá dentro? – apontei para trás.

-        Aquilo... – ela deu de ombros e gargalhou – Walter é um velho que não tem mais o que fazer além de pegar no pé dos alunos.

-        Sim, sei bem – suspirei – Mas porque você não o chama de senhor?

Meus pais se entreolharam e caíram na gargalhada. Qual é a graça? Uma carranca se formou na minha cara no mesmo minuto, porque estão rindo tanto? Foi uma pergunta normal, oras.

-        Walter estudou conosco querida – meu pai disse – Ele era completamente apaixonado por sua mãe – ele completou me fazendo fica indignada.

-        Como assim? – minha expressão de espanto fez com que eles rissem ainda mais.

-        Ele era apaixonado por mim e eu nunca gostei dele – Renée deu de ombros – Vem embora conosco? Já está quase na ultima aula.

-        Não posso – mordi o lábio inferior – O Cullen vai me ajudar com álgebra e bem... Tenho detenção para cumprir hoje.

O olhar do mal que Renée me lançou me fez arrepiar totalmente, antes que ela comesse a surtar eu voltei rapidamente pelo corredor até ir para a minha sala.

(...)

Depois de duas horas de detenção, finalmente consegui respirar ar puro. Aquele diretor não consegue entender que aquela sala mofada faz mal pra saúde dos alunos em detenção? Cocei meu nariz quase o arrancando do rosto, tamanha irritação que mofo pode fazer as pessoas. Revirei os olhos.

Só de pensar que vou ficar sabe-se lá quantas horas estudando álgebra meu tédio aumenta. Devo admitir que pensei várias vezes em ir embora depois da detenção e deixar o nerd sozinho, porém vai que ele se revolta comigo e desiste de me ajudar? Por fim, estou praticamente me rastejando para a biblioteca.

Maldita álgebra.

Quando cheguei ao antro de pó, meu rosto todo começou a coçar. Minha renite atacando fortemente, revirei os olhos. Nenhuma novidade entrar nessa biblioteca e ter o nariz afetado por esse lugar. Avistei o nerd sentado em uma das mesas concentrado em um livro qualquer.

-        E ai Edward – falei arrastando uma cadeira em frente a ele.

O nerd ergueu a cabeça lentamente e me olhou assustado.

-        Você me chamou pelo nome? – impressão minha ou os olhos dele estão brilhando mesmo?

-        Chamei? Por quê? – dei de ombros.

-        Pensei que você não soubesse meu nome – ele ergueu uma sobrancelha.

-        E eu não sabia, porém decorei – revirei os olhos – Mas vou continuar te chamando de nerd é mais legal.

Ele apenas revirou os olhos. O nerd começou a mexer em vários papéis e no seu caderno, tentando localizar alguma coisa. Bufei pela terceira vez seguida e ele apenas me olhou feio.

-        Tudo bem Bella... Vamos começar por onde você sabe – ele disse e eu fiquei olhando pra ele com cara de paisagem ele bufou – Bella... O que você aprendeu?

-        Nada – dei de ombros.

-        NADA? – ele gritou com os olhos arregalados, neguei com a cabeça e ele esfregou as mãos no rosto – Isso vai ser mais difícil do que eu imaginava.

-        Qual é nerd, você vai passar algumas horas comigo, olha que beleza – falei piscando os olhos varias vezes.

O nerd apenas revirou os olhos e voltou a folhear o caderno novamente procurando alguma coisa e dessa vez ele está voltando para o início do caderno. Ele passou os olhos rapidamente pelos números ali contidos e eu comecei a observar o rosto do Cullen, não é de todo feio. A barba crescendo, como se tivesse sido feita há um dia. Seu rosto sério olhando atentamente para o caderno, sua forma discreta de erguer uma sobrancelha.

Ele ergueu os olhos do caderno e me olhou diretamente nos olhos, ficamos nos encarando assim por alguns longos minutos o verde esmeralda de seus olhos me puxando, como se fossem imãs. Pigarrei desviando o olhar para o caderno aberto na mesa e respirei fundo tentando entender o que aconteceu aqui.

-        Então é... – comecei meio envergonhada – Por onde vamos começar?

-        Pelo começo – ele disse, porém consegui identificar com, quê, de riso em sua voz.

-        Não me diga – encarei-o novamente, porém dessa vez sarcasticamente – Pensei que iriamos começar pelo final.

