O Verdadeiro Poder escrita por FP And 2


Capítulo 10
O Maior Poder


Notas iniciais do capítulo

Segura essa
**
daviuzumaki
**
só porque vc pediu!



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Ainda sentado no mesmo banco onde conversara com Ino, Naruto pensava em como as mulheres eram estranhas. Será que tinham sempre que complicar tudo, por mais simples que fosse? Mas quem era ele para dizer alguma coisa, afinal? Olha só a situação em que se encontrava. Apaixonado pela Sakura, completamente envolvido pela Hinata e sendo seduzido pela Ino...

Sentiu que mais uma vez precisava colocar tudo para fora. Precisava encontrar Sasuke, mas nem imaginava onde ele poderia estar a essa hora. Decidiu comer alguma coisa e depois procurá-lo.

Encaminhou-se ao Ichiraku, agradecendo a Kami-sama* por ter sido um dos primeiros locais a serem reconstruídos após a destruição da vila, e também por ter voltado ao normal depois disso. Aquela história de vender todos os ingredientes separados, que Ayame havia cismado um tempo atrás era irritante. Como ela chamava mesmo? Não se lembrava, mas não tinha gostado nem um pouco. Preferia seu amado e querido rámen.

Entrou na barraca e foi logo surpreendido por um grito de Ayame:

— Naruto-sama!

Ele fez uma careta para esse tratamento. Dois outros shinobis que estavam lá se viraram para olhá-lo e o cumprimentaram com sorrisos no rosto. Ele retribuiu e virou emburrado para Ayame.

— Não comece você também com essa história de sama, Ayame nee-chan*! Ainda sou e sempre serei o mesmo Naruto!

Teuchi, que havia se virado com o grito de Ayame, olhou sério para Naruto.

— Ainda não ficou importante demais para vir a meu humilde estabelecimento, Naruto-sama? — O senhor deu uma pequena ênfase ao sama, e fez um bico, desviando o olhar de Naruto e levantando o queixo. — Pensei que aqui seria o primeiro lugar que viria quando voltasse da guerra!

— ‘O-chan*! — Naruto reclamou pelo tratamento formal e também pelo comentário. — Como pode dizer uma coisa dessas? Não sabe como sofri esse tempo todo longe do seu rámen! — Lembrando-se da longa viagem por mar que fez e de todas as vezes que sentiu falta daquele lugar, ficou ofendido com o comentário. Cruzou os braços e imitou a pose de Teuchi. — Não acredito que disse isso para seu cliente número um!

Ayame acompanhava a discussão de seu pai e Naruto com um olhar divertido. Sabia que Teuchi havia ficado triste por Naruto não aparecer ali no mesmo dia que as tropas de Konoha voltaram da guerra, mas imaginava que agora ele era uma pessoa importante e não poderia vir com a mesma frequência de antes.

— Too-san*! Sabe muito bem que o Naruto-kun nunca abandonaria nosso rámen por nada! Ele deve ter tido um ótimo motivo para não ter vindo antes.

— Arigatou, Ayame nee-chan! — Naruto ainda estava emburrado e com os braços cruzados, se recusando a olhar para Teuchi. — Se uma inconsciência de dez dias for motivo suficiente para seu otoosan*...

Antes que terminasse de falar, foi surpreendido por Teuchi, que havia saído de trás do balcão e agora apalpava seus braços e cabeça, enquanto dizia rápido, sem parar para respirar:

— Você está bem? Está ferido? Aonde dói, Naruto? Vou preparar um rámen reforçado para que se recupere rápido! Quer mais alguma coisa? Por que ninguém fez nada para ajudá-lo? Se houvessem me dito, teria levado rámen para você todos os dias no hospital...

— ‘O-o-o-o-c-chan, e-e-esto-ou b-bem — Naruto tentou falar enquanto era chacoalhado pelo dono do estabelecimento. — S-só e-estou c-com fo-me!

— Deixe o Naruto-kun respirar, too-san! — Ayame ria da reação de seu pai. — Vamos preparar um rámen caprichado para ele!

— Hai! — Teuchi soltou Naruto e olhou sério para ele. — Está bem mesmo, filho?

— Daijoubu, ‘o-chan! — Naruto respondeu hesitante. Antes de entrar ali estava bem, mas agora precisaria pedir a Sakura que o examinasse para conferir se seus órgãos continuavam todos no lugar.

