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Capítulo VII: Objetivo

Ele não se cansava de apreciar com orgulho a bela namorada que cativava o olhar de quem a via. Hinata era certamente linda, tanto de corpo, semblante, atitude, personalidade quanto de alma.

Que bem ele teria feito a Deus para receber um presente como aquele? Sentia-se um perfeito idiota que não merecia porcaria alguma, veja lá uma namorada tão bela como a Hyuuga.

Via-se na obrigação de prezar por ela, de cuidar, preservar. Era uma jóia tão preciosa para sua vida, que se a perdesse, não importa para quem ou para que, jamais se perdoaria. Era como se não pudesse viver sem ela. Hinata era preciosa e única. Por isso a amava.

Passaram a tarde juntos, como costumavam fazer no finais de semana. Mas nas férias, saíam quase todos os dias.

Saíram do cinema de mãos dadas, quando decidiram passar numa lanchonete, a mais movimentada de Konoha, a Kunai Burgers.

–Eu adorei esse filme, Naruto-kun... - o loiro sorriu de canto, soltando suas mãos, para colocá-la na cintura fina e delicada da morena e puxá-la para perto do seu.

–Eu percebi pelo seu rosto... - levou os lábios à cabeça dela, aspirando o delicioso perfume dos cabelos negros azulados.

Ele não gostava de filmes românticos, na verdade estava desejando a muito, assistir um filme de ação, sangrento e violento, nomeado de O último Ninja Feudal que estreou na semana passada. Mas sempre colocava os desejos de Hinata acima dos seus. Esse filme não ia desaparecer do mundo. Era só esperar o DVD e alugar. Nada com que se preocupar. Só queria desfrutar daquela sensação boa, apenas por vê-la feliz.

–Que fome, dattebayo! - resmungou o Uzumaki.

–Ainda bem que a lanchonete fica em frente ao cinema... - aliviou-se Hinata. Sabia do apetite descomunal do namorado. Um balde de pipoca não seria suficiente.

Adentraram as portas de vidro da Kunai Burgers, indo direto para o balcão de pedidos. Naruto, exagerado, talvez pelo ronco descontrolado que lhe atingia o estômago, pediu três KUNAIBIG’S, uma grande porção de batatas fritas e um copo gigantesco de refrigerante. Hinata como não estava com fome, pediu apenas um milk-shake.

Procuraram por uma mesa, mas os olhos atentos da Hyuuga, avistaram Sasuke e Sakura, numa mesa no canto da lanchonete. Ela os mostrou para Naruto, que não hesitou em seguir rapidamente na direção deles.

–Sasuke-teme! - berrou o loiro, sentando-se logo, pois estava com muita fome.

Sakura que parecia estar muito pensativa, desviou os olhos para eles, cumprimentando-os com um sorriso. Sasuke apenas saudou com um leve menear de sua cabeça.

–Sakura-chan! - sorriu a morena. - Podemos nos sentar?

–Claro...

Era impressão ou aconteceu alguma coisa? Hinata percebeu no mesmo instante o semblante discreto da Haruno. Discreto e triste. Parecia esconder alguma coisa, forçando-se a sorrir. Sasuke estava muito quieto também. Alguma coisa estava errada, percebeu.

A rosada bebia o milkshake de chocolate sem muita vontade, desviando olhar para o lado, tentando disfarçar alguma coisa que a incomodava.

–Você está bem, Sakura-chan? - perguntou Hinata, percebendo que sua pergunta fez Sasuke endurecer os ombros, ficando tenso.

Sakura por sua vez. levantou o cenho para a morena, forçando um sorriso inútil, junto com uma expressão surpresa. O embaraço foi percebido por ela, que não agüentou aquela pressão dentro de si, engolindo em seco. Sentiu os olhos lacrimejarem-se por trás dos óculos, o que fez seu corpo levantar-se da cadeira, dizendo fracamente que iria ao banheiro.

–O que aconteceu, Sasuke-kun? - perguntou Hinata preocupada, vendo a silhueta da rosada desaparecer entre as pessoas espalhadas pela lanchonete.