Ele soltou uma gargalhada extremamente alta, que me fez olhar para os dois lados. Arregalei os olhos assustada com o estranho comportamento do nerd, nunca o vi rir dessa forma.

-        Para com isso – dei um beliscão nele que na hora o fez parar de rir – Vamos nos concentrar na álgebra.

Não acredito que falei isso.

EDWARD POV:

Já faz quase uma hora que eu e Isabella estamos nessa biblioteca e ela ainda não conseguiu entender se quer um dos problemas que eu expliquei. Suspirei mais uma vez, estou vendo que vai ser muito mais difícil do que eu imaginava. Porém uma coisa boa aconteceu aqui hoje, eu percebi quando ela estava me examinando. Depois de semanas nesse colégio, finalmente ela olha pra mim.

Mas não apenas olhando, ela estava me enxergando o que é muito diferente. E o fato dela ficar totalmente constrangida com a situação me fez fica ainda mais feliz, porém acho que exagerei um pouco na alegria e comecei a rir alto. E o beliscão que ganhei por isso ainda está doendo em meu braço.

-        Desisto nerd – Bella empurrou seu caderno pra longe emburrada.

-        Você não pode me chamar de Edward, já que agora decorou meu nome? – perguntei suspirando, peguei o caderno dela que caiu no chão.

-        Acho nerd mais legal – ela disse empolgada – Só eu te chamo de nerd.

Fiquei encarando a garota por algum tempo. Isabella Swan é a garota mais estranha que eu já conheci em toda a minha vida, em alguns momentos parece me achar o cara mais estranho do mundo. Em outros parece estar admirada por eu não ser um “nerd normal”. E agora ela fica toda empolgada por apenas ela me chamar de nerd. Vai entender.

Porém isso me deixa ainda mais instigado a continuar com essas aulas, porque apesar de tudo eu sei que no fundo essa garota gosta de mim – pode não ser da forma como eu quero – mas já é alguma coisa. Sei também que ela gosta da Alice, porém vai demorar um tempo para ela admitir isso. Mas eu sei que vai.

E eu Edward Cullen me dei muito bem, pois terei horas a sós com Isabella Swan dia sim, dia não e essa é minha oportunidade perfeita pra descobrir mais coisas sobre essa garota.

Bendita álgebra.

BELLA POV:

Passei duas horas e meia, sentada na cadeira dura daquela biblioteca, com o nariz coçando, com a cabeça fervendo por causa daqueles malditos exercícios e eu consegui começar a entender como se resolvia apenas um deles. Pode uma coisa dessas? Fiquei tão concentrada em tudo o que o nerd falava e mesmo assim, nada de conseguir entender aquilo.

Bati a porta de casa com tudo e subi as escadas batendo o pé fortemente a cada degrau, porque existe uma matéria tão difícil assim? Cheguei à frente da porta do meu quarto que está entreaberta, semicerrei os olhos. Eu tenho certeza que a deixei fechada hoje antes de ir até a escola. Emmett está aprontando alguma coisa. 

Chutei minha porta que bateu com tudo na parede, ouvi um muxoxo vindo da parede. Joguei minha bolsa com tudo na cama e espera um pouco. Desde quando parede solta muxoxo? Lentamente andei até a porta e puxei-a com tudo, revelando um Emmett com o nariz vermelho e os olhos lacrimejando.

-        Olha só, pela primeira vez não sou eu com o nariz machucado – fechei a porta deixando o abobado do meu irmão passar – O que você estava pensando Emmett?

-        Eu queria te dar um susto – ele disse baixinho enquanto continua massageando o nariz.

-        Atrás da porta Emmett? – revirei os olhos, indignada com a burrice dele.

Peguei minhas roupas e fui para o banheiro, tudo o que eu preciso agora é de um banho extra quente pra retirar o estresse que álgebra causa em minha pessoa. Tirando o fato de que o nerd ficou rindo de mim e depois ainda ficou me encarando por um longo tempo, me deixando extremamente incomodada.

Quando saí do chuveiro me senti muito revigorada e pronta pra cair na cama. Coloquei meu pijama e quando abri a porta do banheiro encontro Emmett deitado em minha maravilhosa e convidativa cama, jogando uma bolinha de vidro que fica ao lado da minha cama. Arregalei os olhos e peguei a bolinha no ar quando ele a arremessou pra cima novamente.

