O Verdadeiro Poder escrita por FP And 2


Capítulo 15
A Partida


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!!!
*
Desculpem, gomen, sorry, lo siento, je suis désolé!!!
Sei que demorei e esse cap deveria ter sido postado ontem, mas tive alguns probleminhas... a culpa é da equação abaixo:
Balada+beber até dar pt= no dia seguinte(ressaca+torcicolo+tendinite atacada)
O resultado não é uma incógnita: total falta de inspiração+não aguentar ficar na frente do pc...
*
Boa leitura!!!



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Já do lado de fora do clã Hyuuga, Naruto soltou um suspiro audível.

— Gomen, Naruto-kun, não queria te deixar ainda mais preocupado...

— Daijoubu, Hinata. Só estou aliviado por seu toosan não ter me atacado por saber que estávamos juntos. — Apesar de suas palavras, estava preocupado com o ‘como’ cumprir sua promessa dessa vez. — Não sabia que ele tinha conhecimento do que eu disse a Neji. Para falar a verdade, nem imaginava que seu itoko* se lembrava daquilo...

— Ele se lembra muito bem, Naruto-kun. Suas promessas nunca são esquecidas, porque todos sabem que você as cumpre, não importando o que aconteça.

— Ehhh... provavelmente isso é bom... — Naruto agora começava a questionar algumas coisas. Coçava a cabeça e a olhava com ar de dúvida. — Será que deveria mesmo ter prometido tanto?

Hinata percebeu que pela primeira vez Naruto estava um pouco inseguro. Não era típico dele, e a garota ficou preocupada. Tentou interpretar o olhar do loiro, mas não era nada que ela já tivesse visto antes.

— Qual é o problema, Naruto-kun?

— Estou com medo, Hinata-chan. — Abaixou a cabeça como se estivesse confessando algo vergonhoso, e para ele realmente era. — Não são as expectativas que criaram sobre mim que me assustam, mas tenho medo de decepcionar as pessoas que acreditaram e me confiaram seus sonhos. — Ele saiu andando, ainda de cabeça baixa, inconscientemente segurando a mão de Hinata, como se tirasse forças daquele contato. — Eu já sei o que preciso fazer, mas... e se não for o bastante? E se o caminho que escolhi estiver errado?

A garota deu um pequeno sorriso e fitou a face preocupada de Naruto, apertando sua mão entre as dela.

— Você vai simplesmente fazer o que sempre fez: tentará novamente até conseguir. — Percebeu que ele precisava de mais do que simples elogios. No fundo sabia que Naruto devia ter esse lado inseguro, que sentia medo de não corresponder às expectativas, assim como ela, assim como todas as pessoas. Gostou que ele confiasse nela a ponto de se expor assim, mas vê-lo daquela forma a estava deixando triste. Dessa vez decidiu tomar a iniciativa e o puxou para um abraço, sem se importar com o lugar onde se encontravam. — Nem que isso leve toda sua vida...

— Hum, Hinata... — Aproveitou intensamente todas as sensações boas que aquele abraço lhe trazia, mas queria mais. — É isso o que me preocupa. Já terei que viajar por um bom tempo... tempo demais longe de você.

— Naruto-kun...

— Caham! — Se separaram assustados. Realmente haviam se esquecido de que estavam no meio da rua. — Então o grande Uzumaki Naruto tem uma namorada... Se você não apresentá-la à Karin, sua ‘priminha’ vai fazer um escândalo! E sou eu quem terá que aguentar!

— Suigetsu! O que faz aqui? — Naruto viu que o outro carregava um saco de papel com mantimentos. — Não está meio tarde para fazer compras?

— Aa. Na verdade foi só uma desculpa para sair daquele lugar... até os guardas debandaram hoje. — Viu que Naruto abriu a boca para dizer qualquer coisa, e se explicou: — Karin está com um humor terrível.

— Doushite?

