Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

A morte da Bellatrix será algo que vai passar em branco pois vai refletir mais em capitulos proximos,esse será mais centrado na então "traição" de Lily e toda aquela baboseira.
Ficou realmente meloso e espero não ter quebrado a fachada de ''durona'' da Lily,mas eu realmente precisava que eles começassem a desconfiar de seus sentimentos um pelo outro,aliás,estava na hora,não? E é isso,gente,espero do fuuuuundo do meu coração que gostem,me desculpem pela falta de dinâmica do capitulo,ele realmente está meio sentimental,mas escrevi com carinho,então...



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Suas pernas gritavam de dor pelo esforço. O suor escorria de sua testa e lhe molhava o rosto corado pelo exercício. Tudo em sua volta parecia um borrão enquanto ela corria para algo que parecia inalcançável.

Alguém inalcançável.

O desespero que sentia a fez aumentar o ritmo e seus pulmões gritaram por ar. Nada importava no momento, ela tinha que encontrá-lo. Aquele que a faria se sentir bem, segura. Aquele que a olhava com se fosse única. Aquele que sempre estaria lá por ela.

Quanto mais ela corria, mais distante parecia estar seu destino. O desespero e ânsia de alcançá-lo, abraçá-lo, lhe pareceram insuportáveis e de repente tudo parou. Seu corpo todo doía e seu coração pulsava em seus ouvidos. Foi quando ouviu seu nome ser chamado.

Olhou para os lados, mas não via ninguém. Ela não enxergava nada.

O local se tornou breu e mais uma vez seu nome foi chamado. A voz dele.

Ela o chamou, chamou e chamou, mas não houve resposta.

As lagrimas se misturavam em seu suor e tudo que ela queria era ele a abraçando e dizendo que estaria tudo bem, porque era isso que ele faria. A protegeria. Mas era sua vez de cuidar dele, e ela se sentia inútil por não conseguir fazê-lo.

E então ela chorou. Chorou e gritou seu nome, pois estava escuro e ela não conseguia encontrá-lo. Chorou por ser tão inútil e chorou por querer ele consigo.

Seu nome foi chamado mais uma vez, como uma despedida, e então houve um som de disparo.

– James?

O choro compulsivo de alguém o fez levantar alarmado. Lily se encontrava aos prantos, e o chamava repetidamente.

– Está tudo bem, eu estou aqui. – ele falou a abraçando ternamente e acariciando os cabelos ruivos. – Foi só um sonho.

– Foi tão real. – ela sussurrou, enterrando o rosto na curva do pescoço dele. - Pensei que... Pensei que... – e então se pôs a chorar novamente. Ele a abraçou durante minutos até que seu choro cessasse e a ruiva se perguntou por que ele sempre a fazia se sentir tão vulnerável.

– Shhh, eu estou aqui, vai ficar tudo bem. – ele segurou o rosto de Lily entre as mãos e secou suas lagrimas. – Prometo.

E Lily mais uma vez se perdeu no mar castanho esverdeado que era os olhos de James Potter. Seria sempre assim. Ela cairia e ele a ajudaria a se levantar com apenas um olhar.

Foi então que percebeu estar num quarto de hospital, e que a ultima coisa da qual se lembrava de era sentir medo. Medo de que algo houvesse ocorrido á ele.

– Você está bem? – ela analisou o rosto do rapaz, procurando minuciosamente por qualquer machucado, enquanto o mesmo sorria de lado.

– Não sou eu que estou numa cama de hospital, ruiva.

– O que aconteceu?

O semblante do agente se tornou rígido e seus olhos pareceram escurecer. As lembranças do dia anterior lhe invadiram e ele nunca se sentira tão aliviado com a presença de Lily.

– Bem... Eu consegui fugir do Lestrange e encontrei Snape no meio do caminho. Estava procurando os arquivos e nós nos esbarramos. Enfim, não sei como você conseguiu escapar, mas nos encontramos no meio do caminho. Você já havia perdido muito sangue, quase não se aguentava em pé. Quando me viu saiu correndo e foi quando Colista apareceu e atirou em você.

E tudo pareceu refrescar a memória de Lily como um flash e ela se viu cair ao chão, sua cintura ardendo em dor e suas mãos ensanguentadas. Lembrava-se de temer deixar James por conta própria e que ele se machucasse.

– Você sabe sobre os arquivos? – perguntou ela espantada.

– Sei da historia toda. – ele murmurou sem emoção.

