De manhã acordei ao berros, eu mesma tive um pesadelo, foi horrível. Eu estava em Hogwarts, mas na floresta negra, Gina estava com um olhar amedrontador, eu pedia para ela me deixar sozinha, mas ela falava uma língua esquisita, isso fez as aranhas me atacarem.

Acho que meu sonhos foi resumido as coisas que estavam acontecendo, assim mesmo me levantei e lavei meu rosto, não estava fácil olhar para todo mundo depois daquele sonho, qualquer coisa que eu escutava eu me encolhia ou gritava de susto. Na aula do Lockhart, tivemos um pequeno ''teste'', eu tirei uma nota boa,mas assim mesmo não foi uma coisa boa. Faltava poucos dias para as aulas acabarem e para as provas chegarem, eu não estava nervosa nem coisa parecida.

De tarde encontrei Harry e Rony, contei a eles sobre meu sonho e sobre Gina:

– Está ficando louca Susie? Você acha que minha irmã é capaz de uma coisa dessas?.

– Rony me desculpa mas, eu suspeito dela.

– Você só pode ser louca, minha irmã nunca ia fazer isso.

– Me desculpa.- nossa discussão foi assim, ele me olhava com fúria, como se eu fosse culpada, mas no fundo eu sabia que eu era.

– Olha, vamos visitar Hermione se quiser ir, Susie.- Harry disse me convidando, fiz que sim com a cabeça e fomos todos juntos.

No caminho Rony me olhava com despreso, eu tentava não olhar pra ele, então eu fui falar com Harry:

– Pra onde mesmo levaram Hagrid?.- eu disse tentando amenizar a situação.

– Para Askaban.- no exato momento eu me lembrei de Sirius, e me lembrei do meu Natal na casa de Dominique, pensei em Rosemary e em Chester.

Quando chegamos na Ala Hospitalar, ficamos em volta aonde Hermione estava deitada, me sentei na ponta da cama, Harry trocou as flores que estava no vaso de vidro que ficava na mesa ao lado de Hermione, na frente estava Silene, eu me levantei e fui até aonde ela estava deitada, coloquei minhas mãos sobre sua mão esquerda, ela estava gelada e sua pele estava dura, eu sussurrei:

– Queria que você estivesse aqui, você e a Hermione.

Deixei uma lágrima cair, quando me virei escutei Harry dizer alguma coisa para Hermione:

– Precisamos de você, agora mais do que nunca.

Rony imediatamente abaixou a cabeça e Harry passou a sua mão sobre a mão direita de Hermione, ele tirou um papel, olhei confusa:

– Harry, o que é isso?.

– É Harry, o que é isso?.- perguntou Rony, acho que, tentando me imitar.

– Por isso Hermione estava da biblioteca no dia que foi atacada, vamos pessoal.

– Das bestas medonhas que vagam pela nossa terra,nenhuma é mais mortal do que o Basilisco, capaz de viver por centenas de anos, a morte a acompanha quem fixar seus olhos gigantes, as aranhas fogem dela, Rony, Susie, é isso, o monstro na câmara secreta é um Basilisco, por isso posso ouvir ela falando, é uma cobra.

– Mas Harry, se ele mata só em olhar pras pessoas, por que ninguém morreu ainda?.

– Rony, porque ninguém nunca olhou nos olhos dele, não diretamente.- eu disse, Rony me olhou com espanto, ele deveria estar pensando que eu não estava prestando atenção.

– Você esta certa Susie.- disse Harry, ainda com a folha na mão.

Harry e Rony começaram a falar das pessoas que foram atacadas, por último fora Silene:

– E Silene? Ela não tinha uma maquina nem um espelho, Harry.

– A água do banheiro, foi como a Madame Nora, ela só viu o reflexo do Basilisco.

– É verdade, e você disse, ''As aranhas fogem do Basilisco'', não estão vendo? Tudo se encaixa.- eu disse.

– Mas como um Basilisco circula por aí? Uma cobra assim alguém já teria visto.- disse Rony.

– Hermione respondeu isso também.- Harry disse mostrando a ponta da folha amaçada, que estava escrito ''canos''.

– Canos? Está usando o encanamento.

– Lembram do que o Aragogue disse,sobre a garota de cinquenta anos atrás que morreu no banheiro?E se ela estiver ainda lá?.

–A Murta que Geme.- eu e Rony dissemos juntos, isso fez ele olhar pra mim com espanto, novamente.

Escutamos Minerva falar pelo alto falante, mandando todos os alunos para os dormitórios e os professoras até o corredor do segundo andar, claro que nós fomos para o corredor do segundo andar.

– Uma aluna foi levada pelo monstro para dentro da câmara secreta, os alunos devem ir para suas casas, receio que esse seja o fim de Hogwarts.

– Sinto muito eu cochilei, o que eu perdi?- pronto, chegou o idiota do Lockhart.

