A Winter Night escrita por Olivia Hathaway


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/292589/chapter/2

... antes de partir de Berlim.

Meu irmão só esteve uma vez na vida em Berlim, e foi há oito anos. Isso revelava a origem do sotaque misterioso: o cara era russo. E ele não estava aqui para uma visita, ao julgar pelo seu estado. Estava aqui porque fugiu de seu país. E provavelmente eu teria que...

“Droga, Rose, me ajude” rosnou Christian, me tirando do transe.

Ele estava tentando carregar o homem para casa e eu fui ajudá-lo. Apesar de o homem estar magro, ele era bem pesado. Quando entramos, Lissa correu até nós.

“Oh meu deus, o que aconteceu com ele?” perguntou.

“Desmaiou” respondi ajudando Christian a levá-lo até um dos quartos de hóspedes no andar de cima que Lissa preparara. Com cuidado, Christian e eu o deitamos na cama. Lissa deixou a sacola ao lado do criado mudo.

No chão havia uma caixa de primeiros socorros que eu mantinha para emergências, uma bacia com água e panos. Coloquei minha mão na testa do homem e praguejei. Ele estava ardendo de febre, mas pelo menos não sofria de hipotermia.

“Liss, me ajude a tirar esse casaco”

Como eu imaginava, as roupas por baixo do casaco estavam molhadas, mas não tão encharcadas. Nós a removemos, e mesmo estando magro e pálido, eu não pude deixar de admirar o físico dele quando vi seu peito nu. Aquele homem deveria ser o tipo de cara que as mulheres matariam para passar a noite. E de repente me vi pensando em como ele era antes de chegar a esse estado, e se a cor de seus olhos combinava com o bronzeado de sua pele e... Oh merda! No que eu estava pensando?

Rapidamente bani esses pensamentos absurdos e voltei ao trabalho. Ajudei Lissa a vesti-lo com roupas secas – que, para meu desconforto, eram de Nicholas – e a cobri-lo o suficiente para não piorar a febre. Em seguida, pressionei um pano molhado na sua testa.

Para a minha surpresa, ele abriu os olhos e os focou em mim. Eles eram de um rico castanho, que me lembravam chocolate derretido. E pareciam desesperados. Ele falou alguma coisa em sua língua nativa, que presumi ser russo.

“Eu não entendo” falei suavemente. “Não entendo o seu idioma. Você quer água? Precisa de alguma coisa? Podemos buscar pra você”

Ele murmurou algo e fechou os olhos, caindo em um sono profundo. Era normal que ele delirasse por causa do seu estado. E isso aconteceu muitas vezes durante a noite. Em todas elas, ele murmurava algo em russo, deixando nós três confusos.

“Você acha que ele vai sair dessa?” perguntou Lissa, preocupada. “Eu nunca vi alguém realmente queimando de febre como ele”

Pressionei novamente o pano em sua testa. Uma parte de mim estava esperançosa de que ele abriria os olhos novamente. Eu queria poder entendê-lo para ajudá-lo “Eu acho que sim. Ele só precisa de descanso”

“Assim como vocês duas” falou Christian, se levantando da poltrona perto da lareira, que estava acesa. “Vocês podem ir dormir, eu cuido dele”

“Nem pensar!” exclamei. “Ele não pode ficar sozinho, precisa ser observado”

Christian suspirou, cansado. “Vocês duas estão morrendo de sono. Precisam descansar. Eu posso observar ele”

“E se ele precisar de algum remédio?” perguntou Lissa.

Ele deu de ombros “Então eu chamo vocês”

Não havia como discordar de Christian. Isso se provou verdade quando me levantei do chão, uma dor de cabeça me atingindo em cheio, dizendo que eu já deveria estar na cama. Lissa soltou um enorme bocejo.

“Ok, acho que você ganhou dessa vez, Ozera” murmurei indo para a porta. Lancei um último olhar ao homem, para verificar se ele estava bem.

“Fique tranquila, Rose. Garanto a você que seu paciente não sai dessa cama hoje” disse Christian com uma piscadela.

