Se Eu Fosse Você escrita por Gio
Notas iniciais do capítulo
Mais um, hoje eu postei cedo. Bônus para a minha rapidez.
Enjoy! ;)
XOXO
Ainda eram três da tarde, o que de certo modo era bom, levando em conta que ainda tinham tempo para aproveitar seus próprios corpos. Leo sabia que sentiria falta de fazer xixi em pé, e a ideia de dormir no mesmo Chalé que Clarisse La Rue o aterrorizava.
Reyna preferia morrer a passar férias no corpo desleixado do filho de Hefesto, mas se podia tirar vantagem disso, ela tiraria. Planejava algumas “melhorias” para torna-lo menos nojento do que era. Agora, a ideia de ficar no chalé 9 era alheia à suas vontades. Não tinha a menor coordenação motora para fazer patinhos com placas de metal. Do mesmo jeito que Leo não teria a mínima noção de batalha como ela mesma tinha. E não era a segurança de Leo que a preocupava, mas sim o fato de que seu corpo e sua reputação estariam em jogo caso o garoto fizesse alguma besteira.
Ambos preferiram, mesmo que não tivessem dito um ao outro, não contar à ninguém o fato de que não seriam eles mesmo por um curto ou longo período de tempo determinado pela egocêntrica deusa do amor. Realmente, não seria nem um pouco agradável que todo o Acampamento soubesse que os dois estavam trocados, mas de certo modo, alguém notaria as diferenças. E esse alguém era Jason, que conhecendo-os bem, saberia reconhecer facilmente a diferença. Excelente, já tinham algo a mais para se preocuparem.
O tempo parecia se divertir em relação às suas preocupações. Os ponteiros pareciam correr pelo relógio com uma velocidade que nunca viram. E, de repente, já eram cinco da tarde e o toque de recolher estava próximo. Restavam-lhes apenas ensinar um ao outro como agir e se portar de maneira que ninguém os reconhecesse. Tarefa realmente fácil.
- Escuta aqui sua coisa chamuscada, não banque o engraçadinho no meu corpo. Sabe muito bem que eu tenho uma reputação à manter. – avisou Reyna.
- Que ótimo! O que acharia se eu pegasse toda a ala masculina fingindo ser você? – ele implicou.
- O que acha se eu pegar toda a ala masculina no seu lugar? Com certeza é bem pior, certo? – ela devolveu.
- Tudo bem, você venceu, agora me explique a monótona rotina Reynática que você segue todos os dias. – ele falou, caprichando na expressão tediosa.
- Apenas depois que me mostrar como você consegue ser tão sem graça diante à situações de emergência. – ela revidou.
- Permita-se dizer que está completamente ansiosa com a ideia de ficar com meu corpo só para você.
- Permita-me responder que estou em estado de total frustação, depressão e talvez algum desespero e pânico. Oh! E uma enorme vontade de vomitar. – ela falou, na tentativa de irritá-lo.
- Você é impossível.
- Será que se eu me matar no seu corpo, você morre ao invés de mim e eu volto são e salva para o mim mesma, levando em conta que só o meu cérebro troca de lugar? – ela supôs.
- Vamos tentar depois. Será que eu sinto dor se você se beliscar? - ele replicou.
- Será que minha cabeça terá espaços sobrando graças ao seu diminuto cérebro? – ela perguntou.
- Talvez a minha exploda. Seu cérebro é anormal. – ele respondeu.
- Será que haverá efeitos colaterais? Posso passar a grunhir e comer meleca depois de você assumir meu corpo. – ela se apavorou.
- Talvez eu passe a ter um T.O.C em relação à arrumar minhas cuecas na ordem do arco íris. – ele imaginou.
- Pode deixar, vou passar longe daquele pedaço de trapo inútil. – ela avisou.
- Já eu vou te fazer usar calcinhas fio dental. – ele ameaçou.
- O que acha de ter a sobrancelha feita e de uma escova nesses cachos repugnantes? – ela ironizou.
- O que acha de uma tatuagem no bumbum? – ele devolveu, expelindo toda a irritação possível.
- Se você fizer isso Valdez...
- Por que você me chama de Valdez? – ele perguntou.
- Será que é por que é o seu nome? – ela devolveu com sarcasmo.
- O meu nome é Leo. Você poderia me chamar assim. – ele pediu.
- Nunca! Isso representa um ato de casualidade, demonstrando que temos alguma relação. – ela explicou.
- E não temos?
- Claro, somos casados, não percebeu? – ela ironizou.
- Bem, eu diria namorados, casar é algo que não quero tão cedo. – ele implicou.
- Você é esdrúxulo. Nós não temos e nunca tivemos ou teremos alguma relação.
- Á partir do momento que você conhece uma pessoa, automaticamente tem uma relação.
- Me fale mais sobre como é se drogar. – ela foi sarcástica.
- Eu deveria perguntar isso a você. – ele revidou.
- Por quê? Apenas pelo fato de que eu presencio diariamente seus delírios não significa que tenho um relatório sobre a vida na selva. – ela implicou.
- Insuportável.
- Tirou as palavras da minha boca.
- Também se acha insuportável?
- Não tanto quanto você. Aliás, faço um esforço para me tornar chata na sua presença.
- Sério? Bom saber que eu exerço tanta importância na sua escala. – ele ironizou.
- Sim, com certeza. Você está logo abaixo dos arames de fechar pacotes e das baratas cascudas.
- Nossa! Vê-se que sou de extrema importância. Mas alguma coisa comportamental à acrescentar nesse seu diálogo surreal que temos?
- Que tal acrescentar que eu não suporto suas piadas?
- Já é um fato consumado. Me resta agora fazer o contrário do que você fala. Devo entender que isso é algum tipo de criptografia que arranjou para admitir sua inexplicável paixão pela minha pessoa?
- Por que não para de forçar seu cérebro para falar civilizadamente? Daqui a pouco solta um pum.
- Extremamente ridículo. Anotações à fazer: Reyna não saber fazer piadas. Evitar ser sociável enquanto estiver na minha tortura particular.
- Então, senhor Engraçado, será que poderia me passar uma lista de suas piadinhas infames para que eu possa tornar o mundo um lugar tão frustrante quanto já é?
- Agora aprecia meu talento!
- Ok Valdez, não aguento mais ouvir suas tiradas sem graça. Podemos por favor, resolver a questão dos hábitos, porque daqui a algumas horas eu vou ser tirada da minha zona de conforto para viver nisso que você chama de corpo.
- Tudo bem Reyna, o que espera que eu faça?
- Que tal me passar uma lista de suas piadas ridículas e sem sentido que de algum modo provocam contrações que levam as pessoas a rir?
- Não vai ser muito útil. Ser engraçado é um dom. Que você não tem.
- Ótimo. Que tal agora anunciarmos para todos que vamos trocar de corpo?
- E sofrer bullying pelo resto da vida? Nunca!
- Eu juro que estou tentando colaborar, mas você não leva nada à sério! – ela reclamou.
- Tudo bem. Eu tenho uma ideia, mas você vai ter que jurar que não vai me matar.
- Eu não posso prometer isso. Mas posso prometer que vou me controlar.
- Tudo bem. O plano é...
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Continua... Muhahahaha
Povo, um detalhe no capítulo anterior: Não é a Reyna que pergunta se o Leo quer beijá-la, é o contrário, ok?
Vou-me, amanhã talvez eu poste o próximo.
XOXO
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