O pior foi que eu não dormi, eu fiquei a noite inteira pensando em todos estes códigos que a vida está me trazendo e que eu não estou de alguma forma conseguindo desvendar, é como um quebra cabeça, eu não estou achando nenhuma peça que se encaixe com outra, é tudo um mistério, frustração a palavra que define minha vida neste presente.

Mas eu não sei como ainda não descobri, eu sinto que a resposta esta na minha frente, mas, onde? A resposta dos meus problemas está na cara, mas eu não consigo vê-la, eu sinto que tem sujeira em baixo do tapete, só não sei como acha-la, porque na verdade, minha vida já é tão bagunçada que achar mais bagunça e frustração seria impossíve, mas há.

E essa bagunça seria a forma de eu ser feliz pelo menos um ia se quer na minha vida, eu sinto, eu sinto que esa bag...unça seria a chave da minha felicidade, dabchance de eu mostrar ao mundo que eu posso ser alguém normal, com amigos, com uma vida feliz e normal, uma vida que ninguém me chamasse de louca psicótica.

-Filha

-Aaah que susto pai

-Tava concentrada?

-Sim, pensando

-No quê?

-Isso não é da sua conta

-Desde quando ficou mal humorada?

-Seilá pai, desde que você acha que eu sou louca, marca todos os tipos de médicos pra mim, desde que eu me senti como se eu tivesse seilá Down

-Ahn...

-AH VOCÊ NÃO ACHA QUE EU TENHO DOWN, ACHA?

-Não! Cla...Claro que não

Bufei

-Desisto

-Do quê?

-DE VOCÊ, DO MUNDO, PAI, VOCÊ ME TRATA COMO SE EU TIVESSE UMA DOENÇA ALTAMENTE TRANSMISSIVE QUE IRRADIASSE A VIDA TERRESTRE, COMO SE EU FOSSE UM E.T

-Filha, as complicações...

-COMPLICAÇÕES NADA, VOCÊ TEM VERGONHA DE MIM, E SABE O QUE EU TENHO DE VOCÊ? NOJO PAI, EU TENHO NOJO DE VOCÊ.

-Filha

-TCHAU PAI

-Vai aonde?

-Isso por acaso é da sua conta

-Annie! 

-Tchau

Eu estava andando sem rumo, chorando, sem vida, eu não iria aguentar mais. Foi quando avistei Lucas, andando.

-LUCAS! - Gritei

Ele me viu chorando e veio correndo

-O quê houve Annie?

-Meu pai...Ele...Ele não acredita em mim, acha que eu sou doente, eu...Eu não aguento mais, me ajuda, por favor - Disse eu em meio aos choros

-Ta, mas primeiro engole o choro, meninas como você não devem chorar.

Eu logo parei de chorar.

-Oi Annie - Disse Tyler

-Oi

-Eu ouvi a sua discussão com o seu pai, ele não tem jeito Annie.

-Eu sei

-Está falando com Tyler? - Disse Lucas

-Sim, ahn, Tyler, eu estou bem, como eu poso dizer isto... DEixe-me ficar com Lucas só por hoje?

-Com ele? - Ele debochou

-Por favor, eu sinto que estou em boas mãos

-Annie eu já disse sobre esse menino, NÃO eu não vou deixar

-Por favor

-Aarg, okay eu deixo

-Obrigado

-Rum, não, tchau, até amanhã

-Até

-Vamos para a minha casa, rápido, vai começar a chover.

-Você não precisa, na verdade, não deve.

-Sim, eu devo, não posso te deixar aqui.

-Pode sim, eu sobrevivo

-Não você não pode, vamos.

-Não...

-Eu imploro, venha para minha casa, pelo visto, você não vai querer voltar para a sua.

-É, okay vamos

Começou a chover, e como estavamos sem guardas chuvas, ficamos ensopados, ele pos o braço envolta da minha cabeça e eu puz a minha cabeça no ombro dele, ficamos andando na chuva fria, a casa dele era um pouco longe, estava ensopada, com frio e frustrada, mas não havia problema, eu sentia que podia confiar nele.