— Ela não disse, mas imagino que seja porque você disse que ia se despedir antes de partir e não apareceu por lá ainda.

— Sou ka? — Naruto coçou a cabeça e deu uma risadinha sem-graça. — Acho que me esqueci.

— Você tinha bons motivos. — Suigetsu deu uma olhada sugestiva para Hinata, que acompanhava aquele diálogo em silêncio. — A propósito, sou Hozuki Suigetsu, um dos herdeiros dos espadachins da Névoa...

— Hyuuga Hinata. — Ela respondeu timidamente, apertando a mão que o rapaz havia estendido.

— Hyuuga, ahn? — Olhou para Naruto com um sorrisinho de lado. — Tirou a sorte grande, hein, Naruto? Além de linda sua namorada é do clã mais poderoso de Konoha.

Naruto olhou para Hinata e viu que ela corou muito com aquele comentário de Suigetsu, sem saber se pelo elogio ou por ele ter dito que era sua namorada. Provavelmente pelos dois. Foi com dor no coração que se obrigou a responder:

— Não somos namorados.

— É uma pena pra você. — Dando um sorriso irônico para Naruto, Suigetsu completou: — Se não se assegurar antes de sair da vila, quando voltar, pode ser que ela já pertença a outro...

O comentário fez com que um belo contraste acontecesse: Hinata, vermelha como um pimentão, enquanto Naruto empalidecia como um fantasma. Ele apertou os punhos e a imagem de Kiba apareceu em sua mente, graças ao infeliz comentário de Sasuke no dia anterior. Não queria prender Hinata e sabia que o que Suigetsu disse poderia perfeitamente acontecer, mas não estava preparado para imaginar essa realidade.

Satisfeito com a reação causada pelo que disse e vendo que Naruto não parecia em condições de dizer nada no momento, o rapaz resolveu se retirar.

— Foi bom encontrá-lo novamente, Naruto, e um prazer conhecê-la, Hyuuga Hinata. Ja ne! — Começou a se afastar, mas foi impedido pela voz de Naruto:

— Matte ‘ttebayo! — Naruto virou-se para Hinata. — Se importa de irmos ver a Karin agora? Gostaria que a conhecesse.

— Tudo bem, Naruto-kun.

Sem dizer nada, Suigetsu recomeçou a andar e foi seguido pelos outros dois. Percebeu que agora eles não estavam mais de mãos dadas e se perguntou o que o loiro tinha na cabeça. Mesmo para ele que os via juntos pela primeira vez, ficou obvio que se gostavam. Balançou a cabeça.

“Eu nunca vou entender os shinobis de Konoha...” — Pensou.

O silêncio ficou um pouco incômodo enquanto caminhavam, mas nenhum dos três o quebrou. Suigetsu achava que já havia falado demais, enquanto Hinata estava muito encabulada para dizer qualquer coisa. O loiro nem parecia perceber, pois ficou mergulhado em reflexões. Caminhava com as mãos nos bolsos e um olhar perdido.

“Será que eu devo dizer a ela? Eu quero, mas isso não é certo, fazê-la ficar amarrada a mim se nem estarei aqui para ela. Hinata merece ser feliz. Mas eu nem consigo pensar nela com outra pessoa... Acho que estou sendo egoísta, mas não consigo evitar. Kuso! Não sei o que fazer!” — Esses pensamentos davam voltas e mais voltas em sua cabeça, sem que chegasse a conclusão alguma. As palavras de Shikamaru lhe vieram à mente: ‘ faça o seu melhor e tudo vai dar certo. Inclusive com a Hinata.’ De alguma forma sabia que com ela, faltava alguma coisa, não estava dando o melhor de si nesse caso. Isso queria dizer que deveria contar?

Ainda imerso nessas dúvidas, o rapaz nem percebeu que chegaram ao destino. Seguia automaticamente Suigetsu e só notou que estavam lá quando quase foi de cara no chão ao encontrar um degrau no caminho. Subiram e a porta foi aberta.