Teuchi voltou para seu lugar atrás do balcão e já começando a preparar o rámen preferido de Naruto, disse por sobre o ombro:

— Vou caprichar!

— Que bom, ‘o-chan. Preciso mesmo comer bastante, afinal, ficarei mais alguns anos afastado da vila e de seu rámen... — Disse isso já em um tom melancólico.

— Como assim, Naruto? Você acabou de voltar! — Teuchi se virou de olhos arregalados.

— É... mas vou partir novamente em missão. Será bem longa dessa vez.

— Então, hoje é tudo por minha conta, Naruto! Pode comer o quanto quiser.

— Valeu, ‘o-chan! — Naruto abriu um grande sorriso. Tudo o que queria naquele momento era se empanturrar.

Já havia comido três tigelas de rámen como um desesperado, e agora mais devagar, partia para a quarta, quando ouviu uma voz conhecida atrás dele:

— Naruto!

— Iruka-sensei!

— É bom ver que já está melhor. — Iruka sentou-se e fez seu pedido. — Fiquei sabendo que não ficará muito tempo conosco novamente.

— Ah, é. Ficar longe de Konoha outra vez não me deixa feliz, mas pelo menos dessa vez terei o Sasuke e a Sakura comigo. — Naruto olhou para Iruka seriamente. — Não tive a oportunidade de agradecer antes, mas obrigado pela confiança da última vez.

Naruto se referia a quando fugiu da ilha onde dominou o poder de Kurama. Ainda guardava a carta entregue por Iruka, era um de seus tesouros agora.

— Eu sempre confiei em você, Naruto. — Iruka ficou um tempo pensativo. — Talvez não sempre, mas quando te conheci melhor, logo soube que você seria um grande shinobi. Agora, mais do que nunca, tenho orgulho de ter sido seu primeiro sensei. — Deu um sorriso para Naruto e completou: — Afinal, são poucos os que têm o privilégio de terem ensinado o filho do Yondaime.

— Arigatou, Ikura-sensei. — Naruto abaixou a cabeça, emocionado pelas palavras do outro. — Você foi a primeira pessoa a me considerar realmente nessa vila. — Soltou os hashis* e olhou novamente para Iruka. — Sei que nunca disse isso, mas sempre o considerei como um pai, já que não havia conhecido o meu... foi a primeira família que tive.

Iruka ficou surpreso pelas palavras de Naruto e também muito emocionado. Sentiu que precisava dizer algumas coisas ao rapaz, agora que sabia que ele era filho do Yondaime. Respirou fundo para tomar coragem e disse, sem olhá-lo:

— Sabe, Naruto, quando o Sandaime* me pediu para ser seu sensei, eu me neguei a princípio... — Não soube qual foi a reação de Naruto a essa declaração, pois ainda estava de cabeça baixa, mas sentiu que o outro o olhava. — Ele precisou usar muita persuasão para que eu aceitasse, porque como toda a vila, na época, eu tinha ressentimentos e raiva, afinal meus pais também foram mortos no ataque da Kyuubi... — Sentiu que Naruto se mexeu, incomodado. Levantou os olhos e viu que os outros dois shinobis que ali se encontravam prestavam muita atenção na conversa, apesar se não os olharem. Tomou coragem e olhou seu ex-aluno. Havia mágoa em seus olhos.

— Eu... entendo, Iruka-sensei... — Nunca soube disso tudo, mas Naruto havia notado que antes de aceitá-lo, Iruka também o tratava como todos os outros. Sentiu seu coração apertar com a lembrança das antigas mágoas, mas queria saber aonde aquela conversa iria levar, pois tinha certeza que seu sensei jamais diria aquilo apenas para feri-lo.

— Depois de ver como você era de verdade, principalmente sabendo do fardo que carregava, comecei a me sentir responsável por você, e também a vê-lo como uma espécie de filho. — Iruka agora tinha um sorriso ao olhar Naruto. — Mesmo antes de saber que você era filho do Yondaime, eu já tinha muito orgulho de ter sido seu sensei. Você tem o dom de fazer com que todos gostem e confiem em você, Naruto. O dom de mudar as pessoas. Independente de todo o poder que possa ter como shinobi, seu maior poder é esse.

