Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 31
Não olhe meus olhos


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoas, aqui está. Minha net tá uma droga, então serei rápida. obrigada pelos comentários, mesmo que eu não os tenha visto, porque a moderação apagou meu capítulo. :p
Espero que gostem, e eu juro que vou ser mais rápida.
XOXO



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E ao mesmo tempo em que Reyna se sentia feliz, segura e até um pouco relaxada, sentia-se como um animal engaiolado num zoológico. Faltava-lhe apenas a placa “Não alimente os animais” e talvez uma descrição numa plaquinha de metal.

A Jaula que Reyna pensava estar

Reynalis maumoradis

Pertencente ao gênero Romanis,

Apresenta um comportamento

Mal humorado durante algumas semanas do mês

Se não receber sua dose normal de chocolate.

Não gosta de pisar em rachaduras

E pode te matar apenas com um olhar.

Cuidado extremo.

Não chegue à menos de 30 cm das grades.

                Não era tão gritante assim, mas era mais que anormal a quantidade de campistas que passavam por eles, paravam no meio do lugar e apontavam, seja rindo ou se perguntando o quê pelas cuecas de verão de Hades os dois estavam fazendo sentados ali.

                Os dois não. Ainda havia a iguana. Aquele réptil verde que Leo pensara excretar em seus biscoitos.

                E como dizia ele mesmo, fruto de seu amor com Reyna. Uma graça, diga-se por sinal, quando vestida com aquela estranha coleirinha que Leo insistira em comprar numa loja de adereços indianos.

                Connor e Travis pareciam inteiramente focados em fotografar aquele mágico momento, onde os dois se encontravam sentados sozinhos no mesmo metro quadrado sem a necessidade de fios elétricos, mordaças ou algo do tipo.

                Jason e Piper encaravam-se incrédulos, com perguntas como “Quê? Como? Onde e Por quê?” fazendo um alarde em suas mentes. Era como se tivessem acabado de ver o Sr.. D sendo generoso e acertando o nome de todos.

                Mas Leo parecia não dar a mínima, pra ser honesta. Ele simplesmente comia sua tortinha e acenava ironicamente para as pessoas que passavam, como se dissesse: “Me idolatrem, ó escravos!”.

                Ele tinha uma capacidade invejável de não dar a mínima para o que os outros pensavam. E em contrapartida, Reyna não conseguia imaginar como seria sua vida depois disso.

                “Relaxa, Rey. O mundo não vai acabar e eu já vivi situações mais constrangedoras que essa. O segredo é continuar respirando. Minha mãe costumava dizer que viver não é esperar a tempestade passar, e sim aprender a dançar na chuva. Esqueça a tempestade, dance na chuva e coma um destes biscoitos, porque eu te asseguro que estão deliciosos. Com ou sem urina de iguana”, ele segredou-lhe ao ver seus ombros tensionados.

                “Eu deveria acreditar mais em você, sabe?”, ela riu, ajeitando-se na toalha.

                “Leo Valdez é um excelente partido. Você deveria namorá-lo.”, ele brincou.

                “Tudo bem.”, ela riu, acenando positivamente com a cabeça.

                “Sério? Vai mesmo namorar comigo?”, ele quase gaguejou, incrédulo.

                “Não!”, ela riu. “Estou apenas concordando com fatos aleatórios.”

                Ele deu um sorriso sem graça e voltou o olhar para a paisagem e depois para Reyna, fixando-se na parte que mais gostava em seu rosto: Os olhos.

                Reyna, que se sentava meio que contorcida, sentiu os olhos de Valdez pairarem sobre os seus.

                Encarou-os fixamente por alguns segundos e balançou a cabeça, como se fosse explodir.

                “Não gosto que fiquem me olhando.”, ela lhe disse.

                Era como se dissesse o contrário. Agora que Leo a olharia mesmo.

                “Sério, para.”, ela pediu.

                “Por quê? Eu achava que apenas cachorros tinham essa coisa meio ‘não me encare e eu não te ataco’.”, ele zombou.

