Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Nota da autora: êe~EÊeee~EÊeEê!!! E aí, como vão as coisas?Muitíssimo obrigada por lerem (mesmo tendo poucos leitores no momento) e por deixarem reviews (mesmo que tenha poucas)!!!! Fico realmente feliz que tenham gostado.Então é isso, capitulo 2 no capricho,espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294327/chapter/3

Brooklyn, 72 horas antes.

Enquanto andava com dificuldade pelas ruas do Brooklyn, Amanda pensava sobre a desgraça que era sua vida. Grávida de seis meses, quase não tinha dinheiro para o próprio sustento, quanto mais para um bebê.Maldito seja seu ex-marido.Passaram-se meses e Amanda estava na miséria, não conseguia um emprego sequer e acabou entrando no mundo do tráfico. Não deu outra e se viu metida com gente barra pesada. Fora ameaçada diversas vezes pelo seu “mandante” e até deu um ultimato para que ela saísse do apartamento que estava morando. Se é que se pode chamar aquilo de apartamento. Com o dinheiro das drogas, ela conseguira alugar um apartamento/quarto em um bairro pobre do Brooklyn,mas não iria demorar muito para ser despejada.

À medida que avançava para a quadra onde ficava o “apartamento”, sentiu uma dor aguda. Parou ofegante por um segundo, mas continuou seu trajeto, mesmo que com dificuldades.

– A senhora precisa de ajuda? – um homem perguntou – Parece estar tendo problemas.

Ela sorriu e agradeceu, mas disse que podia lidar com isso sozinha, pois já estava acostumada.

Mas o homem insistiu em levá-la até a porta de seu apartamento e não podendo negar, Amanda aceitou.

Mal sabia ela que acabara de aceitar a própria morte.

.

Departamento de Crimes Violentos, atualmente.

– Evans, tem certeza do que está falando? Ainda tem uma lista gigantesca de suspeitos.

– Sim, Potter, eu tenho certeza. Bem, ao menos eu acho. Podemos acrescentá-lo a lista de suspeitos, vamos apenas investigar. Não há notícias do paradeiro dele desde que saiu da cadeia.

A agente Evans estava quase completamente recuperada de seu acometimento mais cedo, decidida a levar o caso a serio e fazer seu trabalho direito. O agente Potter a achou completamente maluca, mas não comentou nada sobre. Apenas tinha visto rapidamente o corpo e ouvido os principais pontos do relatório depois de dar um ataque e dizer que sabia quem era o assassino. Ao menos, era o que ela achava. Chegou a passar pela ideia de James quem poderia ser o assassino, conhecia o tipo de “métodos” que ele usara, mas era impossível um fantasma pagar de assassino uma vez que o mesmo havia morrido.

Estavam discutindo a lista de suspeitos na sala de Lily no Departamento, aparentemente bem longe de chegar a o que parecia ser um acordo.

– Evans, isso não faz sentido. Por que está dizendo isso? Você conhece esse homem de que esta falando?

– Não importa se conheço ou não. Apenas vamos rever a lista de suspeitos. - disse a ruiva com má vontade – Poderia ter sido qualquer usuário,ela estava metida com tráfico de drogas. Mas o que não faz sentido é o porquê de matar o... Bebê. – essa ultima palavra saindo com dificuldade. – É realmente doentio, não vejo um ponto nisso. A pessoa que eu acho que seja o assassino pode não ser, mas não sei se ele saiu...

Então ela se levantou de sua mesa subitamente e pegou as chaves de seu carro, correndo para a porta.

– Vai ficar ai olhando para o teto com cara de otário ou vem comigo, Potter? – perguntou.

– Posso saber para onde vamos?

Pareceu uma eternidade até que ela respondesse hesitante:

– Visitar um amigo.

.

Em Creedmoor* havia um ginásio, uma piscina e salas de recreação com mesas de pingue-pongue e de bilhar; havia um teatro e um estúdio de televisão onde os pacientes podiam produzir, dirigir e atuar em seus próprios espetáculos e havia uma pequena orquestra de pacientes. Havia imensas cozinhas e lavanderias, e estas, como as plantações e o gado, ofereciam trabalho e “terapia do trabalho” para muitos dos pacientes, além de oportunidades para aprender algumas das habilidades da vida cotidiana. E havia grandes salas de jantar comunitárias, que, na melhor das hipóteses, nutria um senso de comunidade e companheirismo.