–Nada. - respondeu seco. O olhar distante. A expressão dura.

Naruto parou de comer por um instante, a fim de entender o que se passava ali.

–Eu duvido. - replicou a morena um pouco irritada, levantando-se de seu lugar, tomando o mesmo caminho por onde Sakura saiu.

–Hina-chan? - Naruto a chamou de boca cheia. Mas ela continuou a andar. O loiro fitou Sasuke confuso, engolindo o sanduíche com ajuda da coca-cola. - O que foi que houve?

Sasuke o ignorou. Ele mesmo gostaria de saber o que havia acontecido e que merda de culpa era aquela que ele sentia!

–

Hinata adentrou o banheiro, encontrando Sakura de frente para o espelho, lavando o rosto que estava quente e vermelho.

–Sakura-chan... - Hinata se aproximou da Haruno. - O que aconteceu?

–Não se preocupe, Hina-chan. Eu estou bem... - mentiu. Hinata podia ver nos olhos, um pouco exatos e vermelhos, o quanto estava magoada.

–Se estivesse bem, não estaria assim. Me conte o que aconteceu... - pediu, pronta para ajudá-la. Odiava ver uma pessoa naquele estado.

–Não foi nada. - disse com a voz trêmula pelo choro que tentava segurar. - Uma estupidez, não sei por que estou assim.

Hinata fitou o olhar aflito da cerejeira. Esta que tentava esconder tal aflição, o que parecia impossível. Um grande esforço para ela, pois as lágrimas teimavam em descer pelos olhos.

Sakura se rendeu àquele olhos, desabafando de uma vez o que havia acontecido.

–Fizeram uma piadinha quando pedimos os lanches. Todos riram de mim... Até mesmo o Sasuke... - seus olhos se encheram de lágrimas novamente. - Eu disse que é uma estupidez. Já estou acostumada com isso. Não entendo por que me sinto assim! - ela levou as mãos nos cabelos, depois desceu para os olhos. Era mesmo estranho aquela reação. Poderia dizer que já passara por coisa pior, digno de chorar daquela maneira. Mas apenas aquilo, em que deveria não dar um pingo de importância, estava reprimindo sua força de vontade e de segurança.

–Eu jamais gostei dessa lanchonete. Prefiro o Mc Donald’s... - brincou a morena como forma de animar a Haruno. Ela se aproximou, alisando o braço dela lentamente, como forma de dizer que estava ali para ajudá-la.

–Como eu disse, não se preocupe, Hinata... Eu vou ficar bem. - disse receosa, voltando a lavar as lágrimas do rosto.

–Não minta pra você mesma...

–Eu sempre fico bem... - parecia dizer para si mesma, vendo o seu reflexo no espelho. - Sempre fiquei. - apertou os olhos. O choro estava ficando cada vez mais difícil de segurar. - Eu preciso ser forte... - sussurrou de olhos fechados. - Aceitei me mudar para Konoha, com um objetivo em mente. Não só por que sentia falta da minha mãe. Eu sei que ela queria muito a minha companhia... - abriu os orbes brilhantes, direcionando-os para Hinata que escutava tudo atentamente. - Que isso a deixava feliz... Só por isso estou aqui... Preciso ser forte, se não vou acabar desistindo de tudo.

–Você é forte, Sakura-chan. Mas tem que começar a pensar em você também...

–Eu sei disso, Hinata. Mas eu me mudei por causa dela, acreditando que isso também me deixaria feliz. - seus olhos brilhantes pelas lágrimas, desviaram-se para o espelho novamente. As mãos trêmulas e suadas, apoiaram-se na pia, centrando o seu objetivo em mente.

Teria que ser forte. Aquilo não a faria desistir de seu objetivo. Não a impediria de deixar a mãe feliz, logo agora que esta parecia ter encontrando o amor. Sim, sua mãe estava realmente apaixonada. Quando ela estava com a avó e via sua mãe apenas duas vezes por mês, pois esta trabalhava arduamente em Konoha, alegrava-se pelas histórias que ouvia dela. Invertiam os papéis. Sua mãe parecia ser uma adolescente revelando os momentos apaixonantes de sua vida, enquanto Sakura a escutava, como uma mãe preocupada, mas ao mesmo tempo feliz pela filha.