Naruto ficou pensativo com o que Iruka disse. Independente de toda a emoção que as palavras lhe causaram, sentiu que alguma coisa do que ouviu seria importante para sua missão.

— Nem sei o que dizer, Iruka-sensei. — Estava com a voz embargada.

A atenção de Naruto e Iruka foi desviada da conversa pelo som de fungadas e soluços altos. Um dos dois shinobis que estavam presentes tinha debruçado no balcão e chorava copiosamente, enquanto o outro os olhava e soluçava, enxugando os olhos enquanto fungava. O que chorava levantou a cabeça com o rosto banhado em lágrimas e disse entre soluços:

— Isso... foi tão bonito... — Debruçou-se agora no ombro do outro e continuou a chorar alto, sob os olhares atônitos de Naruto e Iruka.

— Estamos todos com você, Naruto-sama... — O outro disse, enquanto consolava o amigo. — Somos seus fãs!

— Er... não é pra tanto. — Naruto coçou a cabeça sem-graça e deu um olhar a Iruka como se pedisse socorro. O outro apenas riu.

Depois disso voltaram a comer e conversar sobre outras coisas, até que Iruka se despediu, dizendo que tinha um compromisso e desejando boa sorte na missão. Naruto permaneceu ali mais um tempo, já que os outros dois shinobis haviam saído, não sem antes se declararem seus fãs mais uma vez.

Ele saiu do Ichiraku e começou a caminhar sem rumo. Precisava encontrar Sasuke, mas não fazia ideia de onde começar a procurar. Decidiu ir primeiro ao alojamento que dividiam, mas sem muita esperança, afinal não havia nada para fazer no local. Como o esperado, o quarto estava vazio, então saiu novamente e voltou a caminhar, sem saber para onde ir. Ao se dar conta, chegava à árvore onde esteve com Hinata. Escalou-a e ficou observando a paisagem durante um tempo, até lembrar-se de uma maneira fácil de localizar o amigo. Ficou imóvel uns instantes e entrou no modo Sennin.

Logo localizou Sasuke. Estava parado à beira de um rio que Naruto conhecia bem, pois foi onde treinou Kutchiyose no Jutsu* pela primeira vez com Jiraya. Se dirigiu para lá e, ainda de longe, o viu sentado em uma pedra, lendo. Aproximou-se e sentou na margem do rio, pouco à frente de onde Sasuke estava.

— Yaá*! — Sasuke fechou o livro e o colocou sobre a pedra ao seu lado. — Como foi o encontro com a Ino?

Naruto o olhou carrancudo e viu que o amigo tinha um ar de deboche.

— Não foi um encontro, teme! — Virou-se para o rio e ficou observando alguns peixes que nadavam por ali. — Mas foi embaraçoso.

Contou tudo o que havia acontecido entre ele e Ino ainda olhando o rio. Sasuke o ouvia em silêncio, mas ainda mantinha o ar divertido pelo que o amigo passara. Ao final do relato, comentou com malícia:

— Está virando um conquistador, Naruto. — Começou a rir ao ver Naruto se virar e olhá-lo irritado. — Jiraya ficaria orgulhoso.

— Temeee... — Teve vontade de apagar o ar de riso de Sasuke com um bom soco, mas encontrou um meio melhor. Abriu um sorriso malicioso e respondeu: — Antes isso do que ficar andando com cobras, como você fazia com Orochimaru...

Ficou satisfeito ao ver Sasuke emburrar e pegar novamente o livro sem uma palavra. Levantou-se de onde estava e se aproximou para ver o que o outro estava lendo. Surpreendeu-se ao ver a capa: “Contos de Um Ninja Corajoso”.

— Desde quando se interessa por esse tipo de histórias, Sasuke?

O rapaz deu um suspiro antes de responder e fechou novamente o livro. Ficou pensando em como poderia explicar seu súbito interesse se nem ele mesmo entendia.

— Não sei bem, Naruto. Quando decidi voltar a Konoha e recomeçar, sabia que não seria fácil, acho que nem sei mais como é ter uma vida normal, mas tinha que começar por algum lugar. Quis conhecer um pouco mais sobre as ideias do seu mestre, já que tudo o que ele sempre pensou é muito diferente do que vivi e aprendi com Orochimaru. — Sasuke hesitou um pouco antes de continuar: — Tem outro motivo também. Se o acompanharei em sua jornada, quero entender qual a importância desse livro, por que ele parece ser a chave para tudo o que aconteceu e ainda acontecerá.

