Ai Chikara escrita por DennyS


Capítulo 4
Capítulo - IV - Montanha Russa




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Capítulo IV: Montanha Russa

Levantou o cenho para fitar a bela mulher adormecida ao seu lado. Tocou-lhe o corpo, para poder acreditar que era real.Ter um anjo adormecido ao seu lado, só poderia ser um sonho. Aproximou os lábios dos dela, beijando-a delicadamente. Não queria acordá-la. Mas foi inútil. Viu um sorriso se formar nos lábios vermelhos, para em seguida os orbes verdes esmeralda o fitarem.

–Ohayo... - sussurrou.

–Ohayo, minha flor... - deu-lhe um selinho. - Está com fome?

–Hai... - ele a beijou novamente, levantando-se da cama em seguida. Vestiu-se e saiu do quarto. Faria todos os desejos dela, mesmo que essa não lhe pedisse nada.

Levantou-se da cama em seguida, vestindo o robe de cetim sobre a camisola. Seguiu até a janela daquele belo hotel em Paris. A janela era com vista para a Torre Eiffel, o lugar mais lindo em que já esteve. Gostaria que sua filha estivesse ali também. Sempre soube da paixão que ela tinha por lugares e monumentos históricos.

Sentiu dois braços a cercarem e uma cabeça apoiar-se no seu ombro.

–Já mandei que trouxessem seu café... - sussurrou Fugaku, beijando-a no pescoço. - Algum problema?

–Estava pensando em Sakura...

–Não se preocupe com ela... Shizune disse que está tudo bem.

–Eu sei... - suspirou.

–O que está incomodando você? - perguntou ele, virando-a para beijá-la. Não gostava de vê-la daquela maneira.

–Eu me culpo por ter deixado Sakura ser criada pela avó. Eu não deveria ter permitido.

–Por que não?

–Minha mãe é um tanto exigente. Segundo ela uma garota deve ser criada sob mão de ferro, não se vestir inadequadamente, não ter os cabelos curtos, se casar depois dos vinte e cinco e levar os estudos acima de tudo.

–Sua mãe fez o mesmo com você...

–Mas eu não a obedeci. Aos quinze anos eu conheci o pai de Sakura e aos dezessete eu a tive. Imagino se eu tivesse obedecido à minha mãe, eu...

–Ela não existiria... Esse é o seu medo?

–Eu não me arrependo da escolha que fiz. Sakura foi a melhor coisa que me aconteceu, mas... - ela hesitou, depositando a cabeça sobre o ombro de seu marido.

–Já sei qual é o problema... - sussurrou abraçando-a mais forte. - Acha que ela não é feliz?

–Sakura passou por momentos difíceis durante a infância.

–A culpa não foi sua...

–Ela é quem se preocupa com a minha felicidade. - o fitou sentindo as lágrimas encharcarem-lhe os olhos. - Isso não é muito justo...

Fugaku acariciou-lhe o rosto com o dorso da mão, depois a abraçou mais uma vez. Não queria ver a esposa triste. Adorava ver o sorriso que ela tinha e prometeu a si mesmo que este nunca acabaria. Desde quando eram apenas noivos, já sabia desse forte laço que ela possuía com a filha. Sakura era tudo de mais precioso para a vida dela, e se algo acontecesse, esta morreria.

–Não fique assim, minha flor... - levantou o rosto dela para fitá-la. - Temos muito o que ver. Você pode comprar algum presente para Sakura. - ficou feliz ao ver o sorriso que ela estampou no rosto. Com certeza pensou em comprar algo que Sakura iria adorar.

***

Quanto tédio havia naquela mansão! Quando morava em Tóquio com a avó, gostava de ficar em casa pelo pouco que fazia. Mas naquela casa enorme, cheio de frescuras de bilionários, não tinha mesmo o que fazer. Nada que a agradasse, pelo menos.

Os livros que encontrou numa estante, dentro de um pequeno escritório, estavam em latim, pelo que pôde notar. Em que diabos os Uchiha se interessariam por latim? Talvez para deixar aquela imagem de ricos sábios, vai saber... Ou Uchiha Fugaku gostava desse tipo de livro. Pois Sasuke... Esse com certeza não sabe um pouco sequer da existência desses livros. Isso a rosada tinha certeza.

