A Menina de Olhos Cinzentos escrita por almofadinhas


Capítulo 50
Capítulo Bônus


Notas iniciais do capítulo

BOM GENTE,ESPERO QUE ESTEJAM ACOMPANHANDO A SEGUNDA TEMPORADA POR AQUI >>>>> http://fanfiction.com.br/historia/426472/A_Menina_de_Olhos_Cinzentos_II/



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30 de junho de 1981.

– Quero que acabe com todos eles, um por um.

– Milorde, até mesmo o bebê?.

– TODOS.

E quando Voldemort deu a última palavra o Comensal foi até o salão e reuniu seus amigos que o esperavam ansiosos.

– Então Travers, qual é a missão?.

– Matar os Mckinnon.- Travers responde com um sorriso ameaçador e isso faz os Comensais se agitarem.

– Acho que a matança vai começar.- diz um Comensal careca com um sorriso malicioso.

– Mulciber você vem comigo, só precisamos agora chamar nosso espião.

– Não seria nossa espiã?.- e assim os dois Comensais aparatam para a casa dos Mckinnon, as gargalhadas.

(....)

O som de choro e berros da pequena bebê não era nada comparado ao som de vidros quebrando e corpos caindo no chão. Sua mãe corria o máximo que podia, em seu colo a pequena bebê chorava pois não sabia o porque das luzes verdes, ou o porque de sua mãe está correndo e seus parentes estarem no chão, imoveis.

A mulher subiu as escadas até o terceiro andar e trancou a porta com força, empurrando camas e moveis para deixar a porta impenetrável, os ruídos e barulhos não sessavam e isso a fazia chorar desesperadamente abraçando cada vez mais forte sua filha, seu bebê, sua Susie.

Colloportus.- era o único feitiço que poderia ajuda-lá naquele momento, o feitiço tranca as portas, prevenindo-as de serem abertas.

A mulher viu um armário atrás dela e colocou sua bebê ali dentro, a pequena começou a chorar mais alto e mãe não sabia como acalma-la pois nem ela mesma conseguia se acalmar.

– Susie, meu bebê, se acalme.- ela pegou novamente a filha no colo e ela parou de chorar, agora estava com a cabeça apoiada no ombro da mãe.

– Está com sono?.- a mãe a colocou em seu colo novamente se movimentando para lá e para cá e cantando a canção de ninar que ela costumava cantar para sua filha antes de dormir.

Feche os olhos, eu sei o que você vê

A escuridão é alta, mas eu sempre estarei com você

Olhe os céus e as estrelas irão surgir e sorri para nós

Um estrondo começou a surgir na porta e isso fez Marlene aumentar o som de sua voz e a deixar as lágrimas escaparem de seus olhos.

Não importa o que aconteça você sempre estará em meu coração

E nas dificuldades vou segurar em sua mão e não vou deixar você cair

Lágrimas e choros não serão bem-vindos

A única coisa que eu peço é o seu sorriso.

E a música se sessou com o grande estrondo vindo da porta novamente.

Marlene correu e colocou sua filha já adormecida no armário e antes de fecha-lo deu um beijo em sua pequena testa.

– Eu te amo filha, nunca se esqueça disso, nunca.- e Marlene trancou a porta do armário em lágrimas.

Ela pegou sua varinha rápido e a apontou para a porta, qualquer que fosse a ameaça eles agora viriam atrás dela e dá filha. Em alguns minutos a porta foi destruída fazendo os destroços irem em direção a Marlene que rapidamente se jogou no chão, ela pegou a varinha e foi a primeira a atacar.

Estupefaça.

Protego.

Crucio.

E Marlene cai no chão sentindo dores horríveis, ela tenta rastejar e pegar sua varinha, mas Mulciber o Comensal da Morte pisa em sua mão fazendo a mesma gritar de dor e depois quebra a varinha da mesma a fazendo se levantar e ir para cima dele, mas Mulciber dá um tapa em seu rosto a fazendo cair no chão, assustada.

– Sabe Travers, acho que vou brincar com ela um pouco.

– É toda sua Mulciber.