Depois de levar Lissa para o outro quarto de hóspedes, fui até meu quarto, onde Maggie esperava deitada na minha cama. Vesti minha camisola, arrumei minhas cobertas e caí em um sono profundo e sem sonhos.

***

O homem despertou de vez dois dias depois.

Eu tinha acabado de tomar banho e estava prestes a preparar o almoço quando decidi dar uma passada no quarto onde ele estava acamado. E para a minha surpresa, a cama estava vazia. Somente o barulho de água vindo do banheiro me impediu de ligara para Lissa e avisar que ele tinha escapado. E alguns segundos depois, o homem saiu do banheiro.

Não consegui evitar dar uma boa olhada nele. Era impossível desviar o olhar. Ele tinha se barbeado, tomado um banho e vestido uma roupa que ele trouxera em sua sacola. Ele era... lindo. A barba tinha lhe dado uma aparência de cinqüentão, mas sem ela, ele parecia ter no máximo trinta anos. O rosto era bem delineado, o nariz perfeitamente esculpido, e o lábio superior era levemente mais fino que o inferior. Ele tinha uma pequena cicatriz na testa, que lhe dava uma aparência um pouco rude. Quanto aos olhos, esses sim eram interessantes. Aqueles olhos castanhos me examinavam atentamente, como se estivesse verificando se eu era algum tipo de inimigo e que tática usaria para me neutralizar. Eram olhos de um legítimo soldado, extremamente inteligentes e que já tinham visto de tudo no mundo. Além disso, eles pareciam guardar infinitos segredos...

Desviei o olhar para o suéter que vestia.

“Vejo que você finalmente acordou” falei.

“Sim” respondeu ele, em uma voz ainda rouca por causa da gripe. “E acredito que a senhora poderia me dizer onde posso encontrar marido está”

“Marido?”

Ele arqueou a sobrancelha. “a senhora não é esposa de Nicholas?”

“Claro que não!” tive que controlar o riso. “Sou a irmã dele, Rose Hathaway”

“Rose” ele disse, pensativo. A pronuncia do meu nome veio junto com um pesado sotaque.

“Isso, Rose. E você, quem é?”

“Meu nome é Dimitri Belikov” disse.

Cruzei meus braços. “Certo. Então, o que te trouxe aqui, Dimitri? E como conseguiu esse endereço com meu irmão?”

Ele se sentou na cama, dobrando os joelhos em um movimento gracioso. Dimitri me fitou por um tempo antes de me responder. “Acredito que isso vá ser uma longa história”

“Não se preocupe, hoje eu tenho todo o tempo do mundo” respondi com um sorrisinho. Eu deveria estar preparando o almoço, mas Dimitri era o meu foco principal no momento. E eu estava curiosa para saber o que tinha trazido esse homem até minha casa.

Dimitri gesticulou para que eu me sentasse na poltrona, onde Christian tinha ficado enquanto Lissa e eu cuidávamos de Dimitri. Eu sentei e ele começou a falar.

“Eu venho de Moscou. Não sei o quanto vocês do ocidente sabem, mas as coisas no meu país andam um pouco....” ele refletiu um pouco,buscando a palavra certa. “perigosas. Logo quando a guerra terminou, me convocaram para ser um dos funcionários do governo. Eu aceitei, pois não eram todos que tinham essa chance. Foi então que comecei a enxergar o real significado de estar lá, de fazer o que eu fazia. Silenciar a oposição. E quando me deram um trabalho, eu recusei” seus olhos pareciam estar em outro lugar “e recusar uma ordem não é algo que se possa fazer. Eu argumentei dizendo que as pessoas que eu teria que espionar e prender eram inocentes. Acabaram me considerando um traidor e eu não tive escolha a não ser fugir”

“Eu cheguei a ouvir algumas histórias” confessei, agarrando suas mãos num gesto de consolo. Elas estavam quentes, e um pouco machucadas por causa do frio. “E acredito que você fez a escolha certa quando decidiu fugir de lá. O que eles fazem com seu povo é algo irracional e doentio”