-        Se você quebrar minha bolinha, eu quebro a tua cara – ameacei olhando mortalmente pra ele.

-        Relaxa Bella, encontrei uma forma de você compensar o que fez comigo e com a Victória – ele disse simplesmente.

-        Tá ficando louco? Eu te fiz um favor – joguei os braços pra cima indignada.

-        Não vem ao caso agora – ele deu de ombros – Já arrumei um jeito de você me compensar.

-        E qual é Emmett? – suspirei me jogando na cama, ele não vai desistir mesmo.

-        Vai me ajudar a conquistar a Rosalie!

-        O QUE? – gritei me sentando novamente.

Meu querido irmão ficou me olhando com um sorriso irônico nos lábios, tudo bem que eu dei mancada com a Victória. Mas mesmo assim, foi o melhor pra ele!

-        Você vai passar muito tempo com a Rosalie – ele deu de ombros – Vai conseguir descobrir coisas que ela gosta coisas que eu nunca conseguiria descobrir.

-        Qual é Emmett – revirei os olhos.

-        Você me deve essa Bella – ele piscou os olhinhos, suplicantemente.

-        Ok. Emmett, eu vou tentar. Mas se eu não conseguir você vai ter que parar de jogar na minha cara essa história da Victória – cruzei os braços emburrada.

-        Tudo bem Bells, você é demais! – ele saiu correndo do quarto, todo feliz.

Mais um casal pra juntar, ninguém merece.

Desci a escada saltitante e cheguei à cozinha morrendo de fome. Meus pais estão rindo enquanto comem, estanquei no lugar. Como assim? Cadê os dois de mau humor, quietos e mais irritados que vespas? Comecei a andar em direção aos dois com os olhos semicerrados e olhando para todos os lados, quando perceberam minha presença Charlie e Renée pararam de rir imediatamente, olhando-me com curiosidade.

-        Bella querida, o que está fazendo? – Renée perguntou delicadamente, estanquei no lugar.

-        Quem é você e o que fez com a minha mãe? – perguntei desconfiada.

-        Sou eu Bella, venha comer querida – ela disse apontando um prato limpo na mesa.

Olhei pra Charlie e a expressão em seu rosto é de pura diversão, arregalei os olhos. Faz sabe-se lá quanto tempo não vejo meu pai dessa forma, todo alegre e rindo na hora do jantar. Isso só me deixa ainda mais desconfiada.

-        Ok. Cadê as câmeras? – coloquei as mãos na cintura revirando os olhos.

-        Que câmeras Bella? – Charlie perguntou dando uma risadinha.

-        As câmeras de algum programa de televisão! – comecei a procurar pelos cantos da cozinha – Devem estar por aqui, vocês nunca dão risada na hora do jantar. E Renée não me chama de querida a meses!

Os dois caíram na gargalhada e eu bufei. Porque meus pais surtaram?

-        Bella, não tem câmeras e nem programa de televisão. Eu e sua mãe estávamos rindo do diretor da sua escola – Charlie falou em meio às gargalhadas.

-        E convenhamos que nos últimos meses você não foi nenhum pouco “querida” para merecer ser chamada assim, não é mesmo? – Renée ergueu uma sobrancelha me repreendendo por minhas pequenas aventuras nesses últimos meses.

Sentei-me e comecei a pegar um pouco de comida, tudo bem, não é um pouco de comida. É muita comida mesmo, chegou a formar uma montanha em meu prato. Charlie arregalou os olhos e eu apenas dei de ombros. Queria ver eles fazerem testes malucos na escola, depois aguentar algumas aulas chatas, depois ficar em detenção e ainda ficar estudando álgebra com um nerd na biblioteca mais empoeirada do universo.

Isso dá fome!

-        Vocês tinham que ver a cara que o diretor Walter ficou depois que você disse tudo aquilo – olhei pra Renée rindo.

-        Não fale com a boca cheia – ele repreendeu e eu revirei os olhos – Mas eu tenho uma pequena noção da expressão dele, mais ou menos a mesma quando eu recusei o convite dele para o baile de outono na escola – ela caiu na gargalhada.

-        Parecendo uma criança prestes a chorar, por não ganhar o doce – meu pai disse e começou a gargalhar.