E isso tudo era uma grande merda. Essa era o opinião de Lucius Malfoy. Quer dizer, se você está preso num manicômio, obviamente rodeado por pessoas psicóticas e mentalmente comprometidas, o que importa se há piscinas, salas de recreação e o escambau?

Há cinco anos Malfoy foi preso e sentenciado a vinte anos de cadeia.Há cinco anos uma mulher ousada e cara de pau havia protestado sua sentença alegando que uma pessoa como ele não tinha muito controle sobre suas faculdades mentais. Há cinco anos o juiz o mandou para o Manicômio Creedmoor e agora ele convive com (palavras dele) “Um bando de retardados assassinos.” Mas Lucius não era um assassino. Ele só não suportava crianças. Ele não suportava seus gritos, suas risadas ou suas vozes. Apenas bastava a presença de uma criança para que ele se segurasse para não mata-las naquele exato momento. Não apenas as “pestes” (mais uma vez, palavras dele), mas também seus pais que não os sabem educar adequadamente e os dão tudo que querem.

– Um dia,quando eu tiver um filho, ele não vai ser como essas pragas... – falou consigo – Ah não, ele vai ser educado, inteligente, e acima de tudo... Bonito como o pai. – e pôs-se a rir.

– Hey,Malfoy. – um dos guardas chamou, o fazendo se virar para trás para que o enxergasse. Não gostava de ficar com os outros, eram inferiores a ele. Gostava de se isolar e mergulhar na própria loucura. – Pare de rir como um retardado, temos visita para você.

Visita? Malfoy não tinha visitas desde que Narcisa desistiu dele e foi embora para a Inglaterra com Draco.

Oh, Draco. Lucius sempre se esquecia de que tinha Draco. Quando era mais jovem, Lucius fez a besteira de “se apaixonar” a acabou casando-se com Narcisa Black. Sim, os Black são uma família de ouro, sabem honrar o próprio nome...Exceto é claro por Andromeda e aquele tal de Sirius. Mas ele e Narcisa se separaram e ela levou Draco, o filho deles de três anos, para a Inglaterra morar com os avós.

Draco era um bom menino. Bonito e inteligente como o pai.

– Malfoy, ande! Não temos o dia todo! – gritou o guarda, e saiu resmungando pelos corredores algo sobre terminar a faculdade, enquanto Lucius o seguia.

.

Enquanto esperavam pelo “amigo” de Lily, o agente Potter tentava entender, sem sucesso, o que estava acontecendo.

Ele não gostava de Evans, com toda certeza não... Mas havia algo nela que o atraía. Não sabia se era o olhar confiante ou o ar de autoridade. A verdade era que Lily Evans era a pessoa mais intrigante que conhecera em toda sua vida. Só falava o necessário, sempre misteriosa e aberta ao mesmo tempo. Ou está imersa em pensamentos, ou está cantando Queen (ao que parecia, sua banda favorita) em uma voz doce e desafinada. Ela definitivamente era a pessoa mais intrigante que conhecera.

Sentada ao lado do parceiro, Evans tentava se reconstruir psicologicamente e se preparar emocionalmente para o que estava por vir. Cinco anos e ainda tinha ressentimento e raiva para dar e vender. Não que uma criatura como essas merecesse perdão ou algo do tipo, mas Lily era do tipo de pessoa que esquece tudo de ruim que aconteceu no passado. O único problema era que o que acontecera há cinco anos não era de se esquecer.

– Ora vejamos se não é meu doce Lírio. – uma voz irônica falou, dando lugar a um homem acabado.

A ruiva reprimiu o impulso de sacar sua arma e matá-lo ali mesmo, respirando fundo e tentando encontrar voz.

– Malfoy. – falou fria. – É um prazer te ver definhando.

Malfoy sorriu em escárnio e olhou para um James confuso.

– Novo parceiro? Parece que já me superou, hein Evans?

Mais uma vez a agente respirou fundo e conteve o a vontade de vomitar.