— ONDE VOCÊ ESTAVA, SUIGETSU? — Karin os recebeu já aos berros. — Trouxe o que eu pedi? Não sei por que demorou tanto para... — Parou assim que viu Naruto aparecer na porta atrás do outro. — AHHHH, ITOKO!

Ela correu e se jogou nos braços de Naruto, como fez da primeira vez, então ele já estava um pouco preparado, mas ainda assim quase foi ao chão.

— Itai, Karin! Se continuar fazendo isso vai quebrar meu pescoço!

— Gomen ne! E quem é essa? — Ela encarava a Hyuuga, obviamente curiosa.

— Esta é Hyuuga Hinata...

— Namorada do Naruto. — Suigetsu completou, interrompendo a frase do loiro.

— Ah, você é linda, meu itoko tem bom gosto! — Largou Naruto e segurou as mãos de Hinata. — Eu sou Uzumaki Karin, prazer!

Preferindo ignorar, pelo menos por enquanto aquele papo de namorados, Naruto resolveu mudar de assunto, já que Hinata também parecia incomodada.

— Pelo jeito já se adaptou a ser uma Uzumaki, não é Karin?

— É claro! — Karin deu um sorriso radiante para Naruto. — Ter uma família era o que eu mais queria! Mas agora... — Virou-se, e puxando tanto Hinata quanto Naruto pelas mãos, os levou até a cozinha, fazendo-os sentarem-se lado a lado em volta da pequena mesa de quatro lugares. — Me contem como e há quanto tempo estão juntos!

Naruto engoliu em seco. Pelo jeito não adiantou mudar de assunto. Olhou para Hinata e percebeu que ela estava um pouco corada, mas calma e com um sorriso nos lábios. Estranho...

— Não estamos juntos, Karin-san... — Foi a morena que tomou a iniciativa da resposta, mas foi interrompida:

— Não me chame assim, Hinata! Não precisa de formalidades comigo, mas... como assim não estão?

Dessa vez, Naruto preferiu ficar calado e ver até onde essa conversa iria. Hinata não parecia estar agindo normalmente, pelo menos não o normal para ela, o que o deixava curioso.

— Dewa... n-não somos namorados. — Ela ficou corada e olhou para Naruto. — Apesar de que eu o amo desde a academia...

Naruto segurou o ar subitamente, como se tivesse tomado um susto. A última coisa que esperava era que a garota dissesse aquilo daquela maneira para uma pessoa que mal conhecia. Ficou olhando-a com a boca aberta, ruborizado, mas foi tirado de seu transe por um cascudo de Karin.

— Itai, o que eu fiz, dattebayo?

— Você sabia disso e não estão juntos? Que tipo de homem você é? — Ela o olhava irritada.

— N-não é nada disso, Karin-s... Karin! — Hinata resolveu intervir. — Naruto-kun não sabia disso.

Timidamente, ela passou a contar a Karin tudo o que havia acontecido desde que se apaixonou por Naruto. Era uma história longa, e estava carregada dos sentimentos que guardou por tanto tempo. A ruiva, sentada em frente a eles, ouvia com um pequeno sorriso nos lábios e ambas as mãos apoiando o queixo. Naruto por sua vez, virou-se e encarava Hinata encantado, reparando nas pequenas nuances de suas expressões. Sem perceber o que fazia, quase debruçou sobre a mesa, apoiando o rosto em uma das mãos.

Hinata não sabia por que estava contando aquilo para uma pessoa que acabou de conhecer, mas por algum estranho motivo, sentiu que podia confiar na ruiva. Seu espanto maior consigo mesma foi conseguir dizer tudo na frente de Naruto, mas quando viu a expressão com que ele a olhava, sentiu-se mais confiante para continuar. Não contou nada de pessoal demais, e nem do que já aconteceu entre eles, falou apenas de seus próprios sentimentos. De alguma maneira precisava fazê-lo entender o quanto o amava, e aquela parecia ser uma boa oportunidade.

