Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 37
Sapatos de Cristal


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Curto e fofo, porque amanhã cedo eu tenho aula.
Ah, a fic está no fim, só pra avisar.
XOXO



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“A raiz do problema é já gostar dela.

                Olá querido diário-não-tão-diário-assim! Eu sempre quis escrever um diário, mas é tão chato! Bom, graças à Afrodite, cá estou eu a escrever meus sentimentos nesse caderno que eu gostaria que fosse felpudo, Acho que meu EU FEMINO está se aflorando no corpo da Reyna, que aliás, é bem gostosa por sinal.

                Não me olhe assim! Eu sou homem, ok?

                Continuando, o problema disso começou quando eu olhei para ela assim que saí do Argo II. Linda, perversa, líder, poderosa. E mais uma vez, o bobão do Leo se apaixona por meninas impossíveis.

                Quer dizer, não de verdade. Porque minhas paixonites não costumam durar muito.

                Quione, Thalia, Piper e outras inúmeras garotas que eu conheci por aí. Todas impressionadas com o meu super Bad Boy Style. Fazer o quê?

                Mas a única que eu tive o desprazer de não impressionar, foi a señorita-corazón-helado da Reyna, com aquele cabelo lindo e trançado de uma forma tão difícil que acho que nem as esferas de Arquimedes poderiam fazer.

                Mas ela obviamente pode, o que significa que ela é demais.

                E se eu continuar a falar dela, Afrodite enjoa.                   

                Resumindo, é legal ser Reyna. Sério. Dá pra pentear o cabelo e usar sutiã, e agora eu entendo o porquê de tanta maquiagem no armário. A Reyna tem muitas espinhas.

                Até mais, caro diário. Ela acabou de chegar e eu vou tomar banho.”

                Foi o que ela leu enquanto o via de relance caminhar em círculos pelo acampamento improvisado.

                Ele simplesmente tinha agido muito estranho quando ela acordou. Pegou um papel que estava em sua mão e amassou com força. Então, tirou-a de seu colo com cuidado e saiu perturbado da barraca.

                E então, ela recebeu a página, e se pegou pensando como seria se ela simplesmente cedesse ao destino eminente. Ficar com ele parecia tão fácil, tão... agradável. Essa é a palavra.

                Ele era fofo na medida certa, e mesmo sem admitir, ela o achava extremamente atraente.

                E a autora que vos fala está repetindo o ‘E’ com muita frequência.

                Enfim, o que importa é que aquele coração de gelo trincou um pouquinho de nada, mas o suficiente para ser derretido pela fogueira do lado de fora.

XXX

                “Eu fiz pizza, se você quiser.”, ele ofereceu com os ombros encolhidos ao redor da fogueira.

                Reyna riu.

                “Dois pedaços, por favor, porque eu estou com fome.”, ela sorriu, enquanto Leo, que parecia mais tranquilo, colocava duas fatias de pizza de mussarela num prato de papel.

                E um silêncio inconveniente se fez enquanto ela mastigava. Um, dois, dez segundos, e só se ouviu corjas piando e o fogo crepitar.

                “Eu gosto do fogo.”, ela comentou entre uma mordida e outra.

                “E eu gosto de você, pizza, fogo e marshmallows. Estou completamente feliz.”, ele brincou, como sempre.

                Reyna riu. Leo olhou-a espantado.

                “Você não é tão ruim assim.”, ela comentou. “E ficar isolada com você não é tão traumatizante.”

                “E você tem Hipoglicemia. É uma palavra legal de falar.”, ele pensou alto. “Desculpe, isso foi sem sentido.”

                Reyna riu novamente. E Leo sacudiu a cabeça, confuso.

                “Eu só quero que isso não acabe.”, ele suspirou.

                “Como assim?”

                “Você, eu, a fogueira e nenhum campista chato. E eu comecei a notar que você é diferente quando está sozinha.”, ele faliu, mordendo mais um pedaço já frio da pizza. “Oh deuses! Como será que Valdiguana está?”

                “Você é impossível. E pensar que a única coisa que eu me importo agora, é dormir.”

                “E por que não vai?”

                “Tenho medo de tudo acabar amanhã.”

                “Isso soou tão anti-Reyna.”

                “Pois é. Provavelmente está na lista das coisas que eu não falaria em sã consciência. Mas como eu acabei de desmaiar, ter febre e comer essa pizza magnífica, eu vou me dar um desconto e admitir pra mim mesma e pros vagalumes ao redor que eu quero te beijar.”

                “Você ainda está com febre? Semi inconsciente? Quer um analgésico?”, ele perguntou extremamente nervoso.

                “Eu acho que estou consciente o suficiente para fazer isso.”, ela respondeu decidida, tomando-o os lábios.

XXX

                Surpresa e felicidade resumiam o que ele sentia.

                E o fogo crepitava, a lua brilhava e lá estava Reyna, beijando-o nos lábios por vontade própria. Seja lá qual fora o efeito que as pizzas ou as barracas listradas surtiram, ele gostou bastante.

                O ventou bateu um pouco forte demais e a fogueira apagou. Breu total, mas nenhum dos dois se importava.

                Bom, por uma noite, Reyna poderia se dar ao luxo de não mentir pra si mesma. Nem que seja com a desculpa da febre.

XXX

                Pareciam ter se passado horas, quando Reyna sentiu algo molhado em seu pé.

                Abriu os olhos com rapidez e notou que Aurum fazia xixi em seu pé. Que coisa meiga, ela provavelmente pensou.

                Seus cachorros eram ótimos corta-climas.

                “Olá cachorrinhos lindos!”, Leo brincou, afagado a cabeça metálica dos galgos, que abanaram seus rabinhos.

                “O que será que eles estão fazendo aqui?”, Reyna perguntou.

                “Tomar conta de você. Eles sentem quando a dona está em perigo.”, Leo falou.

                “Você não representa perigo pra mim.”, ela respondeu como se fosse óbvio.

                “Aé?”, ele sorriu desafiador. “E se eu fizer isso?”, ele riu, colocando-a nos ombros e correndo em círculos pela fogueira.

                Reyna ria, e internamente torcia para que aquilo não acabasse.

XXX

                “E se nunca nos encontrarem?”, Reyna perguntou, mesmo sabendo que era idiotice.

                “Nós vamos viver de pizza e suco de uva até que meu cinto resolva arrumar algo melhor.”, ele respondeu abraçando-a.

                Reyna sorriu.

                “Não quero dormir.”, ele afirmou.

                “Por quê?”, ela perguntou.

                “Tenho medo que você volte ao normal depois da meia noite.”, ele brincou.

                Reyna sorriu e lhe deu um beijo na bochecha.

                “Boa noite, Garoto em Chamas. Tente achar meu sapato de cristal, se puder.”

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Gostaram??

A fic está no fim, então, slá, não abandonem. Eu vou postar uma outra em seguida, que com certeza está melhor.

XOXO


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Notas finais do capítulo

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