– Já lhe superei há tempos, Malfoy. Agora estou aqui profissionalmente.

– Ah, profissionalmente. – ele sorriu doentio – Então continua no FBI...

– Obviamente – ela o cortou, mas ele apenas ignorou e continuou, como se nunca tivesse sido interrompido:

– Diga-me, como vai nosso querido Carter?

– Você não abra essa boca imunda para falar do Carter. Você não tem o direito de ao menos mencionar o nome dele, está entendendo?

James apenas observava, tentando processar tudo aquilo. Então eles aparentemente eram parceiros e tiveram um caso? Mas o que tem a ver com o assassinato em questão? E quem diabos era Carter?

Lily parecia estar prestes a explodir. Não conhecia a ruiva, mas sabia que ela tinha um temperamento e tanto.

– Ok, dá pra parar com a discussão?Evans você pode, por favor, me dizer o que está acontecendo?O que isso vai ajudar no caso?

Lucius gargalhou escandalosamente e o olhou claramente não lúcido.

– Então quer dizer que você nem ao menos confia no próprio parceiro? Isso é realmente um problema Evans, você não pode se sentir insegura só por que se apaixonou por mim e...

– CALA ESSA BOCA! – Evans gritou descontrolada. – Eu que faço as perguntas aqui!

James a olhou assustado enquanto Lucius se limitou a sorrir e balançar a cabeça.

Mas que merda tinha acabado de acontecer? Evans chama isso de individualismo?

Sem ao menos perguntar, James levantou-se da cadeira e fez sinal para que Lily o seguisse. Quando parou, segurou o braço de Lily,impedindo-a de avançar.

– Você está completamente louca?! E ainda quer que eu não a chame de antiprofissional...

– Me solta. – disse a ruiva entre dentes. – Você não sabe do que está falando, nem ao menos me conhece e ...

– E o que? Apenas passei uma manhã trabalhando com você e tudo o que fez até agora foi dar chiliques sem explicação. Por que estamos aqui, de qualquer jeito? Eu sou seu parceiro, deveria confiar em mim... Não quer confiar? Ok. Ao menos me diga o que está acontecendo,eu preciso saber!

A agente apenas se limitou a libertar o braço que até então estava sendo segurado por James e voltar para a “sala de visitas”, parecendo desnorteada.

– Apenas me responda. Qual foi a ultima vez que viu Avery Lestrange? – a ruiva perguntou após se sentar novamente diante da cadeira de Malfoy. Potter não entrou com ela, mas isso não importava. Apenas queria acabar logo com isso.

– Por que lhe interessa saber de Avery? Não aguenta tanto tempo em abstinência, hã?

– Responda. – disse Lily,quase perdendo o pouco de controle que acabara de recuperar.

– Vejamos... Ano passado? Sim, ano passado. Ele veio me fazer uma visita, disse que tinha algumas coisas a tratar na cidade.

– Que tipo de coisas?

– Não sei, ele não disse.

Ótimo, uma viajem ao manicômio perdida. Passar por isso novamente por nada. Olhar pra cara dele, mesmo depois de todos esses anos, dava a Lily uma vontade quase incontrolável de vomitar. Levantou-se e foi embora,mas não antes de acrescentar:

– Espero que morra. – deixando um raivoso Malfoy para trás.

Saiu às pressas do lugar e se trancou no carro, segurando-se para não chorar. Achava-se uma mulher forte, mas mesmo a mais forte das mulheres não teria forças para isso.

– Fechou o caso? – uma voz fria falou ao seu lado, a assustando.

– Potter. – disse a ruiva com uma voz fraca, limpando as lágrimas. – Eu... Não consegui a informação.

Seus olhos marejados se focaram no rosto a sua frente. James parecia possesso, prestes a largar o caso pro alto e mandar tudo para a merda, não teria paciência com a parceira naquele estado. Nunca fora bom com sentimentos, e Lily parecia ter envolvido sua vida pessoal na profissional de modo quase definitivo.