“Você não faz ideia” murmurou com uma voz angustiada “tive colegas que receberam ordens de matar famílias inteiras apenas pelo fato de um deles serem opositores. E ninguém podia saber o que se passava. Dizíamos aos vizinhos que aquelas famílias tinham recebido uma proposta para trabalhar no interior, que se demorassem iriam perder o emprego. Coisas desse tipo. Outras vezes enviávamos cartas em nome dos prisioneiros para tranqüilizar as famílias, sendo que grande parte deles estavam mortos ou perto disso. Sinto-me culpado por causa desses sofrimentos”

“Não foi sua culpa. Você não sabia o quão ruim era a situação. O que importa é que você não é como a maioria, você recusou fazer um trabalho sujo e ainda disse que era errado. Sinta-se feliz por causa disso, ainda mais por estar vivo e por ter alguma humanidade”

“Engraçado, seu irmão parecia saber que eu iria fazer exatamente isso”

Eu sorri. “Sim, ele sabia. Nick sempre foi o mais inteligente e diplomático da família. Sabia exatamente o que se passava na cabeça das pessoas”

“E o que aconteceu com ele?”

“Da última vez que recebi notícias dele, ele estava se casando com uma professora numa cidade no interior de Portugal” e provavelmente ele já estaria rodeado de filhos.

Meu estômago roncou de repente, me fazendo olhar no relógio. Droga, faltava pouco para meio-dia e eu ainda não tinha preparado o almoço. Olhei para Dimitri.

“Você está com fome?”

Ele assentiu. Eu sabia que ele não tinha comido nada, então ele deveria estar morrendo de fome. Descemos as escadas e percebi que ele não parava de observar os cômodos, prestando atenção em cada detalhe. Parecia que ele nunca tinha estado em um lugar como aquele.

“Você tem uma ótima casa” observou ele, depois que mostrei onde ficavam as salas e a biblioteca. Pelo modo fascinado que ele olhava, eu estava começando a achar que ele nunca tinha estado em um ambiente desses antes. E olha que a minha casa não chegava aos pés das mansões que havia na cidade. Essa casa era bonitinha até, eu tinha que admitir. Ela fora construída na era vitoriana e ainda mantinha as características da época, como as janelas projetadas para fora, móveis e papéis de parede de alguns cômodos. (modelo da casa da rose: http://www.minitec.pt/Modelkit/Casas%20de%20Bonecas/Foto07.jpg)

“Obrigada”

Quando chegamos na cozinha, encontrei Maggie dormindo em cima de uma das cadeiras. Ela nos observou cautelosamente por um tempo até que decidiu investigar o novo visitante. Ela se esfregou contra as pernas de Dimitri, miando. Fiquei observando os dois, vendo Dimitri afagando sua cabeça antes de pegá-la no colo.

“Parece que ela gostou de você” comentei.

Ele sorriu. Um sorriso lindo que exibia dentes brancos muito bem alinhados. “É, eu acho que sim. Qual o nome dela?”

“Maggie. Foi um presente da minha avó”

“É um gato bonito”

***

Depois que almoçamos, Dimitri me ajudou a tirar a mesa e a lavar a louça. Descobri que Dimitri era um cara tranqüilo e extremamente na dele. Não fazia muitas perguntas, respondia apenas o que achava necessário e era muito observador. Seu jeito calmo me fez pensar em como ele conseguia ser assim, mesmo com todos os problemas que ele ainda lutava naquele momento.

Um homem intrigante, sem a menor sombra de dúvida.

Entretanto, ele não tinha planos de permanecer aqui.

“Onde pensa que está indo?” Ele tinha arrumado sua pequena bagagem naquele saco. E quando veio se despedir, agradecendo pela hospedagem e pela ajuda, eu quase dei um pulo do sofá.