Adentrou a sala principal no segundo andar, onde era o ponto conhecido para não se perder, encontrando apenas uma empregada que tirava o pó dos vasos, quadros e outras relíquias da história japonesa. A cumprimentou com um sorriso, depois seguiu para fora. Não agüentava mais bisbilhotar as coisas dos Uchiha, pois não encontrava nada de interessante.

Saiu pelo jardim, avistando Sasuke na quadra de tennis. Então era assim que ele se divertia. Jogava com um empregado, talvez o motorista da casa que não estava trabalhando nos últimos dias, pois Sasuke dirigia para onde quer que fosse. Talvez dirigisse apenas para Shizune, quando esta precisasse.

Quando se aproximou da quadra, eles paravam de jogar. Sasuke virava uma garrafa garganta abaixo, enquanto o homem que jogava com ele saía de lá.

–Algum problema? - perguntou ele quando Sakura se aproximou.

–Acho que vou enlouquecer se continuar dentro dessa mansão! - disse ainda sem fitá-lo, mas quando isso aconteceu, perdeu-se na aparência do Uchiha. Estava suado, a franja molhada estava grudada na sua testa. Uma imagem absurdamente linda. Sakura não poderia negar que o achou lindo quando o viu pela primeira vez. Mas tentava espantar esses encantamentos que nunca trouxeram nada de bom para ela. Garotos lindos e bem dotados como Sasuke estão em todo lugar. Era o que a sua avó sempre dizia para que pudesse memorizar, nunca se esquecer. Jamais! Nunca se deixar levar pelas aparências. Essa era uma das milhares de regras que ela tinha como “conselhos”. Sua avó nomeava-se a conselheira, não a carrasca como a mãe de Sakura dizia.

–E o que quer que eu faça? - a voz dele a despertou dos pensamentos.

–Eu vim lhe propor um acordo. - afirmou convicta.

Sasuke seguiu até a toalha num banco dentro da quadra.

–Manda. - secou o suor, para em seguida beber novamente a garrafa d’água.

–Shizune disse que você sempre sai nas sextas à noite.

–E?

–Bom, eu queria que você me levasse num lugar esta tarde, e como troca desse favor.. - revirou os olhos. - Eu sairia com você, sem reclamar, pra onde quer que você for. Fico num canto até a hora de ir embora.

–‘Tá, e pra onde eu tenho que te levar? - arqueou uma sobrancelha.

–Não precisa me olhar com essa cara, ‘tá legal? Nada de museu, muito menos uma biblioteca. - Sasuke a fitou confuso. Onde ela poderia querer ir agora? - Pensei num parque de diversões.

–Um parque? - a fitou. - Não faz bem a sua cara. - passou por ela seguindo até a saída da quadra.

–Foi o melhor que eu consegui...

Saíram da quadra em passos rápidos. Sakura o acompanhava esperando pela resposta. Sasuke processava a proposta. Não deixaria de ir no bar encontrar os amigos, é claro. Sakura poderia choramingar, espernear que ele não deixaria de ir. Mas espera aí! Aparecer num parque com ela? Num parque? Qual foi a última vez que foi à um parque?

Ah, claro! Naquela vez em que o Naruto vomitou em cima do Neji depois de brincar cinco vezes seguidas no Evolution. Foi a tanto tempo. Não gostava muito de parques.

–E então? O que me diz? - era revoltante o silêncio do Uchiha. Ele parecia fazer isso de propósito.

–Vou tomar banho. - respondeu. Teria que ceder. No mínimo a deixaria lá, mas dessa vez não a esqueceria.

Sakura sorriu. Um parque não era bem o que queria realmente, mas pelo menos sairia daquela casa.

***

Chegaram ao parque, que aparentemente estava cheio de crianças, talvez por ser sexta-feira à tarde. Desceram do carro, seguindo em direção à bilheteria. Sakura achava estranho Sasuke ainda estar ali. Para ela, ele a deixaria lá, depois voltaria para buscá-la, só que dessa vez, com um pouco mais de cuidado para o incidente do museu não se repetir.

Como era bastante observadora, não deixou de reparar nos olhares de muitas garotas que cruzavam com Sasuke. Até mesmo as acompanhadas não deixavam de dar apenas uma olhadinha sem que o namorado percebesse. Era uma coisa de louco! Claro que ele estava bonito. Os cabelos, sempre arrepiados, a camisa branca um pouco desabotoada sob o casaco preto aberto, a calça jeans e o all star. Parece simples, mas ele estava perfeito.