Naruto sentou-se ao lado de Sasuke na pedra e ficou com o olhar perdido ao longe. Sabia o quanto aquelas histórias podiam ser fascinantes para quem pensava como ele ou seu pai, mas não imaginava se conseguiriam ter o mesmo efeito em uma pessoa como seu amigo.

— E o que está achando? — Fitou o rosto de Sasuke ao perguntar isso e o viu encarando a capa pensativamente.

— É bem interessante, mas acho que ainda não consigo entendê-lo muito bem. Os contos em si são muito bons, mas sei que existe uma mensagem por trás de tudo isso. A paz... — Sasuke ficou mais uma vez pensativo, mas depois deu um pequeno sorriso e encarou Naruto. — Acho que quando puder sentir tudo o que Jiraya pretendia transmitir ao escrever esse livro, estarei pronto para uma vida normal.

— Não sei se precisa chegar a tanto, Sasuke. — Naruto retribuiu o sorriso. — A verdade é que esse livro foi escrito com um propósito, mas poucas pessoas podem entendê-lo totalmente. Se você descobriu isso, a parte mais difícil já foi superada.

Sasuke ficou pensando sobre as palavras de Naruto. A verdade é que muitas pessoas leram aquele livro e ainda assim não tinham o mesmo tipo de entendimento que seu amigo sobre a paz e o mundo. Era exatamente por isso que a partida da vila era necessária. Se fosse tão fácil, simplesmente ler um livro e mudar a maneira de pensar, não haveria necessidade de uma profecia indicar alguém para esse feito. Sentiu o coração mais leve ao perceber que essa pessoa era justamente seu melhor amigo. Se Naruto iria trazer a paz ao mundo shinobi inteiro, a ele, que estaria sempre ao seu lado, seria ainda mais efetivo.

— Sasuke, preciso de um favor. — Naruto interrompeu as reflexões do Uchiha subitamente. — Quero que vá comigo falar com Karin.

Sentindo um gosto amargo na garganta ao pensar em encontrar sua antiga companheira novamente, Sasuke que estava se levantando, caiu sentado ao lado de Naruto e o olhou sem saber o que dizer. Não podia negar isso ao amigo, mas não saberia como encará-la, depois de quase a ter matado. Sua expressão mudou de choque para apelo.

— Naruto...

— Eu sei que é difícil, Sasuke, mas um dia isso teria que acontecer, não acha? — Ele deixou claro que se lembrava da última vez em que haviam se visto. Já se levantando, estendeu a mão ao outro e acrescentou: — Encare isso como um favor pessoal. Ela é... você sabe...

— Uma Uzumaki, eu sei. — Deu um suspiro pesado antes de aceitar a mão de Naruto e ficar de pé ao seu lado. — Mas não é como você. Não sei como ela vai reagir à minha presença.

Naruto deu um sorriso maldoso ao ouvir o comentário.

— Daijoubu. Tenho uma ideia sobre isso...

— O que está planejando, Naruto? — Sasuke ficou mais preocupado ainda ao ver sua expressão.

— Você verá. — Havia um tom de vingança na voz do loiro. — Sabe onde ela está?

— Claro. — Ainda desconfiado, Sasuke pôs-se a acompanhar Naruto, que já caminhava em direção à vila. — Ainda está presa, mas em um local isolado. Tsunade-sama não achou necessário mantê-los no Centro de Interrogatórios depois da guerra, já que contei tudo o que queriam saber. Juugo e Suigetsu também estão lá, apesar de não serem considerados como prisioneiros. Eles passarão por um tipo de julgamento, para saberem se poderão continuar em Konoha, já que se declararam dispostos a isso. Infelizmente não estou em condições de me declarar responsável por eles...

— Eu faço isso. — Naruto declarou, para espanto de Sasuke. — Se você puder me garantir que eles não serão uma ameaça à segurança da vila, claro.

