Cinzas do Crepúsculo escrita por Lady Slytherin


Capítulo 7
Ficando Pronto


Notas iniciais do capítulo

210 reviews, 210 reviews *dança*
Mil desculpas! Dessa vez eu tenho um motivo justo: Fiquei sem receber emails por uma semana e, ontem à noite, finalmente ouço o iPad avisando que recebi um novo e-mail. Não um, mas 19. Éééé... E eu estava estudando para as provas. Foi realmente a primeira noite que eu passei cinco horas diretas estudando (porque prova de Física, Física Óptica, Geografia, Literatura E Redação no mesmo dia é um saco...).
Mais uma coisa! Recebi vários reviews perguntando como Voldemort não sabia que Harry era o Menino que Sobreviveu. Porque, gente... Ele não sabe. Nem Harry sabe. Ninguém sabe o que aconteceu naquela noite, e ninguém vai saber até tipo... O sexto ano dele. Temos que criar assuntos novos para a fic continuar andando!
Sem mais, ao capítulo!



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CAPÍTULO 7

GETTING READY

A grande cama de Revan balançou com o impacto recém recebido, e ele tirou sua varinha ilegal de debaixo do travesseiro, alarmado. Um instante depois, porém, ele relaxou e deu um leve soco no invasor. Não era ninguém mais do que Regulus, seu guardião, que parecia um tanto empolgado com a data especial. Ao decorrer dos anos Regulus havia revelado ter uma alma infantil, e mentor e aprendiz haviam se aproximado o suficiente para se considerarem família, o que era bom para eles sempre que saíam em público.

“Feliz aniversário, Revan!” gritou Regulus, chacoalhando o menino para garantir que ele estava devidamente acordado. Revan deu outro soco no mentor, e depois de se ver livre do abraço, caminhou até o guarda roupa para selecionar as roupas que usaria aquele dia. Ele retirou vestes pretas do cabide, quando um som negativo saiu dos lábios de Regulus.

“Eu estava esperando que pudéssemos visitar o Lorde das Trevas hoje.” Explicou, levando até Revan uma das poucas roupas trouxas que tinha. Sempre que visitavam seu mestre, eram obrigados a se vestir como trouxas, apenas no caso do jardineiro os ver. Em outro caso, Frank Bryce seria morto imediatamente, mas o velho evitava que curiosos se aproximassem da casa, o que servia os propósitos de todos. É claro, se um dia ele ousasse entrar na mansão, ele morreria, mas aquilo ainda não havia ocorrido.

A testa de Revan se franziu. Era manhã, o sol brilhava e isso significava mais chances de serem pegos, mas sabendo não desafiar seu mestre, Revan não proferiu um som, apenas se trocou sem se importar com a presença no quarto. Quando terminou, os dois desceram para tomar café da manhã.

Libby, como havia sido nomeado por Revan, já que Regulus nunca se importou em dar um nome para o elfo, já havia preparado a mesa com diversas comidas e atualmente limpava as janelas, estalando os dedos repetidamente. Revan se serviu, pensando se a sua carta de Hogwarts chegaria. Como o lugar onde estavam tecnicamente não existia, a carta não deveria chegar. Ele não se preocupou muito, pois sabia que as corujas da escola dariam um jeito; eram mágicas.

Quando terminaram, Revan segurou no braço de Regulus. Ele tinha uma noção básica de aparatação, e costumava aparatar de um lugar para o outro dentro de casa, mas ele não confiava em si mesmo para longas distâncias, especialmente quando a localização desejada estava a cidades de distância. Se ele perdesse um braço ou uma perna, o Lorde das Trevas ficaria furioso. E Revan preferia não arriscar. Assim, ambos aparataram para a porta da casa abandonada (ou assim pensavam os trouxas) e entraram sem cerimônia.

Revan disparou escadas acima para se encontrar com Nagini. Ela era o mais próximo de uma figura feminina que eles tinham, e a relação dos dois mudava a cada dia. Geralmente se tratavam como irmãos, mas Nagini não hesitava em repreender Revan quando fazia algo errado como uma mãe faria. No ano anterior Revan, em um ato de coragem, havia expressado para Voldemort seu desejo de levar Nagini para Hogwarts, tirando um sorriso do Lorde das Trevas. Ele calmamente explicou que levar uma cobra implicaria em revelar ser um ofidioglota, e isso o colocaria na mira dos professores de Hogwarts. 