Quantas noites não a viu chorar angustiada apenas por não ter cumprido as promessas, de que daria uma vida simples, mas feliz para a filha? Foram muitas. Ela sabia do esforço que sua mãe tinha para realizar seus desejos. Fazendo de tudo para que sua filha tivesse uma vida feliz depois da infância traumatizada. Deixando tudo para trás. Arriscando-se em Konoha, comprometendo o seu relacionamento com a avó de Sakura. Tudo por conta dela.

Esse esforço, esses sacrifícios foram reconhecidos pela cerejeira. De modo que ela invertesse os papéis, sendo assim, ela a se preocupar com a felicidade da mãe. Ela se esforçaria. Ela se arriscaria. Ela se sacrificaria, tudo para recompensá-la por todo o amor que demonstrou ter por ela.

Lembrar-se dela, lembrar-se do motivo de estar ali, a fez erguer a cabeça novamente. Já foi muito magoada nesse período de sua existência, não era aquilo que a faria desistir. Principalmente Sasuke...

Esse nome, trouxe na lembrança o rosto dele, com aquele meio sorriso, quando praticamente todos gargalhavam na sua cara. Um sorriso que não parecia ser pela piada idiota que fizeram dela, notou. Parecia ser um sorriso farsante. Um sorriso forçado, só para que ninguém percebesse que ele estava com ela.

Você tem mesmo uma alma negra...

Um sentimento de ódio apossou-se de seu coração. Por um momento chegou a acreditar que ele era diferente. Que talvez Sasuke aparentava muito mais do que parecia ser. Mas infelizmente constatou que ele era mesmo igual ao garoto de Tóquio em que se apaixonou. Fútil, frio, egoísta. Só sabe dar valor a bens materiais. Na verdade, ele era um pouco misterioso aos seus olhos. Culpava-se por pensar nele de uma maneira diferente, querendo, mesmo que sem perceber, desvendá-lo. Entendê-lo. Ele tinha uma parte sensível. Sabia disso desde a noite naquele mirante. Sabia que ele escondia alguma coisa. No entanto, nesse exato momento, queria tirar de uma vez Uchiha Sasuke de sua cabeça. Seja lá o que ele esconda, que sentimentos se ocultam naquele olhos negros, não cabia à ela descobrir. Fazia parte da família Uchiha agora, mas não precisava se envolver demais.

Desviou os olhos para Hinata, que observava a rosada absorta de pensamentos. Ela não queria interrompê-la. Talvez, Sakura conseguiria ela mesma resolver seus problemas interiores.

Sorriu levemente para a morena, mas dessa vez não foi um sorriso forçado, foi um sorriso sincero de agradecimento.

–Eu diria a você para não se importar com esse tipo de coisa, mas pelo que vejo, você já faz isso... - disse a Hyuuga, retirando do rosto de Sakura, uma mecha teimosa que escondia seu rosto parcialmente. - Você acabou guardando tanto dentro de si, que acabou explodindo. Porém você é forte. Sei que isso não vai te desanimar. - Hinata parecia entender tudo que se passava por Sakura, mesmo conhecendo-a tão pouco. Na verdade ela tinha essa percepção das pessoas. Seus olhos analíticos pareciam enxergar o interior das pessoas. Um dom do qual se orgulhava em possuir.

–Arigato, Hinata-chan...

***

Dentro do carro de volta para mansão Uchiha, Sakura parecia encolhida no banco ao lado de Sasuke. Este que fitava a estrada à mercê de suas mãos guiando o mustang, estava absorto de pensamentos, a irritação estava estampada em seu rosto.

Sua mente parecia ainda processar o que havia acontecido naquela maldita lanchonete. Culpava Shizune por ter pedido que eles fossem lá. Culpou-se por ter aceitado. Isso não aconteceria se não tivessem ido.