Sakura usava um vestido com estampa florida e um suéter azul. Os cabelos, como era de costume, estavam em forma de uma longa trança. Bem mais simples que Sasuke, isso era óbvio. Ninguém imaginaria que eles estivessem juntos. Claro que não. Sasuke fazia questão de andar na frente, enquanto Sakura o seguia.

O Uchiha comprou uma fita enorme de ingressos e entregou à Sakura. Era de se esperar. Ele não ficaria com ela. As dúvidas da rosada estavam esclarecidas agora. Ele a deixaria ali e sairia sabe-se lá para onde.

–Sasuke, dessa vez deixe dinheiro para o taxi e o endereço da mansão. Eu não quero ter que mendigar durante a semana. - qualquer um riria dessa piada rápida da Haruno, mas Sasuke a fitou irritado. O pior era que ela estava certa. Dessa vez não iria arriscar.

–Está bem. - concordou, recebendo a caneta que ela lhe ofereceu para anotar o endereço, depois retirou dinheiro de sua carteira. - Divirta-se! - virou as costas saindo dali.

Seguiu para o seu Mustang desativando o alarme quando se aproximou. Só não entendeu o que foi que o fez parar ao lado dele. Apoiou um braço sobre o carro, pensando para onde iria. Voltar pra mansão nem pensar; não estava nem um pouco a fim de ver Karin; encontraria com os amigos só às onze da noite quando fosse para o bar. O que faria agora? Seus olhos seguiram a direção do parque.

Não!

Será que ele estava ficando louco? Voltar para lá?! Com Sakura?

O que estava acontecendo com ele? Uma parte dizia que ele era um Uchiha. Deveria honrar esse nome, não sendo visto com alguém inferior à ele. Mas outra parte dizia que não tinha nada demais se divertir um pouco num parque.

Merda!

Ativou novamente o alarme do carro, saindo do estacionamento e adentrando os portões coloridos do parque. Que merda ele estava fazendo, não sabia. Mas já estava lá. Procurou por Sakura no mesmo lugar onde havia deixado-a. Ela não estava. Seus olhos procuraram em volta e a encontraram sentada num banco ao lado de uma carrocinha de algodão doce.

O que essa maluca ‘tá fazendo?

Tentou entender o motivo de ela pedir que ele a trouxesse num parque para depois se sentar num banco e ler um livro.

–O que você está fazendo? - a garota estreitou os olhos ao vê-lo de pé em frente ela.

–Pensei que me buscaria mais tarde. O que está fazendo aqui?

–Se Shizune ver você chegando em casa de taxi, vai sobrar pra mim.

–Então vai ficar? - perguntou incrédula. Os olhos arregalados sob os óculos.

–Por que está aí sentada? - ignorou a surpresa da Haruno. Nem ele queria acreditar que estava ali.

–Ah, eu só estava pensando em qual brinquedo queria ir primeiro. - disse confusa. Isso foi mais uma desculpa. Na verdade estar num parque de diversões sozinha, era ainda pior que ficar na mansão sem nada pra fazer.

Sasuke respondeu com um simples “Hn”, virando as costas para ela. Sakura se levantou, guardando o livro em sua bolsa, colocando-se ao lado dele.

–Onde vamos primeiro? - perguntou ela eufórica.

–Não fique do meu lado. Você vai espantar as garotas. - Sakura pensou por um instante. Havia dois sentidos nessa afirmação. Ou ela espantaria as garotas por Sasuke achá-la feia, ou espantaria por as garotas pensarem que ele estava sendo acompanhado por ela. Resolveu ficar com a segunda. Não queria ter que discutir.

–Pensei que tivesse namorada. - disse acatando ao pedido. Colocou-se atrás dele.

Sasuke ignorou o pensamento. Sakura era tão ingênua, ou fingia ser?

–Por que voltou, Sasuke? - perguntou sem receio da resposta. - As chances de Shizune me ver chegar de taxi não são tão altas. - ela poderia entrar na mansão sem ser vista por Shizune facilmente. Por isso achou entranho o que Sasuke falou. - Medo de me esquecer de novo?

–Não viaja, garota. - disse por cima dos ombros. - Por que eu teria medo?