“Ah, Revan!” exclamou Voldemort, flutuando até Revan e estendendo sua mão para o menino. Revan fez seu melhor para apertar a mão do mestre, sabendo que não se passava de fumaça, mas desde que isso deixasse o Lorde das Trevas feliz, Revan tentaria. “Feliz aniversário.”

“Obrigado, mestre.” Replicou Revan com delicadeza, inclinando a cabeça em agradecimento. Revan sentiu Nagini se enrolando nele, e depois de tantos anos, não se incomodou com o corpo frio e pegajoso da cobra. Era o mais próximo de conforto que Nagini poderia lhe dar.

De repente, algo voou na direção de Revan. Ele desviou no último segundo, e o objeto caiu no chão ao lado dele. Voldemort deu de ombros; ele ainda estava aprendendo a controlar o que podia fazer; foi baseado nas lendas trouxas que Revan trouxa de histórias do orfanato que Voldemort havia aprendido que fantasmas podiam causar pequenos movimentos e sons. Revan correu para apanhar o que quer que fosse. Ele reconheceu o brasão assim que bateu os olhos nele; Hogwarts.

“Foi uma surpresa quando recebi a carta” explicou Voldemort. “Acredito que, por não conseguirem localizar sua casa, deixaram a carta no segundo lugar onde você mais fica. Aqui.” Revan engoliu em seco. Ele não seria punido por isso, seria? Não era culpa dele, ele não podia imaginar que algo assim fosse acontecer. Ainda assim, a carta poderia denunciar o paradeiro dele.

Graças a Merlin, quando ele pegou a carta viu que aquele não era o caso.

Sr. R. Black,

Segundo maior quarto,

Lugar nenhum.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretor: Albus Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

Prezado Sr. Black,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall.

Diretora Substituta.

Revan se virou e abraçou Regulus. O plano finalmente iria começar.

_

Mentor e aprendiz aparataram diretamente para o Beco Diagonal depois de Regulus colocar um glamour em si mesmo e em Revan. Agora ambos estavam com cabelo castanho claro e olhos castanhos, caminhando entre as pessoas que corriam para fazer as últimas compras de natal. Revan não gostava da data; era trouxa, e em sua opinião não deveria ser comemorada no mundo bruxo. Outra coisa que o mundo bruxo precisava mudar, pensou, ao ter o pé esmagado por uma bruxa que, provavelmente, havia esquecido os presentes.

A primeira parada dos dois foi o banco bruxo, Gringotts.

Revan olhou para a charada que era exibida na entrada, e como sempre, tentou imaginar a resposta dela. Como as proteções agiriam caso alguém invadisse o banco? Ele sabia que Gringotts funcionava independentemente do Ministério, então duvidava que os feitiços de proteção se restringiriam aos permitidos pelo Ministério. Até onde os duendes iriam para proteger a conta de alguém? Revan podia praticamente ouvir as engrenagens funcionando em seu próprio cérebro. Os duendes seriam bons aliados para se ter quando a guerra começasse.

Quando pararam na frente do duende que sempre os atendia, Butternut levantou os olhos entediados das contas que precisavam ser pagas e deu um sorriso assustador. Nem Revan nem Regulus vacilaram, mas ambos sentiram os pelos da nuca se eriçarem.

“Como posso lhe ajudar hoje, Lorde Black?” perguntou Butternut, levando-os para um escritório privado. Revan tomou a iniciativa, e logo os dois já haviam retirado quantia de dinheiro suficiente para o ano escolar de Revan, que estava com a mente ocupada pensando no jato de fogo que havia visto no caminho para o cofre repleto de ouro.

Ele vagamente ouviu Regulus lhe perguntando onde queria ir primeiro. Rapidamente, Revan leu a lista de materiais e viu que a loja mais próxima era Floreios e Borrões, onde eles comprariam todos os livros da escola. Para salvar tempo, enquanto Revan pegava os livros da lista Regulus foi até o Boticário Slug & Jigger’s para pegar ingredientes de poções. Eles combinaram de se encontrar no Empório de Corujas quando terminassem, e cada um foi fazer seus afazeres.

Revan demorou mais do que o previsto. Grande parte das prateleiras estava vazia por causa do Natal que se aproximava, e ele lutou para conseguir um exemplar de cada livro que a lista pedia. Pelo menos ele tinha conseguido, pensou, ao entrar na gigante fila para pagar. Cerca de meia hora depois, ele saiu aliviado da loja cheia e respirou fundo o ar puro do Beco Diagonal.