Ela tentou se sentar, mas o local em que havia levado o tiro protestou, a fazendo soltar involuntariamente um gemido de dor.

– Quer que eu chame a enfermeira? – perguntou James, suas mãos já preparadas para amparar a parceira.

– Estou bem, Potter. Lembro do capanga me deixando sair,o porque não sei... Mas você não se machucou?

Ele arqueou as sobrancelhas.

– Estou de pé, Evans. Mas tem noção do quanto me preocupou? Quando te vi com todo aquele sangue... – ele balançou a cabeça contendo um calafrio e a olhou nos olhos. – Se algo pior acontecesse...

– Está dizendo que se importaria? – ela perguntou um pouco fraca, mas ainda irônica. – O grande James Não Me Importo Com Nada Potter se importaria com alguém que conhece em tão pouco tempo?

Ele pareceu pensar por um segundo e seu olhar se tornou cada vez mais intenso.

– Eu me importo. – ele sussurrou, percorrendo seu polegar pelo rosto cansado de Lily. – Me importo mais do que deveria.

E mais uma vez se perderam em seus olhares. A preocupação, a amizade, o amor que ainda não havia nascido – ou que passara despercebido – foram expressos por apenas isso e nada mais fora dito durante minutos, talvez horas.

Então Lily se deu conta da confusão que estava sua vida, sua mente e principalmente seu coração.

– Mas então... – ela pigarreou, quebrando o contato visual. – O que aconteceu depois?

– Bem... – ele pareceu um pouco constrangido e bagunçou os cabelos – Á essa altura já havíamos chamado reforços e Snape tinha as provas e todos foram presos.

– Oh, Potter... Sobre isso. Há algo que preciso lhe contar. Eu-

– Não precisa me dar explicações agora, Lily.

E ela não achou estranho – ou até desrespeitoso – o fato de o agente Potter a chamar pelo primeiro nome. Muito pelo contrário, seu nome parecia se encaixar perfeitamente em seus lábios macios.

– Me desculpe. – ela parecia totalmente arrependida. – Eu escondi de você, era uma escolha sua, mas...

– Não vamos falar sobre isso agora, ruiva. – interrompeu o outro. Lily notou que ele parecia extremamente cansado. – Descanse.

Você descanse Potter.

– Só vou descansar quando tiver certeza de que está bem.

– Eu estou bem. – Lily revirou os olhos.

– Claro que está.

E então ele sorriu de lado e fez Lily repensar seriamente sobre o que acabara de dizer.

James nunca pensou que um dia se sentiria tão magoado. Tão ferido, tão traído. Sua capacidade de perdoar o fazia escapar dos maiores problemas pessoais, e ele jamais precisara se preocupar com questão de confiança. Até aquele momento.

Nunca confiara em muitas pessoas, por medo de justamente acontecer o que acabara de acontecer. Ele confia, ele se machuca.

E nada se comparava a dor de imaginar que a pessoa na qual ele passou a confiar veemente, aquela que julgara ser sua parceira – literalmente – não o julgando de veracidade. Não o tinha como certeza, não poderia ao menos lhe dizer do que se tratara o assunto porque, merda, era seu maldito trabalho! Ele tentou entender o motivo, tentou se por no lugar dela, mas a única opção não parecia possível. Não poderia ser possível.

Então quando Lily Evans dormiu novamente – aparentemente sem pesadelos -, James Potter a observou. Observou sua feição delicada, sua respiração, a posição não muito confortável, tudo. Até o mínimo detalhe. Seu nariz e sardas, sua boca perfeita e seu longo cabelo ruivo. Ele observou e cogitou – apenas cogitou, pois não era permitido se deixar levar por tal coisa - a ideia de ser apaixonado tudo aquilo.

A feição, o nariz, a boca que implorava por beijos, seus olhos verdes calculistas, seu sorriso, suas manias e defeitos. Tudo o encantava, ele mais uma vez se repreendeu por ser tão estúpido tão leviano a ponto de se envolver demais. A ponto de se machucar e mesmo assim não conseguir odiá-la.

A única coisa da qual James se perguntava, ali, no quarto parcialmente iluminado de um hospital enquanto observava aquela mulher intrigante e ao mesmo tempo encantadora, seu medo de perdê-la aliviado, era por que.

– Por que, ruiva?

-X-

– Potter,eu posso andar.

– Sei que pode.

Ela revirou os olhos.

– Então porque continua com as mãos em minha cintura?