–Você sabe por quê. - claro que ele sabia. Medo do pai. Mas ele não admitiria isso. - Acho que você se aproveita da minha bondade.

–Bondade?... - questionou em deboche. - Você não contou por mim, lembra?

–Sim, mas eu esperava as suas desculpas.

–Você disse que estava perdoado. - lembrou.

–Mas eu queria ter certeza de que você estivesse arrependido. - Sasuke se calou. Sakura adoraria ver a sua expressão. - Não é tão difícil assim pedir desculpas, Sasuke. - fitou as costas do moreno meio receosa. - Mesmo para um Uchiha.

–Só peço desculpas quando estou errado. - disse frio.

–Então você estava certo em ter me esquecido?! Quem foi o errado nessa história?

–Provavelmente quem me fez esquecer. - afirmou, agora olhando-a nos olhos. Sua expressão séria como sempre. Sakura deveria desconfiar. Sasuke é uma pessoa que nunca admitiria está errado. Mesmo que esse erro estivesse estampado na sua cara. - Vamos na montanha russa.

–O que?! - seguiu o moreno que ia em direção a menor fila que havia naquele parque. - Sasuke, eu não gosto...

–Venha, passe na frente. - a colocou na sua frente pelo braço, quando uma loira apareceu atrás dela.

A fila andava absurdamente rápida. Sakura estava apavorada. Não se dava bem com altura. Queria uma chance de explicar ao Sasuke, mas este estava flertando com uma loira, ignorando totalmente a presença dela ali.

Seu coração bateu mais forte, quando estava para chegar a sua vez. Estava enfrente ao portãozinho de embarque, respirando fundo. Quando o portão se abriu, virou as costas para sair dali imediatamente, mas foi impedida por Sasuke, concentrado na loira oferecida que conversava com ele. Segurou Sakura pelo braço, empurrando-a para dentro do carrinho.

O lugar ao lado da loira foi ocupado, Sasuke teve como única alternativa o lugar ao lado de Sakura.

–Eu disse para não ficar do meu lado. - disse irritado quando se sentou. O silêncio dela não era normal, então olhou para o lado, encontrando uma Sakura trêmula, segurando fortemente a barra de segurança. - Sakura? - o carro se moveu e ela apertou os olhos. Agora que o pesadelo começaria.

O carro moveu-se lentamente até chegar lá em cima. Sasuke olhou mais uma vez para Sakura. Esta, com olhos fechados, as mãos ainda apertavam o ferro com muita força. Estava apavorada.

Desceram. Depois subiram novamente, para em seguida virar num looping. Mas em poucos segundos a diversão acabou. Todos se levantaram para sair de lá, enquanto Sakura continuava na mesma posição.

–Sakura! - ele a chamou. Porém ela continuava do mesmo jeito com os olhos fechados, os óculos tortos no rosto, as mãos para arrancarem o ferro do carrinho e alguns fios róseos eriçados.

O guarda responsável pela saída de todos se aproximou dos únicos que ainda estavam ali. Alertou pelo rádio que não ligassem o carro.

–Hei, querida, já acabou! - disse ele ao lado de Sakura que abriu lentamente os olhos. - Você! - dirigiu-se a Sasuke. - Dê um copo de água pra ela. Vamos! Eu não tenho o dia todo!

Sasuke a puxou pelo braço. Sakura parecia desabilitada até para andar.

–Todo dia acontece algo parecido. - murmurou o guarda. - Deve ser medo de altura.

Quando finalmente se afastaram, Sakura parecia melhor. Procurou um banco onde pudesse se sentar e recuperar o fôlego.

–Você tem medo de altura? - perguntou segurando o riso. Medo de altura parecia patético para ele.

–É só um trauma de infância. - forçou um sorriso. - Nada de mais.

–Por que não avisou?

–Ora, essa! Eu tentei! Mas você me jogou pra dentro da carrinho!

–‘Tá legal, vamos sair daqui.

–Dessa vez eu escolho onde vamos...

***

A tarde parecia ter parado no tempo. O que Sasuke estava fazendo? Que droga ele havia tomado para estar ali? Perguntava-se tentando entender o motivo de estar ali, naquele parque com Sakura. Algo que nunca faria se seu pai não tivesse se casado de novo. Imaginava o que estaria fazendo agora. Com certeza estaria com Karin. Ou talvez jogando em algum Ca sino ilegal no centro da cidade. Ele nunca saberia.