“Revan!” chamou Regulus, se aproximando com um corvo no ombro direito. Vendo o olhar curioso do menino, ele deu outro abraço em Revan. “Você não pediu nada de aniversário, e não temos uma coruja. Feliz aniversário.”

Enquanto iam para Madame Malkin, Roupas para Todas as Ocasiões, Regulus explicou por que havia escolhido um corvo ao invés de uma coruja: Corvos eram mais resistentes a feitiços, e não podiam ser rastreados tão facilmente quanto uma coruja. Depois de escolhido seu dono, ao ser nomeado, a lealdade de um corvo nunca mudava. Em compensação, eram vistos como maus e não podiam carregar grandes pesos, o que era facilmente resolvido com feitiços.

Apesar de preferir uma cobra, Revan ficou muito feliz com o presente. Ele e Regulus ainda não tinham decidido como se comunicar, havia ficado subentendido que falariam por meio de corujas, mas por motivos já explicados, era perigoso. Revan não estava tão disposto a conversar por meio de códigos com o mentor, já que tudo o que ele iria fazer na escola seria, de certa maneira, errado.

Revan entrou primeiro na loja, seguido por Regulus. “Só um instante, querido” pediu Malkin, e virou as costas antes que pudesse ver a careta que surgiu no rosto do menino. Ele não era o querido de ninguém. Se precisasse ser, seria de Regulus, não de uma mulher que ele nunca havia visto antes. As expressões trouxas o enojavam, tanto por serem trouxas quanto por terem sido usadas por seus pais anos antes.

Ainda resmungando sob sua respiração, ele sentou-se ao lado de onde um outro garoto estava em pé, tendo a barra de suas vestes cortada. Ele levantava o queixo orgulhosamente como qualquer sangue puro iria fazer, o que já definia seu status, que era completado pelas vestes bruxas negras, que completavam seu semblante obscuro. Ele não fez nenhuma tentativa de conversar com Revan, e ele decidiu que também permaneceria frio com ele também.

Ele olhou Revan com interesse; nunca havia visto aquele menino antes, e ainda assim ele o examinava como se tivesse uma posição de poder na sociedade. Assim que terminou o pensamento, ele chacoalhou a cabeça, atraindo o olhar de Revan. Como alguém poderia ter uma posição de poder superior à dele, aos onze anos de idade? Ele encontrou os olhos castanhos do menino; eles pareciam estranhos por alguma razão. Antes que tivesse tempo de examiná-lo com mais interesse, Madame Malkin terminou com suas vestes.

“Vai esperar suas vestes ficarem prontas, querido?” perguntou Madame Malkin. Ele assentiu, querendo que a moça saísse do campo de seu campo de visão. Como que por mágica, ela saiu, e o menino misterioso foi a próxima vítima das fitas de medida.

Aquele silêncio estava ficando estranho, pensou Revan, depois que Regulus decidiu comprar os caldeirões de Revan, assim como um malão. Depois, só faltava uma varinha e eles poderiam voltar para Voldemort para lhe dar o relatório e depois continuar seu treinamento até Hogwarts. Ele decidiu quebrar o silêncio de um jeito bem diferente, perguntando:

“Hoje é seu aniversário também?”

O loiro piscou, surpreso, mas respondeu: “Não. Minha família decidiu comprar meus materiais antes” ele fez um som de desdém. “Apenas trouxas esperam a lista de materiais chegar. São os mesmos livros todo ano.”

Revan franziu a testa, não sabendo disso. Ótimo, agora ele pagaria papel de idiota para alguém que se parecia suspeitosamente com as fotos do jovem Lucius que Regulus havia lhe mostrado na mansão. Um homem para não bater de frente, ele havia dito. Maravilhoso. “Bom saber” comentou, para não dar a impressão de rude. Como não podia estender a mão para cumprimentá-lo, apenas disse: “Meu nome é Revan.”

“Draco Malfoy.”

Revan sorriu, contente em saber que sua suposição sobre o menino estava correta. Um Malfoy. Um dos traidores que haviam abandonado Voldemort em seu momento de maior fraqueza. O sorriso de Revan era frio, assim como seus olhos. Em Hogwarts ele deveria acertar as contas com o garoto Malfoy. Ninguém abandonava o Lorde das Trevas e ficava impune.