– Uma menina foi pelo monstro Lockhart, finalmente chegou sua vez.- disse Snape.

– M-Minha vez?

– Você não disse ontem mesmo que sempre soube a entrada da Câmara Secreta?.- olhei confusa para Harry, que fez o mesmo com Rony.

– Então está decidido, vamos deixar que cuide do monstro Gilderoy, afinal suas habilidades são uma lenda.

– Está certo, eu vou até minha sala me preparar.- até parece que ele iria fazer alguma coisa.

Harry e Rony estavam prestando muita atenção, até que Madame Pomfrey, pergunta a Minerva:

– Quem o monstro levou Minerva?.

– Gina Weasley.- eu olhei para Rony, ele não estava com uma cara muito boa, eu sabia que isso não ia ficar bom pro meu lado.

Quando Severo Snape saiu da fentre da parede,lá estava escrito com sangue:

– O esqueleto dela jazerá na câmara pra sempre ,Gina.- Harry olhou para Rony,e depois ele olhou pra mim.

– Obrigada Susie, sua teoria estava errada.

– Desculpa Rony eu não sabia.- eu disse tentando o fazer se acalmar.

– Vamos parar com isso, temos que ir ao Lockhart.- disse Harry me puxando para andarmos rápido.

– Como assim? O que vamos fazer com aquele inútil?- perguntei.

– Vamos logo.- nós saímos correndo até a sala de aula de Defesa contra a arte das trevas, aonde o professor estava.

– Lockhart pode ser um imprestável mas ele vai tentar entra na câmara, podemos contar pra ele o que sabemos.

Subimos as escadas e abrimos a porta, não batemos nem perguntamos se podíamos entrar, nós já fomos entrando.

–Professor, temos umas informações pro senhor....

– Está indo a algum lugar?- perguntei debochada, eu sabia que ele iria fugir, mas assim mesmo tive que manter a opinião de Harry.

– Sim, um chamado urgente, inevitável.

– Mas e a minha irmã?

– Ninguém lamenta mais do que eu.

– Imagino.-sussurrei mas disse debochada, de novo.

– O senhor é o professor de Defesa contra as Artes das Trevas, não pode ir agora.

– Olha aqui, quando eu aceitei o emprego não tinha....

– O SENHOR ESTÁ FUGINDO, DEPOIS DE TUDO QUE CONTA NOS SEUS LIVROS?.

– Os livros podem ser enganosos.

– Mas, foi o senhor que escreveu.

– Tentem usar o bom senso, meus livros nem venderiam a metade se eles não acreditassem que eu fiz tudo aquilo.

– O senhor é uma fraude.

– É, está ganhando credito de que outros bruxos fizeram.- digo e o professor me olha estupefato.

– Tem alguma coisa que saiba fazer?- perguntou Rony.

– Sim, sou muito bom com feitiço das memórias, se não os bruxos já teriam saindo falando de mim, e eu não venderia nenhum livro. Na verdade eu, terei que fazer o mesmo com vocês.- eu sabia o que Lockhart ia fazer, fui a primeira a sacar varinha, ele era mesmo burro 3 contra 1:

– É melhor nem pensar nisso.- disse Harry.

Lockhart abaixou a varinha, e eu e Rony ficamos apontando nossas varinhas pra ele, fomos andando atrás de Harry, ele parou no banheiro do segundo andar, aonde aconteceu já várias coisas.

Mal entramos e já escutamos Murta gemer, tipico, aquele meninas fantasma só resmungava,ela parou imediatamente de gemer quando percebeu a gente:

– Quem está aí? Ah, olá Harry. O que você quer?- ela primeiro foi fofa, depois parecia com voz de sapo engasgado.

– Quero saber, como você morreu.- perguntou Harry.

– Foi terrível,aconteceu bem aqui neste boxe mesmo, eu tinha me escondido porque Olivia Woord estava caçoando dos meus óculos e eu estava chorando, e aí eu ouvi alguém entrar.

– Quem Murta?.- perguntei.

– Eu não sei eu estava, DISTRAÍDA. Mas a pessoa falava alguma coisa estranha,um tipo de língua diferente,eu percebi que era um garoto que falava, então eu abri a porta pra dizer pra ele ir embora é....Morri.- eu pensei comigo mesma, que coisa de doido,como ela pode morrer assim?.

– Foi só isso? Como?.

– Eu só me lembro de ter visto dois olhos grande e amarelos, ali perto da pia.- Murta disse apontando para a pia ao lado de Harry.

Ele a analisou, abriu a torneia mas não havia água, eu mesma estranhei, depois ele disse:

– Rony, Susie essa é a entrada para a Câmara Secreta.

Ficamos parados por alguns minutos, sem dizer nada, depois Rony pensou no que eu também já havia pensado:

– Harry, diz alguma coisa, diz alguma coisa em língua de cobra.