— Que história mais kawaii... — Karin comentou, quando Hinata ficou em silêncio. — Não acha itoko? — Ela apertou as mãos na altura do peito e olhou para Naruto, fazendo a morena ficar ainda mais rubra. — Naruto? — Ele parecia hipnotizado olhando a garota, então a ruiva acenou com a mão em frente aos seus olhos, quebrando o encanto.

— Nani? — Parecia ter acordado de um sonho.

— Sabem? Acho que deveriam continuar o que estavam fazendo antes... Hinata, não deixe de me procurar depois que Naruto partir... eu nunca tive uma amiga antes e acho que você seria uma ótima pessoa para isso!

— Hai! Claro, Karin...

Karin empurrou Naruto porta afora, pois ele ainda parecia estar sonhando. Hinata os acompanhou com um pequeno sorriso nos lábios.

— Já vão? — Suigetsu apareceu pela porta que levava aos quartos.

— Eles têm mais o que fazer! Sayoonara*, itoko!

— Sayoonara...

A morena apenas acenou timidamente antes de se retirar. Depois de saírem, Naruto segurou com mais decisão a mão de Hinata e a levou para um local perto dali, onde havia uma praça cortada por um pequeno riacho, deserta àquela hora. Sentaram-se numa ponte mínima que levava ao outro lado do riacho.

Com várias coisas que ouviu, a resolução de Naruto de não contar à Hinata sobre seus sentimentos, foi minada aos poucos, mas firmemente e depois de ouvi-la falar sobre o que sentia por ele de um jeito tão meigo, sabia que ela merecia saber que despertara o mesmo nele. Porém, preferiu ser sincero.

— Hinata-chan... — Ele se virou e segurou a mão da garota, olhando em seus olhos.

— O que foi, Naruto-kun?

— Eu... preciso te dizer uma coisa, mas não quero que isso te impeça de ser feliz ou mesmo encontrar outra pessoa enquanto eu estiver fora. Me promete isso?

— Demo...

— Promete, Hintata-chan?

— Hai...

Ele fechou os olhos. Poderia tentar explicar como começou a se sentir assim, dizer que ela era a coisa mais importante para ele, que seu jeito doce o conquistou mesmo sem perceber... mas optou por uma maneira mais direta e rápida. Abriu os olhos e acariciou suavemente uma mecha de cabelo que estava em seu rosto. Percorreu cada traço perfeito do rosto de Hinata com os olhos para depois dizer:

— Suki da...

Os olhos da pequena Hyuuga se encheram de lágrimas de felicidade. Mas o rosto de Naruto estava tão sério quando disse isso e continuou... ainda a olhava preocupado.

— Doushita, Naruto-kun? Isso é... ruim?

Ele soltou um suspiro e a abraçou. Puxou as pernas de Hinata para que ficassem sobre as suas e a sentou em seu colo. Ainda com o rosto no pescoço dela, começou a explicar:

— Não seria, se eu pudesse saber pelo menos quando a verei de novo... Não quero que me espere, Hinata-chan, não é justo com você.

— Naruto-kun?

— Un?

Ele levantou a cabeça e a olhou interrogativo. A garota sorria e segurou seu rosto entre as mãos.

— Está pensando demais.

Aquela frase, tão inusitada, fez com que um pouco da seriedade de Naruto fosse embora. Ele arregalou os olhos e aos poucos um sorriso foi aparecendo, até que se transformou numa risada.

— Nunca achei que fosse ouvir isso na minha vida!

— Vamos só aproveitar essa noite, Naruto-kun... não sabemos o que o futuro nos reserva, então pelo menos teremos algo para recordar um dia.

— Tudo o que quiser, itoshii*...