O loiro se levantou, pegando as sacolas que ele havia acabado de receber de Madame Malkin. Ele acenou para Revan quando saiu, sem dizer nada. 

Não demorou muito tempo para Regulus voltar, carregando um mini malão no bolso e uma sacola cheia de produtos de poção. Ele resmungava algo sob a respiração, o corvo ainda em seus ombros. As pessoas que passavam por ele paravam para olhar; não era todo dia que se via um corvo domesticado. Quando viu Revan, ele sorriu, e fez um gesto para que Revan se unisse a ele. Os robes já estavam prontos, e os dois caminharam até Ollivander’s, satisfeitos em saber que aquela seria a última parada antes de aparataram de volta para a mansão Black.

A loja de Ollivander era estreita e desgastada. Letras douradas acima da porta diziam: Ollivander’s: Fabricando varinhas desde 382 a.C. Uma única varinha jazia em uma almofada roxa na janela empoeirada.

Um sino soou em algum lugar da loja quando Revan entrou. Regulus tinha decidido ficar do lado de fora por alguma razão. O lugar onde ficaram era minúsculo, exceto por uma cadeira onde Revan se sentou para esperar. Do outro lado do balcão, centenas de pequenas caixas estavam empilhadas ocupando todo o espaço, mal permitindo que alguém caminhasse por lá. O lugar pulsava com magia e poder, e Revan fechou os olhos em contentamento. Ele nunca havia sentido tanta magia em um lugar só. 

“Achei que você não viria” comentou lentamente alguém atrás de Revan. Ele se virou e levantou o intruso com a mão direita; Ollivander engasgou com a mão em sua garganta, mas exibiu um sorriso satisfeito no rosto ao ver a reação automática do menino. Eram poucos aqueles que não pulavam ao serem surpreendidos por ele.

“Você me conhece?” perguntou Revan antes que pudesse se conter. Os olhos pálidos do homem se fixaram nele, e Revan sentiu que, assim como com os duendes, Ollivander não se deixava enganar por um glamour. De repente ele entendeu por que Regulus havia ficado do lado de fora. Ele liberou o homem do aperto, e Ollivander correu para trás do balcão onde já começou a separar algumas varinhas, fazendo pequenos comentários sobre reflexos rápidos e varinhas mais leves.

Ollivander continuou a retirar caixa atrás de caixa e a colocá-las em cima do balcão, sem dar a mínima atenção para a pergunta de Revan. Quando o menino já havia se conformado com a falta de resposta, olhos verdes encontraram azuis, e Ollivander respondeu: “Magia.”

Revan levantou uma sobrancelha.

O velho homem suspirou em derrota: “Recebo uma lista com os estudantes de Hogwarts e seus aniversários. Feliz aniversário, senhor Black.”

Revan agradeceu antes de ter toda a sua atenção voltada para fitas métricas que mediram cada parte do seu corpo. Enquanto Ollivander dava seu discurso sobre as varinhas que ele fazia (e Revan tinha que admitir que, mesmo não sendo tão impressionante como sua antiga varinha comprada na Travessa do Tranco alguns anos atrás, era uma história interessante) mais e mais caixas ficaram entre Ollivander e Revan ao ponto de um não conseguir mais ver o outro.

As fitas métricas caíram no chão com um comando de Ollivander e o velho homem lhe estendeu uma varinha. “Tente essa. Faia, fibra de coração de dragão e 23 centímetros. Boa e flexível.”

Apenas ao segurar a varinha, Revan a descartou. Sem esperar o comando, ele já pegou a segunda e antes que Ollivander pudesse dizer “videira e fibra de coração de dragão” a varinha foi colocada de volta na caixa. A próxima a ser provada foi de azevinho e pena de fênix. Revan acariciou a varinha; algo nela parecia certo, e ainda assim ela não era a correta.

A varinha foi arrancada de sua mão por Ollivander, e para a surpresa de Revan, foi quebrada em duas. Ele olhou para o velho bruxo, sua face expressando a pergunta que queria fazer. Ollivander calmamente explicou que naquele caso, o núcleo da varinha era correto, ao contrário da madeira. Seis tentativas depois, a madeira de espinheiro negro foi escolhida.