                “Pois eu sou exatamente assim. É como se você questionasse minha autoridade. Quando eu encaro alguém e esta pessoa me encara de volta, eu vejo de duas formas: Um, se for um amigo, está se mostrando alguém corajoso, e dois, se for um inimigo, é quase um pretexto para ser atacado. Não gosto que desafiem minha autoridade. Acredite, se eu fosse você, não a faria.”

                “Tudo bem então, moça. Meus olhos, ou melhor, os seus nunca mais encontrarão os meus (ou será seus?) por um período maior que 10 segundos.”

                “Melhor assim.”, ela riu. E depois ficou uns 30 segundos calada, só observando as folhas da dríades se mexerem com o vento. “Nós poderíamos ser amigos.”, sugeriu.

                Leo deu de ombros.

                “Já é um começo, mas Afrodite quer mais que isso.”

                “Não sei se consigo fazer isso. É como se eu estivesse pressionada a fazer algo.”

                “Tudo bem, respeito isso. Mas se eu continuar menstruando mais alguma vez, eu juro que sei lá, explodo!”

                Reyna riu.

                “Que horas são, Leo?”

                “Quase quatro da tarde, Reyna. Por quê?”

                “As caçadoras devem estar chegando neste momento. Veja!”, ela falou, apontando para o céu, de onde um borrão prateado passou na velocidade da luz. E instantaneamente, lá estava o grupo de garotas eternamente virgens, liderado pela sempre líder Thalia Grace, a irmã mais velha de Jason, que usava desta vem uma camisa que parecia dizer que os homens eram inúteis.

                E de lá do fundo, uma bela ruiva de olhos extremamente prateados saiu, carregando nas costas um imponente arco de prata e seguida por uma corça definitivamente brilhante.

                Ao ver Percy e Annabeth, Thalia deixou de lado a postura ameaçadora e correu para abraça-los. Ártemis não fez oposição, talvez por ter certeza de que o único garoto que Thalia poderia se apaixonar estava são e salvo no Elísio, há quilômetros e quilômetros abaixo de seus pés.

                “Percy! Annie! Quanto tempo! Nem ao menos sou capaz de dizer como aguentei tanto tempo sem vocês!”, ela sorriu. “Cabeça de Algas! Olhe só para seu rosto! Me parece tão adulto e agora!”, ela riu, apertando-lhe as bochechas. “E Annie! Eu nem sei o que dizer! Posso dize que nunca te vi tão feliz. E pra falar a verdade, vocês estão tão diferentes!”, ela brincou, apertando-a num abraço de urso.

                “Bom te ver, Cara de Pinheiro. Como vai a caçada?”, Percy perguntou-lhe.

                “Indo bem. Semana passada fomos ao Novo México cuidar de alguns porcos gigantes que parecias obsessivos com a ideia de deslizar em barrancos. Aquela droga da lanchonete...”, ela riu e Percy a acompanhou, deixando de lado uma Annabeth desentendida.

                “Que bom. Fico realmente feliz por você.”, Percy sorriu, abraçando-a.

                “Você continua a mesma, Thalia! Já posso imaginá-la com a aparência mais jovem que a de nossos filhos, não é Percy?”

                “Filhos? Que filhos, Annie?”

                Annabeth revirou os olhos.

                “Uma vez Cabeça de Algas, sempre Cabeça de Algas.”, Thalia riu. “Vocês sabem onde está Jason?”

                Percy assentiu e apontou com a cabeça para a direção de Jason, que estava sentado junto à Reyna, Leo e Piper.

                “Irmãozinho lindo! Que saudade de você!”, ela sorriu, passando o dedo sobre sua cicatriz nos lábios. “Ainda a tem? Sabem como ele a conseguiu? Me lembro como se fosse hoje, daquele dia que você tentou comer o grampeador.”, ela riu com ternura, bagunçando os cabelos aloirados do irmão.

                “Thalia, juro que nunca vou conseguir imaginar como meus filhos terão uma tia mais nova que eles.”, brincou.  “Piper eu sei que conhece. Agora, lembra-se de Leo e Reyna?”


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Notas finais do capítulo

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