Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 5
Eu não posso ser você!!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado ontem. Mas aqui está.
Adsumus!
Enjoy! ;)
XOXO



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Leo/Reyna acordou ainda cedo. Abriu os olhos, se acostumando com a claridade e tomou um grande susto. Não estava mais em sua cama tecnológica e muito menos em seu próprio chalé. Paredes vermelhas, beliches antiquados e... pijama feminino.

                Não. Aquilo não podia ter acontecido. Não,                ele não poderia realmente ter trocado de corpo com ela.

                Droga. Logo ele que não tinha a mínima crença nos planos de Afrodite. Logo ele. Logo ela.

                Tantas outras meninas no Acampamento.

                Levantou-se da cama e olhou-se de cima à baixo no primeiro espelho que encontrou.

                Primeiro o rosto. Olhos castanhos e expressivos. Sobrancelhas arqueadas. Nariz feminino e boca vermelha extremamente macia.

                Uma espinha no queixo, duas nas bochechas e uma testa. Mas disso ele cuidaria depois.

                Ombros estreitos e um volume na região do colo. Oou. Isso não era um bom sinal. Barriga lisa, cintura fina. Quadril largo e nenhum volume naquela região. Definitivamente Leo já não era mais Leo.

                Sentiu o coração acelerar e uma tonteira súbita percorreu seu corpo.

                - Por que comigo Afrodite? Droga! – ele reclamou.

                Olhou-se novamente no espelho. Até que ela não tinha uma aparência tão ruim. Mas o detalhe mais estranho, mas que ao mesmo mais lhe agradava era o fato de ter cabelos compridos.

                Enormes, macios e cacheados cabelos castanhos. Isso era uma coisa boa. Ou não. Já ouvira falar que ter cabelos longos exigia um cuidado tão grande quanto as próprias madeixas.

                Mas pelo menos aproveitaria as vantagens, certo?

                - Ser garota não deve ser tão ruim. Sei lá, deve ser legal ter cabelo longo, usar maquiagem. – ele enumerou em pensamento. – Droga! Eu estou pensando como uma garota. Agora eu não duvido em ter T.O.C para arrumar minhas cuecas em ordem de cor. Cara, isso tá estranho. Imagina se eu falo alguma coisa dessas perto das outras pessoas? Argh, isso não vai ser nada fácil.

                - Reyna, você está maluca, garota? Cuecas, falando sozinha... – balbuciou Marck.

                - Er, não é nada cara. Volta a dormir. – falou, tendo como resposta grunhidos ininteligíveis.

                - Essa foi por pouco, se eu deixar mais uma escapar... Mas afinal, por que raios estou preocupado com a reputação da Reyna? Aliás, meu eu interior está implorando para que eu faça alguma pegadinha com o corpo dela. Eu tenho que tirar proveito de alguma coisa. Será que se eu cortasse o cabelo dela, ela ficaria irritada? Creio que sim. Então ela se vingaria no meu corpo. Mas então, a quem quero enganar? A mim mesmo não pode ser. Talvez eu só esteja preocupado pelo fato de apenas me preocupar. Argh! Essas tendências afroditianas de desódio me deixam confuso! – ele pensou. – Acho que vou sair para espairecer. Esse quarto pseudo ringue de luta está me fazendo ficar alucinado. Talvez o ar fresco me faça melhor. Eu acho que não tem ninguém acordado há esta hora.

                Dito, ou melhor, pensado isto, Leo trocou de roupa, pôs o uniforme do Acampamento e abriu a porta do chalé. A visão de coisas que não tinham a cor do sangue o fazia se sentir mais calma.

                - Não sei como ela suporta aquele chalé. Aquilo é um inferno. – ele murmurou para si mesmo, enquanto caminhava na beira do rio e chutava uma pedrinha.

                - Do mesmo jeito que você suporta aquele chalé 9. Tudo tem cheiro de graxa e eu quase me dobrei ao meio quando levantei da cama. À propósito, sua cama não deve ir com a minha cara. No momento que eu me sentei nela, algum pseudo dispositivo de morte foi acionado. – falou Reyna, que passeava próximo a ele.

                - Reyna, você está aí. Não tinha te visto. – ele respondeu.

                - Não tinha se visto. Não é estranho ter os corpos trocados? Hoje de manhã eu percebi que herdei seu poder de fogo. Agora eu entendo o seu gosto por colocar fogo nas coisas.

                - Reyna, não use esse poder. Pode arruinar mais coisas do que você imagina. – ele avisou. – Espera! O que você fez com a minha barba?