“Olha Rose, não precisa se preocupar comigo. Já lhe causei incomodo o suficiente –“

“Eu só estava cumprindo o meu dever, camarada” ele franziu o cenho com o apelido. Era um apelido ruim, eu tinha que admitir. Mas eu gostava de provocar as pessoas. “E por falar nisso, eu não acho uma boa ideia você bancar o nômade justamente agora. Sua saúde ainda não está totalmente boa”

“Garanto a você que já fiz coisas mais difíceis quando minha saúde estava para me jogar dentro de uma cova” disse. Já dava para ver que ele estava se controlando para não parecer irritado.

“Ok, tudo bem” eu me levantei do sofá e passei a mão para ajustar minha saia. “Então, para onde iria exatamente? Já sabe pelo menos onde vai ficar e como vai se sustentar?”

Ele deu de ombros. Notei que nem ele sabia o que iria fazer. “Para algum lugar perto de Manchester. E arrumar um emprego não é algo impossível”

“Se você ficasse por aqui, poderia usar um dos quartos de hóspedes” ele ia abrindo a boca para falar, mas eu o cortei. “Não tenho o costume de receber hóspedes, e seria até bom se tivesse alguém para ocupar um daqueles quartos. Poderia arrumar um emprego facilmente para você, com as pessoas certas”

“Agradeço a gentileza, mas –“

Eu ainda tinha um último argumento. Um que eu sabia que poderia detê-lo. “Dimitri, houve uma razão para que Nick te desse esse endereço. Ele sabia que você ficaria seguro aqui, e, se você é um amigo de Nick, então também é meu amigo. Eu não me sentiria bem se você fosse embora”

Ele olhou para cima e resmungou algo em russo. Por mais que eu não entendesse, sabia que não era algo bonito. Então ele suspirou. “Você venceu” um largo sorriso apareceu no meu rosto. “Mas eu só fico com uma condição”

“Manda”

“Eu quero pagar um aluguel”

Reprimi o impulso de agarrar um dos vasos de porcelana e atirar em seu rosto. Maldito homem teimoso.

“Você está falando sério?”

Ele assentiu. “Se estarei indo morar aqui, quero pelo menos pagar pelos meus gastos”

Dimitri não iria ceder. Pelo pouco que descobri de sua personalidade, ele não era um homem que cedesse. Então eu tive que aceitar. “Ok. Amanhã vamos procurar um emprego pra você”

Acabou que encontrar um emprego para Dimitri foi mais fácil do que eu imaginava.

Quando eu fui trabalhar no hospital no dia seguinte, depois de examinar Dimitri e dizer a ele que Margareth chegaria em poucas horas, eu encontrei o que procurava.

O hospital estava com poucos pacientes, sendo que a maioria estava com problemas de gripe por causa do frio. Era um dia normal. Lissa estava de folga e o único médico da cidade, Nathan Smith, ainda está de férias. Então era eu quem comandava nesses dias.

“Acho que vou acabar pegando uma gripe só de ter que lidar com esse pessoal” comentei com Sidney, uma das enfermeiras. “E só assim poderei tirar alguns dias de folga”

Ela riu e ajustou seus óculos. “Rose, você pode largar esse emprego a hora que quiser. Ao contrário de nós, você tem uma herança que te manteria pelo resto da sua vida”

Era verdade, eu tinha uma herança daquelas. E poucas pessoas sabiam. Se eu quisesse exibi-la, com certeza estaria na lista dos milionários da Inglaterra, deixando muitas garotinhas riquinhas de queixo caído. Meu pai era um comerciante muito rico, tanto que mais da metade da minha fortuna veio dele. Entretanto, eu não gostava de aparecer. Fui criada vivendo bem, mas não fico me gabando como a maioria das pessoas fazem, mesmo que não tenham dinheiro. Aliás, eu tinha certo desgosto por pessoas ricas. Elas eram esnobes, frescas e estavam loucas para mostrar o que tinham. Além disso, se eu tivesse assumido minha posição, teria que lidar com um número infinito de pretendentes ávidos para tocar no meu dinheiro e terem aquele cobiçado status.

Então, não. Nada de revelar ao mundo o quanto Rose Hathaway tem.

