Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 3
Ironias à parte


Notas iniciais do capítulo

Mais um, hoje eu postei cedo. Bônus para a minha rapidez.
Enjoy! ;)
XOXO



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Ainda eram três da tarde, o que de certo modo era bom, levando em conta que ainda tinham tempo para aproveitar seus próprios corpos. Leo sabia que sentiria falta de fazer xixi em pé, e a ideia de dormir no mesmo Chalé que Clarisse La Rue o aterrorizava.

Reyna preferia morrer a passar férias no corpo desleixado do filho de Hefesto, mas se podia tirar vantagem disso, ela tiraria. Planejava algumas “melhorias” para torna-lo menos nojento do que era. Agora, a ideia de ficar no chalé 9 era alheia à suas vontades. Não tinha a menor coordenação motora para fazer patinhos com placas de metal. Do mesmo jeito que Leo não teria a mínima noção de batalha como ela mesma tinha. E não era a segurança de Leo que a preocupava, mas sim o fato de que seu corpo e sua reputação estariam em jogo caso o garoto fizesse alguma besteira.

Ambos preferiram, mesmo que não tivessem dito um ao outro, não contar à ninguém o fato de que não seriam eles mesmo por um curto ou longo período de tempo determinado pela egocêntrica deusa do amor. Realmente, não seria nem um pouco agradável que todo o Acampamento soubesse que os dois estavam trocados, mas de certo modo, alguém notaria as diferenças. E esse alguém era Jason, que conhecendo-os bem, saberia reconhecer facilmente a diferença. Excelente, já tinham algo a mais para se preocuparem.

O tempo parecia se divertir em relação às suas preocupações. Os ponteiros pareciam correr pelo relógio com uma velocidade que nunca viram. E, de repente, já eram cinco da tarde e o toque de recolher estava próximo. Restavam-lhes apenas ensinar um ao outro como agir e se portar de maneira que ninguém os reconhecesse. Tarefa realmente fácil.

- Escuta aqui sua coisa chamuscada, não banque o engraçadinho no meu corpo. Sabe muito bem que eu tenho uma reputação à manter. – avisou Reyna.

- Que ótimo! O que acharia se eu pegasse toda a ala masculina fingindo ser você? – ele implicou.

- O que acha se eu pegar toda a ala masculina no seu lugar? Com certeza é bem pior, certo? – ela devolveu.

- Tudo bem, você venceu, agora me explique a monótona rotina Reynática que você segue todos os dias. – ele falou, caprichando na expressão tediosa.

- Apenas depois que me mostrar como você consegue ser tão sem graça diante à situações de emergência. – ela revidou.

- Permita-se dizer que está completamente ansiosa com a ideia de ficar com meu corpo só para você.

- Permita-me responder que estou em estado de total frustação, depressão e talvez algum desespero e pânico. Oh! E uma enorme vontade de vomitar. – ela falou, na tentativa de irritá-lo.

- Você é impossível.

- Será que se eu me matar no seu corpo, você morre ao invés de mim e eu volto são e salva para o mim mesma, levando em conta que só o meu cérebro troca de lugar? – ela supôs.

- Vamos tentar depois. Será que eu sinto dor se você se beliscar? - ele replicou.

- Será que minha cabeça terá espaços sobrando graças ao seu diminuto cérebro? – ela perguntou.

- Talvez a minha exploda. Seu cérebro é anormal. – ele respondeu.

- Será que haverá efeitos colaterais? Posso passar a grunhir e comer meleca depois de você assumir meu corpo. – ela se apavorou.

- Talvez eu passe a ter um T.O.C em relação à arrumar minhas cuecas na ordem do arco íris. – ele imaginou.

- Pode deixar, vou passar longe daquele pedaço de trapo inútil. – ela avisou.

- Já eu vou te fazer usar calcinhas fio dental. – ele ameaçou.

- O que acha de ter a sobrancelha feita e de uma escova nesses cachos repugnantes? – ela ironizou.

- O que acha de uma tatuagem no bumbum? – ele devolveu, expelindo toda a irritação possível.

- Se você fizer isso Valdez...

- Por que você me chama de Valdez? – ele perguntou.

- Será que é por que é o seu nome? – ela devolveu com sarcasmo.

- O meu nome é Leo. Você poderia me chamar assim. – ele pediu.

- Nunca! Isso representa um ato de casualidade, demonstrando que temos alguma relação. – ela explicou.

- E não temos?

- Claro, somos casados, não percebeu? – ela ironizou.

- Bem, eu diria namorados, casar é algo que não quero tão cedo. – ele implicou.

- Você é esdrúxulo. Nós não temos e nunca tivemos ou teremos alguma relação.

- Á partir do momento que você conhece uma pessoa, automaticamente tem uma relação.

- Me fale mais sobre como é se drogar. – ela foi sarcástica.

- Eu deveria perguntar isso a você. – ele revidou.

- Por quê? Apenas pelo fato de que eu presencio diariamente seus delírios não significa que tenho um relatório sobre a vida na selva. – ela implicou.

- Insuportável.

- Tirou as palavras da minha boca.

- Também se acha insuportável?

- Não tanto quanto você. Aliás, faço um esforço para me tornar chata na sua presença.

- Sério? Bom saber que eu exerço tanta importância na sua escala. – ele ironizou.

- Sim, com certeza. Você está logo abaixo dos arames de fechar pacotes e das baratas cascudas.

- Nossa! Vê-se que sou de extrema importância. Mas alguma coisa comportamental à acrescentar nesse seu diálogo surreal que temos?

- Que tal acrescentar que eu não suporto suas piadas?

- Já é um fato consumado. Me resta agora fazer o contrário do que você fala. Devo entender que isso é algum tipo de criptografia que arranjou para admitir sua inexplicável paixão pela minha pessoa?

- Por que não para de forçar seu cérebro para falar civilizadamente? Daqui a pouco solta um pum.

- Extremamente ridículo. Anotações à fazer: Reyna não saber fazer piadas. Evitar ser sociável enquanto estiver na minha tortura particular.

- Então, senhor Engraçado, será que poderia me passar uma lista de suas piadinhas infames para que eu possa tornar o mundo um lugar tão frustrante quanto já é?

- Agora aprecia meu talento!

- Ok Valdez, não aguento mais ouvir suas tiradas sem graça. Podemos por favor, resolver a questão dos hábitos, porque daqui a algumas horas eu vou ser tirada da minha zona de conforto para viver nisso que você chama de corpo.

- Tudo bem Reyna, o que espera que eu faça?

- Que tal me passar uma lista de suas piadas ridículas e sem sentido que de algum modo provocam contrações que levam as pessoas a rir?

- Não vai ser muito útil. Ser engraçado é um dom. Que você não tem.

- Ótimo. Que tal agora anunciarmos para todos que vamos trocar de corpo?

- E sofrer bullying pelo resto da vida? Nunca!

- Eu juro que estou tentando colaborar, mas você não leva nada à sério! – ela reclamou.

- Tudo bem. Eu tenho uma ideia, mas você vai ter que jurar que não vai me matar.

- Eu não posso prometer isso. Mas posso prometer que vou me controlar.

- Tudo bem. O plano é...

_____________________________________________

Continua... Muhahahaha

Povo, um detalhe no capítulo anterior: Não é a Reyna que pergunta se o Leo quer beijá-la, é o contrário, ok?

Vou-me, amanhã talvez eu poste o próximo.

XOXO



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Notas finais do capítulo

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