Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 38
Esquilos não comem Nutella


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Notas lá embaixo, ok?
XOXO
Dedicado à Cherri Bomb pela recomendação. Thanks >



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Fazia já um bom tempo que Leo não se levantava tarde. Devia ser por volta das dez da manhã quando ele começou a rolar na cama improvisada bem embaixo da barraca de lona estampada onde ele e Reyna deram seu primeiro beijo por livre e espontânea vontade.

                Ela ainda estava dormindo calmamente ao seu lado, mas ele tinha medo que ela acordasse e tudo simplesmente acabasse na velocidade que começou.

                Levantou-se e foi preparar alguma coisa para comer e para que Reyna não tivesse mais algum ataque hipoglicêmico logo de manhã cedo, mas o cinto insistia em lhe dar apenas água, suco de uma e coisas gordurosas.

                Virou-se de lado algumas vezes após escutar as folhas de uma moitinha farfalharem, e notou aliviado que tinha acabado de ver um esquilo.

                “Desculpe meu amigo da Disney, mas eu não tenho nenhuma noz pra te dar.”, ele falou coma aquela voz de gente bobona quando conversa com bebês. “A não ser que você coma Nutella, como noa anúncios.”

                O esquilo fez um barulhinho quando mordeu seu próprio dedão do pé e Leo quis interpretar como um sim apenas por ter o prazer de alimentar um animal indefeso.

XXX

                Reyna acordou com algo que parecia uma mistura de gritos, folhas e grunhidos de pequenos roedores.

                Mas era apenas Leo tentando alimentar com Nutella um pobre esquilo que tinha se infiltrado em seu acampamento.

                Foi apenas uma pena ter descoberto isso depois de levantar correndo da cama, com os cabelos bagunçados e o cobertor batmamente arrumado em suas costas.

                “Leo, eu tenho até medo de saber o que você está fazendo.”, ela murmurou sonolenta ao vê-lo com o creme de avelã espelhado no rosto e nas mãos.

                “Bom, espero que você não se importe por eu ter dado isto a ele. Sabe, ele estava tão fofo com aquela carinha e roendo os dedinho!”

                Reyna riu e coçou os olhos, espreguiçando-se. “Ainda sobrou alguma coisa para comer?”

                “Eu espero que vocês gostem de café da manhã a là hotel de cinco estrelas, porque é o que terão.”, sussurrou uma voz doce e melodiosa que apareceu do nada.

XXX

                “Afrodite?”, os dois perguntaram juntos ao ver a deusa passeando pelo acampamento.

                A deusa riu aquela risadinha irritante e confirmou com a cabeça. “Dessa vez, sem roteiro.”

                E quando os dois já iam pular de alegria, ela continuou: “Mas tem uma surpresa. Vocês dois vão acabar o meu tratamento de choque com uma viagem. E eu espero que vocês dois falem espanhol!”, ela riu de novo e sumiu.

XXX

                Depois de um estrondo de fumacinha rosa e purpurina explosiva, enormes malas de 50 tons de rosa apareceram.

                “Jura que isso é de verdade?”, ela perguntou.

                “Acho que sim. Olha só, aqui tema até as passagens para... Argentina, Reyna! Nós vamos para a Argentina dançar tango e comer pimenta!”

                “Observação do dia: Não dar nutella à esquilos. Nem à adolescentes hiperativos. Por Júpiter, Leo! Nós não vamos dançar tango!”, ela riu, abrindo as malas para checar que realmente haviam roupas.

                “Se você não quiser, o problema é todo seu. Tem muitas chicas argentinas que gostariam de me ter por uma noite.”, ele emburrou-se.

                Reyna revirou os olhos.

                “Isso foi ciúmes?”, ele provocou.

                “Nenhum pouco.”, ela deu de ombros.

                “Tudo bem, então. Pegue suas malas e vamos logo, porque a sensualidade latina não pode ficar reclusa em um acampamento.”, ele cantarolou e começou a dançar algo como flamenco.

                Reyna revirou os olhos. Novamente. E mais três vezes até que Leo notasse que não era mais a Madame Cassandra.

                “Guarde sua”, ela fez aspas com as mãos “sensualidade latina para quando chegarmos no hotel, por favor.”

                Leo baixou a cabeça. “Reyna?”

                “Sim?”

                “Eu acho que eu tenho algumas promessas a cumprir.”

XXX

                “É isso aí, pessoal! Mexam-se! Soltem-se, deixem a sensualidade correr por seus corpos e arriba!” Era o que o animador do hotel cantarolava em frente à piscina de hidroginástica para maiores de 60 anos.

                “Eu só quero acreditar que isso não está acontecendo.”, Reyna grunhiu e tampou os olhos com as mãos.

                “Bom, eu disse que cumpriria promessas. Eu me lembro de dizer que você aprenderia tango.”, ele comentou alegremente.

                “E eu me lembro de ter te ameaçado de morte umas milhares de vezes, mas ainda não fiz não ser porque raios.”

                Leo sorriu. “Você ainda fala espanhol, ?”

                Reyna assentiu.

                “¡Vamos a bailar, muchacha!”, ele riu, puxando-a para o meio da roda de casais da terceira idade que acompanhava com fervor o gingado do professor de dança de salão.

                Reyna deixou-se levar apenas para ver até onde Leo queria chegar, e assim que se deu conta, notou impressionada que estavam saindo do hotel.

                “Vamos comprar alfajores.”, ele avisou assim que saíram pelas portas enormes do hotel que estavam.

                “É de comer, isso?”, ela perguntou confusa.

                “É de se esperar que você não conheça o mundo do lado de fora do Acampamento. Sério que você só come comida romana?”

                “Sim. Você não espera que eu coma rolinhos primavera durante uma assembleia, espera?”

                Leo balançou a cabeça. “Apenas fique quieta e me deixe agir.”

XXX

                O Gran Café Tortoni não ficava muito longe do hotel, e era quase obrigatório nos roteiros de quem viajava a Buenos Aires.

                Como ainda era cedo, os shows de tango ainda não haviam começado, então só havia uma meia dúzia de turistas espalhados pelas mesas.

                Reyna se sentou numa mesa próxima ao palco enquanto Leo fazia os pedidos. Tamborilava os dedos tediosamente no tampo de granito e observava com uma certa inveja um casal de jovens adultos passeado de mãos dadas pelas ruas.

                Ela sabia que poderia ter o mesmo, porém, essa decisão cabia a ela.

XXX

                Leo estava na fila de pedidos quando notou os olhares de Reyna para o casal que passeava pelas ruas. Talvez as coisas não estivessem tão difíceis.

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Bom meus queridos leynáticos, eu pretendo terminar a fic dia 7 de julho porque é o meu aniversário, e consequentemente, postar a nova (dêem uma chance, eu juro que é legal!). Deve se chamar "Dois cafés com creme, a garçonete e a conta, por favor.", porque vai ser uma história U.A onde a Reyna e o Leo estudam juntos, e ele descobre onde ela trabalha e vai passar o resto das tardes indo lá conquistá-la.

Isso é um resumo bem podre, mas depois eu vou postar um trecho.

A senhorita angrybirdeante da June quer postar o último capítulo, e eu deixei. Eu vou encerrar a minha parte com um capítulo grande, eu espero.

Mas enfim, era isso que eu tinha pra dizer.

XOXO


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Notas finais do capítulo

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