No entanto, o que o preocupava no momento, era se alguém o notou com Sakura. Claro que as notícias de que seu pai se casara de novo estavam espalhadas por Konoha. Todos já sabiam da bela mulher que entrou na família Uchiha e de sua filha. Odiava ter suas fotos estampadas nos jornais, toda vez que surgiam notícias das Indústrias Uchiha ou alguma matéria especial sobre seu pai, e conseqüentemente, o filho mais novo não era esquecido. Por isso não tinha um pingo de vontade em ler jornais. Mas agora, adoraria saber o que escreveram sobre Sakura. Ele tinha certeza que escreveram algo, pois jurou que viu um fotógrafo tirar uma foto deles quando ele a deixou no museu naquela manhã antes de ir jogar poker na casa do Naruto. Lembrança da qual o fez olhar para os lados por um segundo. Poderiam fotografá-los em qualquer lugar, a qualquer momento.

Que besteira...

Relaxou novamente. Estava pouco se lixando com o que aqueles jornalistas intrometidos escrevessem. Qualquer problema era só processá-los. Seu avó já havia feito isso antes.

Seus olhos voltaram para Sakura no carrossel, sorridente enquanto estava naquela dança infantil de cavalinhos coloridos. Ele nunca aceitaria passar tal humilhação, é claro. Esperava pela cerejeira encostado nas grades que cercavam o carrossel impacientemente, com as mãos nos bolsos.

–Yo! - ouviu uma voz feminina ao seu lado, repreendendo-o dos pensamentos. Olhou curioso para a dona daquela voz, aparentemente irritante de tão fina. Parecia mais o miado de um gato do que a voz de uma pessoa. - Você é Uchiha Sasuke, não é? - perguntou entusiasmada, alargando ainda mais o sorriso.

Sasuke tentou reconhecer a garota. Ela tinha os cabelos negros até os ombros, usava uma roupa parecida com o uniforme tradicional das escolas de Konoha, como saia até os joelhos, camisa com mangas até os cotovelos e meias compridas.

–Quem quer saber? - perguntou seco. Ou talvez era a forma de que ela se apresentasse.

A garota, nem um pouco discreta, colocou-se na frente dele, cercando-o com os braços, apoiando as mãos sobre as grades atrás do moreno.

–Me ajude a ganhar uma aposta... - ela sussurrou no ouvido dele.

Por um breve momento, Sasuke avistou as amigas do outro lado, assistindo a tudo.

–E o que eu vou ganhar com isso? - sussurrou de volta, ainda sem mover um músculo. Percebeu a garota tremer ao ouvir a voz dele. Sorriu de canto. Adorava sentir o poder de deixar uma mulher fraca apenas com sua voz.

–Qual o problema? - perguntou ela meio desnorteada. O tom sedutor que usara à minutos atrás perdera a força. - Aquela quatro olhos é sua namorada? - por essa Sasuke não esperava. Então alguém notou Sakura com ele.

–Não sei do que está falando. - respondeu irritado.

–A garota no carrossel, ela...

Essa garota não iria desistir. Antes que ela continuasse falando, ele a puxou pela cintura, devorando com avidez os lábios da morena. Durou alguns segundos. Podia ouvir os gritos das amigas ensurdecê-lo, embora elas estivessem longe.

Soltou a garota, colocando-a ao seu lado como uma barata tonta. Olhou mais uma vez em direção ao carrossel e percebeu Sakura desviar rapidamente o olhar.

Claro que ela viu aquilo sem entender nada. Jovens ficam, ela sabia. Mas não conseguia entender o motivo de Sasuke trair a namorada. ‘Tá bom que ela é uma garota um tanto chata, desmiolada e fútil, pela concepção da rosada, mas imaginava que Sasuke a amava, mesmo ela sendo o que era.

==========================================Continua...


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Notas finais do capítulo

Hahai!!



Espero que agora vocês tenham entendido um pouco dos motivos da Sakura se vestir assim. Tudo por culpa da maluca da avó dela! A Amanda disse que avó dela era assim com a sua mãe, é mole? Daí veio a inspiração pra fic.


Que coisa...


Bom, pessoal! Mandem reviws, onegai! O próximo já está prontinho, esperando por vocês...


bjus

=Denny