Ele corou.

-X-

– Mas são políticas do Departamento! Como me colocaram em uma missão de tamanha importância sem ao pior avisaram? – reclamou um James furioso.

– Entenda agente Potter – Dumbledore respondeu sem se abalar – as políticas do Departamento não têm nada a ver com a situação em particular. Os agentes Evans e Snape estiveram em treinamento para esse tipo de situação, e como o senhor é novo aqui...

– Mas como me deixaram ir?

O velho senhor o olhou serio.

– Não o deixaram. Supostamente o senhor deveria estar fazendo relatórios, senhor Potter,realmente não entendo o porque de sua participação nessa missão. Sua parceira foi designada para lhe explicar a situação.

James sorriu amarelo.

– Minha parceira, claro. A agente Evans justamente me explicou que o senhor havia lhe pedido para que me explicasse os procedimentos da missão. Bem que achei estranhos nos infiltrarmos num lugar tão fora da lei apenas para investigar o assassinato. – ele bagunçou os cabelos nervosamente. – Mas porque Evans faria algo do tipo? Eu confiei nela, será...

Dumbledore sorriu amigável pois sabia exatamente o que estava se passando ali.

– Algumas situações como essas geralmente são necessária para entender muita coisa, agente Potter.

-X-

Enquanto caminhava pelos corredores do Departamento de Crimes Violentos do FBI, Lily Evans se sentia senão receosa. Após duas semanas de repouso e ligações diárias do parceiro James Potter,ela finalmente tivera a permissão de voltar ao trabalho.

Não conversara com James sobre a "Questão X" - da qual preferiu chamar mentalmente a grande confusão que havia feito escondendo dele o real objetivo da missão – suas conversas por telefones eram apenas resumidas em preocupação de James e chateação de Lily, por se sentir tão paparicada.

Não se arrependera do que fizera, mas tinha receio de que seu parceiro e então amigo Potter a odiasse para sempre.

Ao entrar na sala que dividiam, ficou surpresa ao encontrá-lo por trás de pilhas de relatórios lendo um em particular. Lily tinha o costume de chegar mais cedo, e quando não o fazia, James sempre a esperava com um copo de cappuccino com canela – o preferido dela – a desejando bom dia com um sorriso galanteador e elogiando seus olhos verdes esmeralda. Porém daquela vez, quando se sentou à sua frente o desejando o habitual "Bom dia Potter.'' ,ele apenas acenou com a cabeça sem tirar seus olhos do relatório.

Simples assim.

Sem cappuccinos, sem sorrisos e galanteios, sem "Bom dia Evans, está especialmente gostosa essa manhã.".

Lily não deixou de se sentir decepcionada e extremamente culpada.

– Então – ela pigarreou – algum caso?

– Não, apenas perfis para traçar. Sabe que Dumbledore nos pôs de castigo por sua pequena traquinagem. – respondeu ele ainda sem levantar os olhos.

– Como?

– Por não me avisar sobre a missão e me colocando onde não deveria, recebemos uma baita de uma advertência, Evans. Apenas pegue um relatório e comece a trabalhar.

Emburrada, Lily pegou um relatório e pôs-se a ler, nunca deixando de observá-lo pela visão periférica. Seus olhos não se moviam e ele parecia perdido em pensamentos. Parecia tão distante, tão longe, e tudo o que Lily queria era trazê-lo de volta.

Tentou trazer assunto, mas ele apenas murmurava e continuava a ignorar. Foi então que ela não se segurou mais.

– Será que você poderia ao menos olhar para mim?! – exclamou ela.

Ele, assustado com a repentina explosão, a olhou parecendo confuso.

– Qual o problema, Evans?

– O problema, Potter, é sua falta de educação! Sua mãe não lhe ensinou que sempre deve olhar para a pessoa ao conversar com ela?

– Desculpe, acho que ela não teve tempo para me ensinar tal coisa, pois estava ocupada sendo assassinada pelo marido!

Ela se levantou da cadeira.

– Ora, não me venha pagar de coitadinho, Potter! Nós dois tivemos merdas no nosso passado, então não me venha dizer que sofreu muito, pois seu sofrimento não é comparado ao meu! – gritou.

– Não é comparado ao seu? – James também se levantou parecendo possesso. – É por isso que gosta de manipular as pessoas? Acha que é melhor que elas porque seu sofrimento não é comparado ao de ninguém?