Mulciber chuta a barriga de Marlene a fazendo se contorcer, o mesmo lança vários feitiços como Crucio, Obscuro e outros de tortura, Marlene aguentava bravamente apenas pensando em Susie em sua filha e por um breve segundo em seu amor e isso a fez chorar. Os Comensais começaram a soca-la e a machuca-la mas nada a deixava com mais dor do que deixar sua filha sozinha.

Travers segurou os longos cabelos castanhos claros de Marlene e a colocou frente a frente com ele, ela podia sentir seu halito nauseante.

– Onde está a menina?.

– Q-Que menina?.- Marlene não pode respirar de novo foi acertada por um soco.

– Não se faça de idiota Mckinnon, eu sei que você tem uma menina com aquele cachorro do Black.

– Você não vai fazer nada com ela.- e Marlene novamente é acertada com mais um soco, Travers a joga no chão em cima dos destroços da porta.

Um pedaço de vidro estava em sua frente e ela viu seu reflexo, seu rosto inchado e seus lábios cheios de sangue a fizeram estremecer e ela pensou ''Como algumas pessoas conseguem ser tão cruéis?''. Travers e Mulciber começaram a chutar e a arremessar Marlene até faze-la sangrar ainda mais a mesma sentiu que uma de suas costelas estava quebrada e não conseguiu mais se mover.

– N-Não importam o que façam comigo, eu nunca direi onde está ela, não tem como me ferirem mais, já mataram minha família inteira.

– Não exatamente.- diz Travers sorrindo malicioso.- Pode entrar agora.

Uma figura encapuzada entra no quarto apontando a varinha em direção a Marlene e ela levanta a cabeça e consegue ver o cabelo ruivo claro de uma mulher e ela sabia quem era.

Sua prima Dominique Mckinnon.

– Dominique? - Marlene se encolhe e chora.- Por que?.

– Você ainda pergunta priminha? Eu estava cansada, cansada de você ter tudo o que quer, cansada de todos darem atenção a você, cansada de você.

– Mas, nós duas...Nós sempre f-fomos amigas.

– Amigas? Você é mesmo uma cachorra sua idiota.- e Dominique chuta o rosto de Marlene a fazendo cuspir sangue, Mulciber e Travers riem.

– Eu o amava, e ele escolheu você, ele preferiu você ele sempre AMOU VOCÊ, e você o fez sofrer com aquela sua filha bastarda.- Marlene com as únicas forças que tinha conseguiu dar um tapa na cara de Dominique que surpresa a olhou.

– N-Nunca diga isso dela, nunca mais fale mal da minha filha.

Dominique deu uma gargalhada sinistra e se abaixou em direção a Marlene segurando o pescoço da mesma com força, e ela começou a sussurrar em seu ouvido e os Comensais se divertindo com isso, riram ainda mais.

– Você sempre teve a atenção dele, sempre, acha que eu fiquei realmente feliz quando você disse que estava grávida dele? Acha mesmo que eu fiquei feliz em saber que você transou pela primeira vez com ele? Ah Marlene sua ingenua, sim, eu amo Sirius Black.

– Você não o ama, isso é doentio.- Dominique apertou mais o pescoço de Marlene.

– Acho que vai ficar feliz em saber que eu também tive uma filha, Travers fez um grande favor a mim.

– Você é um monstro.

– Não Marlene querida, você criou esse monstro.

Dominique soltou o pescoço de Marlene e a mesma tentou se levantar mas Travers a empurrou e fez cair ao lado do armário que agora tinha um pequeno buraco e Marlene conseguiu ver Susie ainda dormindo, a mesma riu em ver que mesmo com o grande barulho sua filha ainda dormia como um anjo.

– Vamos acabar logo com isso.- diz Dominique a Travers que sorri.

Travers apontou a varinha para Marlene e a mesma fechou os olhos e antes de ir conseguiu imaginar a cena perfeita, ela, Sirius e sua filha Susie juntos e um retrato que ela sabia que nunca teria, nunca haveria um retrato deles três juntos.

– Eu amo vocês.

Avada Kedavra.

E o quarto foi tomado pela grande luz verde.

Marlene Mckinnon estava morta.