Se fosse pensar assim, muitas coisas não teriam acontecido.

Se não resmungasse que seu pai precisasse de uma mulher, ele não teria se casado. Se não dedurasse o irmão, mesmo que tenha sido sem querer, ele não teria sido expulso de casa. Se não pedisse à sua mãe um brinquedo novo, ela não teria ido comprar e acontecido aquele acidente.

Merda!

Odiava pensar em sua mãe, principalmente quando se culpava pela morte dela.

Merda!! Merda!!

Por que se sentia daquele jeito?! Por que aquelas lembranças idiotas voltaram para a sua cabeça?!

Claro...

Por causa de Sakura novamente. Por causa do olhar triste que ela lhe dirigiu depois daquela piada estúpida, que não foi nenhum pingo engraçada. Então por que sorriu? Apenas para não sujar sua imagem de Uchiha?

Maldito orgulho! Maldita maldição que veio de sua família. Odiava isso em seu pai, em seu avó, em seu irmão, em todos da sua família. E ele era do mesmo jeito.

Aquela dor de culpa estava se apossando de seu interior. Nunca se sentira assim antes, por isso estava irritado, pois aquele não era ele. Quantas vezes já sorriu de piadinhas de mau gosto, e às vezes ele mesmo era o autor delas? Várias vezes, no colégio com os amigos. Por que, certamente aquela deveria ser diferente?

Não sabia ao certo. Apenas lembrou-se da expressão triste da cerejeira. Dos olhos vermelhos pelo choro desabafado com Hinata dentro do banheiro. Do silêncio contido dentro daquele carro.

No caminho para a lanchonete ela estava muito falante. Contava da ressaca que a deixou louca no sábado. Contava da quantidade de gordura que aqueles fastfoods possuíam. Contava da cara de Shizune quando esta acordou depois do efeito do sonífero. Certamente algo que o deixaria irritado, porém não ficou. Escutava tudo passivamente, resmungando uma hora ou outra, mas sentia uma boa sensação de não estar sozinho.

Mas agora, a garota encolhida naquela banco, olhando para fora da janela ao seu lado, como se quisesse se distanciar o máximo possível do motorista, nada se parecia com a falante de horas atrás.

Uma parte lhe dizia para relaxar. Que aquilo não era um problema. Deveria estar feliz por aquela irritante o deixar em paz depois disso. Porém, por mais que tentasse normalizar a situação, mais o seu peito se apertava.

***

–Aqui está, Shizune. - disse Sakura lhe entregando o lanche que ela havia pedido.

–Ah, arigato! - ela estendeu a mão para pegar o saco de papelão, onde estava o lanche bem embrulhado. - Que saudade dessa comida... - disse ela seguindo em direção à cozinha.

Sakura a seguiu, olhando rapidamente para a porta aberta atrás de si. Sasuke estava ao lado do carro, fora da garagem, conversando com Karin. A ruiva esperava por ele em frente a fonte, desde que saíram para a lanchonete.

Ele não estava com uma cara muito boa, então descontaria em Karin o seu estresse, com certeza. A puxou pele braço, levando-a para dentro da mansão. Se ela queria passar a noite com ele, azar o dela. Sasuke não estava para visitas de namoradas grudentas no momento, mas tentaria de todas as formas esquecer o mais novo incidente que envolvia Sakura, mesmo que isso significasse uma noite de sexo com Karin.

***

–Não, Naruto-kun...

–Eu sei que seu pai está viajando... - sussurrou, afogando seu rosto nos cabelos negros de Hinata. Como amava aqueles cabelos.

–Como você, sabe?

–Seu primo me contou...

–Mas minha irmã altamente fofoqueira está aqui. - fitou nos olhos azuis e brilhantes do Uzumaki, que suplicavam por ela. Já estava quase se rendendo àqueles olhos.

–Posso entrar sem que ela me veja... - sussurrou novamente, beijando o pescoço de Hinata, que estava noventa por cento entregue à ele.

–Mas...

–Não seja má... - murmurou carente, apertando a cintura da Hyuuga, mordiscando-lhe o lóbulo da orelha da garota, que sentiu seu corpo inteiro se estremecer com aquele toque.

