-NÃO!

Gritei assustada, fiquei confusa por poder gritar já que Tyler havia amarrado minha boca, olhei para minhas mãos e estavam livres, meus pés também, olhei para o meu corpo, estava com marcas vermelhas, arranhões e demais coisas, estava respirando pesadamente, não conseguia pensar direito, a primeira coisa que me veio a cabeça foi gritar

-TYLER

-O quê Annie?

Meu coração acelerou e senti falta de ar.

-Você ainda está ai?

-Claro, como poderia abandonar você?

-O quê você fez comigo?

-Nada, do que está falando?

-Você sabe muito bem, O QUÊ VOCÊ FEZ COMIGO?

-Calma Annie, vem aqui

-Fique longe de mim! Afaste-se, fique longe de mim!

-Annie, o quê houve?

-SAI DE PERTO DE MIM!

Pulei da cama e fui em disparada para fora do quarto, quando desci as escadas, meu pai estava preparando o café, olhei para ele e sai correndo, abri a porta de casa e corri logo para o quintal me joguei na grama macia e começei a chorar.

Já estava chorando á 2 horas, sem parar, minha cabeça já estava doendo de tanto chorar, devia ter emagrecido uns 2 quilos só chorando, eu lembrava de cada minúsculo detalhe do momento que havia acabado de passar, e a cada momento que lembrava de cada cena, de cada detalhe, eu chorava mais, chegava a berrar, meu pai ouvia, mas ele sabia que não deveria se meter, era uma coisa minha, não queria a interferencia dele, aliás, ele não iria acreditar em nada do que eu falaria, na verdade ninguém acreditaria que uma menina foi estuprada por uma alma, se eu cometasse isso com alguém, me internariam em um hospício imiediatamente.

Não queria ser interrompida, mas o destino adora me contrariar.

-Annie?

Era Laura, justo quem eu não queris ver, estava evitando ela, mas por mais que eu não quisesse vê-la, eu teria que ver, aliás, eu tinha várias perguntas para faze-la.

-Olá laura

-Por quê está chorando no meio do quintal?

-Tenho uma pergunta melhor. O quê realmente estava fazendo com o meu pai ontem? Eu quero a verdade!