– Manipular pessoas? Do que está falando, seu grande, grande... Retardado!

Ele riu sem humor.

– Oh, pobre Evans, tão inocente! Não pensou duas vezes antes de me fazer como isca na sua pequena missão, não é mesmo? Já que o estranho e desconhecido James Potter não é digno de confiança, vamos usá-lo como distração! Como pode ser tão hipócrita?

– Se não fosse por esse seu enorme ego...

–... Completamente louca, é isso que você é! Uma descontrolada que...

–... Não sabe do que está falando, sempre se fazendo de desentendido...

–... Com esses seus grandes olhos verdes e sua maldita tatuagem...

–... Porque sempre mexe nesse seu cabelo? É tão irritante! Não consigo...

–... "Oh Albus,como ousa,sabe muito bem a minha situação emocional"! ''...

–... Sempre cheio de galanteios e sorrisos estúpidos...

–... "Pois sou sexualmente frustrada blábláblá.'' Ora não fale como se não fosse...

–... Com esse seu abdome sarado e esse cheiro de homem e esses braços másculos...

–... Como se eu fosse qualquer um, pois eu confiei em você! Mas não...

–... Com esses olhos castanhos e seu estúpido traseiro...

–... De confiança! Pois saiba de uma coisa, Lily Evans, sua grande...

–... Idiota, EU FIZ ISSO PARA TE PROTEGER! – gritou Lily finalmente, o fazendo se calar.

Segundos se passaram e James a olhava estupefato, sem respostas.

– Quando John Matters se infiltrou – continuou ela ainda raivosa – ele era novo no FBI. Demoraram dois anos para que confiassem nele. Quando o encontramos morto... Bem, não fiquei lá muito abalada, eu mal o conhecia, mas... A questão é que: Se ele ficou dois anos sendo um traficante figurão etc. e os Lestrange ainda sim o descobriram, imagine você, menos de um ano no Departamento, em uma noite? Dumbledore ordenou que fizesse parte da missão, mas eu o fiz não falar nada sobre os arquivos. Era algo arriscado demais para você saber de algo, e se o torturassem? Eu não poderia, James.

– Mas Lily,você não vê? – ele perguntou – Eu participei da missão de qualquer jeito, Bellatrix está morta e todos estão presos. Quase levei um tiro e ainda sim... Porque não me disse? E Dumbledore me falou que...

– Ele está mentindo! Apenas quer que conversemos sobre o que quer que tenhamos que conversar... Eu tinha medo que acabasse como John. Morto e largado em um lugar qualquer. Você não vê Potter? Poderia ter sido pior, se você realmente soubesse dos arquivos iria querer ajudar Snape, acabaria morto.

– Snape não acabou morto por minha cobertura. – murmurou James.

Ela caminhou até ele e segurou a gola de sua camisa, fazendo o coração de James disparar. Com seus olhos faiscando de raiva, ela sussurra o olhando nos olhos. – Tem noção do desespero que senti quando acordei numa cama de hospital pensando que estava morto? Droga James, você é tão estúpido a ponto de me acusar manipuladora! Agora escute aqui seu grande idiota, não me arrependo de nada e faria tudo de novo apenas para mantê-lo a salvo!

E batendo a porta com toda a força possível, Lily deixou um completo e extremamente estupefato James Potter para trás.

James pensou em tudo o que ela passou. Se apaixonar, ser traída,perder alguém que amara, não conseguir confiar em alguém facilmente... E mesmo assim continuar como se nada tivesse acontecido. Mas ele sabia que ela não agia assim. Era um mecanismo de defesa, se fechar para não demonstrar sua dor. Mas ela havia abaixado suas defesas em momentos de fraqueza, e ele sempre esteve lá. Somente o porquê ele não sabia.

E tudo aquilo que acabara de ocorrer, o que Lily dissera, e toda aquela história de mentiras o deixou tão confuso a ponto de fazer sua cabeça girar. Então ela fizera para protegê-lo? Quanto menos soubesse, melhor, certo? Lily sabia sobre tudo e mais um pouco e acabou sendo torturada... Será que era esse seu receio? Que ele se machucasse seriamente?

Se os papéis fossem trocados, ele não faria o mesmo por ela?

Sim, ele faria. Sem ao menos pensar duas vezes.

Mas porque ela se importava? Isso significava que ela confiava nele?

James estava confuso, e senão, pasmo. Como lidaria com isso? Apenas pediria desculpas? Tudo voltaria ao normal?