Dominique antes de virar as costas para o corpo morto da prima escuta um barulho no armário, ela o abre e encontra o que queria. Susie, adormecida, sem fazer a minima ideia do que estava acontecendo.

– Vamos mata-la.- diz Travers já pegando sua varinha.

– Não!.- Dominique se abaixa e pega Susie no colo.

– Mas o Lorde das Trevas...

– Diga a ele que você a matou, ele não precisa saber de nosso plano, afinal de contas eu tenho muitos planos para ela.

– Que tipo de planos?.- pergunte Mulciber.

– Você irá descobrir ao longo do tempo- Dominique dá um sorriso malicioso e sai da casa dos Mckinnon com Susie em seus braços.

(....)

Lupin estava em sua casa escrevendo uma carta para Dumbledore e James Potter sobre alguma coisa relacionado a Ordem da Fênix quando começam a bater em sua porta freneticamente, ele logo se levanta de sua poltrona e abre a porta e se surpreende ao ver Dominique Mckinnon com um bebê em seu colo.

– Dominique, o que está fazendo aqui?.

– Estão todos mortos, todos eles.- força uma voz de choro e Lupin se preocupa.

– Eles quem?.

– Os Mckinnon, todos eles estão mortos.

Lupin olha para o chão e lembra de seu amigos Sirius.

– E que bebê é esse?.- pergunta Lupin olhando para a pequena Susie que acabará de acordar.

– Ela é Susie, é a filha de Marlene.

– Marlene estava grávida? Mas ela...

Então Lupin se lembrou da briga que Sirius e Marlene tiveram a quase um ano, se lembrou de que Marlene faltará a algumas reuniões da Ordem e se lembrou de ter visto a amiga um pouco gorda em alguns meses.

– Ela é filha do...

– Sirius, sim é.- confirma Dominique com um tom de desgosto mas Lupin não percebe e apenas confirma o que mais temia.

– Meu Deus, quando ele souber...

– Não, ele não pode saber, Lupin por favor, você é o único que pode cuidar dela agora, eu estou fugindo com a minha filha para longe. Quando eu soube o que ia acontecer corri a tempo e consegui ajudar Marlene, ela me fez jurar para nunca contar a Sirius sobre a Susie.

– Mas Dominique ela precisa de um pai.

– Não ela não precisa.- Dominique diz com fúria mas depois que percebe a cara de assustado de Lupin volta a sua voz calma e normal.- Por favor, eu jurei por ela, não conte.

– Tudo bem, não vou contar.

– Obrigada Lupin, tome conta dela.- Dominique coloca seu capuz pela cabeça e anda pelas ruas de Londres com um sorriso vitorioso nos lábios.

Lupin estava segurando Susie no colo sem reação, ele não sabia o que fazer com aquele bebê de apenas um anos, ele nem sabia como cuidar de um bebê na verdade. Lupin então teve uma ideia, pegou seu carro e foi correndo até a casa dos Potter, o trajeto foi muito longo mas conseguiu chegar a tempo, ele sabia que Sirius agora não estava mais morando com James e Lily por causa de Harry, o filho deles.

Lupin bateu na porta freneticamente e Lily o recebeu com Harry nos braços e se assustou quando viu o bebê no colo do amigo.

– Lupin o que...

– Susie, ela se chama Susie, ela é filha de Marlene.- Lily deixa Lupin passar e ela senta no sofá da casa dos Potter com Susie no colo a olhando nervoso, feliz, uma mistura de sentimentos que nem ele mesmo conseguia explicar.

– O que? Marlene Mckinnon? Onde está ela?.- Lily pergunta, mas Lupin apenas olha para os amigos com um olhar triste e eles entendem o que quer dizer.

Lily começa a chorar com Harry nos braços e James a abraça.

– O que vai ser dessa criança? Nem sabemos quem e o pai.- Lily diz olhando para Harry em lágrimas.

– Eu sei quem é.

– Quem?.- pergunta James olhando para o amigo.

– É o Sirius, James.

Lupin conta a James e Lily sobre o tempo em que Marlene esteve afastada da Ordem e todos concordam que era o tempo em que ela teve Susie. Lupin também contou sobre Dominique e James pareceu desconfiado.