“Interessante” murmurou Ollivander, enquanto colocava a pena de fênix intacta dentro do galho de espinheiro negro. Revan observava o processo fascinado; nenhum dos livros que tinha lido falava do processo de criação de uma varinha. “Eu sabia que tínhamos um guerreiro aqui, senhor Black, mas ser escolhido pelo espinheiro negro é um marco e tanto.”

Revan reprimiu um sorriso presunçoso. De fato, ele era um guerreiro, e se tudo corresse de acordo com o plano de Voldemort, Revan se tornaria um dos melhores guerreiros do lado das trevas. Ao invés de sorrir, ele agradeceu educadamente e pagou dez galeões pela varinha, um preço maior do que o normal por causa da perda do azevinho usado para fazer a varinha original.

Quando aparataram de volta para a mansão, nenhuma palavra foi trocada. Cada um caminhou para o seu quarto, e exaustos, só saíram de lá para jantar antes de caírem em um sono profundo.

___

No final de Março, os Black foram acordados no meio da noite por Eyphah, como o corvo havia sido nomeado. Eyphah batia o bico insistentemente na janela de Revan, e quando este se levantou, o corvo voou até o quarto de Regulus. Depois que Revan estava devidamente acordado, ele desatou a pequena carta que Eyphah trazia na perna. A mensagem era simples, escrita em  uma letra fina e elegante que Revan não reconheceu.

Venham para cá.

Apenas uma pessoa poderia ter mandado aquela carta por meio de Eyphah, e sem pensar duas vezes, mentor e aprendiz correram para trocar de roupa e ir para a velha casa dos Riddle.

___

Voldemort gargalhou quando viu duas varinhas apontadas para ele assim que ele abriu a porta, divertido com a reação dos dois ao ver que a risada saía da parte de trás da cabeça, e comentou enquanto fazia um gesto para os dois entrarem: “Entrem, precisamos conversar onde não podemos ser vistos.”

Revan foi o primeiro a baixar a varinha, quando viu Nagini enrolada no pescoço do homem. Não. Aquilo era impossível. Ainda assim, as mãos de Revan apalparam a face do homem. Ele era real. Seu mestre estava com um corpo. Os olhos do homem estavam vidrados, como se não vissem nada. De fato era o que estava acontecendo; por um tempo, Voldemort havia impedido Quirrell de ver, ouvir e falar. Atrás do turbante que o homem estava usando, estava outro rosto.

“Mestre?” sussurrou Revan incrédulo.

O outro rosto sorriu para ele imediatamente, e sibilou: “Olá, Revan.”

Aquilo não deixava dúvidas. O primeiro impulso de Revan foi abraçar o homem já que ele não se continha de felicidade, porém o senso de preservação falou mais alto. Ele apenas apertou a mão direita de Voldemort, satisfeito em sentir a carne de seu mestre contra a sua mão, e caminhou para dentro.

Voldemort não usou muitos detalhes para descrever o que havia acontecido: Ele havia ido para a Albânia, e encontrado Quirrell, que descansava por lá. A mente do professor era maleável e não levou muito tempo para convencê-lo de possuir o seu corpo, desde que deixado de fora a parte em que ele morreria quando o segundo espírito saísse do corpo. Era por isso que Voldemort não estava usando Revan: O menino era mais útil para ele vivo.

“Eu sou professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts” Voldemort anunciou com orgulho virando um copo de Whisky trouxa que havia na casa. Depois de tantos anos, ele finalmente havia conseguido o emprego. Ele encarou Revan e sorriu pela terceira vez naquela noite. “Você não estará sozinho.”


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Notas finais do capítulo

Haha, uma pequena mudança para manter Hogwarts mais interessante... Eu AMO esse final. Até me lembro quando o escrevi. Faz um tempinho.
Hoje comecei a escrever o 16° capítulo. Como vocês foram SUPER legais comigo, eu não estabelecerei um mínimo de reviews para o próximo capítulo ser postado. Bom, eu tenho um, mas não o seguirei. Tudo depende de quando o Capítulo 16 for finalizado. Alguém perguntou: Uma semana para escrever um capítulo?
Bom, às vezes mais, porque eu gosto de fazer capítulos grandes com conteúdo, não uma simples conversa e pular para o próximo. Isso porque eu abandonei a beta, ou vocês ainda estariam esperando o capítulo 5...
Reviews me fazem escrever mais rápido :) Mais reviews = update mais rápido.
Beijos,
Ana Black (Former name: Timelady Slytherin of Camelot)