Ele se perguntava o porquê de se importar com tudo aquilo.

Ele sentiu medo da resposta.

-X-

Quando Lily era menor, ainda morando em Londres, seu pai tinha o hábito de levá-la á uma lanchonete não muito longe de sua casa todo domingo. Eles costumavam sentar-se á uma mesa ao lado da janela, conversar sobre tudo e nada, e então pedir waffles de morango – os preferidos de Lily – sem realmente se importar com nada.

A dona do estabelecimento, uma senhora bondosa com olhos castanhos e cabelos nos ombros, também tinha o hábito de sentar-se com eles e conversar com seu pai, eventualmente incluindo a ruiva na conversa. Seu filho – um garotinho estranho da qual Lily não se lembrava do nome – não perdia a oportunidade de brincar com ela sobre seu cabelo, suas sardas e seu modo impaciente de levar as coisas. Ela nunca reclamava do garoto, pois o achava mais divertido que sua irmã Petúnia, que apenas queria saber de meninas "da sua idade", - o que nunca fizera sentido para ela,sendo Lily apenas três anos mais nova. Mas ela não se preocupava com isso, pois sempre teria seu garotinho irritante para entretê-la nas manhãs de domingo.

Até seu pai falecer um ano depois e a tradição dos waffles de morango aos domingos fora quebrada, e Lily nunca mais quis voltar para a lanchonete nem ver seu então amigo. Mas ele estivera lá, no enterro de seu pai, agarrado ás pernas da mãe e a olhando com curiosidade- talvez um pouco de piedade.

Lily se lembrava dos olhos, muito familiares, nunca mais vistos. E ali, encarando o teto de seu quarto, ela se perguntou por onde andava seu garotinho irritante. Seria realmente mais fácil voltar á Londres e reviver os dias passados,onde não precisaria se preocupar com mentiras mal contadas e sentimentos mal resolvidos. Talvez ela deveria realmente voltar á morar com sua mãe,conseguir um emprego na Scotland Yard,quem sabe.

Deixar todo passado em Nova York e nunca mais olhar para trás.

Mas Lily sabia que não podia. Havia coisas que a prendiam ali.

Seu trabalho do qual tanto amava ,Emily... E algo mais que ela não conseguira decifrar. Algo que a atraía onde quer que fosse, e que sempre a faria voltar, onde quer que fosse.

Talvez ela precisasse rever todas suas prioridades e talvez, só talvez, rever seus sentimentos.



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Notas finais do capítulo

Cedo demais para que "desconfiem" de sentimentos? Já estava na hora?Passou da hora? Eles deveriam ter feito sexo na mesa do escritório? (opa) Lily fez o correto mentindo para James? Deixem suas opiniões,críticas etc,e qualquer erro seja de semântica ou de ortografia me avisem ok?
Sobre a missão,vocês devem ter ficado meio confusos,certo? É o seguinte:
Como sabem,os Lestrange são gente barra pesada que mexem com trafico, corrupção etc e nunca tiveram provas o suficiente (mais por causa do dinheiro né hehehee) para colocar ninguém daquela "festa" em particular na cadeia. Lily e Snape já haviam se preparado para a missão meses antes,e a operação seria dali há algumas semanas. Mas como um agente infiltrado do FBI John Matters,vocês lembram? foi encontrado morto (mais detalhes sobre a morte nos próximos capítulos) tudo teve de ser revisto e acabou que James foi convocado para a missão também. O problema era que a encarregada a explicar sobre ela era Lily,e a ruiva,para protegê-lo,ocultou a verdade e apenas falou que iriam investigar o assassinato. Enquanto Lily e James eram "iscas",Snape seria encarregado de achar os arquivos que John morto exatamente por isso conseguiu,que continha todas as provas possíveis para prender todos os corruptos e mafiosos possíveis. Mas como nem tudo é flores, era uma armadilha e tudo deu errado. James e Snape se esbarraram,Lily foi torturada e no final Bellatrix acabou morrendo e por acaso ela estava com o pendrive dos arquivos. James ficou bravo com Lily por ela ter escondido isso tudo dele,e o ter colocado em uma situação da qual ele não fora treinado,já que era perito em traçar perfis psicológicos. Lily apenas queria protegê-lo por que era seu "amigo",mesmo que seu coração lhe dizendo o contrário.
É isso gente,espero ter esclarecido tudo direitinho pra vocês.
Um beijo e até o próximo capitulo!