Fiz uma careta. “Eu não me importo com o dinheiro”

Uma pequena batida na porta interrompeu nossa conversa.

“Entre” falei.

Janette, uma das enfermeiras que recentemente havia entrado para a equipe, entrou. Sua presença era marcante por causa da cor do seu cabelo, que era um ruivo de dar inveja. Isso dava um toque ao seu corpo troncudo e a sua baixa estatura. Seu uniforme, igual ao nosso, estava um pouco manchado com sangue. Seus olhos azuis, que mais pareciam duas safiras, se encontraram com os meus.

“Preciso que examine um paciente para ver se ele já pode ter alta”

“Claro. Você tem os exames?”

Ela me entregou uma prancheta onde estavam os exames. “Aqui. Ele está na sala 5”

Peguei a prancheta e me despedi das duas. Mas antes de ver meu paciente, decidi ir ao banheiro. Lavei minhas mãos e parei para observar meu reflexo no espelho. Cabelos de um castanho quase negro que estavam presos em um coque emolduravam um rosto que tinha os olhos de um castanho quase tão escuro como o cabelo. As bochechas rosadas, por causa do frio, até que combinavam com a maquiagem nos olhos e com o batom vermelho. Eu considerava minha aparência comum, mas a maioria das pessoas – especialmente os homens - parecia pensar o contrário. Diziam que minha beleza era de um tipo exótico. Eu não era muito alta, mas eu tinha curvas.

Desviei o olhar da garota de olhos escuros e fui ao encontro do meu paciente. Não era nada demorado, apenas o procedimento padrão. O paciente, um tal de Charles Northon, sofreu uma fratura no braço. Nada grave e Janette já tinha cuidado de praticamente tudo.

No entanto, acabei me surpreendendo quando vi quem realmente era. Aquele cabelo castanho grisalho, já um pouco ralo, revelava tudo.

Charles?!”

O homem abriu os olhos. “E existe outro Charles Northon nessa minúscula cidade?”

Eu sorri. “Não lembrava o seu sobrenome”

Ele gargalhou, um pouco rouco. Seus olhos castanhos me fitavam com o mais puro divertimento. “Como sempre. Eu a perdôo se você me tirar daqui”

“Isso não é problema” peguei a caneta que estava no meu jaleco e olhei para o prontuário. “Bem, aqui diz que você fraturou seu braço e conseguiu um pequeno corte na bochecha”

“Descendo as escadas” disse dando outra gargalhada. “Sinceramente, acho que realmente estou ficando velho”

“Ah, pare com isso, acidentes assim são comuns” Charles não tinha nem sessenta anos. “Você só pisou de mal jeito”

Charles fechou os olhos e suspirou. “Sim, e essa proeza vai me custar no trabalho”

A ideia que me surgiu tão de repente me pareceu tão brilhante que não me contive.

“Você ainda trabalha com construção?”

Ele tornou a abrir os olhos. “Mas é claro. Como arquiteto e como supervisor” ele sorriu. “Alguém tem que ver se tudo está se saindo bem”

“Hm” essa era a minha chance.

Ele estreitou os olhos. “Você está pensando em uma reforma ou algo do tipo? Posso fazer por um preço que você jamais encontrará igual”

“Na verdade, eu estava prestes a te perguntar se você precisa de alguém para te ajudar no trabalho” continuei falado para não deixá-lo me cortar. Dimitri se daria bem com Charles. Disso eu não tinha dúvida. “Ele é um amigo do meu irmão, que acabou de se mudar para a cidade. Precisa de um emprego. E garanto que ele é de confiança e muito inteligente”

Charles ficou pensativo por um momento. “Posso considerar. Mande-o ir ao meu escritório amanhã de manhã”

Nunca me senti tão aliviada como naquele momento. “Obrigada, Charles!”






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom,aí está o capítulo 2! Espero que gostem ^^
Queria agradecer os comentários que recebi e que os responderei assim que possível!
Ficaria muito feliz se me dissessem o que estão achando da fanfic e o que eu deveria fazer para melhorar!
Bjs e até ;*