Harry disse, Lockhart olhou com espanto, mas a pia do banheiro toda se abriu,ficou uma especie de poço, nós nos olhamos então Lockhart se pronunciou:

– Bom, então eu já vou,não preciso mais ficar aqui.

– Precisa ficar.

– Ah, menino de que adianta isso?.

– Antes o senhor do que a gente.

– Vamos logo.

– Bom, tudo bem.- Lockhart se virou e ficou na frente do poço.

– Não seria melhor fazer um teste?...- eu o empurrei pra ele ir logo, então ele caiu no poço, gritando. Escutamos um barulho e ele disse de lá de baixo:

– É realmente muito sujo aqui em baixo.- eu até forcei uma risada.

– Vamos?- perguntei.

– Harry, se você morrei lá em baixo eu divido meu banheiro com você.- disse Murta, e eu achei até que ela tinha sumido.

– Ah, obrigado Murta.

Rony e Harry se olharam e se jogaram ao poço, eu realmente não queria ir mas aquilo era por Silene, Hermione, Harry e Rony, mesmo ele não gostando muito de mim e de minha acusação contra Gina, sua irmã.

Quando caí, era como um escorrega, eu acabei caindo em cima de Rony:

– Me desculpe.- foi a única coisa que eu disse.

– Eca- disse Rony,quando nos levantamos percebemos que era cheio de ossos, de bichos e outras coisas, eu realmente fiquei com nojo.

– Agora lembrem, qualquer sinal de movimento fechei os olhos imediatamente.- disse Harry, subimos por um outro buraco, Harry me ajudou enquanto Rony continuava segurando sua varinha forçando Lockhart a ir.

Quando chegamos a uma pequena gruta vimos uma coisa enorme,me agarrei ao ombro de Harry e eu perguntei:

– O que é isso?.

– Parece uma, cobra.- pela primeira vez Lockhart acertou alguma coisa.

– É pele de cobra.

– Puxa vida, a cobra que largou isso aí deve ter 18 metros ou mais.

Lockhart caí no exato momento que Rony disse aquilo, eu olhei para Harry confusa e Rony disse:

– Como ele é corajoso não?- dei uma pequena risada quando Rony disse aquilo.

Lockhart imediatamente se levantou e pegou a varinha de Rony,e eu me coloquei na frente dele, ele não entendeu muito bem, mas Lockhart se sentiu vitorioso:

– A aventura acabou pessoal, mas não se preocupe eu contarei nossa história ao mundo, como cheguei tarde de mais para salvar a garota, vocês enlouquecendo pelo corpo mutilado, primeiro o senhor Potter, diga adeus as suas lembranças. OBLIVIATE.- a varinha de Rony estava quebrada, então isso fez com que o feitiço fosse para Lockhart, ele foi jogado com força para trás contra a parede, isso causou um pequeno terremoto.

As parede estava caindo,e a pedras que caíram separaram eu, Rony e Harry. Eu fiquei com Rony enquanto Harry estava do outro lado, eu não havia percebido mas uma pedra ia cair sobre mim se Rony não tivesse me empurrado.

– Obrigada Rony.

Ele sorriu mas ficamos preocupados com Harry:

– HARRY, HARRY.- eu gritava e Rony gritava comigo logo depois.

– Rony, Susie, estão bem?- finalmente escutamos a voz de Harry.

– Sim!- eu e Rony gritamos juntos, de novo.

– Olá, quem são vocês?.

– O que? Susie Black.

– Rony Weasley.

– Ah, mas, quem sou eu?.

– Harry, o feitiço da memória saiu pela culatra, Lockhart não se lembra mas quem é!.

Lockhart começou a fazer perguntas esquisitas para Rony, ele deu uma pedra em sua cabeça e ele desacordou na hora, eu olhei para Rony confusa,ele riu e depois perguntamos a Harry:

– O que vamos fazer?.- perguntei.

– Esperam aqui e tentei tirar pedras pra gente pode passar, eu vou procurar a Gina.

Depois disso não ouvimos mais Harry e eu e Rony tentávamos tirar algumas pedras, ele não falava comigo mas eu sabia que algo estava o incomodando:

– Rony, sinto muito

– O que?

– Sinto muito ter falando aquilo da sua irmã é que, ela estava agindo de um jeito estranho depois daquele dia no Beco Diagonal.

– Tudo bem Susie.- ele sorriu e eu estendi minha mão esquerda,ele não entendeu mas depois eu disse:

– Amigos?.

– Amigos.- fizemos aquilo em sinal de acordo, e depois tentamos tirar mais algumas pedras.

Depois de já não conseguir, nossas forças já estavam esgotadas, eu escutei um barulho vindo de algum lugar, olhei para Rony assustada:

– Será que Harry está bem?.

– Eu não sei, temos que esperar.

Ficamos lá por alguns minutos, depois disso eu dormi de cansaço.

Me arrependo de ter feito isso.