Sem esperar mais nada, dessa vez foi Hinata quem tomou a iniciativa, puxando-o para um beijo quente e cheio de amor. Ficaram assim muito tempo e aos poucos os beijos foram se tornando menos inocentes. Naruto beijava o pescoço da garota de uma maneira que a fazia soltar pequenos gemidos, que o estavam enlouquecendo, mas quando ela decidiu fazer o mesmo, ele descobriu o que era loucura de verdade. Abriu os olhos e encarou o céu, tentando manter um pouco de controle, mas quando as mãos dela levantaram sua jaqueta e se insinuaram em seu abdômen, ele não foi capaz de conter um gemido.

— H-hinata...

— Eu não quero parar, Naruto-kun... — Ela o agarrou mais forte quando sentiu que estava sendo afastada.

Aquela resposta foi um verdadeiro teste à sua sanidade. Se continuassem, não sabia até onde aquela brincadeira levaria, e a última coisa que queria era deixar uma Hyuuga Hinata arrependida quando partisse.

— Eu também não quero, mas não é certo ir além disso. Não quero que se arrependa de nada, e se isso for para acontecer entre nós, quero que seja perfeito, e não em uma praça, muito menos sem poder ficar com você no dia seguinte e em todos os outros...

— Naruhodo. — Ela se afastou e o olhou, soltando um suspiro.

Ele quase mandou o bom senso para o inferno naquele momento. O rabo-de-cavalo que ela usava estava frouxo e várias mechas de seu cabelo negro emolduravam um rosto corado, mas dessa vez, não pelo constrangimento. Os lábios inchados e entreabertos a deixavam com uma aparência ainda mais desejável aos olhos de Naruto, tanto quanto os seios que subiam e desciam suavemente, enquanto ela tentava estabilizar a respiração.

“Por que isso tinha que acontecer logo agora, meu Kami?” — Pensou, fechando os olhos e respirando fundo para se controlar. Mas não dava para negar que até o momento foi a melhor despedida que poderia desejar.

— Está tarde, preciso te levar para casa...

— Tudo bem.

Ela saiu do colo do loiro e se levantou, estendendo a mão para ajudá-lo. Aceitando, ele percebeu que se não fosse por isso, teria ido ao chão, tão forte era a tremedeira nas pernas. Foram caminhando lentamente, lembrando-se dos momentos passados juntos. Chegaram aos portões do clã e Hinata se virou para ele, envolvendo seu pescoço com os dois braços e dando um beijo apaixonado em Naruto. Ele correspondeu, mas parou, assim que a sentiu colar o corpo ao dele.

— Ôe! Cadê aquela Hinata tímida e quietinha que eu conheci?

Ela corou, mas deu um sorriso malicioso, que tirou o ar do loiro.

— Não quero mais ser assim. Não com você Naruto-kun!

Certo, aquele calor não era normal, não no começo da madrugada. E lembrando-se de calor... Afastou-se da garota e começou a tirar a jaqueta. Vendo o olhar que lhe foi lançado corou. Ótimo, agora era ela que o fazia corar.

— Não é nada do que está pensando, Hinata! — Disse com um sorriso malicioso. Terminou de tirar a jaqueta e entregou a ela. — Quero que fique com isso. Para se lembrar de mim, sabe?

— Arigatou, Naruto-kun. Mas eu não preciso dela para me lembrar. — Abraçou a blusa e fechou os olhos, sentindo seu cheiro. — Apesar de ser bom ter ela comigo.

Com um sorriso, ele se aproximou e a beijou uma última vez.

— Sayoonara, Hinata-chan!

— Sayoonara, Naruto kun!

Ela se virou e entrou nos domínios do clã Hyuuga. Ele ficou ali, acompanhando-a com os olhos, até que ela entrou em casa, depois, com um suspiro e seguiu para o alojamento, de cabeça baixa e uma imensa vontade de chorar.

Chegou e deu graças a Kami por Sasuke já estar dormindo, não querendo ouvir piadinhas naquele momento. Deu um pequeno sorriso ao pensar assim: usar a palavra piadinha e Sasuke na mesma frase era estranho, mas já estava se acostumando. Sem querer pensar em mais nada além de Hinata, deitou-se e ficou relembrando a noite até pegar no sono.