– Olha Evans, eu realmente não te conheço. Apenas trabalhamos juntos por aproximadamente uma manhã, e nesse meio tempo você se mostrou extremamente antiprofissional. Mas também vi que é determinada e corre atrás do que quer. Não vou duvidar do julgamento de Dumbledore,ele é o homem no qual mais confio,então se você tem algum problema pessoal afetando o trabalho,apenas seja forte.Eu sei como é.Mas não comprometa o caso com o que quer que tenha acontecido no seu passado. Nós temos uma lista de suspeitos e você me leva justamente ao que você tem uma ligação pessoal. Qual o seu problema afinal?

A ruiva olhava espantada para o parceiro e tentava fazer com que sua cabeça não explodisse. Onde estava com a cabeça ao final de contas?!Ir diretamente a Malfoy e perguntar sobre o Lestrange sendo que eles não têm nada a ver com o caso? Apenas queria uma desculpa para ver se ele estava realmente – e sim, ele definitivamente estava – sofrendo o suficiente.

– Potter,eu... Desculpe-me. – ela começou já soluçando – Ah meu Deus,me desculpe! Eu sinto tanto! Eu não deveria ter feito isso,comprometi o caso,Dumbledore vai me matar.Você tem razão eu sou uma péssima profissional! Como eu pude pensar nisso? Como eu pude pensar em uma coisa dessas, depois de todo esse tempo...

E James no momento ficou desamparado. Olhando a parceira naquele estado se sentiu terrivelmente arrependido de ter dito aquelas coisas a ela. Quer dizer, ele realmente não a conhece e nem sabe de seu passado para julga-la precipitadamente assim. Ele já tivera experiências ruins o suficiente em seu passado para dizer que – mesmo que apenas uma pequena parte – ainda é influenciado por ele nos dias atuais. E pela primeira vez depois de muitos e muitos anos, ele se importava com alguém. Por mais que a tinha conhecido havia menos de um dia não queria vê-la assim, e se arrependia profunda e densamente por dizer – e pensar – coisas tão insensíveis. Ela tem um filho? – pensou – É por isso que está emotiva sobre o caso? Seria esse filho de Lucius? E toda essa curiosidade o levava a pensar mesmo que inconscientemente: “Quem se importa?!” mesmo sabendo que se importava.E se importava muito.

– Hey, Evans. – falou delicadamente colocando sua mão direita sobre as costas que sacudiam pelo choro da parceira – Me desculpe. Serio, eu não deveria ter sido tão rude e insensível sobre tudo isso sem saber o que aconteceu com você. Eu não te conheço, não tenho o direito de julgá-la. Além do que, você é a melhor agente daqui, certo?

Lily levantou a cabeça que até então estava encostada no volante e olhou agradecia – e completamente confusa – para James. Era um cara intrigante, ele. Bipolar, talvez? Não gostara do jeito com que ele tinha falado com ela mais cedo, mas ele tem seus motivos,assim como tinha os dela.

Nunca se sabe o peso que o passado tem sobre nossos ombros. E todos temos um peso em nosso passado.

– Tudo bem. Eu sou realmente tudo aquilo que falou. Tenho problemas em controlar minhas emoções, quando tem algo me incomodando intimamente faço de tudo para arrumar uma desculpa para colocar isso para fora. E eu realmente não sei porque estou falando isso para você.

Ela realmente não sabia. Não confiava em ninguém há muito tempo e nem ao menos conhecia o cara – mesmo que não quisesse admitir, extremamente bonito – que estava ao seu lado. Mas algo dizia que ela poderia confiar a ele sua vida, mas ignorando sua consciência ou o que quer que seja e decidida a não confiar em mais ninguém.

– Mas de verdade, me desculpe. – ele a encarou, nada mais do que sinceridade estampada em seus olhos. – Eu fui um idiota. Não, eu fui infinitamente pior. Eu sou assim com todos, então não leve para o lado pessoal. Amigos?

Lily sorriu e apertou sua mão.

– Amigos.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nota: *Creedmoor é um manicômio que foi fechado e é abandonado no Queens.Apenas escrevi que ele estava aberto hoje em dia porque é o único que eu já tinha ouvido falar.Espero que não fique muito antiquado.
Mas então,o que acharam do capitulo? Bom? Mais ou menos? James não mereceu desculpas? Muito dramático? Deixem duas opiniões!
Não se esqueçam de mandar revieeewwwwsssssss!!!