–Está bem... - deu-se por vencida.

Pegou na mão de Naruto, adentrando as portas da mansão Hyuuga, atentamente para não serem vistos. Subiram rapidamente as escadas, até chegarem no terceiro andar onde ficava o seu quarto. Naruto respirou aliviado quando avistou a porta conhecida por ele. Entraram rapidamente, pois o quarto de Hanabi, encontrava-se em frente ao dela, e aparentemente ela estava nele.

–Hinata? - perguntou a irmã mais nova de Hinata, antes que esta pudesse fechar a porta. Naruto escondeu-se atrás das cortinas, caso Hanabi entrasse no quarto. - Chegou agora?

–Sim, nee-chan. - Hianta fitou as roupas da irmã. Estava muito arrumada pra quem se prepara para dormir. - Vai sair?

–É... Sabe... Fui convidada pra uma festa de aniversário...

–Em plena quarta-feira? - perguntou desconfiada. Claro que ela estava mentindo.

–Vou sair com as minhas amigas, posso? - desistiu da mentira, sarcasticamente.

–Divirta-se. - disse a morena, fechando a porta.

–Vai dizer só isso? - Hinata abriu a porta novamente. - O que você ‘tá aprontando?

–Só não volte tarde.

–‘Tá bom! - desceu as escadas sorridente, mas um pouco desconfiada. Mas no momento aproveitou da boa vontade de sua irmã mais velha enquanto durasse.

Hinata virou-se para o interior de seu quarto, encontrando Naruto parado na janela, conferindo se Hanabi realmente iria sair.

–Viu só? - o loiro fitou a namorada. - Moleza...

Hinata sentou-se na beira da cama, pensativa, o que fez Naruto aproximar-se dela.

–O que foi, Hina-chan? - perguntou ele levantando-a da cama para abraçá-la. - No que está pensando?

–Estava pensando na Sakura-chan... - respondeu, envolvendo os braços na cintura do loiro, que em resposta, afundou suas mãos nos cabelos, acariciando a nuca da morena. - Quero ajudá-la...

–Ajudá-la? Como?

–Quero enturmá-la, entende... Quero que ela se sinta feliz aqui em Konoha. Mas isso não vai ser fácil. - Hinata levantou a cabeça para fitar os olhos azuis de Naruto. Queria ver sua reação. - Você me ajuda, Naruto-kun?

–Ajudar como?

–Você sabe... Você conhece os nossos amigos. Eu só queria que você me ajudasse a defendê-la, caso eles comecem a humilhar-la, a magoá-la...

–Claro que eu ajudo, Hina-chan... - sussurrou aproximando os lábios. - Sabe que eu faço tudo que você me pedir... - uma mão foi até o abajur em cima do criado mudo ao seu lado, deixando apenas a luz de outro abajur iluminar o quarto.

–Cuidado, hein... Se não vou acabar me aproveitando disso. - sorriram, depois se beijaram delicadamente.

Com uma sede quase desesperada, aprofundaram o beijo. Hinata o correspondeu à altura, abraçando-o mais forte, apertando seus corpos, fazendo com que um calor descomunal tomasse conta de ambos. Ela deslizou as mãos nas costas largas, explorando um lugar já conhecido, porém tornava-se como se fosse a primeira vez sempre que o tocava. Naruto apreciava do beijo caloroso, que fazia uma dor pulsante lhe atingir a virilha, explorando a boca dela com sua língua ávida. Separaram-se apenas para recuperar o ar tomado de seus pulmões pelo beijo, mas nesse intervalo, Naruto retirava a jaqueta de sua namora. Em seguida, baixou a alça da blusa, para provar da pele alva do ombro dela. Seus lábios acariciavam aquela região, suas mãos apertavam o corpo dela contra o seu, sentindo os seios no seu peito oscilante pela respiração acelerada.

