Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 39
Tudo que é sólido pode derreter


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo!!! Todos choram, mentira, porque a fic nova já está sendo postada, e eu espero que vcs sejam lindos e leiam.
Ah, pra quem não sabe, hoje é meu aniversário! uhuuu (Giovanna/ReynaValdez), porque o da Jun é dia 19 de agosto.
Enfim, aqui está.
Terminou de um jeito diferente por vááários motivos, mas eu achei que ficou ok.

XOXO



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Leo tinha acabado de chegar com os dois alfajores, algumas bebidas de chocolate e os pãezinhos mais bonitinhos que ele tinha encontrado nas prateleiras. Ela ainda estava lá, absorta naquela imagem passageira e olhando distraidamente pra parede.

                “Você sabe que isso só depende de você.”, foi o que ele sussurrou no ouvido dela, enquanto ela estava distraída, batucando os dedos na mesa.

                Don’t you shiver...

                “Você não pode sair por aí assustando as pessoas.”, ela reclamou, sentindo um arrepio involuntário na base da coluna.

                “Você mesma disse que eu não te assustava.”, ele deu de ombros e se sentou ao lado dela.

                Ela revirou os olhos. E como gostava de fazer aquilo!

                “O que vamos fazer depois que sairmos daqui?”, ela perguntou, dando uma mordida em seu alfajor. “Deuses! Como isto é bom!”

                Leo deu um sorriso. “Você nunca tinha comido? Minha mãe comprava todos os anos, pra comemorar o natal.”

                “Você ainda não respondeu minha pergunta.”

                “Talvez eu não saiba a resposta. A Argentina é enorme e nós podemos comer churrasquinhos pretenciosos ou andar numa montanha russa.”, ele brincou. “Mas eu estava esperando começar com o tango, só pra ser tradicional, sabe?”

                Ela riu pelo nariz, porque a boca estava cheia de açúcar.

                “Eu não sei ‘tangar’, se é que seja essa a maneira de falar.”

                Leo revirou os olhos. “Reyna, você é ou não latina?”

                “Sim?”

                “Então está escrito nas estrelas e correndo no seu sangue a habilidade de dançar.”, ele dramatizou, subindo na mesa com uma pose poética.

                “Por favor, não me faça passar vergonha. E Leo, eu tenho a plena certeza de que eu não sei dançar isso.”

                “Você vai dançar.”

                “Não, eu não vou.”

                “Isso não foi uma pergunta, babe.”

XXX

                Cinco minutos, e lá estava ela, no meio da rua, dançando tango sem música e sem vergonha na cara, porque de juízo Leo só tinha o suficiente pra não se jogar de um precipício em queda livre.

                Ou não, porque depois de alguns copos de café, as cuecas coloridas de Zeus eram o limite.

                “Um pra frente, dois pra trás e mais três pra frente. Depois você gira, e cai nos meus braços, bem assim.”, foi o que ele tentou explicar, e a fez cair nos seus braços como naqueles filmes que os heróis tentam segurar a mocinha desmaiada.

                Mas dessa vez, Reyna estava consciente e irritada. Quer dizer, não tão irritada, mas ser jogada de um lado pro outro no meio de uma rua cheia não era uma sensação legal.

                “Estão todos olhando pra nós!”, ela sussurrou, já com o rosto corado.

                “Que olhem, pra mim tanto faz.”, então gritou pro moço com uma caixinha de música e um macaquinho estressado alguma coisa em espanhol que Reyna imaginou que fosse ‘Toque uma música!’.

                Óbvio que ela tinha entendido, mas não queria admitir, sabe?

                “O que está fazendo, Valdez?”, ela perguntou com aquela falsa incredulidade pra esconder que tinha entendido. “Valdez! Tira a mão da minha cintura!”

                Leo revirou os olhos. “Reyninha linda, eu não sei por que tanto estresse.”, ele deu de ombros. “Eu já fiz isso várias vezes.”