                - Chama aquilo de barba? Poupe-me, por favor. Aquele princípio de bigode é a coisa mais feia da face da Terra. Aliás, você conhece uma coisa chamada desodorante? Porque, meus deuses, como você transpira! Não tem uma camisa que não tenha aquele horrendo cheiro de suor. Eu vou comprar um ainda hoje e ainda vou raspar essas axilas nojentas e peludas. Eca!

                - Primeiro: Deixe meu bigode em paz. Eu não implico com essas suas unhas enormes. Certo, implico um pouco. Falando nelas, que tal reduzi-las ao tamanho mínimo?

                - Não! Por favor, elas demoram muito tempo para crescer! – implorou Reyna.

                - Então nunca mais raspe o bigode. – propôs o garoto.

                - Tudo bem, você venceu.

                - Segundo: Não é suor, é odor masculino. Se quiser, fique à vontade para lavar minhas camisas. Eu não ligo.

                - Você nunca lavou as camisas do Acampamento?

                - E você por acaso as lava?

                - Obviamente! É uma questão de higiene. Que bom, agora eu sei que meu corpo vai virar um lixão. Você é nojento, Valdez.

                - Então lave as minhas e as suas camisas, porque eu não me habilito. E por último, nem pense em arrancar mais um pelo do meu precioso corpo.

                - Precioso? – ela riu.

                - Sim, algum problema? Se quiser, há mais adjetivos, cabe a você somente escolher quais.

                - Coitado. A mãe iludiu que a criança era bonita e agora fica convencido.

‘               - Minha mãe morreu quando eu era criança. Fui órfão durante um bom tempo. – ele respondeu.

                - Deuses! Me desculpe, eu não queria falar sobre isso. – ela se desculpou com sinceridade.

                - Não se sinta mal. Poucas pessoas sabem disso. E além de tudo, eu já superei isso. Faz tanto tempo...

                - E você sente falta dela?

                - Você não faz ideia. Você não é como todos, parece já ter enfrentado a morte.

                - Eu perdi meu pai também.

                - Como?

                - Um ciclope num beco próximo à minha casa. Ele morreu para nos salvar.

                - Salvar quem exatamente?

                - Hylla e eu.

                - Hylla?

                - Sim, hoje em dia ela é Amazona. Vive em Seattle.

                - Hum.

                - Parece que nós dois tivemos um passado difícil.

                - É. Mudando de assunto, como vai a estadia no meu corpo?

                - Sério, ser uma garota não é tão ruim assim. Eu tenho seios e cabelos grandes.

                - Nem se atreva a olhar para o meu corpo. – ela rangeu.

                - Como pretende que eu tome banho? – ele perguntou.

                - Use uma venda, sei lá. Vire-se. – ela respondeu.

                - Eu não posso ver seu corpo mais você pode se aproveitar do meu? – ele replicou.

                - Eu não disse isso, Valdez. – ela grunhiu.

                - Mas pareceu. Deixe de ser chata. Afinal, por que raios eu me interessaria nesse seu corpo franzino e sem graça? – ele implicou.

                - Eu também não vejo nada de atraente no seu corpo. É sem graça, sem músculos. Jason tem um corpo mais bonito. – ela devolveu.

                - Drew também. Fique com ele então. – ele respondeu.

                - Ótimo. É o que eu farei.

                - Só não faça isso enquanto estiver no meu corpo. Vai ficar bem estranho.

                - Agora é que eu faço mesmo. – ela implicou.

                - E o que acha de ficar com Clarisse La Rue?

                - Você joga sujo, projeto de mecânico.

                - É o que posso fazer, minha querida Ice Queen.

                - Não me chame assim, se não...

                - Se não o que?

                - Gravo um vídeo seu dançando I will survive.

                - Apelou. Tudo bem, bandeira branca então.

                - Ótimo.

                - Você é insuportável.

                - Somente na sua presença.

                - Eu te odeio.

                - Eu te odeio mais.

                - Nojenta.

                - Ignóbil.

                - Mimada.

                - Estúpido.

                Mas antes que eles pudessem terminar suas discussões, um paraquedas rosa choque caiu do céu. E anexado à ele, um pergaminho tão rosa quanto.

                - E agora, começa oficialmente nossa tortura temporária. – reclamou a menina.

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Gostaram? Espero que sim.

Amanhã eu tento postar o próximo.

Só tenho aula até terça, porque eu já passei! uhuu

Tá, parei.

Avisinho: Agora eu tenho tumblr!

http://the-real-ice-queen.tumblr.com/

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XOXO


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Notas finais do capítulo

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