– Por que ela foi a única a sair viva?.

– Ela não mora mais na casa dos Mckinnon faz tempo James.- diz Lily entendo o que seu marido queria dizer.

– Eu sei mas, ela não faz parte da Ordem para saber o que está nos acontecendo.

– Está me dizendo que Dominique traiu a sua família?.

– Lily meu amor é bem provável.

– Por favor não briguem, só vim aqui dizer que custe o que custar não podemos contar a Sirius sobre Susie.

– Lupin mas ela é filha dele, Sirius tem que saber.- diz Lily passando a mão sobre as bochechas de Susie.

– Eu sei, mas Dominique prometeu a Marlene que não iria contar.

– Mas você não prometeu.- diz James.

– Mas prometi a Dominique.

– Meninos por favor, Lupin eu fico com Susie enquanto você e James vão falar com Sirius.

– Mas sem sitar o nome da Susie.- diz Lupin para James que revira os olhos e assenti para o amigo.

Lupin e James vão de carro até a casa de Sirius que ficava no centro de Londres em um apartamento bem perto da estação King's Croos. Quando os dois chegam Sirius recebe os amigos com um sorriso encantador e James sente pena de ter ido para dar uma noticia horrível para o amigo.

– Aluado, Pontas sejam bem vindos!.

– Olá Almofadinhas.

– Entrem logo, sintam-se em casa.- Sirius olha para o relógio meio assustado e depois volta para os amigos maroto.- Já são quase meia noite, o que ouve James? Lily te enxotou?.

James não conseguiu segurar um sorriso mas Lupin permanecia sério e Sirius notou isso.

– O que ouve Remo? Parece que alguém morreu.

– É.

– É o que?.

– Alguém morreu.

– Quem morreu? É alguém da Ordem?.- Sirius agora parecia preocupado.- Andem me falem.

– Hoje a noite, nos informaram que ouve um assassinato de uma família inteira.

– Essa família foi os Mckinnonm, Sirius, todos eles estão mortos.- diz James com dificuldade e Lupin coloca a mão em seu ombro.

– Sirius, Marlene está morta..

Sirius se vira de costas e olha para o nada por um bom tempo, ele se lembra de cada detalhe dela, de Marlene, seu cabelo castanho claro que ele sempre amou, seus olhos castanhos por quem ele sempre foi fascinado, tudo nela já estava fazendo falta para ele e sem ao menos que Sirius percebesse estava chorando no ombro de James.

– Ela se foi, eu não acredito que ela se foi.- Sirius chorava tão alto que Lupin estava assustado.- Eu não consegui, não consegui dizer adeus, não consegui me desculpar por termos brigado, eu sou um idiota, um covarde, e eu não tenho mais nada dela.

James olhou para Lupin e ele entendeu o que era aquele olhar, mas ele havia prometido e se Sirius soubesse eles dois não sabiam o que poderia acontecer.

– Sentimos muito Sirius.- diz James.

Depois daquela noite todos sabiam que Sirius e Susie iriam ter destinos separados, Lupin iria tomar de conta dela e prometeu a James e Lily que quando Susie estivesse pronta iria contar a ela sobre seu pai, por isso ao invés de colocar o sobrenome Mckinnon ele colocou o nome Black para ela se interessar e começar a perguntar sobre seu pai.

Mas depois que Sirius foi preso por ser culpado pela morte de James e Lily, Lupin começou a tratar Susie com certa frieza mas nunca deixou de ama-la como se fosse uma filha ou cuidar dela. Susie cresceu saudável e feliz, era idêntica ao pai e tinha algumas semelhas com a mãe, o jeito do rosto e como no fato de ser curiosa e pesquisar as coisas e ser engraçada, o resto era igual ao pai, da cor do cabelo até no jeito de arranjar problemas.

Lupin sabia que uma hora ou outra ela iria descobrir sobre seu pai.

Mas o que ele não sabia e que pessoas tinham planos para a pequena Susie Black, planos que nem mesmo ele tinha ideia.


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Notas finais do capítulo

comentários???!