                Reyna sorriu um pouco e balançou a cabeça. Uma musiquinha animada começou a tocar da caixinha de música, e o macaquinho irritadiço acompanhava a melodia com palmas desajeitadas.

                Dois pra frente, sei lá quantos pra trás e deixar o estúpido do Valdez me guiar. Não é tão difícil assim.

XXX

                A lista de conferes mentais se resumia em fazer daquele dia o último dia do plano de Afrodite, e ele tinha começado com louvor ao dançar tango no meio de uma movimentada rua argentina. Reyna começou a rir depois dos primeiros três minutos, quando um casal de idosos entrou na brincadeira e foi dançar também.

                Um pra frente, três pra trás e fingir que a Reyna tem que cair no meu colo toda hora, porque ela não sabe dançar.

                “Leo, eu estou com fome e o fato de você ter me rodado por bastante tempo, está me deixando enjoada.”, ela reclamou.

                “Tudo bem, mas esta camisa é nova. Vomita na calçada se quiser, porque eu não vou parar de te girar!”, ele riu. “Tô brincando. Quer fazer alguma outra coisa?”

                “Bom, você disse que nós poderíamos comer churrasquinhos estranhos ou andar de montanha russa. E bem, eu não costumo ir em parques de diversão.”

                “Você não disse que estava enjoada? Pois eu estava pensando em algo mais calmo, como caminhar pela praia e comer mais coisas calóricas. E você tem toda sua vida ao meu lado pra andar de montanhas russas.”

                Reyna sorriu, porque ela gostava dele. E gostava do jeito como ele a rodava de um lado para o outro e do jeito como ele ficava sujo de açúcar quando comeu aquele alfajor.

                E andando lado a lado com ele, naquela manhã de um dia qualquer da semana, ela podia pensar que aquele era o último dia do plano de Afrodite.

XXX

                Quando dizem que o dia passa voando, não é só uma metáfora. Apolo fazia o possível para que o sol pudesse se pôr o mais rápido possível.

XXX

                Os dois já estavam bem longe do hotel. E o sol já estava indo rapidamente para o lado oeste do sol.

                Tudo estava bem. E eles estavam de mãos dadas. Então vamos esquecer logo que eles se odiavam há pouco tempo e brincar de observar o casal de mãos dadas.

                Dessa vez, não eram mais aqueles dois que se desentendiam toda hora e iniciavam brigas por causa de uma pedra fora do caminho.

                Dessa vez, ele não queria brigar e ela não queria ser motivo de briga.

                Dessa vez, ela entendeu que o fogo completa o gelo, ele percebeu que o frio não é assim tão ruim.

                Dessa vez, a única coisa que os impedia de ficarem juntos ali mesmo, era o casal de idosos com uma mentalidade careta.

                Mas isso não importa, certo?

XXX

                Ela acordou e ele não estava do seu lado. Ainda era ela mesma e não tinha nenhum projétil purpurinado tentando atingi-la.

                Ela não gritaria mais ‘Valdez!’ quando visse alguma coisa idiota. Porque agora ele era só Leo. Ou Leo Valdez, quando ela estivesse muito irritada.

            “É tão certo quanto calor do fogo
É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
E participo do seu jogo, participo

Não consigo dizer se é bom ou mau
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá o que quer que eu faça
Sem você não tem graça”

XXX

                Bom, Afrodite sempre tem razão, não tem? Porque quando os opostos se atraem, não vai ser nem fogo nem gelo que os farão se separar.

                “Tudo que é sólido pode derreter.”

______________________________________________

Gostaram?? A música é Fogo, do Capital Inicial. Aqui está o link da fic nova:

http://fanfiction.com.br/historia/386652/Dois_Cafes_Com_Creme_E_A_Conta_Por_Favor

Leiam, seus lindos!


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Notas finais do capítulo

Bom, isso é mais um tchau do que um adeus. Saibam que enquanto houver uma Leynatic no mundo, o sentimento persistirá.
XOXO