................................


No portão da vila, encontravam-se Shikamaru, Ino e Chouji, já preparados para a viagem até Suna, quando chegaram Naruto, Sasuke e Sakura. Cumprimentarem-se e o loiro perguntou, ainda com cara de sono:

— Quem mais estamos esperando?

— Eles. — Shikamaru apontou com o queixo as pessoas que se aproximavam andando calmamente, ainda um pouco longe de onde se encontravam.

Virando-se, os três recém-chegados viram Tsunade se aproximar com Gaara, Temari e Kankuro.

— Não sabia que Gaara continuava em Konoha. — Naruto comentou.

— Pelo que Temari me disse, ele só quis ficar para nos acompanhar até Suna... correção: te acompanhar. — Shikamaru respondeu.

— Sei. Mas tenho certeza que a irmã também teve influência nessa decisão... para te acompanhar. — O loiro deu um sorriso sarcástico para Shikamaru. Viu o moreno corar um pouco e ficou satisfeito.

Olhava distraído para os que ainda se aproximavam, quando um ser extremamente pálido praticamente materializou-se ao seu lado, assustando todos.

— AH, Sai! Quer me matar do coração?

— Ohayo, Naruto-kun! Vim me despedir.

— Er... tudo bem. — Vendo que o outro estava anormalmente sério, perguntou: — Qual o problema, Sai?

— Eu... não sei. — Ele segurou o tecido de sua blusa na altura do coração. — Sinto uma dor incômoda aqui.

Três das pessoas que estavam ali entenderam o que se passava com o rapaz. Sakura aproximou-se dele e o surpreendeu com um abraço.

— Também sentiremos sua falta, Sai.

— Soo... mesmo não indo conosco, você também faz parte do time Kakashi, e quando voltarmos, seremos um time novamente, dattebayo!

— Arigatou, Sakura-chan, Naruto-kun. — Sai estava com uma expressão estranha, como se quisesse dizer alguma coisa, mas não soubesse como.

— Ei, Sai. — Ino o chamou com a voz suave. — Também somos seus amigos e continuaremos juntos.

— Sou da! — Chouji concordou.

Sai não respondeu, mas deu um pequeno sorriso. Depois ficou sério e se virou para o Uchiha.

— Sasuke-kun?

— Un?

— Cuide bem deles.

Mesmo sem entender bem aquele rapaz estranho, Sasuke percebeu que ele tinha muita estima tanto por Sakura quando por Naruto. Deu um sorriso torto e respondeu:

— Daijoubu. Farei isso. — Ficou um instante em silêncio, mas vendo que os outros já haviam chegado e Sai se preparava para deixá-los chamou: — Sai! — Quando o moreno pálido se virou, disse: — Você fez um ótimo trabalho protegendo nossos laços.

Sai acenou com a cabeça, deu um sorriso e com um pulo, desapareceu da frente deles.

— Que bom que disse isso a ele, Sasuke-kun. — Tsunade comentou.

— Era o mínimo que podia fazer. Devo muito a ele, já que me impediu de matar outro irmão.

Nem todos entenderam o sentido daquelas palavras, mas vendo o sorriso que Naruto abriu ao ouvi-las, perceberam que era dele que se tratava e sorriram também.

— Arigatou, Tsunade-sama, pela hospitalidade. — Gaara agradeceu. — Ikisho!

Todos menos Naruto, caminharam em direção à floresta para enfim iniciar sua jornada, mas quando olharam para trás, viram que Tsunade o abraçava com lágrimas nos olhos. Esperaram o loiro se juntar a eles e seguiram rumo à Suna.


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Notas finais do capítulo

* Itoko = primo
* Itoshii = maneira carinhosa de chamar a pessoa amada
* Sayoonara = adeus; até logo