— Não acredito que causarão problemas, mas... — Sasuke achou melhor deixar clara a situação, para que seu amigo não se metesse em mais problemas por sua causa. — Suigetsu é ambicioso, mas cauteloso. Se está disposto a permanecer aqui, o mais provável é que se comporte. Já Juugo tem um problema mais sério... muitas vezes não é capaz de se controlar. Ele é o portador original do selo amaldiçoado, então, quando perde o controle, é quase impossível pará-lo.

— Como assim, o portador original, dattebayo? — O loiro encarou o amigo, e parou de andar. — Pensei que aquela coisa fosse criação do Orochimaru...

— Na verdade, Orochimaru desenvolveu o selo amaldiçoado a partir das habilidades de Juugo. — Puxou Naruto para que continuasse andando enquanto explicava. — Ele tem afinidade com o chakra da natureza, então o absorve sem precisar se concentrar, mas quando se irrita e isso acontece, sua vontade de matar fica incontrolável.

— Chakra da natureza, é? — Pensativo, Naruto tentava encontrar uma solução para o problema de Juugo. — Uma espécie de Senjutsu*, da yo ne*?

— Isso mesmo. — Vendo a expressão concentrada do amigo, Sasuke indagou. — Qual é a sua ideia?

Ele parou de andar e se virou para Sasuke.

— Preciso saber se é possível ajudá-lo de algum jeito. — Fez alguns selos e, tocando o chão disse: — Kutchiyose no Jutsu!

Um sapo gigante e cor-de-laranja materializou-se à sua frente e o cumprimentou animado:

— Yo, Naruto!

— Gamakichi! Preciso que me faça um favor.

— Pensei que depois da guerra teria um pouco de descanso... — O sapo o olhou desconfiado. — O que é agora?

— Maa*, não é nada perigoso. Tenho que falar com Fukusaku-shishou. Pode chamá-lo, onegai?

— Yosh’! Espere um pouco. — Dizendo isso sumiu numa nuvem de fumaça.

Naruto e Sasuke aguardaram em silêncio. Passaram-se alguns minutos e o loiro já começava a ficar impaciente quando, numa nuvem de fumaça, um pequeno sapo verde, usando capa, materializou-se ao seu lado. Sasuke observava tudo curioso, afinal não conhecia os sapos invocados pelo amigo.

— Naruto-chan! Espero que seja importante... — Parou de falar quando viu o Uchiha. — Acho que não conheço esse rapaz.

— Hontou ni*... Esse é meu amigo Uchiha Sasuke. Sasuke, esse é Fukusaku-sama...

— Então você é o jovem Uchiha... — O velho sapo o olhava com curiosidade. — Já ouvi muito falar de você, Sasuke-chan. Parece até que já o conheço.

— Prazer em conhecê-lo, Fukusaku-sama.

— Shikashi*... tenho certeza que não me chamou aqui apenas para conhecer seu amigo. — Fukusaku dirigiu-se a Naruto, mas ainda observando Sasuke. — O que quer de mim, Naruto-chan?

O rapaz explicou ao sapo o problema de Juugo. Não fez perguntas, mas não foi preciso.

— Sou ka*. O que quer saber é se posso fazer alguma coisa por esse jovem... — O sapo pensou um pouco antes de continuar: — Nunca ouvi falar de uma coisa assim. Posso tentar, mas quero conhecê-lo primeiro.

— Vamos encontrá-lo agora. — Naruto convidou: — Por que não vem também?

O velho sapo pulou no ombro de Naruto e disse:

— Ikisho! Isso pode ser interessante.


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Notas finais do capítulo

GLOSSÁRIO
* Da yo ne = não é?; não é assim?
* O-chan = tio, atendente de um estabelecimento. Maneira específica que Naruto chama o dono do Ichiraku Rámen
* Hashis = pauzinhos usados para comer
* Hontou ni = é mesmo; verdade
* Kami-sama = Deus
* Kutchiyose no Jutsu = técnica de invocação
* Maa = calma
* Nee-chan = Maneira carinhosa de tratar uma pessoa um pouco mais velha, como se fosse irmã
* Otoosan = pai
* Sandaime = Terceiro (Hokage)
* Senjutsu = técnica Sennin, a mesma usada por Jiraya e Naruto
* Shikashi = mas, porém
* Sou ka = entendo
* Too-san = papai
* Yaá = olá! (usado por homens)