-        Nossa – murmurei chocada.

-        EMMETT VEM COMER! – minha mãe gritou com sua grande delicadeza.

Depois ainda me perguntam por que sou assim, eu sou exatamente igual Renée. Por mais que ela não me conte o passado dela, eu sei de algumas histórias e pelo o que me contaram ela também não era nenhuma santa na minha idade. Ela era popular e tinha uma rixa com alguma garota na escola. Eu ainda não sei que garota era essa, mas vou descobrir.

Emmett desceu as escadas todo desengonçado enquanto tenta passar a camiseta pela cabeça, chegou até a mesa todo afobado pegando comida como se o mundo fosse acabar a qualquer momento. Meus pais e eu continuamos olhando a cena assustados com a monstruosidade do meu irmão.

-        Porque está pegando comida tão rápido Emmett? – Charlie seriamente.

-        Porque está passando um filme muito bom de zumbis e eu não quero perder – meu irmão falou todo afobado.

-        Nada disso, pode sentar ai. Hoje jantaremos como uma família – meu pai sorriu ao dizer isso.

-        Qual é – Emmett murmurou, mas sentou-se.

(...)

Tivemos um jantar como há muito tempo não tínhamos. Todos nós rimos, conversamos e teve algumas pequenas discussões entre Renée e eu, entre Emmett e eu. Mas tudo foi perfeito, minha mãe não ficou gritando nem me chamando de Isabella e Charlie continuou com um sorriso enorme o jantar todo.

-        Ok. Aquele diretor me persegue por sua culpa mãe! – revirei os olhos enquanto empilho os pratos para Emmett lavar, hoje é o dia dele.

-        Eu sei querida, mas não posso fazer nada – ela suspirou.

-        Porque ele não pega no pé do Emmett também? – perguntei indignada, aquele homem só persegue a minha pessoa!

-        Bella, seu irmão não é um dos maiores gênios da terra, não acha? – Renée sussurrou, porém Emmett estava perto suficiente.

-        EI! – ele disse e eu ri.

O telefone tocou, Renée está ajudando Emmett com a louça, meu pai foi tomar um banho e eu me arrastei para a sala. Meus olhos estão quase se fechando e só agora fui perceber o quanto estou cansada. Peguei o telefone e mal cheguei a falar alô uma voz rápida e ofegante começou a falar.

-        Oi Bella. Temos uma festa pra ir esse final de semana, vamos começar a por nosso plano em prática, não aceito um não como resposta! Vou ter que desligar. Amanhã nos falamos, beijos.

-        Alice... – falei, porém ouvi apenas o “tu tu” do outro lado.

Final de semana com os Cullens, festa. Alice. Jasper. Emmett. Rosalie. Plano.

Ótimo, nada melhor.

-        Quem era Bella? – Emmett perguntou aparecendo na sala.

-        Vamos para uma festa sábado Emmett, com os Cullens – revirei os olhos – E Rosalie vai estar lá!

-        Você é demais Bella! – ele me deu um abraço de urso.

É. Demais. Sou demais mesmo. Não poderia ser melhor. Bufando subi as escadas e me joguei na cama, meu sono logo deu as caras e a ultima coisa que passou por minha cabeça foram olhos esmeralda, um sorriso torto encantador e uma gargalhada sedutora. Preciso me internar, pensei antes de apagar completamente.


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Notas finais do capítulo

Então... esse capítulo eu foquei no Nerd e na Bella, fiz um pequeeeeeno clima rolar ali. Só pra dar um gostinho hahaha E como estamos perto do natal, decidi fazer um capítulo voltado pra família!
Capítulo não ficou grande - desculpa! - mas eu decidi postá-lo pequeno mesmo, porque primeiramente não vou ter tempo pra escrever esse final de semana. E também porque terça já é natal, então segunda vai estar tudo corrido aqui... também não vou ter tempo pra escrever. Então vocês me desculpem, mas eu queria muito postar esse capítulo como um presente de Natal a todos que acompanham a fanfic. Novamente, FELIZ NATAL A TODOS! *-*
E ai, quem gostou mesmo ele estando pequeno? Deixem reviews, são como combustível pra mim!!! E as leitoras fantasmas, não se acanhem, podem deixar seus reviews, serão muito bem vindas! Pexos e até o próximo capítulo! *-*