Hinata já sentia-se molhada, tocando o abdome másculo por baixo da blusa, deslizando as mãos naquela região, gemendo baixo quando sentia a língua dele acariciar seu pescoço. Sempre adorou as carícias do loiro para com ela. Naruto sabia ser dominador quando queria.

A deitou na cama, retirando ele mesmo a blusa da morena, em seguida o sutiã de renda. Fitou os seios arredondados e excitados de Hinata, quase se perdendo com aquela visão. Debruçou-se até eles para sugá-los, antes que perdesse a razão. Acariciou com sua língua, provocando a morena que gemia agora sem nenhum pudor. Antes era bastante tímida com Naruto. Principalmente depois que ele a viu nua pela primeira vez. Mas o que tinha demais? Ele era seu namorado e o amava. Seu corpo agora pertencia à ele, assim como todo o seu amor.

Apertou os cabelos loiros quando ele a tocou na intimidade por cima da calcinha. Naruto estava fervendo para retirar a muralha que o impedia. Seu pênis latejava dentro das calças, queimando em desejo para sair de lá. Mas por enquanto agüentaria. Queria vê-la gemer mais alto, queria enlouquecê-la mais um pouco.

Hinata não agüentava mais aquela tortura, levando suas mãos até a calça jeans de Naruto, abrindo-a procurando o membro que pulsava de desejo por ela.

–Ainda não, Hina-chan... - sussurrou o loiro ofegante, sorrindo de canto para ela.

Ele abriu o zíper da saia preta da Hyuuga, jogando a peça de roupa para longe da cama. Fitou os olhos da morena, que arfava e gemia, suplicando para que ele a penetrasse de uma vez. Naruto ainda não teve pena, abaixando lentamente, muito lentamente a calcinha de renda que ainda escondia a parte mais sensível do corpo dela.

Seus olhos continuavam nos perolados, fazendo-a gemer só de imaginar o que ele faria depois de abaixar a calcinha. Esta já se encontrava nas coxas leitosas da morena. Nos joelhos... Nos pés... Finalmente ele a retirou por completo. Delicadamente, Naruto abriu mais as pernas da morena, ainda a fitando no olhos, enxergando aquele brilho lascivo e ao mesmo tempo carinhoso de sua pérola. Debruçou-se na cama, colocando uma perna em cima de seu ombro, levando os lábios até a intimidade molhada e quente da Hyuuga.

Hinata se contorceu, apertando os cabelos loiros, gemendo o nome dele, quando a língua do Uzumaki brincava com a sua sanidade dentro de si. Implorou para que ele parasse, pois sentia que morreria ali.

E ele parou. Queria que ela tivesse um orgasmo quando estivesse dentro dela. Agora era ele que não agüentava aquela tortura. Retirou rapidamente o preservativo de sua carteira dentro do bolso, para em seguida colocá-la de imediato. Aquele desejo insano de possuí-la estava agora impossível de resistir. Colocou-se entre as pernas dela, penetrando-a lentamente. Seus lábios roçavam no pescoço de onde emanava um perfume inebriante, que ao mesmo tempo impregnava em sua pele. Hinata mexia os quadris contra o dele, o que fazia Naruto urrar de prazer mesclado aos gemidos dela.

Naruto movimentava-se dentro dela, com um movimento exato, do qual fazia Hinata gemer e ofegar em seu pescoço a cada espasmo de prazer. Como adorava ouvir sua pérola gemer descontroladamente daquele jeito. Sentia-se completo por aquilo. Sentia-se o maior sortudo do mundo por tê-la, por amá-la.

Os movimentos tornaram-se mais rápidos, até que ambos atingissem seu máximo.

Naruto suspirou, sentindo o orgasmo maravilhoso escorrer para fora de si. Tomou os lábios rosados e inchados pelos seus, delicadamente.

–Eu te amo... - declarou, mesmo que esta já soubesse disso.

–Também te amo, Naruto-kun... - sorriu com os olhos entreabertos, ainda sentindo-o dentro de si.

Para ela não havia sensação melhor que estar ao lado de Naruto. Desde o dia em que tinha absoluta certeza de que se apaixonara por ele, sentia-se segura, e acima de tudo amada.

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